SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 28
Sondagem
Prof. Fábio Faria
Exames do terreno
a)  Visitar o local da obra, detectando a eventual
existencia de alagados, afloramento de rochas etc.;̂
b)  Visitar obras em andamento nas proximidades,
verificando as solucoes adotadas;̧ ̃
c)  Fazer sondagem a trado (broca) com diametro de 2”̂
ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até
atingir a camada resistente;
d)  Mandar fazer sondagem geotecnica.́
Métodos de ensaio: direto,
indireto e semi-direto
Sondagem SPT
A so n d a g e m m a is e x e c u t a d a e m s o lo s p e n e t r á v e is é a so n d a g e m g e o t é c n ic a a
p e r c u ss ã o , d e s i m p l e s r e c o n h e c im e n t o , e x e c u t a d a c o m a c r a v a ç ã o d e u m b a r r il e t e
a m o s t r a d o r , p e ç a t u b u l a r m e t á l i c a r o b u s t a , o c a , d e p o n t a b i z e l a d a , q u e
p e n e t r a n d o n o s o l o , r e t ir a a m o s t r a s s e q ü e n t e s , q u e s ã o a n a l is a d a s v is u a l m e n t e e
e m l a b o r a t ó r io p a r a a c la s s if i c a ç ã o d o s o l o e d e t e r m in a o S P T ( S t a n d a r d
P e n e t r a t i o n T e s t ) , q u e é o r e g is t r o d a s o m a t ó r ia d o n ú m e r o d e g o l p e s p a r a v e n c e r
o s d o i s ú l t i m o s t e r ç o s d e c a d a m e t r o , p a r a a p e n e t r a ç ã o d e 1 5 c m . N a s p r ó x im a s
f ig u r a s s ã o m o s t r a d o s u m e s q u e m a d o e q u i p a m e n t o d e s o n d a g e m g e o t é c n ic a d e
p e r c u s s ã o , a p l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s e u m l a u d o d e s o n d a g e m .
1 - c o n ju n to m o t o r- b o m b a
2 - re s e rv a tó rio d e á g u a
3 - t rip é tu b o s m e tá lic o s
4 - ro ld a n a
5 - t u b o - g u ia 5 0 m m
6 - e n g a te
7 - g u in c h o
8 - p e s o p a d rã o 6 0 k g
9 - c a b e ç a d e c ra v a ç ã o
1 2
3
4
5
6
9
8
7
E q u i p a m e n t o d e s o n d a g e m a p e r c u s s ã o
Método direto: SPT
Perfuração com lavagem
Amostradores Bipartidos -
SPT
Finalidades do ensaio SPT
• a determinacao dos tipos de solo em suas respectivaş ̃
profundidades de ocorrencia;̂
• a posicao do nivel-d’agua;̧ ̃ ́ ́
• os indices de resistencia a penetracao (N) a cadá ̂ ̧ ̃
metro.
Definições
• SPT (standard penetration test): Abreviatura do nome do
ensaio pelo qual se determina o indice de resistência á ̀
penetracao (N) com amostragem de solo;̧ ̃
• CPT (cone penetration test): indica a resistência e a
compressibilidade do solo, mas não é possível retirar
amostras;
• N: Abreviatura do índice de resistencia a penetracao dô ̀ ̧ ̃
SPT, cuja determinacao se da pelo numero de golpeş ̃ ́ ́
correspondente a cravacao de 30 cm do amostrador-̀ ̧ ̃
padrao, apos a cravacao inicial de 15 cm, utilizando-sẽ ́ ̧ ̃
corda de sisal para levantamento do martelo
padronizado.
Critérios para avaliação do
ensaio SPT
• Locacao do furo e quantidades;̧ ̃
• Processos de perfuracão;
• Amostragem e SPT;
• Criterios de paralisacao;́ ̧ ̃
Critérios para avaliação do
ensaio SPT
• Observação do nível de lençol freático;
• Identificação das amostras e elaboração do
perfil geológico-geotécnico;
• Apresentação do relatório de sondagem.
Amostragem
• Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo colhido
pelo trado-concha durante a perfuracao, ate 1 m de profundidade.̧ ̃ ́
• A cada metro de perfuracao, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidaş ̃
