O documento descreve a Igreja na Idade Média, incluindo a origem do clero medieval, a estrutura eclesiástica e movimentos reformistas. O poder da Igreja cresceu através de alianças com tribos bárbaras. O clero era dividido em secular e regular. As cruzadas foram influenciadas pelo crescimento populacional e apoio a Bizâncio, mas falharam em reconquistar Jerusalém de forma permanente.
2. → A Origem do Clero Medieval
• Edito de Tessalônica (391): oficialização do
cristianismo como religião oficial do Império
Romano;
• Apesar da crise do Império, o poder da Igreja
continuou ampliando-se, devido à alianças feitas
com tribos bárbaras;
• Estas alianças possibilitaram aos membros da
Igreja participarem dos governos dos novos
reinos e influenciasse diretamente o sistema
feudal;
• Com a ampliação do poder, a Igreja passou a
ser a maior detentora de terras da Idade Média
e influenciadora direta da vida medieval.
4. • Clero secular: responsável pelas coisas da vida;
• Clero regular: monges e abades – responsáveis
pela valorização da espiritualidade, da oração e
do respeito à regras como caridade, castidade e
pobreza;
• Era responsabilidade do clero regular converter
os bárbaros e desenvolver a cultura;
5. • O crescimento do clero secular era visualizado
através da domínio temporal do poder na Itália e
o controle científico cultural que havia na época;
• A doação do território de Ravena, de Pepino, o
Breve (Reino dos Francos), à Igreja é outra
mostra da ascensão do poder desta instituição;
• A única resistência que a Igreja encontrou na
Alta Idade Média foi o Cisma do Oriente, que
deu origem à Igreja Ortodoxa.
6. → Movimentos Reformistas
• Séc. IX, monges do mosteiro de Cluny passaram a
questionar atos de alguns clérigos: venda de
indulgências, a vida mundana e a intromissão de nobres
e reis em assuntos da Igreja passaram a ser
condenados – Sacro Império Romano – Germânico;
• 1073: Gregório VII, ex monge de Cluny, é eleito Papa e
passa a adotar os princípios de sua ordem;
• Mudanças definidas pelo novo papa não foram aceitas
pelo imperador Henrique IV (Sacro Império Romano –
Germânico), causando desentedimentos, como:
• Questão da Investiduras, que gerou a excomunhão de
Henrique IV
7. • Após guerras e conflitos, foi assinada a
Concordata de Worms (1122), bispos
passariam a ser escolhidos pelo papa e pelo rei;
• Cisma do Ocidente (séc XIV): quebra da
unidade da Igreja;
• Rei francês, Felipe, o belo, rompe relações com
a Igreja e enfraquece completamente o papa
Bonifácio VIII;
• Surgem nesse momento as heresias –
movimentos que se opunham ao ideário
católico;
• Algumas heresias se destacaram: valdenses –
autonomia dos fiéis junto ao clérigo; albigenses
– modo de vida do clero e ensinamentos da
Igreja.
8. • Medidas da Igreja visando minimizar os
movimentos heréticos:
• Cruzadas dos Albigenses;
• Santo Ofício da Inquisição;
• No final da Idade Média, o enfraquecimento do
sistema feudal, juntamente com as
contestações junto à Igreja seriam os fatores
fundamentais para a ocorrência da Reforma
Protestante.
10. → Transformações na Europa Centro Ocidental
• Baixa Idade Média
• Crescimento populacional exagerado – aumento
na produção de alimentos;
• Aumento da população representou uma forma
para recrutamento para conquistas, como a
Expansão Germânica para o leste, a Guerra de
Reconquista e as Cruzadas;
11. → Fatores que levaram às Cruzadas
• 1 - Crescimento populacional –
marginalização e miséria passou a atingir os
filhos mais novos dos nobres, que sem posses,
eram obrigados à integrarem cargos da Igreja
ou a se tornarem cavaleiros;
• Entretanto, a marginalização se mostrou mais
intensa aos servos, que passaram a ser
desprezados à medida que as inovações
técnicas alteravam a sociedade de consumo
para a sociedade de mercado;
• Muitos servos passaram a ocupar aldeias e
centros urbanos, onde exerciam atividades
diversas, enquanto muitos outros passaram a
integrar a marginalidade (bandoleiros).
12.
13. • Este excedente de população marginalizada,
durante este período da Baixa Idade Média,
serviu como contingente para a formação de
exércitos, que garantiriam suas sobrevivências
através das Cruzadas;
• 2 – Apoio dos Bizantinos: ameaça do avanço
dos turcos faz com que Constantinopla volte a
se aproximar de Igreja, muito enfraquecida na
época pela Querela das Investiduras;
• 3 – Aumento da participação das cidades
italianas no comércio com o Oriente;
• 4 – Libertação do Santo Sepulcro das mãos
dos “Infiéis”.
14.
15. → O Movimento (1096 – 1270)
• Cruzada dos Mendigos (1096): composta por
populares marginalizados, unicamente, e caracterizou-
se pelo misticismo impregnado na época. Foram
massacrados pelos turcos;
• 1ͣ Cruzada (1096 – 1099) – Cruzada dos Nobres:
única cruzada que obteve sucesso e conseguiu
reconquistar Jerusalém; Surgimento da Ordem dos
Templários;
• 2ͣ Cruzada (1147 – 1149) – marcada pela
reorganização dos turcos e pelo fracasso dos europeus;
• 3ͣ Cruzada (1189 – 1192) – Cruzada dos Reis -
Ricardo, Coração de Leão(Inglaterra), Felipe Augusto
(França) e Frederico I (Sacro Império) lideraram este
movimento, onde Ricardo sem obter sucesso,somente
fez um acordo com o Sultão Saladino, que após vencê-
lo, permitiu a peregrinação de cristãos à Jerusalém.
16. • 4ͣ Cruzada (1202 – 1204) – Cruzada
Comercial: marcada pelo saque dos cristãos
europeus à Constantinopla, fundando o Reino
Latino de Constantinopla, que foi retomado
pelos turcos em 1261;
• Cruzada das Crianças(1212): Igreja
determinou que somente as almas puras
poderiam libertar Jerusalém, mas a Cruzada
não se efetivou e as crianças acabaram
vendidas como escravas;
• As demais cruzadas (5ͣ, 6ͣ, 7ͣ e 8ͣ) não
representaram grandes êxitos, apenas acordos
diplomáticos.