O documento discute o uso de drogas no ambiente de trabalho, definindo diferentes tipos de drogas, seus efeitos no corpo e como interferem na rotina e produtividade dos trabalhadores. Também aborda tratamentos para dependência química oferecidos por empresas e a importância da prevenção e reabilitação.
Dependência química no ambiente de trabalho | Espaco Holos
1.
2. DROGAS E AMBIENTE
DE TRABALHO
UELITON PEREIRA FILHO | PSICÓLOGO
AGOSTO/2014 | SIPAT CAIXA
3. QUEM SOMOS
O Espaço Holos é um centro especializado em saúde
mental.
Temos uma equipe multidisciplinar com mais de 80
colaboradores, agregada ao ambiente terapêutico, para
proporcionar aos pacientes e suas famílias todos os
recursos da moderna psiquiatria, em uma estrutura
completa que integra ambulatório, hospital, hospital dia e
atendimento domiciliar.
Tudo isso com um único objetivo: cuidar de pessoas.
4. DROGAS ou SPAs
“Droga”, em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande
quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina.
Contudo, há um uso corrente mais restritivo do termo (surgido após
quase um século de repressão ao uso de certas substâncias),
remetendo a qualquer produto alucinógeno (ácido lisérgico, heroína
etc.) que leve à dependência química e, por extensão, a qualquer
substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool etc.) de uso
excessivo, sendo um sinônimo assim para entorpecentes.
5. CONSUMO DE DROGAS
* O ser humano sempre procurou fugir de sua condição natural
cotidiana, empregando substâncias que aliviassem seus males ou que
propiciassem prazer.
6. TIPOS DE DROGAS
Depressivas = aumentam a frequência cerebral e podem dificultar o
processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro.
Exemplos: álcool, heroína e maconha.
Psicodistrópticas ou alucinógenas = têm por característica principal a
despersonalização em maior ou menor grau. Exemplos: LSD, chá de
cogumelo e DMT.
Psicotrópicas ou estimulantes = produzem um aumento da atividade
pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os
demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, ecstasy e
anfetaminas.
7. DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Alguns conceitos:
Dependência: Relação de quantidade e freqüência do uso.
Tolerância: Adaptação biológica à droga.
Escalada: Refere-se a um aumento no consumo de drogas. Pode ocorrer de
duas maneiras:
pela passagem de um consumo ocasional para um consumo mais intenso
(toxicomaníaco), em função da tolerância desenvolvida;
pela passagem de uma droga "leve" para outra considerada mais "pesada",
em função da natureza dos efeitos procurados.
Síndrome de Abstinência: Quadro de alterações físicas, ocasionadas pela falta
da droga no organismo.
Overdose: Significa superdose ou dose excessiva de droga capaz de provocar
falência dos órgãos vitais, e até mesmo a morte do indivíduo.
8. AS DROGAS MAIS COMUNS EM ALGUMAS
PROFISSÕES
Médicos e enfermeiros: Especialmente anestesistas, cirurgiões e
profissionais que trabalham em UTI tendem a consumir os chamados
opiáceos, como a morfina e a dolatina. Após duas ou três vezes de uso,
a pessoa pode tornar-se dependente.
Caminhoneiros e motoristas de ônibus: As anfetaminas são as mais
utilizadas por esses profissionais. Como, muitas vezes, são obrigados a
se manter acordados a recorrem à droga. O efeito cessa abruptamente
e o usuário pode dormir no volante, causando sérios acidentes.
9. AS DROGAS MAIS COMUNS EM ALGUMAS
PROFISSÕES
.
Operadores da Bolsa de Valores, advogados, publicitários e
jornalistas: A pressão do tempo, o acúmulo de trabalho e a
necessidade de produzir intensamente levam à escolha da cocaína,
droga altamente estimulante, nesses profissionais; o álcool também é
praxe, principalmente para relaxar.
Marinheiros e estivadores: Esses profissionais, como os demais que
trabalham em espaços abertos são propensos a consumir maconha,
crack ou drogas injetáveis.