amostras dos solos por meio do amostrador-padrao, com execucao de SPT.̃ ̧ ̃
• O amostrador-padrao, conectado a composicao de cravacao, deve descer livrementẽ ̀ ̧ ̃ ̧ ̃
no furo de sondagem ate ser apoiado suavemente no fundo, devendo-se cotejar á
profundidade correspondente com a que foi medida na operacao anterior.̧ ̃
• Caso haja discrepancia entre as duas medidas supra-referidas (ficando o amostrador̂
mais de 2 cm acima da cota de fundo, atingida no estagio precedente), a composicaó ̧ ̃
deve ser retirada, repetindo-se a operacao de limpeza do furo.̧ ̃
• Apos o posicionamento do amostrador-padrao conectado a composicao de cravacao,́ ̃ ̀ ̧ ̃ ̧ ̃
coloca-se a cabeca de bater e, utilizando-se o tubo de revestimento como referencia,̧ ̂
marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em tres trechos iguaiŝ
de 15 cm.
Número mínimo de
sondagens
• Nº mínimo = 2 furos
• 1 furo para cada 200 m2
de edificação em planta, até
1200 m2
• 1 furo para cada 400 m2
de edificação em planta,
para áreas entre 1200 m2
e 2400 m2
• Para áreas superiores à 2400 m2
, deve ser realizado
plano específico
• Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
Número mínimo de
sondagens
• Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
• 1 furo para cada 200 m2
de edificação em planta, até 1200
m2
• 1 furo para cada 400 m2
de edificação em planta, para
áreas entre 1200 m2
e 2400 m2
• Para áreas superiores à 2400 m2
, deve ser realizado plano
específico
• Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
• Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
Localização dos furos
• Distância máxima de 100 m;
• Normalmente entre 15 a 20 m;
• Priorizar posições relevantes na obra : pontos de
maior carga – escadas, elevadores, reservatórios, etc.
Localização dos furos
• Sondagens não devem estar alinhadas;
• Realizar furos próximos aos extremos da área;
• Distância máxima de 100 m.
Profundidade
• Normalmente até a camada impenetrável, a partir de
ensaios de campo mais usuais;
ou
• Consultar o projetista de fundações para definir a
profundidade de interrupção, utilizando-se nestes
casos de sondagens do tipo rotativa
• Normalmente até a camada impenetrável, a partir de
ensaios de campo mais usuais.
Planta de locação dos furos
de sondagem
R u a X
8 0 0
1 0 0 0
1480
1950
1 2 0 0
770
4500
2 6 0 0
S P 0 1
S P 0 2
S P 0 3
3 5 0 0
RuaY
C e n t ra l
t e le f ô n ic a
C a s a
d e
f o r ç a
N
P l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s d e s o n d a g e m
P E R F IL D E S O N D A G E M G E O L Ó G IC A - E n s a io d e p e n e t ra ç ã o p a d rã o S P T
Critérios para encerrar a
sondagem
O processo de perfuracao por circulacao de agua, associado aos ensaios penetrometricos,̧ ̃ ̧ ̃ ́ ́
deve ser utilizado ate onde se obtiver, nesses ensaios, uma das seguintes condicoes:́ ̧ ̃
a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetracao dos 15 cm iniciais do̧ ̃
amostrador-padrao;̃
b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetracao dos 30 cm iniciais do̧ ̃
amostrador-padrao;̃
c)quando,em 5 sucessivos,se obtiver 50 golpes para a penetracao dos 45cm do̧ ̃
amostrador-padraõ
Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas as fundacoes e da naturezà ̧ ̃
do subsolo, admite-se a paralisacao da sondagem em solos de menor resistencia a̧ ̃ ̂ ̀
penetracao do que aquela discriminada anteriormente, desde que haja uma justificativa̧ ̃
geotecnica ou solicitacao do cliente.́ ̧ ̃
Método Semi-direto: CPT
Comparativo entre os
métodos de sondagem
