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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
CAMPUS II - ALAGOINHAS-BA
COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
DOCENTE: CLÁUDIA REGINA TEIXEIRA DE SOUZA




              Portfólio

            Milena de Brito Improta

                   21/2/2011
Introdução

    Este portfólio é um relato das experiências
vivenciadas durante o período de Estágio
Supervisionado II do curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas da Universidade do Estado
da Bahia, e tem como objetivo sociabilizar as
experiências em sala de aula, a fim de produzir
uma reflexão crítica e vislumbrar as futuras
ações pedagógicas, e assim construir “um novo
olhar sobre o ensino, a aprendizagem e a função
do educador”.




               “Não   é no silêncio que os homens se fazem, mas na
                          palavra, no trabalho, na ação-reflexão.”
                                                      Paulo Freire
O Estágio

    O estágio possibilita que sejam trabalhados
aspectos       indispensáveis      à       construção     da
identidade,      dos     saberes       e    das    posturas
específicas ao exercício profissional docente
(PIMENTA, 2009), por meio dele o estudante
pode   perceber        as    diferenças       do    mundo
organizacional e exercitar sua adaptação ao
meio   docente         (FACULDADE                 BATISTA
BRASILEIRA, sd).
               O estágio funciona como uma “janela do futuro”
        através do qual o aluno antevê seu próximo modo de
        viver. Deve ser uma passagem natural do “saber sobre”
        para o “saber como”; um momento de validação do
        aprendizado teórico e prático em confronto com a
        realidade (FACULDADE BATISTA BRASILEIRA,
        sd).

    Neste momento de aprendizagem eu pude
perceber quais são os meus potenciais e minhas
falhas no meio docente, este processo me
possibilitou amadurecer as ideias que antes era
apenas especulações do que poderia fazer na
sala de aula para ser um bom profissional e
transmitir o conteúdo com clareza, para que o
estudante   conseguisse   desenvolver   o   seu
conhecimento.
   Apesar de já ter vivido a experiência da
docência no Ensino Fundamental, no Ensino
Médio foi algo totalmente novo, acabei
percebendo que a didática teria que ser
diferente, e que o controle da turma era mais
difícil, pois o pessoal era mais velho e não se
impunham a minha autoridade.
   Entre os meus grandes desafios estava o
domínio de classe, e ele me mostrou que é uma
das principais ferramentas para se tornar um
bom professor, porém na minha convicção eu
não consegui desenvolvê-lo da melhor forma
possível.
    Durante esse período pude apender que para
ser um bom professor é necessário manter uma
boa relação com os estudantes, ser flexível,
mais ao mesmo tempo exigente e manter
sempre      a   palavra,   é   preciso   motivar
continuamente os alunos para que eles tenham
vontade de apreender, os exercícios fazem parte
da construção do conhecimento e por isso
devem ser bem trabalhos, pois eles também são
ferramentas que o professor pode utilizar para
verificar se houve aprendizado.
    O estágio possibilitou que eu vivesse um
pouco da minha futura realidade e assim
começasse a construir a minha identidade
profissional.
Desenvolvendo a docência

    O estágio foi realizado no Colégio Estadual
Luis Eduardo Magalhães, no município de
Alagoinhas, durante o período de 09 de
setembro a 08 de dezembro. Foi desenvolvido
em duas etapas o período de observação e
adaptação da turma e o período de regência. O
período de observação e adaptação consistiu em
assistir as aulas da professora regente para que
se pudesse conhecer a turma e a forma de
ensinar da professora.
    Neste momento eu me senti deslocada,
todos os alunos me observando, comentando
sobre mim, tive um pouco de inveja da
professora, pois esta mantinha um bom
relacionamento com a turma e conseguia ter
domínio de classe apesar dos alunos serem bem
agitados. E ai me vinha à pergunta será que eu
iria conseguir fazer um bom trabalho? Apesar
da insegurança o período de observação me
ajudou a refletir sobre como eu iria desenvolver
o período de regência.
   A observação é uma parte importantíssima
do estágio, pois é neste momento que você tem
a oportunidade de fazer uma diagnose do
espaço que você está preste a assumir (COSTA,
2010).
     Para a realização do período de regência
foi utilizada a técnica de ensino de aula
expositiva e métodos de avaliação como estudo
dirigido, quadro comparativo, aulas práticas e
testes de verificação. A proposta de estágio foi
desenvolvida a partir da elaboração de planos
de aula contendo sequências didáticas que
buscaram potencializar as relações interativas
na sala de aula e acompanhadas de proposta de
avaliação que fosse viável a realidade dos
estudantes.
    Durante a regência senti muita dificuldade,
pois a turma era muito agitada. Era muito triste
ver o que eu tinha planejado não dar certo,
devido à falta de disciplina e interesse dos
alunos, esse foi um período onde eu pude
aprender que é preciso pensar em tudo que
poderá acontecer antes de planejar.
    O    planejamento     serve    como    uma
ferramenta importantíssima para organizar e
subsidiar o trabalho do professor, desta forma
ele deve ser uma organização das ideias e
informações     (CASTRO;          TUCUNDUVA;
ARNS, 2008).
A Escola

