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Universidade do Estado da Bahia – UNEB
          Departamento de Ciências Exatas e da Terra-DCET
          Colegiado de Biologia
          Licenciatura em Ciências Biológicas
          Discente: Paula Gabriele Trindade Freitas




          Estágio Supervisionado II

Portfólio realizado com uma turma de Ensino Médio do
Colégio Estadual de Feira de Santana - Bahia feito por
Paula Gabriele Trindade Freitas graduanda do curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade do
Estado da Bahia – UNEB, Campus II




          Alagoinhas, 14 de fevereiro de 2011
Diário de Bordo 2
Oi amigo navegador! Olha eu aqui novamente,
e mais uma vez vim te convidar para mais uma
das minhas aventuras. Quer descobrir qual é
essa?!




                     Então siga em frente…
Ficha Técnica…
Oi mais uma vez! Eu sou Paula Gabriele Trindade
  Freitas, estudante do curso de Licenciatura em
  Ciências Biológicas da Universidade do Estado da
  Bahia – Campus II, Alagoinhas. E como estudante
  de um curso de Licenciatura, venho através deste
  Portfólio comentar um pouco sobre a experiência
  vivenciada por mim mais uma vez, ao realizar um
  Estágio, agora não mais de observação e sim de
  Regência, em um Colégio do Ensino Médio como
  parte das atividades da componente curricular
  Estágio Supervisionado II, do oitavo semestre,
  ministrada pela Professora Orientadora Cláudia
  Regina Teixeira de Souza.
….
O objetivo da atividade foi observar, analisar e reger
 as aulas de Biologia. A Regência foi feita em uma
 turma vespertina do Ensino Médio no Colégio
 Estadual de Feira de Santna – Bahia.

A observação e a regência durante o Estágio criou um
 campo de aproximação maior do cotidiano de um
 ambiente escolar, permitindo vivências, experiências
 e implicações que eu na qualidade de futura
 professora de Biologia também estarei presente,
 sendo assim, o estágio de regência é de fundamental
 importância, ajudando na formação da identidade
 profissional.
...Mensagem ao navegador…
 Ensinar é deixar um sinal positivo na vida das
                    pessoas.

   “O professor tem esse poder nas mãos.”
   Ensinar exige disciplina Intelectual !!!




                 Equipe Pedagógica : Rômulo Castello
Caro navegador, é com grande prazer que convido
 você a viver junto comigo essa aventura mais
 uma vez… E como toda aventura, as surpresas
 são fundamentais! Aposto que você é curioso e
 quer descobrir que surpresas são essas. Então
 vamos nessa! Espero que goste..




                                  Boa leitura!
...O Estágio é…
Um momento na formação em que o graduando
 pode vivenciar experiências, conhecendo melhor
 sua área de atuação. De acordo com a Lei de
 Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
 9.394/96) o Estágio de Licenciatura, é
 necessário à formação profissional a fim de
 adequar essa formação às expectativas do
 mercado de trabalho onde o licenciado irá
 atuar. É muito importante na formação de
 educadores, sendo um eixo central na formação
 dos mesmos, pois somente através do estágio o
 profissional poderá conhecer os aspectos
 indispensáveis para a formação da construção
 da identidade do professor e dos saberes do dia-
 a-dia.
Somente na prática o estagiário será capaz de
  observar e identificar os problemas, e aprender
  a resolvê-los por meio de questionamentos e
  exemplos de atitude coerente. Assim, o estágio
  é a forma de passar pela transformação aluno-
  professor. Saber a vivência docente é
  fundamental para os discentes do curso de
  Licenciatura em Ciências Biológicas, pois
  esclarece algumas questões relevantes ao dia a
  dia dos professores em sala de aula.
...e escrevendo mais um pouco…


O meu Estágio foi dividido em duas etapas,
 sendo a primeira de observação e a segunda de
 regência. A primeira etapa teve início no dia
 14/09/2010 e fim no dia 01/10/2010,
 totalizando um número de seis aulas
 observadas. A segunda etapa, teve início no dia
 19/10/2010 e fim no dia 14/12/2010, sendo
 cinco semanas de aulas ministradas e uma
 semana de prova.
A metodologia aplicada à proposta do meu estágio
 foi desenvolvida a partir da elaboração de
 planos semanais contendo seqüencias didáticas
 que buscou potencializar as relações interativas
 em sala de aula e acompanhadas de proposta de
 avaliações que fossem viáveis a realidade dos
 estudantes. Além disso, houve a interação
 Professor – Aluno, abrindo-se discussões em
 sala, contextualizando e abordando assuntos do
 cotidiano com os assuntos vistos em sala,
 portanto, as aulas eram participativas e
 interativas.

Segundo KULCSAR, 1994,
             O Estágio não pode ser encarado como uma tarefa
               burocrática a ser cumprida formalmente. Deve,
               sim, assumir a sua função prática, revisada numa
               dimensão mais dinâmica, profissional, produtora,
               de troca de serviços e de possibilidades de abertura
               para mudanças.
...Navegando em um lugar
     de surpresas…

No final das férias de mais um semestre na
 universidade, recebemos mais uma missão, e
 essa seria diferente das outras, porque se a
 Professora da disciplina nos procurou com
 tanta antecedência, algo nos esperava mais a
 frente….
A tarefa dessa vez era Ensinar alunos de
 Ensino Médio, no período da IV unidade. A
 unidade mais complicada para todos os
 colégios, Reta final do ano letivo. Então a
 professora que estaria ministrando o
 componente curricular nos procurou e pediu
 que adiantassemos a procura pelos Colégios,
 pois teriamos que cumprir a nossa missão, e já
 de início enfrentariamos um obstáculo, dentre
 muitos outros….

