1. CELEBRAÇÃO DOMINICAL NA AUSÊNCA DO PRESBÍTERO
PERMANECEI EM MIM!
Notas
• Esta celebração está pensada para ser usada pelos Ministros Extraordinários da Sagrada
Comunhão e da Palavra, em Celebrações Dominicais na Ausência do Presbítero.
• A Liturgia da Palavra segue as leituras bíblicas adoptadas para a 44.ª Semana de Oração
pelas Vocações.
• O esquema para a distribuição da Sagrada Comunhão toma-se do Ritual.
I. RITOS INICIAIS
Cântico de Entrada
Caminha, Povo de Deus – C. Gabarain
Caminha, povo de Deus, caminha povo de Deus!
O Senhor é teu caminho, o Pastor que te conduz.
Caminha, povo de Deus, que Deus será tua luz!
Olha além no Calvário e contempla, suspenso, Jesus,
vida gerada na morte, novos homens, nova luz!
Cristo salvou os homens pela morte e ressurreição.,
do seu sangue derramado nasce a nova criação!
Céus e terra proclamam que a vitória nos vem da cruz,
mela mostrou seu amor e a todos salvou Jesus!
Povo escolhido de Deus, vive e canta a redenção,
Cristo por nós dá a vida; nasce a nova criação!
Presidente - Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos – Ámen.
P. - O Senhor nos faça crescer e abundar no amor mútuo e para com todos!
T. - E torne firme e irrepreensível o nosso coração na santidade!
Admonição inicial
A Igreja é uma comunhão fraterna e também a sua organização é colocada ao serviço desta
comunhão. Oremos juntos para tomarmos consciência que a comunhão é, antes de mais, um dom
de Deus, que devemos continuamente pedir na oração; e que devemos fazê-lo crescer através da
escuta da Palavra e da celebração do mistério cristão.
Acto Penitencial e Glória, como habitualmente.
Oração inicial
Senhor,
pela Tua palavra ajudai-nos a procurar-Vos,
a desejar-Vos, a amar-Vos, a encontrar-Vos.
Queremos somente, meditando a Tua palavra,
2. compreender melhor a nossa vocação e o nosso papel
de comunhão e de serviço no seio da Igreja,
pois o nosso coração crê na Tua palavra e ama a Tua Igreja.
Vinde, Espírito Santo, dentro de nós,
e ajudai-nos a viver quanto vamos experimentando,
saboreando e praticando a palavra de Deus em cada dia da nossa vida,
na nossa comunidade, na Igreja, no mundo.
T.: Amen
Acolhimento da Palavra (sugestão)
Poderá ser oportuno cantar um cântico para acompanhar a entronização da Palavra. Duas pessoas
ficam com uma vela acesa ao lado daquele que leva a Bíblia em procissão até ao lugar onde será
posta (num ambão ou sobre um banco à frente do altar). É conveniente ornar este lugar com
panos, flores e luz para salientar a centralidade da Palavra nesta acção celebrativa.
II. LITURGIA DA PALAVRA
I Leitura – Rom 12, 9-18
Leitura da Epistola do Apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: que o vosso amor seja sincero. Detestai o mal e apegai-vos ao bem. Sede afectuosos uns
para com os outros no amor fraterno; adiantai-vos uns aos outros na estima mútua. Não sejais
preguiçosos na vossa dedicação; deixai-vos inflamar pelo Espírito; entregai-vos ao serviço do
Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração. Partilhai
com os santos que passam necessidade; aproveitai todas as ocasiões para serdes hospitaleiros.
Bendizei os que vos perseguem; bendizei, não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram,
chorai com os que choram. Preocupai-vos em andar de acordo uns com os outros; não vos
preocupeis com as grandezas, mas entregai-vos ao que é humilde; não vos julgueis sábios por
vós próprios. Não pagueis a ninguém o mal com o mal; interessai-vos pelo que é bom diante de
todos os homens. Tanto quanto for possível e de vós dependa, vivei em paz com todos os
homens.
Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial – Salmo 40 (M.Luís)
Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade. (C. Silva ou M.Luís)
Aclamação ao Evangelho - Jo 15, 5
Refrão: Aleluia.
Eu sou a videira e vós sois os ramos, diz o Senhor:
se alguém permanece em Mim e eu nele,
dá muito fruto.
Refrão.
3. Evangelho – Jo 15, 1-8
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que não dá fruto
em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais purificados pela
palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si
mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não
permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele,
esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, é
lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e
assim vos acontecerá. Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos
comporteis como meus discípulos.»
Palavra da Salvação.