O colégio Luis Eduardo Magalhães é um
colégio modelo presente nas principais cidades
do estado da Bahia, a sua estrutura é bem ampla
e as salas são bem arejadas, todas possuem um
bom sistema de ventilação com janelas e
ventiladores, quadro branco e tv pendrive,
porém a acústica acaba atrapalhando o
andamento das aulas. O colégio possui uma
biblioteca, um auditório, quadra esportiva, uma
cantina, duas salas de professores, uma
secretaria, coordenação, direção e bastante
espaço para que os estudantes possam circular.
       O ambiente é instrumento do
desenvolvimento humano, em que o ser
humano busca recursos para suas ações, desta
forma a organização do espaço escolar pode
favorecer ou não a aprendizagem dos alunos
(Freitas, sd).
    Desta forma eu me senti tranquila ao saber
que o colégio apresentava uma estrutura que
dava para desenvolver um trabalho de
qualidade com os discentes.



             A professora

    A professora regente é formada pela
Universidade do Estado da Bahia e tem um
bom período de experiência de sala de aula, o
seu relacionamento com os alunos é de respeito
e cordialidade, ela é vista como uma professora
exigente por grande parte dos alunos.
    Ela me passou segurança com relação a
atuação do professor, porém no seu discurso
comigo era perceptível a falta de satisfação com
a profissão, pois ela me aconselhou a não seguir
essa carreira já como era cansativa e árdua.
O problema da satisfação do professor se
situa no preenchimento de necessidades de alta
ordem em uma profissão onde os padrões de
carreira podem ser limitados (TELEFER;
SWAN, 1986 apud Moreira, sd).



                A turma

    A turma 91 m3, era composta por 47
alunos, porem nem todos freqüentavam, pois
alguns eram alunos de dependência. Era uma
turma muito agitada, os alunos gostavam de
conversar, poucos tinham interesse e motivação
para com as aulas, para ter um bom rendimento
era necessário o professo ter criatividade e
sempre trazer novidades.
    A minha falta de experiência foi um dos
grandes desafios para com a turma que era
muito indisciplinada, eu me senti incapaz
algumas vezes, já como o pessoal era mais
velho e nem todos estavam dispostos a realizar
as atividades propostas.
             A indisciplina é um “fenómeno relacional e
       interactivo que se concretiza no incumprimento das
       regras que presidem, orientam e estabelecem as
       condições das tarefas na aula e, ainda, no desrespeito
       de normas e valores que fundamentam o são convívio
       entre pares e a relação com o professor, enquanto
       pessoa e autoridade” (João Amado, 1998 apud
       Debate).

    A indisciplina está muito relacionada com a
relação que se estabelece no interior da aula e
esta relação depende sobretudo da motivação
dos alunos para os conteúdos da aprendizagem
e do clima relacional (Debate, sd).



               Observando

    O período de observação ocorreu em uma
semana e foram observadas duas aulas, pode-se
perceber que a professora conseguia ter um
domínio de classe apesar da agitação dos
alunos, transmitia segurança e domínio de
conteúdo, porém pela sua didática dava para
perceber a falta de motivação para o ensino.
    A didática da professora foi a aula
expositiva isso me fez ter a ideia de inovar
quando eu iniciasse a regência, porém quando
eu fui viver a realidade de ser professor percebi
quanto é difícil não se acomodar com as
técnicas de ensino tradicional.
       A didática é o conjunto de técnicas e
saberes metodológicos indispensáveis à arte de
ensinar algo a alguém e cabe a ela converter
objetivos sociopolíticos e pedagógicos em
objetivos de ensino, consequentemente, em
objetivos educacionais, acrescentando-lhe a
tarefa de dar sentido ao processo ensino-
aprendizagem (Santos, 2003).
Regência