              O tempo!
Assim, lá fomos nós. Nós?! Você deve tá se
 perguntando.. E quem mais estava nessa
 aventura? Pois é, Eu e mais duas colegas,
 moravamos na mesma cidade, então decidimos
 ir juntas procurar um colégio, já que a nossa
 Professora permitiu que estagiassemos no
 mesmo lugar, para que ela pudesse observar
 todas juntas num mesmo dia, claro que em
 horários de aula diferentes (risos).
E lá fomos nós procurar o colégio… e entre
 dúvidas, incertezas, projetos de fim de
 ano, horários que não se ajeitavam, com os
 nossos nos colégios, em indas e vindas…
 Finalmente conseguimos encontrar o
 Colégio!
... o Escolhido…
Qual era a nossa sensação por ter achado o que
 procuravamos? Alegria ou Ansiedade?!
 Pensando bem.. Os dois. E no pensamento.. E
 agora, o que realmente nos esperava?
 Decidimos então seguir mais uma vez em
 frente e procurar o Diretor , ele estava presente,
 porém, ocupado pois, o colégio passava por
 reformas. Ahh!! Desculpem vocês devem está se
 perguntando, e qual é mesmo o Cólegio?
 Sim…Sim.. Vou apresentá-lo.
“Colégio Estadual de Feira de Santana”
  (C.E.F.S) situado na rua Juracy Magalhães,
  s/n, Kalilândia, na cidade de Feira de Santana
  – Bahia. Eram três turmas, uma turma de
  primeiro ano e duas turmas de segundo ano nos
  dias de terças e sextas–feiras. A turma
  escolhida por mim, foi o segundo ano 1
  vespertino; as aulas eram de cinquenta minutos
  . Embora esteja no centro da cidade, ele atende
  a população não só da cidade, como também
  dos distritos e de bairros mais distantes da
  cidade, sendo frequentado não só por alunos
  carentes, mas também de classe média. Bem
  apresentado.. Voltamos a conversar… E
  passado alguns minutos…
O Professor – Diretor nos atendeu,
 conversamos , ele nos apresentou a
 Professora regente das turmas e os mesmos
 aceitaram que cumprissemos a nossa
 missão      lá. Assinamos os papéis
 burocráticos. Vencida esta etapa, fomos
 conhecer o espaço do escolhido e de início
 ficamos um pouco assustadas… Por que,
 vocês devem está se perguntando?
Como eu já tinha dito há pouco, o colégio estava
 passando por reformas, então, havia pedreiros,
 materias de construção, salas completamente
 vazia, pois, ainda cheirava a cimento fresco,
 mudança de salas todos os dias, nem mesmo os
 professores sabiam aonde estavam as suas turmas.
 Mais uma vez pensamos..Será que fizemos a
 escolha certa? Como cumprir uma missão
 importante, num colégio que está passando por
 esse processo? E a desorganização? E quando a
 nossa Professora chegasse para ver o cumprimento
 da nossa missão, o que ela pensaria? Será que ela
 também ficaria assustada? E por que essa reforma
 no final do ano letivo? Ano Político?
Eram tantos questionamentos, mesmo
 assim, decidimos continuar, até mesmo
 porque, uma palavrinha tão pequena, mas
 que faz uma diferença enorme interferia. o
 TEMPO! Não havia mais tempo a perder.
 Agora era arregaçar as “mangas” e ir a
 luta. E entre procuras e procuras..
 Achamos finalmente as nossas turmas, e
 felizmente elas permaneceriam naquelas
 salas até o encerramento do ano letivo.
O colégio possui um auditório, um laboratório de
 ciências completo (microscópio quebrado,
 amostras de animais, materiais para aulas de
 anatomia, além de materiais para as aulas de
 química e física), porém, mal cuidado, uma
 cantina, sala dos professores, banheiros
 femininos e masculinos inacabados, uma
 secretaria, possuia TV pen-drive, Data-show,
 Dvd, Notebook, uma quadra esportiva
 abandonada. Todos esses recursos pareciam
 perdidos      no     “Escolhido”       estavam
 completamente abandonados, faltava cabos
 para a multimídia, limpeza do ambiente,
 cuidados no manuseio…..
Hã?! O que realmente faltava naquele
 colégio? Cuidado, carinho, amor,
 atenção,organização, sensibilidade e…?
 É faltava tudo isso… Como esses alunos
 faziam nas pesquisas e nos trabalhos
 solicitados pelos professores, se no colégio
 não havia biblioteca? E nem todos tinham
 acesso a internet ou até mesmo
 computador em casa?
     As salas eram mal iluminadas e pouco
 ventiladas, as cadeiras em péssimo estado
 de conservação e não tinham cadeiras para
 esquerdos.
O que fazer diante de tantas mazelas?
 Cruzar os braços? Realmente seria a
 melhor opção? E nós que estavamos ali e
 eramos apenas um grão de areia, como
 ajudar? E agora, como ficaria a nossa
 missão?      Desesperador, essa seria a
 palavra correta, mas, até hoje não consigo
 entender o por que do colégio passar por
 isso tudo. Interesse ou desinteresse?
 Frustação ou decepção?Investimento ou
 falta de investimento? Afinal, o que esse
 colégio nos ensinaria, se nos estavamos ali
 para ensinar?
Você deve está querendo saber as respostas,
 pois é, eram essas mesmas respostas que eu
 queria e não as encontrava, até entrar em
 sala de aula. Mais a frente navegador,
 você vai começar a entender e ter algumas
 respostas, pois, nem eu mesma tenho
 todas.
…E esse sou eu…
… a Regente da turma…
A professora regente é concursada e formada
 pela Universidade Estadual de Feira de
 Santana (UEFS) em Licenciatura em Ciências
 Biológicas, leciona há mais de 10 anos para
 alunos do Ensino Fundamental II e alunos do
 Ensino Médio. O que dizer dela? Não tenho
 muito a dizer , a mesma era uma pessoa
 reservada, tranquila, simples, de poucas
 palavras, leciona há anos no colégio e sempre
 presente.
Observei que o seu relacionamento com os demais
 colegas de profissão era amigavel, mas, sem
 muita intimidade, pouca conversa. Do que
 pude observar e conversar com ela, o cansaço é
 visível ao seus olhos. Confesso que o tempo em
 que estive no colégio, nunca entendi porque ela
 dava tanto conselho para que não seguissemos
 a profissão. Frustração? Estresse?
Acredito que sim. Presenciei descasos dos alunos
 para com as atividades dos professores. E esse
 comportamento dela interferia em sala de aula?
 Notei que sim, no período em que observei suas
 aulas.
MASLACH (1999:36), afirma que:

             O desgaste físico e emocional não é um problema
             das pessoas, mas do ambiente social em que elas
             trabalham. A estrutura e o funcionamento do
             local de trabalho, moldam a forma da interação
             das pessoas e a forma como elas realizam o seu
             trabalho. Quando o local de trabalho não
             reconhece o lado humano dessa atividade, o risco
             de desgaste cresce, trazendo com ele um preço
             bastante                                   alto.
O ambiente de trabalho do professor pode
 desencadear estresse porque nele o professor se
 depara com muitas situações conflitantes
 como, por exemplo: salas de aula com um
 número excessivo de alunos, falta de recursos e
 de uma estrutura física adequada para a
 realização do trabalho pedagógico, classes onde
 os alunos apresentam um alto nível de
 agressividade, violência e indisciplina, falta de
 apoio dos colegas e trabalho e da direção da
                      escola.
Ela era querida pelos alunos, pois,
 descontraía e conversava nas aulas, claro
 que tudo muito restrito e sem muita
 intimidade. Alguns achavam sua aula
 chata e que não parecia ser aula de
 Biologia, porque era tudo muito mecânico
 e rotineiro. Falarei mais sobre isso no
 próximo capítulo.
ABREU & MASETTO (1990: 115),afirma que:
             “é o modo de agir do professor em sala de aula, mais
               do que suas características de personalidade que
               colabora para uma adequada aprendizagem dos
               alunos; fundamenta-se numa determinada
               concepção do papel do professor, que por sua vez
               reflete valores e padrões da sociedade”.



Ainda segundo o autor,
              “o professor autoritário, o professor licencioso, o
               professor competente, sério, o professor
               incompetente, irresponsável, o professor amoroso
               da vida e das gentes, o professor mal-amado,
               sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio,
               burocrático, racionalista, nenhum deles passa
               pelos alunos sem deixar sua marca”.
O papel do professor consiste em agir como
 intermediário entre os conteúdos da
 aprendizagem e a atividade construtiva
 para assimilação.
…a Turma da regente…
A minha turma escolhida foi o segundo ano um
 vespertino, nossos encontros eram sempre as
 terças e sextas – feiras. Pequena! Apenas
 dezesseis alunos frequentavam, sendo nove
 moças e sete rapazes, eram tranquilos , de bom
 comportamento, esforçados e inteligentes. Para
 mim uma grande surpresa. Alguém já ouviu
 falar que a primeira impressão é a que fica?
 Diante de um colégio cheio de mazelas, como
 poderia haver uma turma tão diferente,
 harmônica e coesa? Uma pequena notável…
 Esperava o pior!
Achiles, 1996; Finn,1998; Mosteller, 1995,
 mostram que:
            as turmas menores apresentam, de forma sistemática
              e acentuada, melhor aproveitamento do que as
              maiores, em ambos os testes aplicados ao longo do
              tempo e para todas as categorias de alunos
              (brancos ou minorias; urbanos, suburbanos e
              rurais); o efeito positivo das turmas reduzidas é
              bem maior nos grupos minoritários; as taxas de
              repetência foram menores nas turmas de menor
              tamanho.
…a Turminha…
… o Livro…
AMABIS e MARTHO. Biologia dos organismos: A
 diversidade dos seres vivos. Volume 2. 2ª Edição.
 Editora Moderna, São Paulo -2004.
O papel do livro é de fundamental importância
 na vida escolar e social do nosso aluno. Mesmo
 não sendo o elemento central do aprendizado, o
 livro didático tem parcela muito grande nessa
 questão, pois é um elo de ligação, professor e
 aluno.

MACHADO (1991) diz que,
              ele é um instrumento que pode auxiliar o professor
              e o aluno no processo da ação educativa, bem como
              pode ser mero instrumento que por si só não
              provoca transformações.
FREITAG (1989) afirma que,
             professores e alunos acabam tornando-se escravos
              do livro didático, ao invés de o utilizarem como
              instrumento     de     contribuição     para    o
              desenvolvimento da autonomia, do senso crítico, e
              de contra ideologia, acabam tornando-o roteiro
              principal, ou exclusivo, do processo de ensino
              aprendizagem.
… a Observação…
Numa terça-feira, precisamente, dia quatorze de
 setembro de dois mil e dez, observei a primeira
 aula da Professora regente, ela chegou
 atrasada, logo em seguida corrigiu uma lista de
 exercício sobre reino monera. Fui apresentada a
 turma, notei que os olhares curiosos e os
 burburinhos, predominaram na sala durante
 uns cinco minutos. Natural, afinal, eu era uma
 novidade, num colégio, que essa palavra não
 tinha muito espaço.
A aula transcorreu tranquila, mas, sem muito
 rendimento, pois, os alunos muitas vezes
 pareciam nem notar a presença da professora.
 Pelo que pude notar, a maioria da sala já tinha
 alcançado a média e já estavam passados na
 disciplina.

Ao final da aula, a própria professora teceu esse
 comentário. E mais uma vez percebi que a
 missão realmente não seria fácil. Como fazer
 para segurar alunos passados na disciplina em
 sala de aula? Como conservar a frequência dos
 alunos em sala, sendo eu Estagiária? Difícil,
 porém não impossível.
O papel do professor em sala como instrumento
 motivacional deve ele ressaltar a importância da
 disciplina na formação acadêmica, bem como na sua
 vida profissional estimulando o aprendizado diante
 de suas futura perspectiva de vida.