Exemplo de laudo de
sondagem
6
R u a X
8 0 0
1 0 0 0
1480
1950
1 2 0 0
4500
2 6 0 0
S P 0 1
S P 0 2
S P 0 3
3 5 0 0
RuaY
C e n t r a l
t e le f ô n ic a
C a s a
d e
f o r ç a
N
P l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s d e s o n d a g e m
P e n e t r a ç ã o
G o lp e s / 3 0 c m
C o t a
( R N )
N ív e l
d a
á g u a
Amostra
D ia g r a m a
d a s
p e n e t r a ç õ e s
1 0 2 0 3 0 4 0
Profundidade
emmetros
C la s s if ic a ç ã o d o m a t e r ia l
0 , 1 0
1 , 0 0
1 , 8 0
3 , 0 0
5 , 0 0
1 8 ,0 0
2 0 ,4 5
S o lo s u p e rfic ia l
A r g ila s ilt o s a , v a rie g a d a
id e m , m o le
A r g ila s ilt o s a p o u c o
a r e n o s a , m a rr o n , d u r a
id e m , r ija
id e m , d u ra
A r g ila s ilt o s a , d u ra
lim it e d e s o n d a g e m
4
1 4
9
1 1
2 2
2 7
2 8
2 9
3 0
3 1
5
2 0
1 3
1 5
3 5
3 7
3 8
3 9
4 3
4 7
P E R F IL D E S O N D A G E M G E O L Ó G IC A - E n s a io d e p e n e t ra ç ã o p a d rã o S P T
C L IE N T E :
L o c a l: R u a X
2 , 3
R e s p o n s á v e l T é c n ic o : S P 0 1
LO G O0 7 / 0 4 / 9 9
1 : 1 0 0 0
O b s : n ã o s e v e rif ic o u
p r e s s ã o d ’ á g u a
P e r f i l d e s o n d a g e m g e o ló g ic a ( p a r t e d o l a u d o t é c n i c o )
PRINCIPIOS GERAIS DA APTIDAO DÉ ̃
SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
m p l o m o s t r a d o n o e s q u e m a n a p r ó x i m a f i g u r a .
s e g u in t e é m o s t r a d o o d e t a l h e d e u m e n s a io p r á t ic o d e c a
ã o d a t e n s ã o a d m is s í v e l d o s o l o .
N . A .A
B
C
C a m a d a s r e s i s t e n t e s e t ip o s d e f u n d a ç ã o i n d ic a d a s
PRINCIPIOS GERAIS DA APTIDAO DÉ ̃
SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
• Se os solos A=B=C tem caracteristicas iguais dê ́
resistencia, e possivel implantar a fundacao em̂ ́ ́ ̧ ̃ A;
• Se só A e resistente, devem-se apoiar fundacoes dé ̧ ̃
estruturas leves, cuja carga limite deve ser determinada
por analise de recalque;́
• Se A e solo fraco é B e resistente, a fundacao e do tipó ̧ ̃ ́
profunda, atendendo-se para a carga limite em funcao da̧ ̃
resistencia dê C;
• Se A=B sao solos fracos ẽ C e resistente, o apoio dá
fundacao deverá ser em̧ ̃ C.
Tabela dos estados de compacidade e de
consistencia –̂
NBR 6484/2001
Perfil estratigráfico
4.5.1 Perfil estimado do terreno
Com base na investigação geotécnica realizada no terreno, representada na Figura
19, e nos perfis individuais, Anexo D, pode-se elaborar o perfil estratigráfico estimado do
subsolo, identificando as camadas que o compõem e também o nível do lençol freático.
Como foi visto no item 4.5, para montagem do perfil estratigráfico foram
considerados apenas os furos que pertencentes ao perímetro edificado.
Figura 19 – Perfil estratigráfico estimado da área em estudo
Analisando o perfil estratigráfico pode-se observar que o solo que constitui as
camadas do terreno apresenta-se de forma bem definido dividido em duas camadas, argila
arenosa e área média argilosa, a sondagem foi paralisada logo após a camada de área média
Exercício de fixação
• Elabore um roteiro de atividades de como o estudo de
sondagem deverá ser realizado para o empreendimento
(em anexo). A partir, do roteiro identifique:
a) Número de furos para definição do perfil do terreno,
segundo a norma.
b) Qual método poderia ser utilizado na avaliação
geotécnica?
c) Quais os indicativos que o ensaio SPT chegou ao final?
d) Em quais situações seria indicada outro método diferente
do SPT?
Anexo