Primeira semana


    Estava ansiosa para que começasse... me
programei para dar continuidade ao assunto
sobre os integrantes do reino Plantae. Planejei
fazer uma breve revisão para que os discentes
pudessem compreender como se deu a evolução
no reino plantae, trabalhar a diferença entre
angiospermas e gimnospermas e a estrutura da
flor através da dissecação de uma flor de
hibisco.
    Na prática eu fiquei um pouco nervosa ao
fazer o primeiro contado. O tempo foi o meu
grande inimigo, pois eu não conseguir concluir
tudo o que havia planejado. Conseguir motivar
os alunos quando falei da aula prática sobre as
partes da flor, todos ficaram empolgados.
    O tempo destinado a cada parte da aula é
uma decisão importante que os professores têm
que tomar durante o planejamento e a execução
da mesma (COSTA, sd).
             O planejamento do tempo durante as atividades
        propostas é particularmente mais difícil para
        professores em início de carreira, os quais, geralmente,
        não estão muito acostumados a preverem o tempo a ser
        despendido (WAJNRYB, 1996 apud Costa, sd).



Segunda semana


    Nessa semana planejei trabalhar com os
discentes a estrutura da semente, as diferenças
entre monocotiledôneas e dicotiledôneas e a
absorção de água e sais minerais pelos vegetais.
Essa semana foi marcada pela indisciplina
dos alunos, estes estavam muito agitados e eu
acabei perdendo o controle da situação, a
professora regente teve que intervir para que
eles se acalmassem. Esse acontecimento me fez
sentir muito mal, e incapaz em relação à
docência.
    A       indisciplina   integra   todos   os
comportamentos que os alunos apresentam na
sala de aula que perturbam o trabalho que o
professor pretende realizar (Jesus, 2008).
    É o principal fator de mal-estar docente
para muitos professores, de acordo com os
resultados obtidos em diversas investigações
(JESUS, 1996 apud Jesus, 2008).


Terceira semana
Para não confundir os discentes essa
semana resolvi dar continuidade ao conteúdo
referente   ao    reino      plantae,     diferente      da
sequencia abordada no livro didático. Planejei
trabalhar a fisiologia vegetal. Devido ao feriado
no dia anterior a uma das aulas o que programei
teve que ser remanejado para a outra semana.
    Consegui adequar o tempo ao que foi
planejado, conteúdo foi transmitido com clareza
e os alunos mostraram compreensão. Ter
conseguido cumprir com tudo que eu havia
planejado me fez muito feliz, eu também acabei
percebendo que já estava tendo um pouco mais
de experiência com relação a docência.
              O tempo durante as aulas em que os alunos estão
        ativamente engajados nas atividades propostas
        representa uma significante contribuição para o
        aprendizado, ao contrário do tempo despendido nos
        intervalos, distribuição de livros e dever de casa e
        discussão sobre eventos que acontecerão nas aulas
        seguintes (RICHARDS; NUNAN, 1995 apud Costa,
        sd).
Quarta semana


    Essa foi a semana de observação da
professora orientadora, havia planejado trabalha
com o conteúdo sobre fotossíntese, hormônio
vegetal e adaptações dos vegetais.
    Foi   uma    semana    tranquila,   consegui
cumprir o planejamento, ela também me
mostrou que eu tinha capacidade de fazer um
bom trabalho, pois havia faltado energia e eu
consegui manter desenvolver o conteúdo bem e
prender a atenção dos alunos.
    A satisfação do professor está intrínseca a
chance de se relacionar com os alunos, a
aprendizagem dos alunos e o crescimento
pessoal e profissional através do ensino
(MOREIRA, sd).
Quinta semana


    Esta semana planejei trabalha o reino
Animalia, doenças causadas por verminose e
um estudo sobre os principais vertebrados
através de quadro comparativo que os discentes
deveriam confeccionar e entregar no ultimo dia
de aula.
    Como eu tenho uma pequena paixão pelo os
animais dar aula sobre eles me deixou bastante
animada, os discentes participaram da aula e
ocorreu tudo bem.


Sexta semana


    Planejei trabalhar com os filos cnidária,
platelmintos, nematelmintos e molusca, para
isso levei alguns animais representantes desses
filos e de outros.
    Ao ver os animais os discentes se
interessaram pelo conteúdo, a aula foi bastante
proveitosa. Ver o interesse dos discentes me
deixou muito feliz, pois a partir desse momento
eu já estava começando a conquistar a
confiança e atenção deles.
    A identificação do aluno com o professor
passa muito pela satisfação obtida na relação
estabelecida (JESUS,2008).
             Para potencializar a criação de “laços” com os
       alunos e a motivação destes, os professores devem
       evitar o distanciamento, a “neutralidade afectiva” e o
       autoritarismo, devendo, ao contrário, fomentar uma
       “relação de agrado” (RIBEIRO, 1991 apud
       JESUS,2008), caracterizada pelo diálogo, pela
       negociação e pelo respeito mútuo (JESUS,2008).