 O professor deve descobrir estratégias, recurso para
 fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer
 estímulos para que o aluno se sinta motivado a
 aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o
 sempre, para ele, aprendizagem é também motivação,
 onde os motivos provocam o interesse para aquilo que
 vai ser aprendido. É fundamental que o aluno queira
 dominar alguma competência. O desejo de realização
 é a própria motivação, assim o professor deve
 fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus
 avanços, captando a atenção do aluno.
…Comentando sobre…
Aula Expositiva
De acordo com Saviani (1983), até a década de
 30, aproximadamente, predominava nas escolas
 brasileiras a concepção pedagógica tradicional.
 Nessa concepção, o professor, visto como o
 centro do processo de ensino, deveria dominar
 os conteúdos fundamentais a serem
 transmitidos aos alunos. Nesse contexto, a aula
 expositiva era considerada como a técnica mais
 adequada à transmissão de conhecimento na
 sala de aula.
A importância dada ao papel do professor como
 transmissor do acervo cultural legou ao chamado
 ensino tradicional um caráter verbalista, autoritário e
 inibidor da participação do aluno, aspectos estes
 transferidos para a aula expositiva, considerada como
 técnica de ensino padrão da Pedagogia Tradicional.

Segundo Antônio Osima Lopes,
                  é possível transformar a aula expositiva numa técnica de
                 ensino dinâmica e capaz de desenvolver o pensamento crítico
                 do aluno, dando-lhe oportunidade para o desenvolvimento da
                 reflexão crítica, da criatividade e da curiosidade científica,
                 atributos essenciais numa educação transformadora. Uma
                 alternativa para transformar a aula expositiva em técnica de
                 ensino capaz de estimular o pensamento crítico do aluno é
                 dar-lhe uma dimensão dialógica.Essa forma de aula
                 expositiva utiliza o diálogo entre professor e alunos para
                 estabelecer uma relação de intercâmbio de conhecimentos e
                 experiências.
…Observar pra quê?...
A observação é um momento da realização de
 diagnóstico local, verificando como ocorre à
 prática e a rotina escolar. Nesse momento, temos a
 chance de verificarmos como se constrói um espaço
 de produção de conhecimento sobre a prática
 pedagógica desenvolvida no cotidiano da escola
 pública, através de um processo criador e
 inovador, de análise e de reflexão, nos
 aproximando da realidade da escola, a fim de que
 possamos compreender melhor os desafios que
 deveremos enfrentar no momento da prática do
 estágio e até mesmo, do trabalho, de forma crítica
 e consciente.
É o momento de conhecermos os alunos, suas
 dificuldades,    peculiaridades,     anseios,de
 conhecer como a escola se organiza para receber
 estes alunos, de verificar qual postura
 deveremos ter ao estagiar, ao realizar a
 regência.
… a Regência…
…Primeira semana…
Chegou a tão esperada hora de assumir definitivamente
  a frente da missão. Era a minha vez de estar no
  comando agora. A responsabilidade era grande. Tinha
  que dar certo, mesmo com tantas dificuldades.
E já na primeira semana, um vilão aparece para tentar
  atrapalhar. E você se pergunta quem pode ser? o
  Feriado. Passado a semana de prova, a próxima aula,
  eu já estaria em sala… Até que terça-feira doze de
  outubro de dois mil e dez, Feriado Nacional (Dia
  das Crianças). A aula seguinte então seria no dia
  quinze de outubro de dois mil e dez, Feriado
  novamente. ( Dia do Professor). Resultado da missão
  : Tentativa um = Perdida.
Agora sim! Dezenove de outubro de dois mil e dez.
  Terça-feira às dezesseis horas. Entrei na sala. A
  primeira pergunta foi? – A senhora é a nova
  professora de Biologia? – Sim , sou… E começei uma
  conversa informal, apresentando-me a eles, assim
  como, iniciei o nosso diário, e conheçendo-os também.
  Em seguida, relatei como trabalhariamos juntos, e
  abrir um pequeno espaço para dúvidas e sugestões.
Na sequência apresentei o conteúdo da unidade. Eu
  havia preparado uma aula expositiva e dinâmica,
  pois levei figuras para demonstração do conteúdo, de
  maneira que facilitasse a memorização e o
  aprendizado do mesmo. Resultado do primeiro dia da
  missão = Sucesso!!
Já sei! Você quer saber o assunto qual era não é?
  Calma! Eu vou dizer : * Poríferos e Cnidários.
O sucesso da primeira missão deu-se ao fato da
 motivação em sala de aula, os alunos gostaram
 da forma como o conteúdo foi abordado .

Para Leontiev (2005) a motivação para aprender
 é sempre determinada, em grande parte, pelos
 valores que apóiam e justificam a
 aprendizagem.
Vinte e dois de outubro de dois mil e dez. Sexta-feira às
 quatorze horas, entrei em sala, para mais um dia de
 missão. O assunto da vez era Platelmintos, entre
 explicação e conversas, pude notar no olhar de cada
 um a alegria do momento, dentro de mim irradiava
 felicidade, pois, sabia que estava conseguindo
 alcançar o objetivo da missão, o medo da evasão por
 parte dos alunos, pelo fato de ser estagiária, já tinha
 ido embora, a frequência deles permanecera a mesma.
 E na minha cabeça alguns questionamentos,
 continuavam sem resposta.. Para que Frustação, se a
 sala tem um redimento, um desempenho tão bom?
 Infelizmente, nem todos pensam e agem igual.
 Digamos que falta de aproveitamento, e de interesse
 sim, por parte de alguns da escola. Alunos bons, mal
 aproveitados.
Como descobrir que há riquezas na escola, se
 quem cuida delas , não as valoriza ou menos
 faz questão de apresentá-las no corpo do
 colégio? Eu nunca saberia, se não tivesse vivido
 essa experiência com eles.




                        Exemplares usados na aula
…Segunda semana…
Vinte e seis de outubro. Terça-feira às dezesseis
 horas Começo a aula com a chamada, e
 apresento mais um assunto “Nematelmintos”
 Entre dúvidas, conversas e explicação,
 apresento gravuras para que eles associem e
 memorizem o assunto. E de repente ouço um
 comentário, vindo do fundo da sala, quase um
 susurro… - Estamos tendo aula de Biologia
 mesmo, não é? Neste momento, percebi que
 estava fazendo a diferença naquela sala.
 Alimentando em mim a Esperança de que as
 coisas podem ser diferentes, basta querermos.
Finalizei a aula entregando duas atividades,
 uma lista de exercício e um Estudo dirigido,
 sobre o próximo assunto ( Mollusco e Anellida)
 pois, só nos encontrariamos novamente no dia
 dezesseis de novembro de dois mil e dez, avisei
 que o estudo dirigido seria a primeira nota da
 quarta unidade e que valeria três pontos e
 também dexei marcado um mini-teste em dupla
 para o dia dezenove de novembro. Com os
 primeiros assuntos trabalhados em sala.

Vinte e nove de outubro de dois mil e dez.
 Feriado (Funcionário Público).
…Comentando sobre…
Estudo Dirigido
O estudo dirigido é uma atividade realizada pelos
 alunos, com roteiros previamente traçados pelo
 professor, conforme as necessidades do aluno ou da
 classe. O estudo parte da leitura de um texto
 escolhido pelo professor, tratando-se, porém, de uma
 leitura ativa e não passiva. No estudo dirigido, o
 aluno, seja individualmente, seja em grupo, terá que
 trabalhar bastante no texto entregue pelo professor,
 usando sua própria criatividade na interpretação e
 na extrapolação do conteúdo do texto. O Estudo
 Dirigido , portanto, procura o desenvolvimento
 reflexivo, da análise crítica, em vez da memorização
 de uma quantidade de informações.
EXEMPLARES USADOS EM SALA
…Terceira semana…
Dois de novembro de dois mil e dez. Terça-feira.
 Feriado (Finados).




Cinco de novembro de dois mil e dez. Sexta-feira.
  Escola foi emprestada para o ENEM(Exame
  Nacional do Ensino Médio).Não houve aula.
…Quarta semana…

Não houve aula. O colégio tem um projeto
 “Semana de Linguagem” São oferecidos
 oficinas de linguagem durante a semana, por
 alunos de Letras da Universidade Estadual de
 Feira de Santana (UEFS).
A semana de linguagem é um projeto conveniado entre
  a UEFS e a Escola: formandos do curso de Letras
  com Inglês aplicam oficinas com o objetivo de
  promover a produção textual e análise lingüística .