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

01 prospecção e amostragem dos solos
01 prospecção e amostragem dos solos01 prospecção e amostragem dos solos
01 prospecção e amostragem dos solos
thiagolf7
 
02 compactação dos solos
02 compactação dos solos02 compactação dos solos
02 compactação dos solos
thiagolf7
 

La actualidad más candente (20)

Aula unidade 3
Aula unidade 3Aula unidade 3
Aula unidade 3
 
3.2 índices físicos
3.2 índices físicos3.2 índices físicos
3.2 índices físicos
 
Drenagem Superficial
Drenagem SuperficialDrenagem Superficial
Drenagem Superficial
 
5a aula. fundacoes
5a aula. fundacoes5a aula. fundacoes
5a aula. fundacoes
 
Terraplanagem e contenções
Terraplanagem e contençõesTerraplanagem e contenções
Terraplanagem e contenções
 
Glauco exercicios resolvidos (1)
Glauco exercicios resolvidos (1)Glauco exercicios resolvidos (1)
Glauco exercicios resolvidos (1)
 
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdfAula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
 
Nbr 11.682-Estabilidade de taludes
Nbr 11.682-Estabilidade de taludesNbr 11.682-Estabilidade de taludes
Nbr 11.682-Estabilidade de taludes
 
01 prospecção e amostragem dos solos
01 prospecção e amostragem dos solos01 prospecção e amostragem dos solos
01 prospecção e amostragem dos solos
 
02 compactação dos solos
02 compactação dos solos02 compactação dos solos
02 compactação dos solos
 
Ensaio triaxial
Ensaio triaxialEnsaio triaxial
Ensaio triaxial
 
Sondagem a percussão
Sondagem a percussãoSondagem a percussão
Sondagem a percussão
 
Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)
 
07 compactacao
07  compactacao07  compactacao
07 compactacao
 
Lista 2 índices físicos
Lista 2   índices físicosLista 2   índices físicos
Lista 2 índices físicos
 
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadada
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadadaPavimentos flexiveiserigidos lucasadada
Pavimentos flexiveiserigidos lucasadada
 
Aula sobre fundação 2016
Aula sobre fundação 2016Aula sobre fundação 2016
Aula sobre fundação 2016
 
Aula fundações profundas
Aula   fundações profundasAula   fundações profundas
Aula fundações profundas
 
Locação de obras
Locação de obrasLocação de obras
Locação de obras
 
Apresentação mecânica do solo
Apresentação  mecânica do solo Apresentação  mecânica do solo
Apresentação mecânica do solo
 

Similar a Sondagem

FUNDAÇÕES - TEORIA E PRÁTICA - PRIMEIRO MODULO.pptx
FUNDAÇÕES - TEORIA E PRÁTICA - PRIMEIRO MODULO.pptxFUNDAÇÕES - TEORIA E PRÁTICA - PRIMEIRO MODULO.pptx
FUNDAÇÕES - TEORIA E PRÁTICA - PRIMEIRO MODULO.pptx
AnaMachado812307
 
Ccna 1 conceitos básicos de redes v3.1
Ccna 1   conceitos básicos de redes v3.1Ccna 1   conceitos básicos de redes v3.1
Ccna 1 conceitos básicos de redes v3.1
i10network
 
