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FARMÁCIA INFORMATIVA
- BOLETIM INFORMATIVO -
1ª Edição, Março / 2013
Hipertensão Arterial
Por: Priscila de Souza Furtado
O que é hipertensão arterial?
A hipertensão arterial HA é um
distúrbio comum, quando não tratado
com eficiência, pode aumentar o risco a
trombose coronariana, AVCs e
insuficiência renal (RANG., 2011).
A HA é uma doença que tem
como origem diversas causas e fatores,
caracterizada por níveis tensionais
elevados da pressão arterial (PA),
associada a frequentes alterações
funcionais e/ou estruturais dos órgãos
alvos e as alterações metabólicas
(KOHLMANN et al., 1999).
A doença na maioria dos casos é
assintomática (sem sintomas ou sinais).
Isso pode fazer com que poucas pessoas
acreditem estar doente. A hipertensão
arterial é a mais comum das doenças
cardiovasculares.
Segundo as Diretrizes
Brasileiras de Hipertensão Arterial, a
mortalidade no Brasil em 2003, foi de
27,4% de óbitos decorrentes de doenças
cardiovasculares. A principal causa de
morte no Brasil é o acidente vascular
cerebral, acometendo as mulheres em
maior proporção. Os fatores de risco
para mortalidade, hipertensão arterial
explica 40% das mortes por acidente
vascular cerebral e 25% daquelas por
doença coronariana. A mortalidade por
doença cardiovascular aumenta
progressivamente com a elevação da
pressão arterial (SBC., 2010).
Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), existem no
mundo 600 milhões de hipertensos.
A Sociedade Brasileira de
Hipertensão (SBH) estima que haja no
Brasil 30 milhões de hipertensos, cerca
de 30% da população adulta. Entre as
pessoas com mais de 60 anos, mais de
60% têm hipertensão. Embora o
problema ocorra predominantemente na
fase adulta, o número de crianças e
adolescentes hipertensos vêm
aumentando a cada dia. A SBH estima
que 5% da população com até 18 anos
2
tenham hipertensão – são 3,5 milhões
de crianças e adolescentes brasileiros
(SBC., 2010).
São vários os fatores de riscos
para a hipertensão arterial: gênero e
etnia, excesso de peso e obesidade,
ingestão de sal, ingestão de álcool,
sedentarismo, fatores socioeconômicos,
genética e outros fatores de risco
cardiovascular (RANG., 2011).
Classificação da Hipertensão Arterial
Classificação Pressão
sistólica
(mmHg)
Pressão
diastólica
(mmHg)
Ótima < 120 < 80
Normal < 130 < 85
Limítrofe 130-139 85-89
Hipertensão
estágio 1
140-159 90-99
Hipertensão
estágio 2
160-179 100-109
Hipertensão
estágio 3
≥ 180 ≥ 110
Hipertensão
sistólica
isolada
≥ 140 > 90
Quando a pressão sistólica e diastólica
de um paciente encontram-se em
categorias diferentes, a maior deve ser
utilizada para classificação da pressão
arterial.
Tratamento envolve medidas não
farmacológicas
Habituar-se a prática regular
de atividade física, como caminhada
por, pelo menos, 30 minutos
diariamente;
- Monitorar a medida da circunferência
abdominal e do índice de massa
corpórea;
- Reeducação nos hábitos alimentares
como: diminuição de frituras, alimentos
gordurosos, redução de sal da dieta e
preferência aos alimentos integrais
como: pães, cereais e massas integrais
ou de trigo integral;
- Suspender cigarro e bebidas alcoólicas
(RANG., 2011).
Tratamento Medicamentoso
- Nos casos em que o tratamento não
medicamentoso não é capaz de
controlar a PA é necessário o uso de
medicamentos;
- Para cada pessoa há um tratamento
específico, por isso, só o médico pode
determinar o tratamento adequado
(RANG., 2011).