Comentário homilético
O texto do evangelista S. João fala do Pai como vinhateiro, de Jesus como a cepa da videira e de
nós como seus ramos. Para que o ramo dê fruto, tem de estar unido à videira, isto é, a Jesus.
Se nos separarmos d'Ele, nada poderemos: secaremos e seremos lançados ao fogo.
Portanto, a união a Cristo é um assunto de importância essencial: “Permanecei em Mim!”
Na vida vegetal, a poda é necessária. Sem ela, diminui a fecundidade de qualquer árvore de
fruto. Deus Pai também nos poda, isto é, corta os nossos defeitos, para que assim sejamos mais
fecundos... É preciso que nos deixemos podar por Deus! O seu projecto, a sua vontade e a sua
glória é que vivamos produzindo frutos abundantes.
A mensagem que ressalta repetidamente do texto evangélico é a importância da união com Jesus, se
queremos fazer na vida alguma coisa que mereça a pena. E essa união não pode ser uma união
qualquer! Na verdade, pode-se viver em união com Cristo a partir das suas ideias, apenas porque a
sua doutrina nos convence e porque achamos o evangelho como algo valioso… Contudo, daí não
brotar mais do que admiração!
Essa união tem que ser, sobretudo, espiritual, existencial, ficando a nossa vida toda impregnada
da seiva própria de Jesus, do seu amor, dos seus sentimentos, do seu carácter de homem forte e
amável. Mais ainda: Ele é-nos indispensável, sem Ele nada conseguimos render. Seríamos como
um ramo cortado!
Mas, se nos abrirmos a esta realidade, experimentaremos maior dinamismo, maior força, mais
seiva jovem e uma vida completamente nova. Aquela vida que nos apresenta S. Paulo escrevendo
aos cristãos de Roma.
Caríssimos, S. Paulo, com a sua experiência profunda de união com Cristo, pode ajudar-nos
concretamente a viver a nossa vocação cristã com mais fervor e radicalidade evangélica. Ele
escreve a uma comunidade onde os vários membros estão divididos entre eles (sem má intenção,
mas de facto) e precisam encontrar o centro do seu fazer e do seu andar. Será também o caso da
nossa comunidade? Nesta Semana de Oração pelas Vocações queiramos fazer a nossa parte!
O Apóstolo exortava: «Longe de vós a preguiça espiritual! Longe de vós recompensar o mal
recebido com uma nova maldade! Pelo contrário, se quereis permanecer unidos a Cristo, nosso
Senhor, deveis procurar viver o amor sincero que dá generosamente sem olhar para o que recebe;
deveis estimar-vos mutuamente, respeitar-vos [que é mais do que tolerar!], falardes bem os uns
dos outros, isto é “bendizer”».
Deixando-nos inflamar pelo Espírito de Deus, irmãos, com certeza também nós poderemos
dedicar-nos ao serviço do Senhor, em Igreja, comunicando a todos a beleza da nossa comunidade,
vivendo, acolhendo, partilhando a fé que recebemos. Perseverantes na oração e pacientes na
tribulação, mas alegres na esperança.
4. Silêncio de interiorização
Se for oportuno, pode-se ler um trecho do documento Novas Vocações por uma nova Europa (nº
27).
«A Igreja propõe-se como o espaço humano de fraternidade em que todo o crente pode e
deve fazer experiência daquela união entre os homens e com Deus que é dom do Alto. Dessa
dimensão eclesial são um esplêndido exemplo os Actos dos Apóstolos, onde é descrita uma
comunidade de crentes profundamente marcada pela união fraterna, pela partilha dos bens
materiais e espirituais, dos afectos e dos sentimentos (Act 4,32), a ponto de ser «um só
coração e uma só alma» (Act 4,32).
Se toda a vocação na Igreja é um dom a ser vivido para os outros, como serviço de caridade
na liberdade, então é também um dom a ser vivido com os outros. Por isso, só se descobre
quando se vive em fraternidade.
A fraternidade eclesial não é apenas virtude comportamental, mas itinerário vocacional. Só
vivendo é possível escolhê-la como componente fundamental de um projecto vocacional, ou
só saboreando-a é possível abrir-se a uma vocação que, em qualquer caso, será sempre
vocação à fraternidade.
Pelo contrário, não pode sentir nenhum atractivo vocacional quem não experimenta alguma
fraternidade e se fecha ao relacionamento com os outros, ou interpreta a vocação apenas
como perfeição privada e pessoal. »
Oração (todos)
Obrigado, Senhor Jesus,
porque com o Baptismo
nos chamaste a fazer parte da tua Igreja.