Os alunos participavam, interagiam, criavam textos,
 interpretavam músicas. Muito legal e criativa a
 forma como eles desenvolveram as atividades.

Na visão de Hernandez(1998) apud Moita e
 Luna(2004),
              essa forma metodológica de trabalho educativo se
                 apresenta como a resignificação dos espaços de
                 aprendizagem, de tal forma que eles se voltam
                 para a formação de sujeitos ativos, reflexivos,
                 atuantes e participantes.
… Quinta semana…
Dezesseis de novembro. Terça-feira às dezesseis
 horas, adentrei a sala. Saudei os alunos, fiz
 chamada e cobrei as atividades, para a correção,
 realizei a correção e fiz a revisão dos assuntos
 para o mini-teste (segunda atividade
 avaliativa) da aula seguinte. Os alunos
 participaram da aula sanando as dúvidas e
 participando.

Dezenove de novembro. Sexta-feira às quatorze
 horas, iniciei o mini-teste em dupla.
A avaliação escolar é um processo pelo qual se
  observa, se verifica, se analisa, se interpreta
  um determinado fenômeno (construção do
  conhecimento), situando-o concretamente
  quanto aos dados relevantes, objetivando uma
  tomada de decisão em busca da produção
  humana.
Segundo LUCKESI (1995) :

             O ato de avaliar tem, basicamente, três passos:
               Conhecer o nível de desempenho do aluno em
               forma de constatação da realidade. Comparar essa
               informação com aquilo que é considerado
               importante no processo educativo. (qualificação)-
               Tomar as decisões que possibilitem atingir os
               resultados                            esperados.
Neste sentido, é essencial definir critérios onde
 caberá ao professor listar os itens realmente
 importantes, informá-los aos alunos sem uma
 necessidade, pois a avaliação só tem sentido
 quando é contínua, provocando o
 desenvolvimento do educando. O importante é
 que o educador utilize o diálogo como
 fundamental eixo norteador e significativo
 papel da ação pedagógica.
… Sexta semana…
Vinte e três de novembro . Terça-feira, dia em que
 a minha Professora veio me observar. Eu e
 minha colega Charlene, resolvemos fazer um
 aulão, juntando a minha turma com a dela,
 pois, dariamos o mesmo assunto. E fizemos
 uma aula com slides para trabalharmos com
 Vertebrados : Peixes. Fomos para o auditório, e
 iniciamos a aula apresentando a Professora
 convidada e fazendo a chamada, depois
 explicamos o porque da aula ter sido conjunta.
 A aula foi ótima, tendo um bom rendimento.
Vinte e seis de novembro. Sexta-feira. Não houve
 aula (Reunião Pais e Mestres).
Os recursos tecnológicos são muito relevantes ao
 processo de instrução porque melhoram o
 ensino-aprendizagem, facilitam o trabalho do
 professor, motivam os alunos e são ferramentas
 didáticas eficazes, justamente por facilitarem a
 avaliação do aprendizado.

Com a participação da família no processo de
 ensino aprendizagem, a criança ganha
 confiança vendo que todos se interessam por
 ela, e também porque você passa a conhecer
 quais são as dificuldades e quais os
 conhecimentos da criança(MACEDO 1994).
… Sétima semana…

Trinta de novembro. Terça-feira às dezesseis
  horas, iniciei a aula falando sobre mais um
  assunto a ser estudado os Anfíbios, a aula
  transcorreu como todas as aulas, normal.
  Depois de seis semanas, o relacionamento com a
  turma era o melhor possível, já existia amizade
  e confiança. Eles já perguntavam se eu estaria
  no colégio no ano seguinte.
A missão estava chegando ao fim, e sendo
 concluída com êxito. Era gratificante sentir a
 sensação de tarefa cumprida, e o objetivo
 alcançado e entre tantas dificuldades realizada
 da melhor forma possível.

Três de dezembro. Sexta-feira às quatorze horas,
 iniciei a chamada, e expliquei mais um assunto
 Répteis. Tudo transcorreu normalmente. Aliás,
 as aulas eram bastante divertidas,
 descontraídas, conversavamos, dúvidas eram
 tiradas, sempre havia a participação deles.
… Oitava semana…
Sete de dezembro. Terça-feira às dezesseis horas,
  começei a aula, essa foi a aula mais densa, pois,
  trabalhei dois assuntos extenso com eles, Aves e
  Mamíferos, estes, cairam na prova da quarta
  unidade. Durante a aula entreguei uma lista de
  exercício de revisão para a prova e solicitei que
  trouxessem respondida para a aula seguinte,
  antecedente a prova.
Dez de dezembro. Sexta-feira às quatorze horas.
 Aula final, fiz a revisão e corrigi a lista de
 exercício. A despedida foi muito e é sentida por
 mim até hoje, eu não tive apenas alunos e sim
 amigos, que mesmo sem palavras, me ensinaram
 com o olhar de Esperança que atenciosamente
 me observava. Resultado final da missão =
 Sucesso total.
Refletindo a minha Prática
       Pedagógica…
A   concepção epistemológica utilizada no
 desenvolvimento da minha prática foi o
 construtivismo onde utilizei uma proposta
 pedagógica relacional, a qual o educando é
 levado a conceber o mundo conceitual do
 educador, de forma que o aluno torne-se um
 indivíduo pensante, crítico e operante.
Segundo Inhelder, 1977, aprender é proceder a
 uma síntese indefinidamente renovada entre a
 continuidade e a novidade.
O balanço é positivo levando em consideração a
 pouca experiência frente à ação docente. O
 resultado superou as expectativas uma vez que
 as partes envolvidas, professora regente,
 alunos e estagiária, saíram satisfeitos. Prova
 disso é o bom desempenho da maioria dos
 alunos nas avaliações. Não foram encontrados
 maiores problemas no decorrer da regência.
Saudades…
De que? Eu particularmente acho uma palavra
 triste. Mas, não encontrei outra para descrever o
 momento ao relembrar o período em que estive em sala
 de aula. Ainda não consigo entender, porque alguns
 professores não admiram a sua profissão. Ser
 professor não é uma tarefa fácil, é a mais Linda que
 alguém pode exercer. Um médico, um engenheiro,
 não teriam essa profissão, se o professor não estivesse
 ao seu lado ensinando e passando as suas
 experiências e seus conhecimentos de uma longa ou
 talvez não tão longa assim jornada de vida.
E é com amor, carinho, respeito que não me arrependo
 em nenhum momento pela escolha que fiz, a próxima
 mensagem resumi o meu agradecimento a todos os
 professores que já fizeram parte da construção do
 que me tornei hoje.




                 Muito obrigada amigo navegante!
…Ser Professor…
É buscar dentro de cada um de nós
forças para prosseguir, mesmo com toda pressão,
toda tensão, toda falta de tempo...
Esse é nosso exercício diário!
Ser professor (a) é se alimentar do conhecimento
e fazer de si mesmo (a) janela aberta para o outro.
Ser professor (a) é formar gerações, propiciar o
questionamento e abrir as portas do saber.
Ser professor (a) é lutar pela transformação...
É formar e transformar,
através das letras, das artes, dos números...
Ser professor (a) é conhecer os limites do outro.
E, ainda assim, acreditar que ele seja capaz...
Ser professor (a) é também reconhecer que
todos os dias são feitos para aprender...
Sempre um pouco mais...
Ser professor (a)
É saber que o sonho é possível...
É sonhar com a sociedade melhor...
Inclusiva...
Onde todos possam ter acesso ao saber...
Ser professor (a) é também reconhecer que somos,
acima de tudo, seres humanos, e que temos licença para rir,
   chorar,
esbravejar.
Porque assim também ajudamos a pensar e construir o mundo.
Todos os dias do ano são seus, professor(a)!
Parabéns!




Fonte: Jornal AconteeCendo, nº. 22, Setembro de 2001
Agradecimentos…
A UNEB
A Professora Cláudia Regina Teixeira de Souza,
 pelo cuidado, conhecimento passado, pelas
 palavras ditas nos momentos certos, pela
 atenção e pelo carinho.
A turma do segundo ano um vespertino, guardo-
 os em meu coração com muito carinho, meus
 amigos.
A professora do colégio que gentilmente cedeu o
 seu espaço, para que eu pudesse experimentar e
 vivenciar momentos inesquecivéis.
As minhas companheiras de Estágio Chau e Tai,
 foram muitas risadas.
A você leitor, por neste momento está fazendo
 parte desse momento que foi e é único na vida
 de qualquer Futuro Professor. Espero que
 tenha gostado.