    Entre os fatores que pode auxiliar a
formação de laços entre os professores e alunos
está a linguagem utilizada na relação
pedagógica, quer verbal, quer não verbal
(JESUS,2008).
Sétima semana


    Planejei trabalhar com os filos artrópode,
anelídea, equinodermata, vertebrata e fazer uma
revisão para a prova.
    Os discentes ficaram preocupados quando
eu falei sobre os assuntos que ia cair na prova,
eles acharam muito, mais ai eu explique que
tudo que iria cair na prova foi trabalho em sala
e que não era para eles se preocuparem, a partir
desse momento já dava para perceber um
relacionamento de respeito, cordialidade e
amizade entre mim e os estudantes, eles já
estavam se acostumando a mim, senti muito
pela relação não ter sido feita antes e pelo
tempo de experiência ser tão curto.
             A interação professor-aluno ultrapassa os limites
       profissionais, escolares, do ano letivo e de semestres.
       É, na verdade, uma relação que deixa marcas, e que
       deve sempre buscar a afetividade e o diálogo como
       forma de construção do espaço escolar (SILVA;
       SANTOS, 2002).
Em seu relacionamento com os alunos, o
professore deve dialogar e manter com ele uma
afetividade, auxiliando o educando a ir
reconhecendo que sua vida é diferenciada, tanto
em coisas intransformáveis quanto em coisas
que podem e devem ser modificadas (SILVA;
SANTOS, 2002).


Oitava semana


   Essa semana eu não fiz plano de aula, mais
me planejei para aplicar a prova da unidade.
   Consegui ter um domínio de classe e impor
a minha autoridade como professora, foi um
momento muito bom, pois eu já tinha
conquistado a confiança dos alunos.
             A autoridade advém do papel social do professor
       e também do domínio que este possui do conteúdo
       com o qual está trabalhando, esta pressupõe uma
       relação hierárquica, onde o primeiro tem como função
       dar ordens que se referem ao “bom” anda-mento do
       processo de ensino-aprendizagem, e o segundo as
segue, desde que elas sejam justas e se mostrem efica-
       zes (De La Taille, 1999 apud NOVAIS, 2004)

    A autoridade do professor é fundamental na
aprendizagem, pois garante a ordem, a
continuidade e o respeito à vida social (Davis e
Luna, 1991; Setton, 1999 apud NOVAIS, 2004)



               Referencias

COSTA,       Flaviane      Arcênio      Tinoco.
Planejamento do Tempo em Sala de aula.
Disponível                em:                 <
http://www.letras.ufmg.br/arado/relatorio4.htm
> Acessado 18/02/11
JESUS, Saul Neves. Estratégias para motivar
os alunos. Educação, Porto Alegre, v. 31, n. 1,
p. 21-29, jan./abr. 2008
MOREIRA, Herivelton. A investigação da
motivação do professor: a dimensão
esquecida.   Disponível     em:      <
http://escoladeser.wordpress.com/2008/09/25/a-
investigacao-da-motivacao-do-professor-a-
dimensao-esquecida/ > Acessado em 18/02/11
SILVA, Andréa Catarina; SANTOS, Roseane
Moreira. RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO
Uma reflexão dos problemas educacionais.
Belém, Universidade da Amazônia, 2002.
SANTOS, Vivaldo Paulo. O QUEFAZER NA
SALA DE AULA: didática, metodologia ou
nada       disso?.     Disponível     em:     <
http://portal.uninove.br/marketing/cope/pdfs_re
vistas/dialogia/dialogia_v2/dialogv2_vivaldosa
ntos.pdf > Acessado em 18/02/11
FREITAS, João Batista. A organização do
espaço da escola de forma a favorecer o
aprendizado. II Simpósio De Gestão
Educacional Para Escolas Públicas.
CASTRO, Patrícia Aparecida Pereira Penkal;
TUCUNDUVA, Cristiane Costa; ARNS, Elaine
Mandelli. A Importância Do Planejamento
Das Aulas Para Organização Do Trabalho
Do Professor Em Sua Prática Docente.
ATHENA Revista Científica de Educação, v.
10, n. 10, jan./jun. 2008
COSTA, Valnise Christo. Portfólio. Disponível
em:                                           <
http://www.slideshare.net/020621388/portflio-
de-valnise-christo-da-costa > Acessado em:
18/02/11
PIMENTA, Selma Garrido & LIMA, Maria
Socorro Lucena. Docência em Formação
Saberes Pedagógicos: Estágio e Docência. 4.
ed. São Paulo: Cortez Editora, 2009
FACULDADE BATISTA BRASILEIRA.
Estágio Supervisionado. Disponível em: <
http://www.fbb.br/downloads/estagio.pdf >
acessado em: 18/02/11
NOVAIS, Elaine Lopes. É possível ter
autoridade em sala de aula sem ser
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1, 2004 (15-51)

