O documento descreve a história de Solange, uma menina de 7 anos surda que está matriculada em uma escola regular pela primeira vez. A professora Lucia está se esforçando para incluir Solange na sala de aula de uma maneira acessível, pesquisando estratégias de ensino bilíngue em Língua Portuguesa e Libras.
2. Em uma classe inclusiva do 1º ano de escolaridade. A aluna Solange, 7 anos, com surdez profunda, não oraliza e não conhece a Língua Portuguesa, porém tem domínio de Libras. Cursou a Educação Infantil em uma pequena escola perto de casa, que oferecia atendimento especializado, com a presença constante de intérpretes e professores de Libras.
3. Por opção familiar e ciente dos direitos especiais de Solange, a família matriculou a menina em uma escola regular por entender que essa é a melhor opção, tanto para os ditos normais, quanto para os especiais, pois é essa regularidade que prepara cidadãos para a vida em sociedade.
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7. Partindo desse quadro, ficou melhor o entendimento do que Lucia precisava para construir para atender as necessidades de Solange. A professora também foi buscar na literatura alguns caminhos que pudessem orientá-la no que pretendia trabalhar. Damázio (2009, p. 27) aponta que o trabalho com o surdo em escolas regulares deve ser desenvolvido de forma bilíngue, com a concomitância da Língua Portuguesa e Libras. A autora aponta que “o planejamento do Atendimento Educacional Especializado em Libras é feito pelo professor especializado, juntamente com os professores de turma comum e os professores de Língua Portuguesa, pois o conteúdo deste trabalho é semelhante ao desenvolvido na sala de aula comum”.
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9. Lucia também leu que “considerando o ensino da Língua Portuguesa escrita para crianças surdas, há dois recursos muito importantes a serem usados em sala de aula: o relato de estórias [sic] e a produção de literatura infantil em sinais. O relato de estórias inclui a produção espontânea das crianças e a do professor, bem como, a produção de estórias existentes; portanto, de literatura infantil” (Quadros e Schmiedt, 2009, p. 25).
10. Nesse bojo aparecerem como recursos imprescindíveis às práticas pedagógicas cotidianas, as Ajudas Técnicas, também conhecidas como Tecnologias Assistivas, para que sejam adaptadas visando sua melhor utilização devem seguir um roteiro tal qual o apontado a seguir: Fonte: Portal de Ajudas Técnicas. Recursos para comunicação alternativa. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ajudas_tec.pdf >. Acesso 21 nov 2009; p. 14)
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13. Solange é uma menina feliz, está se adaptando a nova escola e a nova língua que aprende, aos poucos, a dominar. Lucia é a professora do mundo ideal, talvez ainda existam poucas como ela em nossas escolas. Talvez pelo desconhecimento a inclusão de DA em escolas regulares ainda causa medo, estranhamento. Contudo é sim um caminho possível mas requer, sem dúvida, planejamento e formação por parte dos professores e da comunidade escolar.
14. Aprendamos a ver com bons olhos As crianças que não são tão perfeitas quanto as nossas... Aprendamos a ouvir com bons ouvidos as crianças que não ouvem quando chamamos... O que elas ouvem, tem som de amizade, seus movimentos chamam-se vida... E os nossos sentimentos, são pedaços de luz e carinho que irão iluminar seus passos... Porque é com os olhos e com o tato que elas ouvirão . UM CONVITE...