O documento discute anorexia e bulimia, definindo-as como distúrbios alimentares. A anorexia é caracterizada por dieta insuficiente e baixo peso, enquanto a bulimia envolve episódios frequentes de ingestão compulsiva de alimentos. Ambas afetam principalmente mulheres adolescentes e têm causas multifatoriais. O diagnóstico e tratamento envolvem abordagens multidisciplinares.
2. DEFINIÇÃO
ANOREXIA (AN): É uma disfunção
alimentar, caracterizada por uma rígida e
insuficiente dieta alimentar (caracterizando
em baixo peso corporal) e estresse físico. A
anorexia nervosa é uma doença complexa,
envolvendo componentes psicológicos,
fisiológicos e sociais. Uma pessoa com
anorexia nervosa é chamada de anoréxica.
3. DEFINIÇÃO
BULIMIA (BN): É um transtorno alimentar
em que o indivíduo tem episódios
freqüentes de ingestão alimentar
compulsiva. Em pouco tempo o bulímico
consome grande quantidade de alimentos e
de preferência, alimentos hipercalóricos.
Existe um sentimento de falta de controle
sobre o comportamento de comer e o
indivíduo sente-se incapaz de parar de se
alimentar.
4. EPIDEMIOLOGIA
Os Transtornos Alimentares (TA) têm
etiologia multifatorial e são muito
comuns em pacientes do sexo
feminino, principalmente no período
da adolescência onde a aceitação
pelas transformações em seu corpo
nem sempre acontecem de forma
natural e saudável, pois o indivíduo
para definir a sua própria imagem
corporal se utiliza de outras imagens
presentes na mídia e em seu próprio
convívio social.
5. EPIDEMIOLOGIA
Dados apontam a prevalência de:
Anorexia Nervosa (AN) em 0,3% de
mulheres jovens (8/100 mil)
Bulimia Nervosa (BN) em 1%
(12/100 mil)
6. CARACTERÍSTICAS DO
PORTADOR
a paciente anoréxica
estabelece pesos
“ideais” muito abaixo
dos padrões saudáveis
e buscam alcançá-los
de forma agressiva
consigo mesma, ou
muitas vezes,
envolvendo familiares.
7. CARACTERÍSTICAS DO
PORTADOR
Seus “rituais”alimentares
caracterizam-se por:
só aceitar comer
sozinha;
exigência de horários
de refeições;
picar alimentos em
pequenos pedaços e
espalhá-los no prato.
8.
9. CARACTERÍSTICAS DO
PORTADOR
a paciente bulímica consegue
ocultar por muito tempo seus
sintomas, pois, diferentemente
da AN, geralmente mantém
seu peso corpóreo estável e
não apresenta conseqüências
físicas visíveis ao olhar dos
familiares e pessoas leigas à
sua volta.
10. CARACTERÍSTICAS DO
PORTADOR
As queixas clínicas mais
observadas são:
Fadiga;
Epigastralgia ou pirose;
Diarréia, desidratação ou
constipação intestinal;
Aumento de glândulas
parótidas;
Dor abdominal, distensão,
náusea e mal-estar;
11. CARACTERÍSTICAS DO
PORTADOR
Irregularidade menstrual;
Sudorese, taquicardia,
sonolência, irritabilidade;
Alterações no esmalte
dentário;
Sinal de Russel.
12.
13. DIAGNÓSTICO
ANOREXIA
DSM-IV
Recusa a manter o peso corpóreo em um
nível igual ou superior ao mínimo normal
adequado à idade e à altura...
Medo intenso de ganhar peso ou de se
tornar gordo, mesmo estando com peso
abaixo do normal;
Perturbação no modo de vivenciar o peso
ou a forma do corpo...
Nas mulheres pós-menarca, ocorre
amenorréia...
14. DIAGNÓSTICO
ANOREXIA
CID-10
O peso corpóreo é mantido em pelo menos 15%
abaixo do esperado...
A perda de peso é auto-induzida por abstenção de
alimentos “que engordam”...
Há distorção da imagem corporal na forma de
psicopatologia específica...
Um transtorno endócrino generalizado envolvendo o
eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal...
