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A alimentação e o estilo de vida
 como instrumentos de prevenção
    e de tratamento do câncer
   Autor: Caio Guimarães Souza (caioguimaraes@poli.ufrj.br)
   Versão online: http://tiny.cc/anticancer (publicação: 12/05/12, última atualização: 20/06/12)



Câncer: uma epidemia mundial que pode ser debelada
  O câncer é uma ameaça real a todos: uma entre três pessoas desenvolve essa
doença antes dos 75 anos de idade e um quarto da população mundial morre em
decorrência de complicações ligadas a ela.1 Atualmente, o câncer é a segunda causa
de morte por doença no Brasil (a primeira são as doenças cardiovasculares).2 Ainda
que essa enfermidade tenha se tornado uma questão de saúde pública da maior
importância, o conhecimento popular a respeito dela é extremamente limitado: a
esmagadora maioria das pessoas, como revelam enquetes diversas,3 crê nos mitos a
seguir.

     MITO 1 – O câncer é sobretudo causado por fatores incontroláveis,
     entre eles a predisposição genética.

     MITO 2 – A medicina tradicional é o único recurso ao qual podemos
     apelar para lutar contra o câncer.

   Contrariamente ao que se acredita, uma alimentação e um estilo de vida adequados
permitem prevenir a maior parte dos cânceres e podem ser um instrumento
complementar aos tratamentos convencionais potente para combater tal doença. Essa
afirmação é justificada nas seções 1.3, 1.6 e 1.7 deste documento.
    Este trabalho sintetiza o estado atual do conhecimento científico sobre a relação
entre alimentação, estilo de vida e câncer, tendo como fonte principal o relatório
“Alimentação, Nutrição, Atividade Física, e a Prevenção do Câncer: uma Perspectiva
Global” publicado pelo Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer em 2007, “o mais
compreensivo e rigoroso do tipo já realizado”.4 Seu propósito é divulgar amplamente o
que a ciência demonstra ou sugere serem as principais armas, em termos de
alimentação e de estilo de vida, das quais dispomos para guerrear contra o câncer. No
capítulo 2, são listadas recomendações práticas fundamentadas no estado da arte da
pesquisa científica, que cada pessoa pode adotar não só para construir para si uma
fisiologia anticâncer, mas também para prevenir doenças cardiovasculares e para
melhorar sua saúde em geral.5
   Ainda hoje, não há procedimento preventivo de câncer infalível nem tratamento
(convencional ou alternativo) capaz de curá-lo em 100% dos casos. Portanto, a melhor
maneira de proteger-se ou de tratar-se é, combinando o maior número possível de
abordagens anticâncer, atacar a doença por todos os lados. Eu desejo do fundo da
minha alma, caro leitor, que os padrões de dieta e de práticas aqui aconselhados
possam impactar positivamente sua vida e a de seus familiares e amigos. Desde que
começou a seguir essas recomendações há cinco meses, minha mãe, vítima de um
câncer de ovário estágio IV, vem melhorando substancial e sistematicamente. E que
essa corrente se propague, também graças a sua ajuda, para beneficiar um grande
número de pessoas e para inspirar outros empreendimentos nessa direção!


1 Entendendo o câncer como doença prevenível e
combatível através da alimentação e do estilo de vida
1.1 A complexidade de se elucidar a relação entre alimentação e câncer

   “É relativamente fácil avaliar o impacto do consumo de cigarros e do contato com a
sua fumaça no risco de desenvolvimento do câncer. [...] Entretanto, dietas são
exposições multidimensionais e não podem ser medidas com total acurácia em
populações. Além disso, as comidas e bebidas que as pessoas consomem todos os
dias contêm milhares de constituintes. Correlações entre alimentação, nutrição,
atividade física, saúde e doença são complexas e difíceis de se desvendar”.6 “Por mais
forte que seja a evidência de um estudo, ele raramente justificará uma conclusão de
causalidade”:7 tais correlações só podem ser esclarecidas a partir de uma visão de
conjunto da produção científica na área.

