Ri etnias, grupos minoritários, nacionalismos, conflitos
1. Etnias, grupos minoritários,
nacionalismos, conflitos
urbanos e direitos humanos:
as complicadas relações
entre cidadania, direitos
humanos e Estados Nação
Curso de RI
Sociologia V: Agenda Internacional Contemporânea: uma abordagem sociológica.
2/2013 – PUCSP – Prof. Félix Sánchez
2. O declínio do Estado-Nação e o
fim dos Direitos do Homem
Hannah Arendt. “Origens do Totalitarismo”
3. Temporalidade contemporânea marcada por
fortes tendências autoritárias (prenúncio do
totalitarismo)
A 1ª. Guerra Mundial (1914) inaugura tempo de intolerância vinculada ao
desenvolvimento de tendências econômicas, armadas, migratórias (povos
inteiros), receios e resistências culturais.
Antes que a política totalitária atacasse e destruísse a própria estrutura da
civilização europeia, a explosão de 1914 expôs os sinais dessa tendência.
Desintegração das sociedades no contexto da crise do sistema de Estados.
Liquidação dos Estados multinacionais europeus de antes da guerra dão lugar a
2 tipos de vítimas: apátridas e minorias (não dispunham de governos que os
representassem.
Desnacionalização tornou-se uma poderosa arma da política totalitária.
Efeito sobre a incapacidade de acolher sob o manto dos direitos aqueles que
passaram a ser considerados um refugo da terra.
5. Esboroamento sem recuperação?
Balanço do pós 11/09: Terrorismo, guerra e fundamentalismos.
Religião X Mercado X Guerra.
Resgate de sua transversalidade e aposta na possibilidade de
fortalecimento.
Lições da Conferência de Viena p.207.
Significado e limites da expansão discursiva dos direitos humano pós Viena
e agravada após o 11/09/2001 p.210.
Efeitos da globalização neoliberal sobre os direitos humanos:
enfraquecimento do Estado e das suas políticas.
Dimensões não apenas emergentes mas “acuciantes”.
O que sobrou dos Direitos Humanos?
O que fazer?
6. Os condenados da cidade – estudos
sobre marginalidade avançada
Löic Wacquant
Anotações para o curso de Sociologia V
7. O retorno do recalcado: violência urbana,
“raça” e dualização em sociedades
avançadas.
Desencontro de previsões e realidades pós-guerra e hoje. Nem civilizados,
nem democráticos.
Redução das desigualdades e redução das condições herdadas da
modernidade capitalista seriam progressivamente reduzidas: ex. status,
etnicidade ou “raça”.
Crença na progressiva e porosidade da estrutura de classes ao fazer da
“aquisição de status” o esqueleto conceitual de incontáveis estudos sobre
“oportunidade”. Ideologia da “meritocracia social” e ideologia da
democracia racial de Gilberto Freyre.
Compreensão da pobreza como resíduo e dos atrasos. Previsão de
superação da pobreza.
Também houve a superação dos conceitos de etnicidade e de “raça”
(caso particular de etnicidade, princípio historicamente construído de
classificação social. O que é raça varia muito de uma sociedade para
outra).
8. Diagnósticos convergentes com a
herança clássica da ciência social
Marx e Durkheim.
Teoria da modernização e estrutural funcionalismo (Talcott Parsons, W. W.
Rostow e Gino Germani).
Teorias da CEPAL e da Dependência.
Teorias sobre sociedade pós-industrial.
Previsão comum: ocaso das questões étnicas e raciais.
Os fatores de ruptura desse falso consenso sobre o diagnóstico da teoria
do desenvolvimento: as revoltas populares (migrantes, negros e latinos)
configuraram a herança étnico-racial que compõe com força a
estratificação social emergente.
Consequências: atores “mistos” e sociabilidade emergente.
9. Nova configuração da realidade hoje
Precarização social.
Segregação sócio espacial.
Influência das novas realidades sobre os perfis do sistema de proteção
social e do sistema policial. (Ex.: Brasil Em relação aos homicídios: diminuiu
25% os homicídios dos brancos e aumentou 30% os homicídios dos negros.
Ainda há um esquadrão paramilitar executando os jovens no Brasil).
Estatísticas semelhantes nos países do primeiro mundo.
Qual o tipo de convergência nos processos sociais?
Contradições com ao forte enraizamento do culto ao consumo.
Consequências... .
Progressiva ascensão do estado social-policial. Consequências sobre a
juventude e as populações pobres.
Como resgatar expectativa anterior? Há lugar? Como?
11. Sistema penal e prisional como
modelo social
Disseminação do Estado econômico.
Enfraquecimento do Estado Social.
Fortalecimento e glorificação do Estado Penal.
Novo sentido comum penal: criminalizar a miséria.
Normalizar o trabalho assalariado precário.
Substrato: individualismo e mercantilização.
Resultado: Novo regime internacional de relações entre o burocracia,
economia, mídia, intelectuais, integração de grandes grupos de imprensa
e comunicação e auge sem precedentes do mercado internacional do
direito empresarial, exportação transatlântica das técnicas norte-
americanas de marketing eleitoral.
Consequências sobre o sistema social.
12. Arquivar o estado providência para salvar a
sociedade da “chusma”. (pg 38)
A missão do “Estado Paternalista”: impor o trabalho
assalariado “miserável”.(p.41)
Do “welfare state” para o “workfare state”.
Trabalho precário como imposição. Paralelo com a
revolução industrial.
A melhor resposta à pobreza é dirigir a vida dos
pobres. (p.45)
Coroamento do Estado paternalista é o Estado que
pune. (p.47)
P.82
14. Novos papéis para as mulheres
“inovações” nos circuitos transfronteiriços. Geram rentabilidade e ganhos.
Inclui o tráfico ilegal de pessoas (indústria do sexo e de outras atividades
formais e informais.
Migrações transfronteiriças que levam a uma fonte importante de receitas
para os governos dos países emissores.
Atores: as próprias mulheres na procura de fontes de renda e de modo
crescente os traficantes e contratistas, bem como os governos dos países
envolvidos.
Contrageografia por ser o revés de alguma das dinâmicas constitutivas da
globalização (formação dos mercados globais, intensificação das redes
transnacionacionais e translocais.
Desenvolvimento de tecnologias da comunicação que driblam facilmente
as práticas tradicionais de control.
Associação com novas dinâmicas dos mercados financeiros.
15. Cartografias
Condições que facilitam esse processo:
- principais dinâmicas conectadas à globalização econômica.
Ganhos para as mulheres pobres e suas famílias mas também para os seus
governos.
Função crescente do papel das mulheres na produção não visível da
subsistência, da reprodução da força de trabalho masculina e da família
que se insere nesses circuitos transfronteiriços.
Balanço sobre as consequências do modelo para a função das mulheres.
P.48. Mulheres e economia global: nova fase. Unidades domésticas
transnacionais.
Lugares: agricultura orientada para a exportação. (subsistência e
empresas capitalistas).
Internacionalização da produção de bens secundários. Desmonte do
poder da “aristocracia operária”.