Jovens profissionais: Ecstasy e crack, as drogas da moda, são as que
mais atraem o público jovem, que já começa a semana de trabalho
baqueado pelos excessos cometidos nas baladas de final de semana
10. COMO CADA DROGA INTERFERE NA
ROTINA DO TRABALHADOR
Álcool
Os efeitos físicos são: sensação de
moleza, cansaço, dificuldade para se
concentrar a dor de cabeça e enjoo,
entre outros. Há desconforto
também para quem trabalha ao lado.
Ele é responsável por grande parte
dos acidentes de trabalho que
ocorrem após o almoço.
São inquietos, ansiosos e, às
vezes, agressivos quando querem
beber e não podem.
11. COMO CADA DROGA INTERFERE NA
ROTINA DO TRABALHADOR
Cigarro:
Aproximadamente a cada 30
minutos, o fumante começa a
apresentar sintomas sutis de
abstinência, como irritabilidade,
inquietação, ansiedade e queda na
concentração.
É comum que ele conviva com esses
sintomas o dia todo, livrando-se
deles só ao acender um cigarro.
Outra decorrência do abuso é a
queda na produtividade.
12. COMO CADA DROGA INTERFERE NA
ROTINA DO TRABALHADOR
Maconha:
Quando retoma as suas atividades,
quem usa maconha tende a ficar
desatento, disperso e com
dificuldade para realizar tarefas mais
complexas ou para processar várias
informações ao mesmo tempo.
Quem consome a droga três vezes
por semana, pelo menos, pode
apresentar menor motivação no dia-a-
dia.
13. COMO CADA DROGA INTERFERE NA
ROTINA DO TRABALHADOR
Cocaína:
Em geral, usuários de cocaína
tendem a ficar instáveis
mentalmente, apresentando
comportamento mais impulsivo e
irritadiço.
O consumo no trabalho pode deixar
o usuário muito eufórico em uma
reunião, agressivo em outra e, não
raro, deprimido após o efeito do
entorpecente.
A instabilidade emocional, então, é
constante no ambiente de trabalho.
14. COMO CADA DROGA INTERFERE NA
ROTINA DO TRABALHADOR
Ecstasy:
O ecstasy é uma substância
psicotrópica.
É chamada droga de recreio ou de
desenho, pois possui ação
estimulante e alucinógena. Seus
efeitos surgem após vinte e setenta
minutos, atingindo estabilidade em
duas horas, pode agrupar efeitos da
cannabis, das anfetaminas e do
álcool.
Os jovens são quem mais utilizam
essa droga principalmente em finais
de semana, em festas e baladas.
15. USO DE DROGAS
Uso na vida: quando a pessoa fez uso de qualquer droga pelo menos
uma vez na vida;
Uso no ano: quando a pessoa utilizou drogas pelo menos uma vez nos
12 meses que antecederam uma provável consulta.
Uso frequente: quando a pessoa utilizou drogas seis ou mais vezes
nos 30 dias que antecederam a provável consulta.
Uso de risco: padrão de uso ocasional, repetido ou persistente, que
implica em alto risco de dano futuro à saúde física ou mental do usuário,
mas que ainda não resultou em significantes efeitos mórbidos.
Uso prejudicial: padrão de uso que já cause dano à saúde física ou
mental.
16. DEPENDÊNCIA
Existe quando ocorrer pelo menos 3 dos seguintes sintomas ao longo de um
ano:
•Forte desejo ou compulsão de consumir drogas;
•Consciência de dificuldades na capacidade de controlar a ingestão de drogas;
•Uso de substâncias psicoativas para atenuar sintomas de abstinência com plena
consciência da efetividade de tal estratégia;
•Estado fisiológico de abstinência;
•Evidência de tolerância, necessitando de doses crescentes da substância para
alcançar os efeitos antes produzidos;
•Negligência progressiva de prazeres e interesses outros em favor do uso de
drogas.
•Persistência no uso, a despeito de manifestações danosas.
17. CONSEQUÊNCIAS
Trabalhadores: aumento do absentismo, mau relacionamento com chefia e/ou
colegas, perda constante de empregos, ou aumento dos acidentes de trabalho.
