5. RACIONALISMO:
A posição filosófica segundo a qual a razão tem um papel preponderante na
aquisição de conhecimento. O racionalismo é assim o oposto do empirismo. Tal
como existem versões radicais de empirismo que negam à razão qualquer papel na
aquisição de conhecimento, também as versões mais radicais de racionalismo
negam aos sentidos qualquer papel na aquisição de conhecimento. Contudo, ao
passo que ainda hoje em dia há quem defenda posições empiristas radicais, as
posições racionalistas radicais só foram populares na Grécia antiga. As versões mais
moderadas de racionalismo defendem que tanto a razão como os sentidos são
fontes substanciais de aquisição de conhecimento. Há que não confundir a ideia de
que podemos adquirir conhecimento a priori acerca do mundo com a ideia de que o
conhecimento não seria possível sem termos experiência do mundo.
6. RACIONALISMO:
Uma coisa é como adquirimos os conceitos relevantes usados na
formulação das nossas crenças acerca do mundo, os quais podem ser
adquiridos através da experiência; outra coisa é saber se, na posse
dos conceitos relevantes, podemos ou não saber coisas acerca do
mundo sem recorrer à experiência. Por exemplo, o facto de termos
adquirido os conceitos de azul e de vermelho através da experiência
perceptiva não nos impede de saber a priori que um objeto todo
vermelho não pode ser azul.
7. RACIONALISMO:
Não se deve confundir as posições racionalistas tradicionais com a
defesa de uma capacidade racional de intuição responsável pelo
nosso conhecimento a priori. Por exemplo, como sabemos que ou
chove ou não chove? Porque num certo sentido podemos "ver" através
da nossa intuição racional que isso é verdade. Os primeiros grandes
filósofos racionalistas foram Descartes, Leibniz e Espinosa.
8. RACIONALISMO:
Num sentido mais geral, o racionalismo é a ideia de que só racionalmente
podemos chegar às verdades acerca do mundo. Tanto a experiência como
a razão são métodos racionais de aquisição de conhecimento, por oposição
aos processos místicos, como a fé ou a revelação divina.
9. EMPIRISMO:
Perspectiva filosófica de acordo com a qual todo o nosso conhecimento
substancial deriva da experiência e das impressões colhidas pelos cinco
sentidos.
10. EMPIRISMO:
Um dos primeiros grandes filósofos empiristas foi o inglês do séc. XVII
John Locke. Este defendeu que a nossa mente se compara a uma folha
de papel em branco (ou a uma tábua rasa, como dizia Aristóteles) na
qual os nossos sentidos vão deixando registadas as impressões
colhidas do exterior. A mente era vista como uma espécie de
recipiente que se vai enchendo à medida que o contato com o mundo
à nossa volta o permite, mas incapaz de ter uma intervenção ativa que
não seja a interpretação e manipulação dos dados sensíveis.
11. EMPIRISMO:
O desrespeito pelos dados sensíveis é que está, segundo o empirista,
na origem das interpretações abusivas em que se apoiam as nossas
crenças falsas. O empirismo opõe-se, pois, ao racionalismo, o qual
defende que podemos obter conhecimento a priori substancial acerca
do mundo.
12. EMPIRISMO:
O filósofo escocês do séc. XVIII David Hume enfrentou, sempre numa
perspectiva empirista, algumas das dificuldades apontadas pelos
racionalistas, acabando por tirar a conclusão cética (ver ceticismo) de
que era impossível basear na experiência ideias tão importantes para
a ciência como as de causalidade e de universalidade (ver
universais).
13.
14. DOIS TERMOS MUITO COMUNS:
CONHECIMENTO A PRIORI CONHECIMENTO A POSTERIORI
A priori é uma expressão usada
para fazer referência a um princípio
anterior à experiência. A priori é
uma locução adverbial da língua
latina, que não se encontra no
dicionário da língua portuguesa,
mas é muito usada para indicar
“aquilo que vem antes de”. Ex.:
Sobre a vitória nas eleições, a priori,
não é possível tirar conclusões.
Conhecimento alcançado através
da experiência e por meio dos
sentidos.
Ao contrário de "a priori", a
expressão latina "a posteriori",
faz referência a um raciocínio
em que se remonta do efeito à
causa.
15. A PRIORI EM FILOSOFIA
• Em Filosofia, a locução a priori faz referência ao conhecimento adquirido
sem contar com a experiência, que se adquire mediante a dedução.
• A investigação do homem em torno do conhecimento é antiga. Várias
teorias filosóficas tentam desvendar os problemas.
• Para René Descartes, a razão é uma faculdade independente da
experiência e sim por um conhecimento inato, a priori, onde se limita a
um juízo puramente analítico, como em sua frase “Penso, logo existo”.
• O racionalismo aceita a existência das verdades inatas e as verdades “a
priori”. Kant realizou uma síntese de racionalismo e empirismo, ao manter
com referência de todo o conhecimento o dado na experiência e a
afirmar ao mesmo tempo a existência de formas “a priori”.
• No livro “Crítica do Juízo”, Kant estabeleceu o caráter “a priori” do juízo
estético, definindo o belo como uma “finalidade sem fim” e chamando
estética transcendental a ciência de todos os princípios “a priori” da
sensibilidade. FONTE: http://www.significados.com.br/a-priori/
16. A POSTERIORI EM FILOSOFIA
Conhecemos a posteriori uma dada proposição quando recorremos à experiência
para a conhecer. Por exemplo, uma pessoa sabe a posteriori que o céu é azul
quando olha para o céu e vê que é azul. Considera-se, tradicionalmente, que a
lógica, a matemática e a filosofia são disciplinas a priori porque têm por objecto
problemas cuja solução implica recorrer ao pensamento puro. A história, a física e a
economia, por exemplo, são disciplinas a posteriori porque têm por objecto de
estudo fenómenos que só podem ser conhecidos através da experiência; por
exemplo: para saber em que ano Buzz Aldrin e Neil Armstrong foram à Lua é
necessário consultar documentos históricos; para saber qual a taxa de inflação em
Portugal em 2003 é necessário consultar dados económicos.
FONTE: http://www.defnarede.com/a.html
17. Que tipo de conhecimento o Calvin apresenta nesta tirinha?
EMPIRISMO