Escolha do Medicamento Anti-
Hipertensivo
Os medicamentos anti-
hipertensivos usuais e seus efeitos
adversos:
3
Fármaco Efeitos Adversos
Diuréticos
tiazídicos (p. ex.,
bendroflumetiazid
a
Frequência
urinária, gota,
intolerância à
glicose,
hipocalemia,
hiponatremia.
Inibidores da ECA
(p. ex., enalapril)
Tosse,
hipotensão na
primeira dose,
teratogenicidade,
disfunção renal
reversível.
Antagonistas AT1
(p. ex., losartana)
Teratogenicidade
, disfunção renal
reversível.
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Ca2+
(p. ex.,
nifedipino)
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tornozelo.
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adrenérgicos (p.
ex., meteprolol)
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Antagonistas α1-
adrenérgicos (p.
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Hipotensão na
primeira dose.
Fatores de risco
A hipertensão arterial é o mais
importante fator de risco para o
desenvolvimento das doenças
cardiovasculares (DCV), com destaque
para o Acidente Vascular Cerebral
(AVC) e o infarto do miocárdio. Pode
levar, também, a problemas renais e
problemas oculares.
- As mudanças no estilo de vida são
muito recomendadas na prevenção
primária da hipertensão. Hábitos
saudáveis de vida devem ser adotados
desde a infância e a adolescência, como
30 minutos de caminhada pelo menos
três vezes por semana;
- É preciso verificar a pressão arterial
regularmente. Um resultado elevado
não deve ser motivo para preocupação.
A pressão alta nunca é diagnosticada
com base em uma única leitura;
- Vá ao médico regularmente e realize
os exames necessários com frequência
(KOHLMANN et al., 1999).
Referências
BRUNTON, L. L.; LAZO, J.S.;
PARKER, K.L. Goodman & Gilman:
manual de farmacologia e
4
terapêutica. Rio de Janeiro: McGraw-
Hill, 2010.
RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER,
J.M.; FLOWER, R.J.; HENDERSON,
G. Farmacologia, 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier , 2011.
SBC, Sociedade Brasileira de
Cardiologia. VI Diretrizes brasileiras
de hipertensão, 2010.
KOHLMANN JR., O.; GUIMARÃES,
M.H.C.; CHAVES JR., H.C.;
MACHADO, C.A.; PRAXEDES, J.N.;
SANTELLO, J.L.; NOBRE, F.; MION
JR., D. III Consenso brasileiro de
hipertensão arterial. Arq Bras
Endocrinol, v.43, n.4, p.257-286, 1999.

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  • 1. 1 FARMÁCIA INFORMATIVA - BOLETIM INFORMATIVO - 1ª Edição, Março / 2013 Hipertensão Arterial Por: Priscila de Souza Furtado O que é hipertensão arterial? A hipertensão arterial HA é um distúrbio comum, quando não tratado com eficiência, pode aumentar o risco a trombose coronariana, AVCs e insuficiência renal (RANG., 2011). A HA é uma doença que tem como origem diversas causas e fatores, caracterizada por níveis tensionais elevados da pressão arterial (PA), associada a frequentes alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos alvos e as alterações metabólicas (KOHLMANN et al., 1999). A doença na maioria dos casos é assintomática (sem sintomas ou sinais). Isso pode fazer com que poucas pessoas acreditem estar doente. A hipertensão arterial é a mais comum das doenças cardiovasculares. Segundo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, a mortalidade no Brasil em 2003, foi de 27,4% de óbitos decorrentes de doenças cardiovasculares. A principal causa de morte no Brasil é o acidente vascular cerebral, acometendo as mulheres em maior proporção. Os fatores de risco para mortalidade, hipertensão arterial explica 40% das mortes por acidente vascular cerebral e 25% daquelas por doença coronariana. A mortalidade por doença cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da pressão arterial (SBC., 2010). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem no mundo 600 milhões de hipertensos. A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) estima que haja no Brasil 30 milhões de hipertensos, cerca de 30% da população adulta. Entre as pessoas com mais de 60 anos, mais de 60% têm hipertensão. Embora o problema ocorra predominantemente na fase adulta, o número de crianças e adolescentes hipertensos vêm aumentando a cada dia. A SBH estima que 5% da população com até 18 anos
