A unificação da Itália e da Alemanha ocorreu no século XIX, liderada por Piemonte-Sardenha e Prússia, respectivamente. Ambos os processos foram motivados pelo nacionalismo e tiveram como instituições importantes o exército e a escola. A unificação italiana foi concluída em 1871 após anos de conflitos, enquanto a alemã foi liderada por Bismarck que explorou rivalidades internacionais.
2. SÍNTESE DO PROCESSO
O nacionalismo foi a ideologia [ideia
motivadora] que justificou a unificação;
O Estado-nação se apropriou do
nacionalismo a fim de construir a
identidade nacional;
A escola moderna e o exército foram as
instituições que contribuíram com a
construção da identidade nacional;
3. A unificação da Itália foi
semelhante à da Alemanha: as
primeiras tentativas de ambas,
fracassadas, foram em 1848, e as
duas só conseguiram a
unificação em 1870-1871; a da
Itália deu-se em torno de
Piemonte-Sardenha, enquanto a
da Alemanha foi liderada pela
Prússia.
4. • 1. A maior interessada na unificação italiana
era a alta burguesia, pois a unificação
garantiria a continuidade de desenvolvimento
interno e lhe permitiria concorrer no mercado
exterior.
• a) Para a alta burguesia italiana a unificação
tinha um significado apenas liberal: o
nacionalismo servia-lhe somente instrumento.
• b) A média burguesia e o proletariado urbano
que iriam em Estado nacional democrático:
preferiam que a unificação fosse feita em
termos republicanos.
5. 2. Depois do Congresso de Viena e Itália ficou
sob a tutela do Império Austríaco, dividida em
sete Estados, sendo o mais importante o Reino
de Piemonte-Sardenha, governado pela casa de
Savóia.
a) Em 1848, deu-se a primeira tentativa de
unificação: Carlos Alberto, rei de Piemonte-
Sardenha, declarou guerra à Áustria mas foi
derrotado. Sucede-o seu filho Emanuel II e o
ideal da unificação continuou forte.
6. • b) Em 1849, Cavour e Napoleão III, da França,
fizeram um acordo secreto: Napoleão apoiaria o
Piemonte (Cavour era ministro desse reino)
numa guerra contra a Áustria, recebendo em
troca os condados de Savóia e Nice, pertences
ao Piemonte, enquanto que Piemonte receberia
a Lombardia-Veneza, em poder da Áustria.
• c) Em 1859, baseado nesse acordo, Cavour
declarou guerra à Áustria. Napoleão III recuou
e o Piemonte recebeu apenas a Lombardia. No
tratado que se seguiu ficou estabelecida a
formação de uma confederação dos Estados
italianos, sob a presidência do papa, o que era
contra os interesses de Cavour.
7. d) Em 1860, Garibaldi, com a convivência de
Cavour, invadiu a Sicília apoderando-se dela,
e na volta passou com sua tropa em Nápoles,
pondo em fuga o Rei Francisco II. As tropas
piamontesas, ao mesmo tempo, invadiram
Estados papais – os únicos do centro da Itália
que ainda não tinham sido integrados. Quando
Cavour morreu, em 1861, quase toda a Itália
estava dominada pelo Piemonte.
8. • e) A Itália aliou-se à Prússia, conseguiu anexar
Veneza.
• f) Em 1867, Garibaldi tentou tomar Roma, mas
foi impedido pelo imperador da França.
• g) Em 1870, a Prússia invadiu e venceu a
França, e disso se aproveitaram os italianos
que tomaram Roma, depois de ocuparem os
restantes Estados pontifícios.
• O problema criado com o papa só seria
resolvido em 1929, com o Tratado do Latrão,
firmados entre Mussolini e Pio XI, criando o
Estado de Vaticano.
9.
10. • 3. O desenvolvimento econômico e social dos
Estados germânicos foi o principal fator da
unificação alemã.
• a) Esse desenvolvimento deu-se graças ao
Zollverein – liga aduaneira dos Estados
germânicos -, e apesar das pressões contrarias
da Áustria.
• b) Na Prússia, o mais desenvolvido dos estados
germânicos, a burguesia tentou controlar as
despesas reais, o que provocou violento conflito
político, que só acabou quando o Rei Guilherme
I convocou Bismarck para ser seu ministro.
11. 4. Bismarck era antiliberal, mas partidário da
unificação, que segundo ele deveria ser
realizada militarmente.
a) Como a burguesia se negasse a colaborar
com sua política, Bismarck, com o apoio apenas
da Câmara dos Nobre, começou a governar
despoticamente.
b) explorando as contradições internacionais,
Bismarck conseguiu, por etapas, unificar seu
país.
12. 5. Os ducados de Scheleswig e Holstein, apesar
de terem uma população predominante
germânica, estavam sob o domínio da
Dinamarca.
a) Bismarck, com apoio da Áustria, uniu-se aos
príncipes, desses dois ducados e derrotou a
Dinamarca.
b)Derrotando em seguida a Áustria, a quem
Bismarck negara um dos ducados, foi feita a
unificação dos Estados alemães do Norte.
13. 6. Napoleão III, que foi conivente com
Bismarck no início da Guerra Austro-
Prussiana, pensando tirar vantagens, viu-se
em má situação com a rápida vitória de
Bismarck, pois a unificação alemã punha em
risco a supremacia da França na Europa.
a) Em 1870, Bismarck conseguiu armar uma
intriga contra Napoleão III e fazer com que a
França declarasse guerra à Alemanha.
14. b) A vitória alemã foi fulminante: o Império de
Napoleão III desapareceu, surgindo em seu
lugar a III Republica Francesa.
c) Ao mesmo tempo despontava o Império
Alemão, proclamando na Sala dos Espelhos do
palácio de Versálhes, em 1871.
d) Começava a hegemonia da Alemanha na
Europa continental; a França foi obrigada a
aceitar o humilhante Tratado de Frankfurt
e perdeu a Alsácia-Lorena.