Diminuição da motivação, do aumento dos conflitos e do aumento da exposição
a acidentes de trabalho, o que reduz a produtividade.
Empresas: perdas de mão de obra, de clientes, gastos com saúde e segurança.
Diminuição da eficácia da força de trabalho, o aumento das perdas e defeitos na
produção e o aumento dos acidentes de trabalho, diminuição da produtividade e
conseqüente diminuição da competitividade.
Clientes: menor qualidade e da existência de defeitos dos produtos adquiridos,
através da redução da qualidade do serviço e conseqüente aumento dos preços
do produto final.
18. ALCOOLISMO
No Brasil, o alcoolismo é o terceiro motivo para absenteísmo no trabalho,
causa mais frequente de aposentadorias precoces e acidentes no trabalho
e a oitava causa para concessão de auxílio doença pela Previdência
Social.
O Alcoolismo é o segundo transtorno psiquiátrico mais prevalente na
atualidade, sendo superado apenas pelas depressões.
Caracteriza-se pela busca ou uso compulsivo, repetitivo do álcool a
despeito das consequências físicas e/ou psicológicas, sociais e morais.
Quanto mais precoce o início do alcoolismo e mais tardia a intervenção
terapêutica, maior a chance de tornar-se mais grave e com maior
dificuldade de recuperação.
19. ALCOOLISMO
O alcoolismo é tão grave que toda a família deve ser tratada, tamanho o
estrago ocorrido no relacionamento e conflitos familiares, devido os
longos períodos da permanência do indivíduo em seu consumo abusivo.
Apesar do desconhecimento da maioria das pessoas, o álcool também é
considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central
provocando mudanças no comportamento de quem o consome, além de
ter potencial para desenvolver dependência.
20. ALCOOLISMO
Apesar da ampla aceitação social o consumo abusivo de bebidas
alcóolicas passa a ser um problema.
Além dos inúmeros acidentes de trabalho, no trânsito e a violência
associada a episódios de embriaguez, o consumo abusivo de álcool a
longo prazo, frequência e circunstâncias, pode provocar o quadro de
dependência conhecido como alcoolismo.
O consumo abusivo do álcool tornou-se, então, problema de saúde
pública, acarretando altos custos para a sociedade e envolvendo
questões médicas, psicológicas, familiares, profissionais e morais.
21. COMO EMPRESAS AUXILIAM OS
FUNCIONÁRIOS DEPENDENTES
• Deixam claro que o empregado que participar do programa não será demitido,
mas sim orientado e tratado.
• Incluem esses programas em outros maiores, de qualidade de vida, o que
diminui o preconceito com o tema.
•Não obrigam o profissional a aderir; a participação é sempre voluntária.
• Montam equipes multidisciplinares que coordenam o programa, formadas por
médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, entre outros profissionais.
• Montam equipes de monitores -funcionários treinados para "educar", orientar e
encaminhar para tratamento eventuais dependentes químicos. - Oferecem
consultas com psicólogos, dentro e fora da empresa.
• Custeiam tratamentos ambulatoriais, internações e medicamentos.
•- Estendem a familiares alguns dos benefícios oferecidos aos empregados.
22. TRATAMENTOS PARA DEPENDÊNCIA DE
SPAS
• Desintoxicação
• Abstinência total
• Redução de Danos
• Consultório de Rua
• Tratamento Familiar
23. TRATAMENTO DE ADICTOS
ESPECIFICIDADES DA CLÍNICA HOLOS
•Internação Involuntária Foco na Adesão;
•Convivência com outros quadros psiquiátricos foco no uso
patológico;
•Desintoxicação com suporte farmacológico foco no suporte médico;
•Proposta de internação curta foco na adesão ao tratamento
ambulatorial
24. PROGRAMA DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
•COMO LIDAR
COMAS
OFERTAS
•ESTRATEGIAS
DE PREVENÇÃO
DE RECAIDAS
•ADESÃO AO
TRATAMENTO
•LIDANDO COM
A ABSTINÊNCIA
DESINTOXICAÇÃO REABILITAÇÃO
MANUTENÇÃO MOTIVAÇÃO