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  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA CAMPUS II - ALAGOINHAS-BA COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA DOCENTE: CLÁUDIA REGINA TEIXEIRA DE SOUZA Portfólio Milena de Brito Improta 21/2/2011
  • 2. Introdução Este portfólio é um relato das experiências vivenciadas durante o período de Estágio Supervisionado II do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia, e tem como objetivo sociabilizar as experiências em sala de aula, a fim de produzir uma reflexão crítica e vislumbrar as futuras ações pedagógicas, e assim construir “um novo olhar sobre o ensino, a aprendizagem e a função do educador”. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” Paulo Freire
  • 3. O Estágio O estágio possibilita que sejam trabalhados aspectos indispensáveis à construção da identidade, dos saberes e das posturas específicas ao exercício profissional docente (PIMENTA, 2009), por meio dele o estudante pode perceber as diferenças do mundo organizacional e exercitar sua adaptação ao meio docente (FACULDADE BATISTA BRASILEIRA, sd). O estágio funciona como uma “janela do futuro” através do qual o aluno antevê seu próximo modo de viver. Deve ser uma passagem natural do “saber sobre” para o “saber como”; um momento de validação do aprendizado teórico e prático em confronto com a realidade (FACULDADE BATISTA BRASILEIRA, sd). Neste momento de aprendizagem eu pude perceber quais são os meus potenciais e minhas
  • 4. falhas no meio docente, este processo me possibilitou amadurecer as ideias que antes era apenas especulações do que poderia fazer na sala de aula para ser um bom profissional e transmitir o conteúdo com clareza, para que o estudante conseguisse desenvolver o seu conhecimento. Apesar de já ter vivido a experiência da docência no Ensino Fundamental, no Ensino Médio foi algo totalmente novo, acabei percebendo que a didática teria que ser diferente, e que o controle da turma era mais difícil, pois o pessoal era mais velho e não se impunham a minha autoridade. Entre os meus grandes desafios estava o domínio de classe, e ele me mostrou que é uma das principais ferramentas para se tornar um bom professor, porém na minha convicção eu
  • 5. não consegui desenvolvê-lo da melhor forma possível. Durante esse período pude apender que para ser um bom professor é necessário manter uma boa relação com os estudantes, ser flexível, mais ao mesmo tempo exigente e manter sempre a palavra, é preciso motivar continuamente os alunos para que eles tenham vontade de apreender, os exercícios fazem parte da construção do conhecimento e por isso devem ser bem trabalhos, pois eles também são ferramentas que o professor pode utilizar para verificar se houve aprendizado. O estágio possibilitou que eu vivesse um pouco da minha futura realidade e assim começasse a construir a minha identidade profissional.
  • 6. Desenvolvendo a docência O estágio foi realizado no Colégio Estadual Luis Eduardo Magalhães, no município de Alagoinhas, durante o período de 09 de setembro a 08 de dezembro. Foi desenvolvido em duas etapas o período de observação e adaptação da turma e o período de regência. O período de observação e adaptação consistiu em assistir as aulas da professora regente para que se pudesse conhecer a turma e a forma de ensinar da professora. Neste momento eu me senti deslocada, todos os alunos me observando, comentando sobre mim, tive um pouco de inveja da professora, pois esta mantinha um bom relacionamento com a turma e conseguia ter
  • 7. domínio de classe apesar dos alunos serem bem agitados. E ai me vinha à pergunta será que eu iria conseguir fazer um bom trabalho? Apesar da insegurança o período de observação me ajudou a refletir sobre como eu iria desenvolver o período de regência. A observação é uma parte importantíssima do estágio, pois é neste momento que você tem a oportunidade de fazer uma diagnose do espaço que você está preste a assumir (COSTA, 2010). Para a realização do período de regência foi utilizada a técnica de ensino de aula expositiva e métodos de avaliação como estudo dirigido, quadro comparativo, aulas práticas e testes de verificação. A proposta de estágio foi desenvolvida a partir da elaboração de planos de aula contendo sequências didáticas que