                          Muito Obrigada!!
Referências…
ACHILLES, Charles M. Students achieve more in smaller classes.
  Educational Leadership, v.53, n.5, 1996.

ABREU, Maria C. & MASETTO, M. T. O professor universitário em
  aula. São Paulo: MG Editores Associados, 1990.

BORDENAVE, Juan Díaz & PEREIRA, Adair Martins. Estratégias
  de Ensino-Aprendizagem. 25ª Edição. Editora Vozes.

FREITAG, Bárbara, et. all. O livro didático em questão. São Paulo:
  Cortez: Autores associados, 1989.

FELTRAN, Antônio, LOPES, Antonia Osima . Et all . Técnicas de
  Ensino: Por que Não?, Magistério Formação e Trabalho Pedagógico.
  18 ed. Papirus Editora, 2007..
FINN, J. D. Class size and students at risk: what is known? What is
  next?— Washington, DC: U.S. Department of Education, Office of
  Educational Research and Improvement, 1998.

KULCSAR, Rosa. (1994). O Estágio Supervisionado como Atividade
 Integradora. In PICONEZ, Stela C. B. (org.). A Prática de Ensino e o
 Estágio Supervisionado.2ª.Edição. Campinas, SP, Papirus.

LEONTIEV, A. Psicologia e Pedagogia: bases psicológicas da
  Aprendizagem e do Desenvolvimento. Aléxis Leontiev. Tradução de
  Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2005.

LUCKEZI, Cipriano G. Avaliação da aprendizagem escolar: SP. Cortez,
  1995.

MACEDO, R. M. A família diante das dificuldades escolares dos filhos.
 Petrópolis: Vozes,1994

MASLACH, Cristina e LEITER, Michael P. Trabalho: Fonte de Prazer
 ou Desgaste? Guia para Vencer o Estresse na Empresa. Campinas, São
 Paulo:Papirus,1999.
MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96.
 Brasília. 20 de Dezembro de 1996.

MOSTELLER, F. The Tennessee study of class size in the early school
 grades. The Future of Children, v.5, n.2,Summer/Fall 1995.

MOITA, F.M.G.S.C;LUNA,M.G.De. Pedagogia de Projetos: uma
 proposta de Trabalho no Ensina e Aprender. Olhar de professor, V.7,
 n.2,      p.      159-165,    2004.     Disponível      em:      <
 http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/684/68470212.pdf>.Acesso em
 15 de fevereiro de 2011.

SAVIANI, Dermeval. Competência política e compromisso técnico ou (o
  pomo da discórdia e o fruto proibido). Educação & Sociedade,
  Campinas, n. 15, 1983.

Disponível em: <http://anepedagoga2008.blogspot.com/2008/10/estgio-
  de-observao.html> Acesso em: 20 de janeiro de 2010.

Disponível                         em:                 <
  www.webartigos.com/articles/20719/1/MOTIVACAO-DOS-
  ALUNOS-EM-SALA-DE-AULA/pagina1.html > Acesso em: 22 de
  janeiro de 2010.