15. DIAGNÓSTICO
BULIMIA
DSM-IV
Episódios recorrentes de compulsão periódica...
Comportamentos compensatórios inadequados e
recorrentes, para prevenir o aumento de peso...
A compulsão periódica e os comportamentos
compensatórios inadequados ocorrem, em média,
pelo menos 2 vezes/semana, por 3 meses;
A auto-avaliação é indevidamente influenciada
pela forma e pelo peso do corpo;
O distúrbio não ocorre exclusivamente durante
episódios de anorexia nervosa.
16. DIAGNÓSTICO
BULIMIA
CID-10
Há preocupação persistente em comer
e o desejo irresistível por comida;...
O paciente tenta neutralizar os efeitos
“de engordar” dos alimentos por meio
de um ou mais do que segue:...
A psicopatia consiste de pavor
mórbido de engordar...
17.
18. TRATAMENTO
Os TA são quadros de natureza bastante
complexa e, portanto, requerem tratamento
igualmente complexo.
Atualmente, o trabalho com equipe
multidisciplinar (Psiquiatra, Psicólogo,
Nutricionista, Psicoterapeuta familiar, Clínico
Geral) tem sido amplamente reconhecido como
a forma mais adequada de tratamento.
19. NUTRIÇÃO
O nutricionista tem uma função especial dentro
da equipe, pois:
realiza toda a orientação nutricional,
desmistificando crenças, apontando erros
alimentares que podem ser
desencadeantes.
traça metas e busca soluções alternativas,
fazendo pequenos acordos, quase sempre
a partir de análise dos diários alimentares.
Deve,ainda, levar em conta o sofrimento
psíquico apresentado pelos pacientes no
que diz respeito à comida
20. PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES
Os TA são um grupo de doenças
psiquiátricas que apresentam grande
número de manifestações clínicas, às
quais os profissionais de saúde devem
estar atentos para obter o diagnóstico
precoce, bem como para monitorar o
tratamento e evitar agravamento
21. EVOLUÇÃO
Na AN, há muitas divergências nos
achados, porém existe determinada
unanimidade sobre o tempo
prolongado de evolução, tendência à
cronicidade e exacerbações ou
recaídas periódicas nos sintomas.
22. EVOLUÇÃO
Na BN a uniformização dos resultados
torna-se complexa, pois os aspectos
metodológicos dos estudos de prognóstico
divergem nos critérios diagnósticos
utilizados (DSM-II e DSM-IV), os intervalos
das avaliações são diferentes e o conceito
de recuperação total é muito vago.
36. REFERÊNCIAS
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Claudino AM, Zanella MT. Guia de Transtornos Alimentares e Obesidade.
Barueri, SP: Manole; 2005. (Série guias de medicina ambulatorial e hospitalar
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Clin.. 2004. 31 (4). 154-7.
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Rev. Bras. Psiquiatr., Dez 2002, vol.24, suppl.3, p.03-06.
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Creff, AF. Manual de Dietética na Clínica Médica Atual. 5ª edição. Andrei
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37. REFERÊNCIAS
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2003. 16 (1). 51-60.
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Freitas S, Gorenstein C, Appolinario JC. Instrumentos para avaliação dos
transtornos alimentares. Rev Bras Psiquiatr. 2002. 24 (Supl III). 34-8
Giordani RCF. A auto-imagem corporal da anorexia nervosa: uma abordagem
sociológica. Psicologia & Sociedade. mai/ago 2006. 18 (2). 81-8.
Latterza, AR et al. Tratamento nutricional dos transtornos alimentares. Rev.
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Morgan, CM, Vecchiatti, IR & Negrão, AB. Etiologia dos transtornos alimentares:
aspectos biológicos, psicológicos e sócio-culturais. Rev. Bras. Psiquiatr., Dez
2002, vol.24, suppl.3, p.18-23.
38. O PESSIMISTA VÊ
NAS
OPORTUNIDADES,
AS
DIFICULDADES...
O OTIMISTA VÊ NAS
DIFICULDADES, AS
OPORTUNIDADES..”
A.D
39.
40. “A BELEZA ESTÁ NOS OLHOS DA ALMA...”
A.D
Bianca Blanco
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