1.2 O relatório de 2007 do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer

   O relatório “Alimentação, Nutrição, Atividade Física, e a Prevenção do Câncer: uma
Perspectiva Global”, considerado pela The Economist em 2007 “o estudo mais rigoroso
até hoje sobre a relação entre alimentação, atividade física e câncer”,8 examinou todas
as evidências científicas que puderam ser encontradas no domínio em questão até o
ano de 2006 (totalizando aproximadamente 500 mil estudos) para estabelecer
criteriosamente 10 recomendações, que são reproduzidas na seção 2.1. As evidências
foram julgadas por um grupo de 21 cientistas mundialmente renomados, cujo trabalho
durou 5 anos e foi assessorado por uma Força Tarefa de Metodologia, por 20 revisões
sistemáticas especialmente comissionadas da literatura efetuadas por centros de
pesquisa independentes, por observadores da ONU e de outras organizações
internacionais e pelo secretariado do relatório. O Painel elaborou as recomendações
segundo a visão que “relações causais entre alimentação, nutrição, atividade física e
câncer podem ser inferidas com segurança quando descobertas biológicas e
evidências epidemiológicas e experimentais são consistentes, imparciais, fortes,
qualificadas, coerentes, repetidas e plausíveis”.9

1.3   A alimentação e o estilo de vida são as causas preponderantes do
desenvolvimento do câncer
A conclusão do relatório norteador deste trabalho de que “a maioria dos cânceres
não são herdados”10 e de que “o câncer é principalmente causado por fatores
ambientais, sendo os mais importantes o tabaco, a dieta e os fatores relacionados a ela
(incluindo a massa corporal e o nível de atividade física) e as exposições a agentes
cancerígenos nos locais de trabalho e em outros lugares”11 pode ser exemplificada
pelos dois estudos resumidos abaixo.
   Uma pesquisa com 1000 indivíduos adotados ao nascer concluiu, por um lado, que o
fato de o pai biológico de uma pessoa morrer de câncer antes dos 50 anos não tem
nenhuma influência sobre o risco de ela ter câncer e, por outro lado, que a morte por
câncer de um pai adotivo quintuplica a chance de a pessoa adotada também morrer de
câncer.12 Outra pesquisa compara a frequência de certos tipos de câncer em brancos
americanos, em afro-americanos e em negros africanos. Para todos os tipos
examinados, a incidência da doença nos afro-americanos é quase idêntica à nos
brancos e completamente diferente da ocorrência nos seus ancestrais, os negros
africanos.13

1.4 A interação da alimentação e do estilo de vida com o câncer14

   O desenvolvimento do câncer divide-se em três etapas: iniciação, promoção e
progressão. A iniciação é a danificação irreversível do DNA de células normais. Todos
os dias, centenas de mutações ocorrem em decorrência do funcionamento de um
organismo; elas também podem ser provocadas pela exposição a substâncias
cancerígenas (presentes em alimentos, no cigarro, em produtos químicos, etc.). Todos
“fabricamos” células cancerígenas e a iniciação é, então, insuficiente para o
desenvolvimento do câncer. Para que células iniciadas tornem-se um tumor maligno, é
necessário que elas driblem os mecanismos corporais de reparação e de eliminação de
células defeituosas a fim de se engajarem num processo de expansão clonal (etapa de
promoção); quanto maior o número de células iniciadas, maior o risco de a doença
progredir. A capacidade das células cancerígenas iniciais de vencer nossas defesas
naturais e a dos tumores de formar metástases (etapa de progressão) dependem de
seu microambiente extracelular que, por sua vez, é fortemente influenciado pela
alimentação que temos e pelo estilo de vida que levamos. A ciência já identificou
muitos dos fatores que inibem e dos que estimulam o câncer; fundamentando-se
nessas descobertas, as recomendações do capítulo 2 constituem uma estratégia de
combate que intenta maximizar a presença de agentes antipromotores da doença no
corpo, minimizar a de promotores e evitar a exposição a elementos cancerígenos.