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  • 2. Diário de Bordo 2 Oi amigo navegador! Olha eu aqui novamente, e mais uma vez vim te convidar para mais uma das minhas aventuras. Quer descobrir qual é essa?! Então siga em frente…
  • 3. Ficha Técnica… Oi mais uma vez! Eu sou Paula Gabriele Trindade Freitas, estudante do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia – Campus II, Alagoinhas. E como estudante de um curso de Licenciatura, venho através deste Portfólio comentar um pouco sobre a experiência vivenciada por mim mais uma vez, ao realizar um Estágio, agora não mais de observação e sim de Regência, em um Colégio do Ensino Médio como parte das atividades da componente curricular Estágio Supervisionado II, do oitavo semestre, ministrada pela Professora Orientadora Cláudia Regina Teixeira de Souza.
  • 4. …. O objetivo da atividade foi observar, analisar e reger as aulas de Biologia. A Regência foi feita em uma turma vespertina do Ensino Médio no Colégio Estadual de Feira de Santna – Bahia. A observação e a regência durante o Estágio criou um campo de aproximação maior do cotidiano de um ambiente escolar, permitindo vivências, experiências e implicações que eu na qualidade de futura professora de Biologia também estarei presente, sendo assim, o estágio de regência é de fundamental importância, ajudando na formação da identidade profissional.
  • 5. ...Mensagem ao navegador… Ensinar é deixar um sinal positivo na vida das pessoas. “O professor tem esse poder nas mãos.” Ensinar exige disciplina Intelectual !!! Equipe Pedagógica : Rômulo Castello
  • 6. Caro navegador, é com grande prazer que convido você a viver junto comigo essa aventura mais uma vez… E como toda aventura, as surpresas são fundamentais! Aposto que você é curioso e quer descobrir que surpresas são essas. Então vamos nessa! Espero que goste.. Boa leitura!
  • 7. ...O Estágio é… Um momento na formação em que o graduando pode vivenciar experiências, conhecendo melhor sua área de atuação. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) o Estágio de Licenciatura, é necessário à formação profissional a fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. É muito importante na formação de educadores, sendo um eixo central na formação dos mesmos, pois somente através do estágio o profissional poderá conhecer os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade do professor e dos saberes do dia- a-dia.
  • 8. Somente na prática o estagiário será capaz de observar e identificar os problemas, e aprender a resolvê-los por meio de questionamentos e exemplos de atitude coerente. Assim, o estágio é a forma de passar pela transformação aluno- professor. Saber a vivência docente é fundamental para os discentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, pois esclarece algumas questões relevantes ao dia a dia dos professores em sala de aula.
  • 9. ...e escrevendo mais um pouco… O meu Estágio foi dividido em duas etapas, sendo a primeira de observação e a segunda de regência. A primeira etapa teve início no dia 14/09/2010 e fim no dia 01/10/2010, totalizando um número de seis aulas observadas. A segunda etapa, teve início no dia 19/10/2010 e fim no dia 14/12/2010, sendo cinco semanas de aulas ministradas e uma semana de prova.
  • 10. A metodologia aplicada à proposta do meu estágio foi desenvolvida a partir da elaboração de planos semanais contendo seqüencias didáticas que buscou potencializar as relações interativas em sala de aula e acompanhadas de proposta de avaliações que fossem viáveis a realidade dos estudantes. Além disso, houve a interação Professor – Aluno, abrindo-se discussões em sala, contextualizando e abordando assuntos do cotidiano com os assuntos vistos em sala, portanto, as aulas eram participativas e interativas. Segundo KULCSAR, 1994, O Estágio não pode ser encarado como uma tarefa burocrática a ser cumprida formalmente. Deve, sim, assumir a sua função prática, revisada numa dimensão mais dinâmica, profissional, produtora, de troca de serviços e de possibilidades de abertura para mudanças.
  • 11. ...Navegando em um lugar de surpresas… No final das férias de mais um semestre na universidade, recebemos mais uma missão, e essa seria diferente das outras, porque se a Professora da disciplina nos procurou com tanta antecedência, algo nos esperava mais a frente….
  • 12. A tarefa dessa vez era Ensinar alunos de Ensino Médio, no período da IV unidade. A unidade mais complicada para todos os colégios, Reta final do ano letivo. Então a professora que estaria ministrando o componente curricular nos procurou e pediu que adiantassemos a procura pelos Colégios, pois teriamos que cumprir a nossa missão, e já de início enfrentariamos um obstáculo, dentre muitos outros…. O tempo!
  • 13. Assim, lá fomos nós. Nós?! Você deve tá se perguntando.. E quem mais estava nessa aventura? Pois é, Eu e mais duas colegas, moravamos na mesma cidade, então decidimos ir juntas procurar um colégio, já que a nossa Professora permitiu que estagiassemos no mesmo lugar, para que ela pudesse observar todas juntas num mesmo dia, claro que em horários de aula diferentes (risos).
  • 14. E lá fomos nós procurar o colégio… e entre dúvidas, incertezas, projetos de fim de ano, horários que não se ajeitavam, com os nossos nos colégios, em indas e vindas… Finalmente conseguimos encontrar o Colégio!
  • 15. ... o Escolhido… Qual era a nossa sensação por ter achado o que procuravamos? Alegria ou Ansiedade?! Pensando bem.. Os dois. E no pensamento.. E agora, o que realmente nos esperava? Decidimos então seguir mais uma vez em frente e procurar o Diretor , ele estava presente, porém, ocupado pois, o colégio passava por reformas. Ahh!! Desculpem vocês devem está se perguntando, e qual é mesmo o Cólegio? Sim…Sim.. Vou apresentá-lo.
  • 16. “Colégio Estadual de Feira de Santana” (C.E.F.S) situado na rua Juracy Magalhães, s/n, Kalilândia, na cidade de Feira de Santana – Bahia. Eram três turmas, uma turma de primeiro ano e duas turmas de segundo ano nos dias de terças e sextas–feiras. A turma escolhida por mim, foi o segundo ano 1 vespertino; as aulas eram de cinquenta minutos . Embora esteja no centro da cidade, ele atende a população não só da cidade, como também dos distritos e de bairros mais distantes da cidade, sendo frequentado não só por alunos carentes, mas também de classe média. Bem apresentado.. Voltamos a conversar… E passado alguns minutos…
  • 17. O Professor – Diretor nos atendeu, conversamos , ele nos apresentou a Professora regente das turmas e os mesmos aceitaram que cumprissemos a nossa missão lá. Assinamos os papéis burocráticos. Vencida esta etapa, fomos conhecer o espaço do escolhido e de início ficamos um pouco assustadas… Por que, vocês devem está se perguntando?
  • 18. Como eu já tinha dito há pouco, o colégio estava passando por reformas, então, havia pedreiros, materias de construção, salas completamente vazia, pois, ainda cheirava a cimento fresco, mudança de salas todos os dias, nem mesmo os professores sabiam aonde estavam as suas turmas. Mais uma vez pensamos..Será que fizemos a escolha certa? Como cumprir uma missão importante, num colégio que está passando por esse processo? E a desorganização? E quando a nossa Professora chegasse para ver o cumprimento da nossa missão, o que ela pensaria? Será que ela também ficaria assustada? E por que essa reforma no final do ano letivo? Ano Político?
  • 19. Eram tantos questionamentos, mesmo assim, decidimos continuar, até mesmo porque, uma palavrinha tão pequena, mas que faz uma diferença enorme interferia. o TEMPO! Não havia mais tempo a perder. Agora era arregaçar as “mangas” e ir a luta. E entre procuras e procuras.. Achamos finalmente as nossas turmas, e felizmente elas permaneceriam naquelas salas até o encerramento do ano letivo.
  • 20. O colégio possui um auditório, um laboratório de ciências completo (microscópio quebrado, amostras de animais, materiais para aulas de anatomia, além de materiais para as aulas de química e física), porém, mal cuidado, uma cantina, sala dos professores, banheiros femininos e masculinos inacabados, uma secretaria, possuia TV pen-drive, Data-show, Dvd, Notebook, uma quadra esportiva abandonada. Todos esses recursos pareciam perdidos no “Escolhido” estavam completamente abandonados, faltava cabos para a multimídia, limpeza do ambiente, cuidados no manuseio…..
  • 21. Hã?! O que realmente faltava naquele colégio? Cuidado, carinho, amor, atenção,organização, sensibilidade e…? É faltava tudo isso… Como esses alunos faziam nas pesquisas e nos trabalhos solicitados pelos professores, se no colégio não havia biblioteca? E nem todos tinham acesso a internet ou até mesmo computador em casa? As salas eram mal iluminadas e pouco ventiladas, as cadeiras em péssimo estado de conservação e não tinham cadeiras para esquerdos.
  • 22. O que fazer diante de tantas mazelas? Cruzar os braços? Realmente seria a melhor opção? E nós que estavamos ali e eramos apenas um grão de areia, como ajudar? E agora, como ficaria a nossa missão? Desesperador, essa seria a palavra correta, mas, até hoje não consigo entender o por que do colégio passar por isso tudo. Interesse ou desinteresse? Frustação ou decepção?Investimento ou falta de investimento? Afinal, o que esse colégio nos ensinaria, se nos estavamos ali para ensinar?
  • 23. Você deve está querendo saber as respostas, pois é, eram essas mesmas respostas que eu queria e não as encontrava, até entrar em sala de aula. Mais a frente navegador, você vai começar a entender e ter algumas respostas, pois, nem eu mesma tenho todas.
  • 24. …E esse sou eu…
  • 25. … a Regente da turma… A professora regente é concursada e formada pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) em Licenciatura em Ciências Biológicas, leciona há mais de 10 anos para alunos do Ensino Fundamental II e alunos do Ensino Médio. O que dizer dela? Não tenho muito a dizer , a mesma era uma pessoa reservada, tranquila, simples, de poucas palavras, leciona há anos no colégio e sempre presente.
  • 26. Observei que o seu relacionamento com os demais colegas de profissão era amigavel, mas, sem muita intimidade, pouca conversa. Do que pude observar e conversar com ela, o cansaço é visível ao seus olhos. Confesso que o tempo em que estive no colégio, nunca entendi porque ela dava tanto conselho para que não seguissemos a profissão. Frustração? Estresse? Acredito que sim. Presenciei descasos dos alunos para com as atividades dos professores. E esse comportamento dela interferia em sala de aula? Notei que sim, no período em que observei suas aulas.
