A xilogravura é uma técnica de impressão antiga que envolve gravar imagens em relevo em madeira e estampá-las em papel com tinta. A xilogravura era usada inicialmente para produtos menos nobres, mas se tornou popular como capa de cordel na década de 1950. José Borges é um importante artista pernambucano reconhecido por suas xilogravuras.
2. A técnica da xilogravura é
extremamente antiga.
Inicialmente a xilogravura era
usada na confecção de
produtos considerados “menos
nobres”, como rótulos de
bebidas, folhetos e almanaques.
Foi a partir da década de 50 que
ela passou a ser usada como
capa de cordel.
3. A xilografia é uma técnica de
impressão que consiste em
gravar imagens em relevo sobre
pranchas de madeira para
depois, com tinta, estampá-las
em papel.
4. Crie um desenho sobre a madeira
utilizando o lápis. É importante lembrar
que o desenho deverá estar invertido
(espelhado).
5. Seguindo o traçado comece a cortar as
partes desejadas (talhando a madeira).
6. Cubra com tinta a superfície em relevo
da prancha com o rolo até ficar
uniforme.
7. Apóie o papel sobre a prancha já pintada
tomando cuidado para ela não se mover.
14. JOSÉ BORGES: Patrimônio Vivo de Pernambuco,
J. Borges tem 73 anos. Ele é um dos artistas
folclóricos mais celebrados. Apenas em uma turnê
ele percorreu 20 países europeus e foi tema de
uma reportagem no jornal The New York Times e
apontado como um gênio da arte popular.
15. Já teve um lote de xilogravuras de
sua autoria arrematado por US$ 30
mil num leilão nos Estados Unidos.
O dinheiro, no entanto, não foi para
o bolso do artista. Ficou com um
colecionador americano que
garimpa exemplares raros de obras
folclóricas.
16. A Dupé lançou a coleção Arte Brasileira com
réplicas de xilogravuras de J. Borges, patrimônio
vivo de Pernambuco.
17. a marca Havaianas
também lançou uma
“edição limitada” em
homenagem ao
“Maior São João do
Mundo, Campina
Grande”.
20. Cordel é uma poesia popular escrita
de forma rimada com 6,8 ou 10
versos por estrofe, que trata de
assuntos do cotidiano do artista,
variando entre a crítica social e
política e assuntos de teor picante e
cômico, bem ao gosto popular.
21. Este texto a seguir faz parte
da Literatura de Cordel, de
Francisco Diniz.
22. Literatura de Cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita pra ler ou cantar.
23. A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão,
Que esculpe em madeira
Um desenho com ponção
Preparando a matriz
Pra fazer reprodução.
24. Mas pode ser um desenho,
Uma foto, uma pintura,
Cujo título, bem à mostra,
Resume a escritura.
É uma bela tradição,
Que exprime nossa cultura.
25. Os folhetos de cordel,
Nas feiras eram vendidos,
Pendurados num cordão
Falando do acontecido,
De amor, luta e mistério,
De fé e do desassistido.
26. A minha literatura
De cordel é reflexão
Sobre a questão social
E orienta o cidadão
A valorizar a cultura
E também a educação.