  • 8. buscaram potencializar as relações interativas na sala de aula e acompanhadas de proposta de avaliação que fosse viável a realidade dos estudantes. Durante a regência senti muita dificuldade, pois a turma era muito agitada. Era muito triste ver o que eu tinha planejado não dar certo, devido à falta de disciplina e interesse dos alunos, esse foi um período onde eu pude aprender que é preciso pensar em tudo que poderá acontecer antes de planejar. O planejamento serve como uma ferramenta importantíssima para organizar e subsidiar o trabalho do professor, desta forma ele deve ser uma organização das ideias e informações (CASTRO; TUCUNDUVA; ARNS, 2008).
  • 9. A Escola O colégio Luis Eduardo Magalhães é um colégio modelo presente nas principais cidades do estado da Bahia, a sua estrutura é bem ampla e as salas são bem arejadas, todas possuem um bom sistema de ventilação com janelas e ventiladores, quadro branco e tv pendrive, porém a acústica acaba atrapalhando o andamento das aulas. O colégio possui uma biblioteca, um auditório, quadra esportiva, uma cantina, duas salas de professores, uma secretaria, coordenação, direção e bastante espaço para que os estudantes possam circular. O ambiente é instrumento do desenvolvimento humano, em que o ser humano busca recursos para suas ações, desta forma a organização do espaço escolar pode
  • 10. favorecer ou não a aprendizagem dos alunos (Freitas, sd). Desta forma eu me senti tranquila ao saber que o colégio apresentava uma estrutura que dava para desenvolver um trabalho de qualidade com os discentes. A professora A professora regente é formada pela Universidade do Estado da Bahia e tem um bom período de experiência de sala de aula, o seu relacionamento com os alunos é de respeito e cordialidade, ela é vista como uma professora exigente por grande parte dos alunos. Ela me passou segurança com relação a atuação do professor, porém no seu discurso comigo era perceptível a falta de satisfação com a profissão, pois ela me aconselhou a não seguir essa carreira já como era cansativa e árdua.
  • 11. O problema da satisfação do professor se situa no preenchimento de necessidades de alta ordem em uma profissão onde os padrões de carreira podem ser limitados (TELEFER; SWAN, 1986 apud Moreira, sd). A turma A turma 91 m3, era composta por 47 alunos, porem nem todos freqüentavam, pois alguns eram alunos de dependência. Era uma turma muito agitada, os alunos gostavam de conversar, poucos tinham interesse e motivação para com as aulas, para ter um bom rendimento era necessário o professo ter criatividade e sempre trazer novidades. A minha falta de experiência foi um dos grandes desafios para com a turma que era muito indisciplinada, eu me senti incapaz algumas vezes, já como o pessoal era mais
  • 12. velho e nem todos estavam dispostos a realizar as atividades propostas. A indisciplina é um “fenómeno relacional e interactivo que se concretiza no incumprimento das regras que presidem, orientam e estabelecem as condições das tarefas na aula e, ainda, no desrespeito de normas e valores que fundamentam o são convívio entre pares e a relação com o professor, enquanto pessoa e autoridade” (João Amado, 1998 apud Debate). A indisciplina está muito relacionada com a relação que se estabelece no interior da aula e esta relação depende sobretudo da motivação dos alunos para os conteúdos da aprendizagem e do clima relacional (Debate, sd). Observando O período de observação ocorreu em uma semana e foram observadas duas aulas, pode-se perceber que a professora conseguia ter um domínio de classe apesar da agitação dos
  • 13. alunos, transmitia segurança e domínio de conteúdo, porém pela sua didática dava para perceber a falta de motivação para o ensino. A didática da professora foi a aula expositiva isso me fez ter a ideia de inovar quando eu iniciasse a regência, porém quando eu fui viver a realidade de ser professor percebi quanto é difícil não se acomodar com as técnicas de ensino tradicional. A didática é o conjunto de técnicas e saberes metodológicos indispensáveis à arte de ensinar algo a alguém e cabe a ela converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, consequentemente, em objetivos educacionais, acrescentando-lhe a tarefa de dar sentido ao processo ensino- aprendizagem (Santos, 2003).