Inversão Térmica e Ilhas de Calor
Inversão Térmica e Ilhas de CalorInversão Térmica e Ilhas de Calor
Inversão Térmica e Ilhas de Calor
StephanyChaiben
 

Similar a Sondagem (20)

Hauz Definitive Home - Book - 2019
Hauz Definitive Home - Book - 2019Hauz Definitive Home - Book - 2019
Hauz Definitive Home - Book - 2019
 
Rio Stay Residence - 2 quartos - Jacarepaguá
 Rio Stay Residence - 2 quartos - Jacarepaguá Rio Stay Residence - 2 quartos - Jacarepaguá
Rio Stay Residence - 2 quartos - Jacarepaguá
 
Rio Stay Residence - 2 quartos - Jacarepaguá
 Rio Stay Residence - 2 quartos - Jacarepaguá Rio Stay Residence - 2 quartos - Jacarepaguá
Rio Stay Residence - 2 quartos - Jacarepaguá
 
Calculo de septico.dana
Calculo de septico.danaCalculo de septico.dana
Calculo de septico.dana
 
Manual da panela de pressão Nigro Eterna
Manual da panela de pressão Nigro EternaManual da panela de pressão Nigro Eterna
Manual da panela de pressão Nigro Eterna
 
Metodologia executiva das Sondagens a Percussão SPT e Correlaões de Nspt
Metodologia executiva das Sondagens a Percussão SPT e Correlaões de NsptMetodologia executiva das Sondagens a Percussão SPT e Correlaões de Nspt
Metodologia executiva das Sondagens a Percussão SPT e Correlaões de Nspt
 
aula_sondagem.ppt
aula_sondagem.pptaula_sondagem.ppt
aula_sondagem.ppt
 
FUNDAÇÕES - TEORIA E PRÁTICA - PRIMEIRO MODULO.pptx
FUNDAÇÕES - TEORIA E PRÁTICA - PRIMEIRO MODULO.pptxFUNDAÇÕES - TEORIA E PRÁTICA - PRIMEIRO MODULO.pptx
FUNDAÇÕES - TEORIA E PRÁTICA - PRIMEIRO MODULO.pptx
 
1984 sao paulo_parte3 ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA DO BRASIL
1984 sao paulo_parte3 ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA DO BRASIL1984 sao paulo_parte3 ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA DO BRASIL
1984 sao paulo_parte3 ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA DO BRASIL
 
Cbr
CbrCbr
Cbr
 
Cbr
CbrCbr
Cbr
 
Livro sobre a cultura do inhame
Livro sobre a cultura do inhameLivro sobre a cultura do inhame
Livro sobre a cultura do inhame
 
Genesis
GenesisGenesis
Genesis
 
Open gallery laranjeiras material oficial
Open gallery laranjeiras  material oficialOpen gallery laranjeiras  material oficial
Open gallery laranjeiras material oficial
 
Ccna 1 conceitos básicos de redes v3.1
Ccna 1   conceitos básicos de redes v3.1Ccna 1   conceitos básicos de redes v3.1
Ccna 1 conceitos básicos de redes v3.1
 
Experiência em Automação do Processo de Testes em Ambiente Ágil com SCRUM e f...
Experiência em Automação do Processo de Testes em Ambiente Ágil com SCRUM e f...Experiência em Automação do Processo de Testes em Ambiente Ágil com SCRUM e f...
Experiência em Automação do Processo de Testes em Ambiente Ágil com SCRUM e f...
 
NBR 9604 - Coleta de Amostras.pdf
NBR 9604 - Coleta de Amostras.pdfNBR 9604 - Coleta de Amostras.pdf
NBR 9604 - Coleta de Amostras.pdf
 
Certificados chimbote
Certificados chimboteCertificados chimbote
Certificados chimbote
 
Gestion et dématérialisation des archives
Gestion et dématérialisation des archivesGestion et dématérialisation des archives
Gestion et dématérialisation des archives
 
Inversão Térmica e Ilhas de Calor
Inversão Térmica e Ilhas de CalorInversão Térmica e Ilhas de Calor
Inversão Térmica e Ilhas de Calor
 