  • 27. MASLACH (1999:36), afirma que: O desgaste físico e emocional não é um problema das pessoas, mas do ambiente social em que elas trabalham. A estrutura e o funcionamento do local de trabalho, moldam a forma da interação das pessoas e a forma como elas realizam o seu trabalho. Quando o local de trabalho não reconhece o lado humano dessa atividade, o risco de desgaste cresce, trazendo com ele um preço bastante alto.
  • 28. O ambiente de trabalho do professor pode desencadear estresse porque nele o professor se depara com muitas situações conflitantes como, por exemplo: salas de aula com um número excessivo de alunos, falta de recursos e de uma estrutura física adequada para a realização do trabalho pedagógico, classes onde os alunos apresentam um alto nível de agressividade, violência e indisciplina, falta de apoio dos colegas e trabalho e da direção da escola.
  • 29. Ela era querida pelos alunos, pois, descontraía e conversava nas aulas, claro que tudo muito restrito e sem muita intimidade. Alguns achavam sua aula chata e que não parecia ser aula de Biologia, porque era tudo muito mecânico e rotineiro. Falarei mais sobre isso no próximo capítulo.
  • 30. ABREU & MASETTO (1990: 115),afirma que: “é o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade”. Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
  • 31. O papel do professor consiste em agir como intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação.
  • 32. …a Turma da regente… A minha turma escolhida foi o segundo ano um vespertino, nossos encontros eram sempre as terças e sextas – feiras. Pequena! Apenas dezesseis alunos frequentavam, sendo nove moças e sete rapazes, eram tranquilos , de bom comportamento, esforçados e inteligentes. Para mim uma grande surpresa. Alguém já ouviu falar que a primeira impressão é a que fica? Diante de um colégio cheio de mazelas, como poderia haver uma turma tão diferente, harmônica e coesa? Uma pequena notável… Esperava o pior!
  • 33. Achiles, 1996; Finn,1998; Mosteller, 1995, mostram que: as turmas menores apresentam, de forma sistemática e acentuada, melhor aproveitamento do que as maiores, em ambos os testes aplicados ao longo do tempo e para todas as categorias de alunos (brancos ou minorias; urbanos, suburbanos e rurais); o efeito positivo das turmas reduzidas é bem maior nos grupos minoritários; as taxas de repetência foram menores nas turmas de menor tamanho.
  • 35. … o Livro… AMABIS e MARTHO. Biologia dos organismos: A diversidade dos seres vivos. Volume 2. 2ª Edição. Editora Moderna, São Paulo -2004.
  • 36. O papel do livro é de fundamental importância na vida escolar e social do nosso aluno. Mesmo não sendo o elemento central do aprendizado, o livro didático tem parcela muito grande nessa questão, pois é um elo de ligação, professor e aluno. MACHADO (1991) diz que, ele é um instrumento que pode auxiliar o professor e o aluno no processo da ação educativa, bem como pode ser mero instrumento que por si só não provoca transformações.
  • 37. FREITAG (1989) afirma que, professores e alunos acabam tornando-se escravos do livro didático, ao invés de o utilizarem como instrumento de contribuição para o desenvolvimento da autonomia, do senso crítico, e de contra ideologia, acabam tornando-o roteiro principal, ou exclusivo, do processo de ensino aprendizagem.
  • 38. … a Observação… Numa terça-feira, precisamente, dia quatorze de setembro de dois mil e dez, observei a primeira aula da Professora regente, ela chegou atrasada, logo em seguida corrigiu uma lista de exercício sobre reino monera. Fui apresentada a turma, notei que os olhares curiosos e os burburinhos, predominaram na sala durante uns cinco minutos. Natural, afinal, eu era uma novidade, num colégio, que essa palavra não tinha muito espaço.
  • 39. A aula transcorreu tranquila, mas, sem muito rendimento, pois, os alunos muitas vezes pareciam nem notar a presença da professora. Pelo que pude notar, a maioria da sala já tinha alcançado a média e já estavam passados na disciplina. Ao final da aula, a própria professora teceu esse comentário. E mais uma vez percebi que a missão realmente não seria fácil. Como fazer para segurar alunos passados na disciplina em sala de aula? Como conservar a frequência dos alunos em sala, sendo eu Estagiária? Difícil, porém não impossível.
  • 40. O papel do professor em sala como instrumento motivacional deve ele ressaltar a importância da disciplina na formação acadêmica, bem como na sua vida profissional estimulando o aprendizado diante de suas futura perspectiva de vida. O professor deve descobrir estratégias, recurso para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do aluno.
  • 41. …Comentando sobre… Aula Expositiva De acordo com Saviani (1983), até a década de 30, aproximadamente, predominava nas escolas brasileiras a concepção pedagógica tradicional. Nessa concepção, o professor, visto como o centro do processo de ensino, deveria dominar os conteúdos fundamentais a serem transmitidos aos alunos. Nesse contexto, a aula expositiva era considerada como a técnica mais adequada à transmissão de conhecimento na sala de aula.
  • 42. A importância dada ao papel do professor como transmissor do acervo cultural legou ao chamado ensino tradicional um caráter verbalista, autoritário e inibidor da participação do aluno, aspectos estes transferidos para a aula expositiva, considerada como técnica de ensino padrão da Pedagogia Tradicional. Segundo Antônio Osima Lopes, é possível transformar a aula expositiva numa técnica de ensino dinâmica e capaz de desenvolver o pensamento crítico do aluno, dando-lhe oportunidade para o desenvolvimento da reflexão crítica, da criatividade e da curiosidade científica, atributos essenciais numa educação transformadora. Uma alternativa para transformar a aula expositiva em técnica de ensino capaz de estimular o pensamento crítico do aluno é dar-lhe uma dimensão dialógica.Essa forma de aula expositiva utiliza o diálogo entre professor e alunos para estabelecer uma relação de intercâmbio de conhecimentos e experiências.
  • 43. …Observar pra quê?... A observação é um momento da realização de diagnóstico local, verificando como ocorre à prática e a rotina escolar. Nesse momento, temos a chance de verificarmos como se constrói um espaço de produção de conhecimento sobre a prática pedagógica desenvolvida no cotidiano da escola pública, através de um processo criador e inovador, de análise e de reflexão, nos aproximando da realidade da escola, a fim de que possamos compreender melhor os desafios que deveremos enfrentar no momento da prática do estágio e até mesmo, do trabalho, de forma crítica e consciente.
  • 44. É o momento de conhecermos os alunos, suas dificuldades, peculiaridades, anseios,de conhecer como a escola se organiza para receber estes alunos, de verificar qual postura deveremos ter ao estagiar, ao realizar a regência.
  • 46. …Primeira semana… Chegou a tão esperada hora de assumir definitivamente a frente da missão. Era a minha vez de estar no comando agora. A responsabilidade era grande. Tinha que dar certo, mesmo com tantas dificuldades. E já na primeira semana, um vilão aparece para tentar atrapalhar. E você se pergunta quem pode ser? o Feriado. Passado a semana de prova, a próxima aula, eu já estaria em sala… Até que terça-feira doze de outubro de dois mil e dez, Feriado Nacional (Dia das Crianças). A aula seguinte então seria no dia quinze de outubro de dois mil e dez, Feriado novamente. ( Dia do Professor). Resultado da missão : Tentativa um = Perdida.
  • 47. Agora sim! Dezenove de outubro de dois mil e dez. Terça-feira às dezesseis horas. Entrei na sala. A primeira pergunta foi? – A senhora é a nova professora de Biologia? – Sim , sou… E começei uma conversa informal, apresentando-me a eles, assim como, iniciei o nosso diário, e conheçendo-os também. Em seguida, relatei como trabalhariamos juntos, e abrir um pequeno espaço para dúvidas e sugestões. Na sequência apresentei o conteúdo da unidade. Eu havia preparado uma aula expositiva e dinâmica, pois levei figuras para demonstração do conteúdo, de maneira que facilitasse a memorização e o aprendizado do mesmo. Resultado do primeiro dia da missão = Sucesso!! Já sei! Você quer saber o assunto qual era não é? Calma! Eu vou dizer : * Poríferos e Cnidários.
  • 48. O sucesso da primeira missão deu-se ao fato da motivação em sala de aula, os alunos gostaram da forma como o conteúdo foi abordado . Para Leontiev (2005) a motivação para aprender é sempre determinada, em grande parte, pelos valores que apóiam e justificam a aprendizagem.
  • 49. Vinte e dois de outubro de dois mil e dez. Sexta-feira às quatorze horas, entrei em sala, para mais um dia de missão. O assunto da vez era Platelmintos, entre explicação e conversas, pude notar no olhar de cada um a alegria do momento, dentro de mim irradiava felicidade, pois, sabia que estava conseguindo alcançar o objetivo da missão, o medo da evasão por parte dos alunos, pelo fato de ser estagiária, já tinha ido embora, a frequência deles permanecera a mesma. E na minha cabeça alguns questionamentos, continuavam sem resposta.. Para que Frustação, se a sala tem um redimento, um desempenho tão bom? Infelizmente, nem todos pensam e agem igual. Digamos que falta de aproveitamento, e de interesse sim, por parte de alguns da escola. Alunos bons, mal aproveitados.
  • 50. Como descobrir que há riquezas na escola, se quem cuida delas , não as valoriza ou menos faz questão de apresentá-las no corpo do colégio? Eu nunca saberia, se não tivesse vivido essa experiência com eles. Exemplares usados na aula
  • 51. …Segunda semana… Vinte e seis de outubro. Terça-feira às dezesseis horas Começo a aula com a chamada, e apresento mais um assunto “Nematelmintos” Entre dúvidas, conversas e explicação, apresento gravuras para que eles associem e memorizem o assunto. E de repente ouço um comentário, vindo do fundo da sala, quase um susurro… - Estamos tendo aula de Biologia mesmo, não é? Neste momento, percebi que estava fazendo a diferença naquela sala. Alimentando em mim a Esperança de que as coisas podem ser diferentes, basta querermos.
  • 52. Finalizei a aula entregando duas atividades, uma lista de exercício e um Estudo dirigido, sobre o próximo assunto ( Mollusco e Anellida) pois, só nos encontrariamos novamente no dia dezesseis de novembro de dois mil e dez, avisei que o estudo dirigido seria a primeira nota da quarta unidade e que valeria três pontos e também dexei marcado um mini-teste em dupla para o dia dezenove de novembro. Com os primeiros assuntos trabalhados em sala. Vinte e nove de outubro de dois mil e dez. Feriado (Funcionário Público).