  • 14. Regência Primeira semana Estava ansiosa para que começasse... me programei para dar continuidade ao assunto sobre os integrantes do reino Plantae. Planejei fazer uma breve revisão para que os discentes pudessem compreender como se deu a evolução no reino plantae, trabalhar a diferença entre angiospermas e gimnospermas e a estrutura da flor através da dissecação de uma flor de hibisco. Na prática eu fiquei um pouco nervosa ao fazer o primeiro contado. O tempo foi o meu grande inimigo, pois eu não conseguir concluir
  • 15. tudo o que havia planejado. Conseguir motivar os alunos quando falei da aula prática sobre as partes da flor, todos ficaram empolgados. O tempo destinado a cada parte da aula é uma decisão importante que os professores têm que tomar durante o planejamento e a execução da mesma (COSTA, sd). O planejamento do tempo durante as atividades propostas é particularmente mais difícil para professores em início de carreira, os quais, geralmente, não estão muito acostumados a preverem o tempo a ser despendido (WAJNRYB, 1996 apud Costa, sd). Segunda semana Nessa semana planejei trabalhar com os discentes a estrutura da semente, as diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas e a absorção de água e sais minerais pelos vegetais.
  • 16. Essa semana foi marcada pela indisciplina dos alunos, estes estavam muito agitados e eu acabei perdendo o controle da situação, a professora regente teve que intervir para que eles se acalmassem. Esse acontecimento me fez sentir muito mal, e incapaz em relação à docência. A indisciplina integra todos os comportamentos que os alunos apresentam na sala de aula que perturbam o trabalho que o professor pretende realizar (Jesus, 2008). É o principal fator de mal-estar docente para muitos professores, de acordo com os resultados obtidos em diversas investigações (JESUS, 1996 apud Jesus, 2008). Terceira semana
  • 17. Para não confundir os discentes essa semana resolvi dar continuidade ao conteúdo referente ao reino plantae, diferente da sequencia abordada no livro didático. Planejei trabalhar a fisiologia vegetal. Devido ao feriado no dia anterior a uma das aulas o que programei teve que ser remanejado para a outra semana. Consegui adequar o tempo ao que foi planejado, conteúdo foi transmitido com clareza e os alunos mostraram compreensão. Ter conseguido cumprir com tudo que eu havia planejado me fez muito feliz, eu também acabei percebendo que já estava tendo um pouco mais de experiência com relação a docência. O tempo durante as aulas em que os alunos estão ativamente engajados nas atividades propostas representa uma significante contribuição para o aprendizado, ao contrário do tempo despendido nos intervalos, distribuição de livros e dever de casa e discussão sobre eventos que acontecerão nas aulas seguintes (RICHARDS; NUNAN, 1995 apud Costa, sd).
  • 18. Quarta semana Essa foi a semana de observação da professora orientadora, havia planejado trabalha com o conteúdo sobre fotossíntese, hormônio vegetal e adaptações dos vegetais. Foi uma semana tranquila, consegui cumprir o planejamento, ela também me mostrou que eu tinha capacidade de fazer um bom trabalho, pois havia faltado energia e eu consegui manter desenvolver o conteúdo bem e prender a atenção dos alunos. A satisfação do professor está intrínseca a chance de se relacionar com os alunos, a aprendizagem dos alunos e o crescimento pessoal e profissional através do ensino (MOREIRA, sd).
  • 19. Quinta semana Esta semana planejei trabalha o reino Animalia, doenças causadas por verminose e um estudo sobre os principais vertebrados através de quadro comparativo que os discentes deveriam confeccionar e entregar no ultimo dia de aula. Como eu tenho uma pequena paixão pelo os animais dar aula sobre eles me deixou bastante animada, os discentes participaram da aula e ocorreu tudo bem. Sexta semana Planejei trabalhar com os filos cnidária, platelmintos, nematelmintos e molusca, para
  • 20. isso levei alguns animais representantes desses filos e de outros. Ao ver os animais os discentes se interessaram pelo conteúdo, a aula foi bastante proveitosa. Ver o interesse dos discentes me deixou muito feliz, pois a partir desse momento eu já estava começando a conquistar a confiança e atenção deles. A identificação do aluno com o professor passa muito pela satisfação obtida na relação estabelecida (JESUS,2008). Para potencializar a criação de “laços” com os alunos e a motivação destes, os professores devem evitar o distanciamento, a “neutralidade afectiva” e o autoritarismo, devendo, ao contrário, fomentar uma “relação de agrado” (RIBEIRO, 1991 apud JESUS,2008), caracterizada pelo diálogo, pela negociação e pelo respeito mútuo (JESUS,2008). Entre os fatores que pode auxiliar a formação de laços entre os professores e alunos está a linguagem utilizada na relação pedagógica, quer verbal, quer não verbal (JESUS,2008).