Sondagem

  • 2. Exames do terreno a)  Visitar o local da obra, detectando a eventual existencia de alagados, afloramento de rochas etc.;̂ b)  Visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as solucoes adotadas;̧ ̃ c)  Fazer sondagem a trado (broca) com diametro de 2”̂ ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente; d)  Mandar fazer sondagem geotecnica.́
  • 3. Métodos de ensaio: direto, indireto e semi-direto
  • 4. Sondagem SPT A so n d a g e m m a is e x e c u t a d a e m s o lo s p e n e t r á v e is é a so n d a g e m g e o t é c n ic a a p e r c u ss ã o , d e s i m p l e s r e c o n h e c im e n t o , e x e c u t a d a c o m a c r a v a ç ã o d e u m b a r r il e t e a m o s t r a d o r , p e ç a t u b u l a r m e t á l i c a r o b u s t a , o c a , d e p o n t a b i z e l a d a , q u e p e n e t r a n d o n o s o l o , r e t ir a a m o s t r a s s e q ü e n t e s , q u e s ã o a n a l is a d a s v is u a l m e n t e e e m l a b o r a t ó r io p a r a a c la s s if i c a ç ã o d o s o l o e d e t e r m in a o S P T ( S t a n d a r d P e n e t r a t i o n T e s t ) , q u e é o r e g is t r o d a s o m a t ó r ia d o n ú m e r o d e g o l p e s p a r a v e n c e r o s d o i s ú l t i m o s t e r ç o s d e c a d a m e t r o , p a r a a p e n e t r a ç ã o d e 1 5 c m . N a s p r ó x im a s f ig u r a s s ã o m o s t r a d o s u m e s q u e m a d o e q u i p a m e n t o d e s o n d a g e m g e o t é c n ic a d e p e r c u s s ã o , a p l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s e u m l a u d o d e s o n d a g e m . 1 - c o n ju n to m o t o r- b o m b a 2 - re s e rv a tó rio d e á g u a 3 - t rip é tu b o s m e tá lic o s 4 - ro ld a n a 5 - t u b o - g u ia 5 0 m m 6 - e n g a te 7 - g u in c h o 8 - p e s o p a d rã o 6 0 k g 9 - c a b e ç a d e c ra v a ç ã o 1 2 3 4 5 6 9 8 7 E q u i p a m e n t o d e s o n d a g e m a p e r c u s s ã o
  • 8. Finalidades do ensaio SPT • a determinacao dos tipos de solo em suas respectivaş ̃ profundidades de ocorrencia;̂ • a posicao do nivel-d’agua;̧ ̃ ́ ́ • os indices de resistencia a penetracao (N) a cadá ̂ ̧ ̃ metro.
  • 9. Definições • SPT (standard penetration test): Abreviatura do nome do ensaio pelo qual se determina o indice de resistência á ̀ penetracao (N) com amostragem de solo;̧ ̃ • CPT (cone penetration test): indica a resistência e a compressibilidade do solo, mas não é possível retirar amostras; • N: Abreviatura do índice de resistencia a penetracao dô ̀ ̧ ̃ SPT, cuja determinacao se da pelo numero de golpeş ̃ ́ ́ correspondente a cravacao de 30 cm do amostrador-̀ ̧ ̃ padrao, apos a cravacao inicial de 15 cm, utilizando-sẽ ́ ̧ ̃ corda de sisal para levantamento do martelo padronizado.
  • 10. Critérios para avaliação do ensaio SPT • Locacao do furo e quantidades;̧ ̃ • Processos de perfuracão; • Amostragem e SPT; • Criterios de paralisacao;́ ̧ ̃
  • 11. Critérios para avaliação do ensaio SPT • Observação do nível de lençol freático; • Identificação das amostras e elaboração do perfil geológico-geotécnico; • Apresentação do relatório de sondagem.