  • 53. …Comentando sobre… Estudo Dirigido O estudo dirigido é uma atividade realizada pelos alunos, com roteiros previamente traçados pelo professor, conforme as necessidades do aluno ou da classe. O estudo parte da leitura de um texto escolhido pelo professor, tratando-se, porém, de uma leitura ativa e não passiva. No estudo dirigido, o aluno, seja individualmente, seja em grupo, terá que trabalhar bastante no texto entregue pelo professor, usando sua própria criatividade na interpretação e na extrapolação do conteúdo do texto. O Estudo Dirigido , portanto, procura o desenvolvimento reflexivo, da análise crítica, em vez da memorização de uma quantidade de informações.
  • 55. …Terceira semana… Dois de novembro de dois mil e dez. Terça-feira. Feriado (Finados). Cinco de novembro de dois mil e dez. Sexta-feira. Escola foi emprestada para o ENEM(Exame Nacional do Ensino Médio).Não houve aula.
  • 56. …Quarta semana… Não houve aula. O colégio tem um projeto “Semana de Linguagem” São oferecidos oficinas de linguagem durante a semana, por alunos de Letras da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
  • 57. A semana de linguagem é um projeto conveniado entre a UEFS e a Escola: formandos do curso de Letras com Inglês aplicam oficinas com o objetivo de promover a produção textual e análise lingüística . Os alunos participavam, interagiam, criavam textos, interpretavam músicas. Muito legal e criativa a forma como eles desenvolveram as atividades. Na visão de Hernandez(1998) apud Moita e Luna(2004), essa forma metodológica de trabalho educativo se apresenta como a resignificação dos espaços de aprendizagem, de tal forma que eles se voltam para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes.
  • 58. … Quinta semana… Dezesseis de novembro. Terça-feira às dezesseis horas, adentrei a sala. Saudei os alunos, fiz chamada e cobrei as atividades, para a correção, realizei a correção e fiz a revisão dos assuntos para o mini-teste (segunda atividade avaliativa) da aula seguinte. Os alunos participaram da aula sanando as dúvidas e participando. Dezenove de novembro. Sexta-feira às quatorze horas, iniciei o mini-teste em dupla.
  • 59. A avaliação escolar é um processo pelo qual se observa, se verifica, se analisa, se interpreta um determinado fenômeno (construção do conhecimento), situando-o concretamente quanto aos dados relevantes, objetivando uma tomada de decisão em busca da produção humana. Segundo LUCKESI (1995) : O ato de avaliar tem, basicamente, três passos: Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de constatação da realidade. Comparar essa informação com aquilo que é considerado importante no processo educativo. (qualificação)- Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados.
  • 60. Neste sentido, é essencial definir critérios onde caberá ao professor listar os itens realmente importantes, informá-los aos alunos sem uma necessidade, pois a avaliação só tem sentido quando é contínua, provocando o desenvolvimento do educando. O importante é que o educador utilize o diálogo como fundamental eixo norteador e significativo papel da ação pedagógica.
  • 61.
  • 62. … Sexta semana… Vinte e três de novembro . Terça-feira, dia em que a minha Professora veio me observar. Eu e minha colega Charlene, resolvemos fazer um aulão, juntando a minha turma com a dela, pois, dariamos o mesmo assunto. E fizemos uma aula com slides para trabalharmos com Vertebrados : Peixes. Fomos para o auditório, e iniciamos a aula apresentando a Professora convidada e fazendo a chamada, depois explicamos o porque da aula ter sido conjunta. A aula foi ótima, tendo um bom rendimento. Vinte e seis de novembro. Sexta-feira. Não houve aula (Reunião Pais e Mestres).
  • 63. Os recursos tecnológicos são muito relevantes ao processo de instrução porque melhoram o ensino-aprendizagem, facilitam o trabalho do professor, motivam os alunos e são ferramentas didáticas eficazes, justamente por facilitarem a avaliação do aprendizado. Com a participação da família no processo de ensino aprendizagem, a criança ganha confiança vendo que todos se interessam por ela, e também porque você passa a conhecer quais são as dificuldades e quais os conhecimentos da criança(MACEDO 1994).
  • 64.
  • 65. … Sétima semana… Trinta de novembro. Terça-feira às dezesseis horas, iniciei a aula falando sobre mais um assunto a ser estudado os Anfíbios, a aula transcorreu como todas as aulas, normal. Depois de seis semanas, o relacionamento com a turma era o melhor possível, já existia amizade e confiança. Eles já perguntavam se eu estaria no colégio no ano seguinte.
  • 66. A missão estava chegando ao fim, e sendo concluída com êxito. Era gratificante sentir a sensação de tarefa cumprida, e o objetivo alcançado e entre tantas dificuldades realizada da melhor forma possível. Três de dezembro. Sexta-feira às quatorze horas, iniciei a chamada, e expliquei mais um assunto Répteis. Tudo transcorreu normalmente. Aliás, as aulas eram bastante divertidas, descontraídas, conversavamos, dúvidas eram tiradas, sempre havia a participação deles.
  • 67.
  • 68. … Oitava semana… Sete de dezembro. Terça-feira às dezesseis horas, começei a aula, essa foi a aula mais densa, pois, trabalhei dois assuntos extenso com eles, Aves e Mamíferos, estes, cairam na prova da quarta unidade. Durante a aula entreguei uma lista de exercício de revisão para a prova e solicitei que trouxessem respondida para a aula seguinte, antecedente a prova.
  • 69. Dez de dezembro. Sexta-feira às quatorze horas. Aula final, fiz a revisão e corrigi a lista de exercício. A despedida foi muito e é sentida por mim até hoje, eu não tive apenas alunos e sim amigos, que mesmo sem palavras, me ensinaram com o olhar de Esperança que atenciosamente me observava. Resultado final da missão = Sucesso total.
  • 70. Refletindo a minha Prática Pedagógica… A concepção epistemológica utilizada no desenvolvimento da minha prática foi o construtivismo onde utilizei uma proposta pedagógica relacional, a qual o educando é levado a conceber o mundo conceitual do educador, de forma que o aluno torne-se um indivíduo pensante, crítico e operante. Segundo Inhelder, 1977, aprender é proceder a uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade.
  • 71. O balanço é positivo levando em consideração a pouca experiência frente à ação docente. O resultado superou as expectativas uma vez que as partes envolvidas, professora regente, alunos e estagiária, saíram satisfeitos. Prova disso é o bom desempenho da maioria dos alunos nas avaliações. Não foram encontrados maiores problemas no decorrer da regência.
  • 72. Saudades… De que? Eu particularmente acho uma palavra triste. Mas, não encontrei outra para descrever o momento ao relembrar o período em que estive em sala de aula. Ainda não consigo entender, porque alguns professores não admiram a sua profissão. Ser professor não é uma tarefa fácil, é a mais Linda que alguém pode exercer. Um médico, um engenheiro, não teriam essa profissão, se o professor não estivesse ao seu lado ensinando e passando as suas experiências e seus conhecimentos de uma longa ou talvez não tão longa assim jornada de vida.
  • 73. E é com amor, carinho, respeito que não me arrependo em nenhum momento pela escolha que fiz, a próxima mensagem resumi o meu agradecimento a todos os professores que já fizeram parte da construção do que me tornei hoje. Muito obrigada amigo navegante!
  • 74. …Ser Professor… É buscar dentro de cada um de nós forças para prosseguir, mesmo com toda pressão, toda tensão, toda falta de tempo... Esse é nosso exercício diário! Ser professor (a) é se alimentar do conhecimento e fazer de si mesmo (a) janela aberta para o outro. Ser professor (a) é formar gerações, propiciar o questionamento e abrir as portas do saber. Ser professor (a) é lutar pela transformação... É formar e transformar, através das letras, das artes, dos números... Ser professor (a) é conhecer os limites do outro. E, ainda assim, acreditar que ele seja capaz... Ser professor (a) é também reconhecer que todos os dias são feitos para aprender...
  • 75. Sempre um pouco mais... Ser professor (a) É saber que o sonho é possível... É sonhar com a sociedade melhor... Inclusiva... Onde todos possam ter acesso ao saber... Ser professor (a) é também reconhecer que somos, acima de tudo, seres humanos, e que temos licença para rir, chorar, esbravejar. Porque assim também ajudamos a pensar e construir o mundo. Todos os dias do ano são seus, professor(a)! Parabéns! Fonte: Jornal AconteeCendo, nº. 22, Setembro de 2001
  • 76. Agradecimentos… A UNEB A Professora Cláudia Regina Teixeira de Souza, pelo cuidado, conhecimento passado, pelas palavras ditas nos momentos certos, pela atenção e pelo carinho. A turma do segundo ano um vespertino, guardo- os em meu coração com muito carinho, meus amigos. A professora do colégio que gentilmente cedeu o seu espaço, para que eu pudesse experimentar e vivenciar momentos inesquecivéis.
  • 77. As minhas companheiras de Estágio Chau e Tai, foram muitas risadas. A você leitor, por neste momento está fazendo parte desse momento que foi e é único na vida de qualquer Futuro Professor. Espero que tenha gostado. Muito Obrigada!!
  • 78. Referências… ACHILLES, Charles M. Students achieve more in smaller classes. Educational Leadership, v.53, n.5, 1996. ABREU, Maria C. & MASETTO, M. T. O professor universitário em aula. São Paulo: MG Editores Associados, 1990. BORDENAVE, Juan Díaz & PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de Ensino-Aprendizagem. 25ª Edição. Editora Vozes. FREITAG, Bárbara, et. all. O livro didático em questão. São Paulo: Cortez: Autores associados, 1989. FELTRAN, Antônio, LOPES, Antonia Osima . Et all . Técnicas de Ensino: Por que Não?, Magistério Formação e Trabalho Pedagógico. 18 ed. Papirus Editora, 2007..
  • 79. FINN, J. D. Class size and students at risk: what is known? What is next?— Washington, DC: U.S. Department of Education, Office of Educational Research and Improvement, 1998. KULCSAR, Rosa. (1994). O Estágio Supervisionado como Atividade Integradora. In PICONEZ, Stela C. B. (org.). A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado.2ª.Edição. Campinas, SP, Papirus. LEONTIEV, A. Psicologia e Pedagogia: bases psicológicas da Aprendizagem e do Desenvolvimento. Aléxis Leontiev. Tradução de Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2005. LUCKEZI, Cipriano G. Avaliação da aprendizagem escolar: SP. Cortez, 1995. MACEDO, R. M. A família diante das dificuldades escolares dos filhos. Petrópolis: Vozes,1994 MASLACH, Cristina e LEITER, Michael P. Trabalho: Fonte de Prazer ou Desgaste? Guia para Vencer o Estresse na Empresa. Campinas, São Paulo:Papirus,1999.
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