  • 2. 2 tenham hipertensão – são 3,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros (SBC., 2010). São vários os fatores de riscos para a hipertensão arterial: gênero e etnia, excesso de peso e obesidade, ingestão de sal, ingestão de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos, genética e outros fatores de risco cardiovascular (RANG., 2011). Classificação da Hipertensão Arterial Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe 130-139 85-89 Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 Hipertensão estágio 2 160-179 100-109 Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 > 90 Quando a pressão sistólica e diastólica de um paciente encontram-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. Tratamento envolve medidas não farmacológicas Habituar-se a prática regular de atividade física, como caminhada por, pelo menos, 30 minutos diariamente; - Monitorar a medida da circunferência abdominal e do índice de massa corpórea; - Reeducação nos hábitos alimentares como: diminuição de frituras, alimentos gordurosos, redução de sal da dieta e preferência aos alimentos integrais como: pães, cereais e massas integrais ou de trigo integral; - Suspender cigarro e bebidas alcoólicas (RANG., 2011). Tratamento Medicamentoso - Nos casos em que o tratamento não medicamentoso não é capaz de controlar a PA é necessário o uso de medicamentos; - Para cada pessoa há um tratamento específico, por isso, só o médico pode determinar o tratamento adequado (RANG., 2011). Escolha do Medicamento Anti- Hipertensivo Os medicamentos anti- hipertensivos usuais e seus efeitos adversos:
  • 3. 3 Fármaco Efeitos Adversos Diuréticos tiazídicos (p. ex., bendroflumetiazid a Frequência urinária, gota, intolerância à glicose, hipocalemia, hiponatremia. Inibidores da ECA (p. ex., enalapril) Tosse, hipotensão na primeira dose, teratogenicidade, disfunção renal reversível. Antagonistas AT1 (p. ex., losartana) Teratogenicidade , disfunção renal reversível. Antagonistas do Ca2+ (p. ex., nifedipino) Edema de tornozelo. Antagonistas β- adrenérgicos (p. ex., meteprolol) Broncoespasmo, cansaço, mãos/pés frios, bradicardia. Antagonistas α1- adrenérgicos (p. ex., doxazosina) Hipotensão na primeira dose. Fatores de risco A hipertensão arterial é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares (DCV), com destaque para o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto do miocárdio. Pode levar, também, a problemas renais e problemas oculares. - As mudanças no estilo de vida são muito recomendadas na prevenção primária da hipertensão. Hábitos saudáveis de vida devem ser adotados desde a infância e a adolescência, como 30 minutos de caminhada pelo menos três vezes por semana; - É preciso verificar a pressão arterial regularmente. Um resultado elevado não deve ser motivo para preocupação. A pressão alta nunca é diagnosticada com base em uma única leitura; - Vá ao médico regularmente e realize os exames necessários com frequência (KOHLMANN et al., 1999). Referências BRUNTON, L. L.; LAZO, J.S.; PARKER, K.L. Goodman & Gilman: manual de farmacologia e
  • 4. 4 terapêutica. Rio de Janeiro: McGraw- Hill, 2010. RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M.; FLOWER, R.J.; HENDERSON, G. Farmacologia, 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier , 2011. SBC, Sociedade Brasileira de Cardiologia. VI Diretrizes brasileiras de hipertensão, 2010. KOHLMANN JR., O.; GUIMARÃES, M.H.C.; CHAVES JR., H.C.; MACHADO, C.A.; PRAXEDES, J.N.; SANTELLO, J.L.; NOBRE, F.; MION JR., D. III Consenso brasileiro de hipertensão arterial. Arq Bras Endocrinol, v.43, n.4, p.257-286, 1999.