  • 12. Amostragem • Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo colhido pelo trado-concha durante a perfuracao, ate 1 m de profundidade.̧ ̃ ́ • A cada metro de perfuracao, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidaş ̃ amostras dos solos por meio do amostrador-padrao, com execucao de SPT.̃ ̧ ̃ • O amostrador-padrao, conectado a composicao de cravacao, deve descer livrementẽ ̀ ̧ ̃ ̧ ̃ no furo de sondagem ate ser apoiado suavemente no fundo, devendo-se cotejar á profundidade correspondente com a que foi medida na operacao anterior.̧ ̃ • Caso haja discrepancia entre as duas medidas supra-referidas (ficando o amostrador̂ mais de 2 cm acima da cota de fundo, atingida no estagio precedente), a composicaó ̧ ̃ deve ser retirada, repetindo-se a operacao de limpeza do furo.̧ ̃ • Apos o posicionamento do amostrador-padrao conectado a composicao de cravacao,́ ̃ ̀ ̧ ̃ ̧ ̃ coloca-se a cabeca de bater e, utilizando-se o tubo de revestimento como referencia,̧ ̂ marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em tres trechos iguaiŝ de 15 cm.
  • 13. Número mínimo de sondagens • Nº mínimo = 2 furos • 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2 • 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2 • Para áreas superiores à 2400 m2 , deve ser realizado plano específico • Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
  • 14. Número mínimo de sondagens • Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2 • 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2 • 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2 • Para áreas superiores à 2400 m2 , deve ser realizado plano específico • Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2 • Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
  • 15. Localização dos furos • Distância máxima de 100 m; • Normalmente entre 15 a 20 m; • Priorizar posições relevantes na obra : pontos de maior carga – escadas, elevadores, reservatórios, etc.
  • 16. Localização dos furos • Sondagens não devem estar alinhadas; • Realizar furos próximos aos extremos da área; • Distância máxima de 100 m.
  • 17. Profundidade • Normalmente até a camada impenetrável, a partir de ensaios de campo mais usuais; ou • Consultar o projetista de fundações para definir a profundidade de interrupção, utilizando-se nestes casos de sondagens do tipo rotativa • Normalmente até a camada impenetrável, a partir de ensaios de campo mais usuais.
  • 18. Planta de locação dos furos de sondagem R u a X 8 0 0 1 0 0 0 1480 1950 1 2 0 0 770 4500 2 6 0 0 S P 0 1 S P 0 2 S P 0 3 3 5 0 0 RuaY C e n t ra l t e le f ô n ic a C a s a d e f o r ç a N P l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s d e s o n d a g e m P E R F IL D E S O N D A G E M G E O L Ó G IC A - E n s a io d e p e n e t ra ç ã o p a d rã o S P T
  • 19. Critérios para encerrar a sondagem O processo de perfuracao por circulacao de agua, associado aos ensaios penetrometricos,̧ ̃ ̧ ̃ ́ ́ deve ser utilizado ate onde se obtiver, nesses ensaios, uma das seguintes condicoes:́ ̧ ̃ a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetracao dos 15 cm iniciais do̧ ̃ amostrador-padrao;̃ b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetracao dos 30 cm iniciais do̧ ̃ amostrador-padrao;̃ c)quando,em 5 sucessivos,se obtiver 50 golpes para a penetracao dos 45cm do̧ ̃ amostrador-padraõ Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas as fundacoes e da naturezà ̧ ̃ do subsolo, admite-se a paralisacao da sondagem em solos de menor resistencia a̧ ̃ ̂ ̀ penetracao do que aquela discriminada anteriormente, desde que haja uma justificativa̧ ̃ geotecnica ou solicitacao do cliente.́ ̧ ̃