Faz com que alimentemos a nossa fé
com a escuta da Tua palavra
com a fidelidade à Eucaristia
e a oração diária.
Ajuda-nos a amar
a nossa comunidade cristã
e a colocarmo-nos com disponibilidade
ao seu serviço.
Liberta-nos, Senhor,
de todos os individualismos
e torna-nos capazes de realizar a paz,
a concórdia e a unidade. Ámen.
Profissão de Fé
Oração Universal
P. - Jesus, Bom Pastor, suscitai em todas as comunidades paroquiais, sacerdotes e diáconos,
religiosos e religiosas, leigos consagrados e missionários, segundo a necessidade do mundo
inteiro, que Vós amais e quereis salvar.
5. Confiemo-Vos, de maneira particular, a nossa comunidade: criai no meio de nós o clima espiritual
das primeiras comunidades cristãs, para que possamos ser um cenáculo de oração em amoroso
acolhimento do Espírito Santo e dos seus dons. Rezemos:
Jesus, Bom Pastor, ouvi-nos!
1. Pela Igreja e por cada comunidade espalhada pelo mundo, para que sejam cada vez mais sinal
do rosto misericordioso de Deus, oremos.
2. Pelos Bispos, por todos os presbíteros e diáconos, para que sejam fiéis à graça recebida,
oremos.
3. Pelos leigos consagrados e por todos os Institutos seculares, apara que sejam sempre o sal da
terra e fermento de uma fé que se renova quotidianamente, oremos.
4. Pelos religiosos e religiosas, que cuidam dos mais pobres e doentes, para que sejam “Cireneus
da alegria”, oremos.
5. Pelas comunidades monásticas e contemplativas, para que sejam para a humanidade de hoje
luzeiros de uma serena confiança em Deus, oremos.
6. Pelos missionários em todo o mundo, para que sejam “samaritanos da esperança”, oremos.
7. Pelas famílias e pelos que se preparam para o matrimónio, para que sejam testemunhas do
“amor que jamais passará”, oremos.
8. Por todos os jovens que colocam seriamente a questão da vocação, para que sem medo dêem
um Sim generoso a Deus que os chama, oremos.
Todos - Ó Jesus, Divino Pastor das almas, que convidastes os apóstolos para fazerdes deles
pescadores de homens, atraí ainda hoje para Vós as almas ardentes e generosas dos jovens, para
os tornardes vossos seguidores e ministros; tornai-os participantes da Vossa sede universal de
redenção, pela qual renovai em cada dia o Vosso sacrifício.
Vós, ó Senhor, sempre vivo para interceder por nós, abri os horizontes do mundo inteiro, onde o
silencioso suplicar de muitos irmãos pede a luz da verdade e o calor do amor; a fim de que
respondendo ao vosso chamamento, prolonguem aqui a vossa missão, edifiquem o vosso Corpo
místico, que é a Igreja, e sejam sal do mundo e luz da terra.
O Presidente da Assembleia conclui a Oração Universal:
P. - Confiando estes pedidos ao coração da poderosa intercessão de Maria, mãe e modelo de
todas as vocações, suplicamo-Vos, Senhor Jesus Cristo, sustentai a nossa fé, na certeza de que o
Pai realizará o que Vós mesmo nos mandastes pedir. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do
Espírito Santo.
T. - Ámen.
Toma-se o Ritual para a Distribuição da Sagrada Comunhão.
Se não se distribui a Sagrada Comunhão, termina-se com um Pai Nosso e a Oração da Semana de
Oração pelas Vocações.
No final da distribuição da Sagrada Comunhão, reza-se em conjunto, a Oração da Semana de
Oração pelas Vocações (pagela).
6. Cântico Final
O Senhor é meu Pastor – N. Lemos
Confiarei nessa voz que não se impõe
Mas que ouço bem cá dentro no silêncio a segredar
Confiarei, ainda que mil outras vozes
Corram muito mais velozes para me fazer parar
E avançarei, avançarei no meu caminho
Agora eu sei que Tu comigo vens também
Aonde fores aí estarei, sem medo avançarei
O Senhor é meu pastor
Sei que nada temerei
Ele guia o meu andar
Sem medo avançarei (bis)
Confiarei na Tua mão que não me prende
Mas que aceita cada passo do caminho que eu escolher
Confiarei ainda que o dia escureça
Não há mal que me aconteça se conTigo eu estiver
Confiarei por verdes prados me levas
E em Teu olhar sossegas a pressa do meu olhar
Confiarei, a frescura das Tuas fontes
Deixa a minha vida cheia, minha taça a transbordar