  • 21. Sétima semana Planejei trabalhar com os filos artrópode, anelídea, equinodermata, vertebrata e fazer uma revisão para a prova. Os discentes ficaram preocupados quando eu falei sobre os assuntos que ia cair na prova, eles acharam muito, mais ai eu explique que tudo que iria cair na prova foi trabalho em sala e que não era para eles se preocuparem, a partir desse momento já dava para perceber um relacionamento de respeito, cordialidade e amizade entre mim e os estudantes, eles já estavam se acostumando a mim, senti muito pela relação não ter sido feita antes e pelo tempo de experiência ser tão curto. A interação professor-aluno ultrapassa os limites profissionais, escolares, do ano letivo e de semestres. É, na verdade, uma relação que deixa marcas, e que deve sempre buscar a afetividade e o diálogo como forma de construção do espaço escolar (SILVA; SANTOS, 2002).
  • 22. Em seu relacionamento com os alunos, o professore deve dialogar e manter com ele uma afetividade, auxiliando o educando a ir reconhecendo que sua vida é diferenciada, tanto em coisas intransformáveis quanto em coisas que podem e devem ser modificadas (SILVA; SANTOS, 2002). Oitava semana Essa semana eu não fiz plano de aula, mais me planejei para aplicar a prova da unidade. Consegui ter um domínio de classe e impor a minha autoridade como professora, foi um momento muito bom, pois eu já tinha conquistado a confiança dos alunos. A autoridade advém do papel social do professor e também do domínio que este possui do conteúdo com o qual está trabalhando, esta pressupõe uma relação hierárquica, onde o primeiro tem como função dar ordens que se referem ao “bom” anda-mento do processo de ensino-aprendizagem, e o segundo as
  • 23. segue, desde que elas sejam justas e se mostrem efica- zes (De La Taille, 1999 apud NOVAIS, 2004) A autoridade do professor é fundamental na aprendizagem, pois garante a ordem, a continuidade e o respeito à vida social (Davis e Luna, 1991; Setton, 1999 apud NOVAIS, 2004) Referencias COSTA, Flaviane Arcênio Tinoco. Planejamento do Tempo em Sala de aula. Disponível em: < http://www.letras.ufmg.br/arado/relatorio4.htm > Acessado 18/02/11 JESUS, Saul Neves. Estratégias para motivar os alunos. Educação, Porto Alegre, v. 31, n. 1, p. 21-29, jan./abr. 2008 MOREIRA, Herivelton. A investigação da motivação do professor: a dimensão esquecida. Disponível em: <
  • 24. http://escoladeser.wordpress.com/2008/09/25/a- investigacao-da-motivacao-do-professor-a- dimensao-esquecida/ > Acessado em 18/02/11 SILVA, Andréa Catarina; SANTOS, Roseane Moreira. RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO Uma reflexão dos problemas educacionais. Belém, Universidade da Amazônia, 2002. SANTOS, Vivaldo Paulo. O QUEFAZER NA SALA DE AULA: didática, metodologia ou nada disso?. Disponível em: < http://portal.uninove.br/marketing/cope/pdfs_re vistas/dialogia/dialogia_v2/dialogv2_vivaldosa ntos.pdf > Acessado em 18/02/11 FREITAS, João Batista. A organização do espaço da escola de forma a favorecer o aprendizado. II Simpósio De Gestão Educacional Para Escolas Públicas. CASTRO, Patrícia Aparecida Pereira Penkal; TUCUNDUVA, Cristiane Costa; ARNS, Elaine Mandelli. A Importância Do Planejamento Das Aulas Para Organização Do Trabalho Do Professor Em Sua Prática Docente.
  • 25. ATHENA Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, jan./jun. 2008 COSTA, Valnise Christo. Portfólio. Disponível em: < http://www.slideshare.net/020621388/portflio- de-valnise-christo-da-costa > Acessado em: 18/02/11 PIMENTA, Selma Garrido & LIMA, Maria Socorro Lucena. Docência em Formação Saberes Pedagógicos: Estágio e Docência. 4. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2009 FACULDADE BATISTA BRASILEIRA. Estágio Supervisionado. Disponível em: < http://www.fbb.br/downloads/estagio.pdf > acessado em: 18/02/11 NOVAIS, Elaine Lopes. É possível ter autoridade em sala de aula sem ser autoritário?. Linguagem & Ensino, Vol. 7, No. 1, 2004 (15-51)