  • 22. Exemplo de laudo de sondagem 6 R u a X 8 0 0 1 0 0 0 1480 1950 1 2 0 0 4500 2 6 0 0 S P 0 1 S P 0 2 S P 0 3 3 5 0 0 RuaY C e n t r a l t e le f ô n ic a C a s a d e f o r ç a N P l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s d e s o n d a g e m P e n e t r a ç ã o G o lp e s / 3 0 c m C o t a ( R N ) N ív e l d a á g u a Amostra D ia g r a m a d a s p e n e t r a ç õ e s 1 0 2 0 3 0 4 0 Profundidade emmetros C la s s if ic a ç ã o d o m a t e r ia l 0 , 1 0 1 , 0 0 1 , 8 0 3 , 0 0 5 , 0 0 1 8 ,0 0 2 0 ,4 5 S o lo s u p e rfic ia l A r g ila s ilt o s a , v a rie g a d a id e m , m o le A r g ila s ilt o s a p o u c o a r e n o s a , m a rr o n , d u r a id e m , r ija id e m , d u ra A r g ila s ilt o s a , d u ra lim it e d e s o n d a g e m 4 1 4 9 1 1 2 2 2 7 2 8 2 9 3 0 3 1 5 2 0 1 3 1 5 3 5 3 7 3 8 3 9 4 3 4 7 P E R F IL D E S O N D A G E M G E O L Ó G IC A - E n s a io d e p e n e t ra ç ã o p a d rã o S P T C L IE N T E : L o c a l: R u a X 2 , 3 R e s p o n s á v e l T é c n ic o : S P 0 1 LO G O0 7 / 0 4 / 9 9 1 : 1 0 0 0 O b s : n ã o s e v e rif ic o u p r e s s ã o d ’ á g u a P e r f i l d e s o n d a g e m g e o ló g ic a ( p a r t e d o l a u d o t é c n i c o )
  • 23. PRINCIPIOS GERAIS DA APTIDAO DÉ ̃ SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE m p l o m o s t r a d o n o e s q u e m a n a p r ó x i m a f i g u r a . s e g u in t e é m o s t r a d o o d e t a l h e d e u m e n s a io p r á t ic o d e c a ã o d a t e n s ã o a d m is s í v e l d o s o l o . N . A .A B C C a m a d a s r e s i s t e n t e s e t ip o s d e f u n d a ç ã o i n d ic a d a s
  • 24. PRINCIPIOS GERAIS DA APTIDAO DÉ ̃ SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE • Se os solos A=B=C tem caracteristicas iguais dê ́ resistencia, e possivel implantar a fundacao em̂ ́ ́ ̧ ̃ A; • Se só A e resistente, devem-se apoiar fundacoes dé ̧ ̃ estruturas leves, cuja carga limite deve ser determinada por analise de recalque;́ • Se A e solo fraco é B e resistente, a fundacao e do tipó ̧ ̃ ́ profunda, atendendo-se para a carga limite em funcao da̧ ̃ resistencia dê C; • Se A=B sao solos fracos ẽ C e resistente, o apoio dá fundacao deverá ser em̧ ̃ C.
  • 25. Tabela dos estados de compacidade e de consistencia –̂ NBR 6484/2001
  • 26. Perfil estratigráfico 4.5.1 Perfil estimado do terreno Com base na investigação geotécnica realizada no terreno, representada na Figura 19, e nos perfis individuais, Anexo D, pode-se elaborar o perfil estratigráfico estimado do subsolo, identificando as camadas que o compõem e também o nível do lençol freático. Como foi visto no item 4.5, para montagem do perfil estratigráfico foram considerados apenas os furos que pertencentes ao perímetro edificado. Figura 19 – Perfil estratigráfico estimado da área em estudo Analisando o perfil estratigráfico pode-se observar que o solo que constitui as camadas do terreno apresenta-se de forma bem definido dividido em duas camadas, argila arenosa e área média argilosa, a sondagem foi paralisada logo após a camada de área média
  • 27. Exercício de fixação • Elabore um roteiro de atividades de como o estudo de sondagem deverá ser realizado para o empreendimento (em anexo). A partir, do roteiro identifique: a) Número de furos para definição do perfil do terreno, segundo a norma. b) Qual método poderia ser utilizado na avaliação geotécnica? c) Quais os indicativos que o ensaio SPT chegou ao final? d) Em quais situações seria indicada outro método diferente do SPT?
  • 28. Anexo