1.5 A limitação das abordagens médicas convencionais

   A cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são técnicas excepcionalmente eficientes
para se eliminar células cancerígenas. Mas elas têm a limitação de não interferir nos
principais fatores desencadeantes do câncer e influentes sobre seu desenvolvimento
(ver seções 1.3 e 1.4). Se as “causas” dessa doença forem combatidas (esta
compilação visa a instruir as pessoas sobre como fazê-lo), é de se esperar que os
tratamentos convencionais tenham melhores resultados e que, no caso de cura, o risco
de reincidência do câncer seja minimizado (ver seções 1.6 e 1.7).
1.6 A preventabilidade do câncer

   O relatório de 2007 do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer afirma: “o câncer
é uma doença prevenível na maioria das vezes”.15 Nenhum estudo até hoje avaliou o
efeito da combinação de grande parte das recomendações aqui expostas na prevenção
do câncer,16 mas tudo indica que quase a totalidade dos cânceres poderia ser evitada.
Exemplificando, o poder preventivo da recomendação de se consumir regularmente
muitas frutas, verduras e legumes considerada isoladamente é avassalador: um grupo
de mais de 160 pesquisas observou uma diminuição do risco de desenvolvimento do
câncer da ordem de 50% associada a essa prática.17

1.7 O impacto da alimentação e do estilo de vida na luta contra o câncer

   “A pesquisa científica sobre os efeitos da alimentação, nutrição e atividade física em
pessoas que têm ou já tiveram câncer está em estado inicial”:18 não há estudos que
analisem o grau de sucesso no combate ao câncer de uma combinação significativa de
recomendações enumeradas neste documento. No entanto, um número crescente de
pesquisas, entre elas a relatada a seguir, ao constatar o impacto de mudanças simples
de alimentação e de estilo de vida, sugere que a adoção do conjunto de
recomendações aqui prescritas aumenta substancialmente a probabilidade de cura ou
de estagnação da doença e promove, no mínimo, consideráveis melhoria da qualidade
de vida e aumento da sobrevida.
   Ao longo de 11 anos, 227 mulheres vítimas de câncer de mama estágio II ou III que
haviam passado pelo tratamento convencional pós-câncer foram acompanhadas por
uma pesquisa. Após o tratamento, parte dessas mulheres (designada aleatoriamente)
participou de um programa de 4 meses que orientava modificações de hábitos
relacionadas à dieta, à pratica de exercícios físicos e ao controle do estresse. O
resultado foi extraordinário: o grupo envolvido no programa teve reincidência da doença
56% inferior e mortalidade 44% menor durante o período observado.19-20

1.8 A ação anticâncer de alimentos específicos

   Há dois tipos de evidência científica da atividade anticâncer de alimentos: a
evidência epidemiológica – que pode provir de estudos descritivos, estudos ecológicos,
estudos de populações migrantes, estudos de caso-controle, estudos coorte e ensaios
aleatórios controlados – e a evidência experimental – que deriva de ensaios de
nutrição de humanos, pesquisas com animais, estudos in vitro e estudos de
mecanismos biológicos. Os métodos estudo de caso-controle, estudo coorte e ensaio
aleatório controlado, que custam muito caro e podem durar vários anos, são os que
fornecem as mais sólidas evidências. Poucas dessas pesquisas foram realizadas até
hoje para alimentos específicos; em decorrência disso, o Fundo Mundial de Pesquisa
sobre o Câncer focalizou suas recomendações alimentares em padrões de dieta (ver
seção 2.1). Os demais métodos podem prover indícios que orientem novos estudos e
que corroborem relações de causa e efeito.21
   De acordo com estudos experimentais, a alimentação poderia combater tumores
através de 14 mecanismos diferentes.22 O acúmulo de tais estudos – cujas conclusões
são em muitos casos convergentes com as de pesquisas epidemiológicas – aponta
uma série de alimentos potencialmente efetivos contra o câncer, muitos dos quais são
apresentados na seção 2.3.

1.9 Por que recomendações alimentares ainda não fazem parte, em geral, do
tratamento convencional do câncer?

   Em 2007, “o estudo mais rigoroso até hoje sobre a relação entre alimentação,
atividade física e câncer” publicado pelo Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer
(ver seção 1.2) sentenciou que as suas recomendações “se aplicam também a pessoas
que têm ou já tiveram câncer”.23 Não há razão para que essas recomendações (ver
seção 2.1) não sejam transmitidas aos pacientes de câncer.
   Em 2003, a Nature, uma das revistas científicas mais importantes do mundo, já
concluía que “a quimioprevenção por intermédio de ingredientes fitoquímicos
comestíveis é doravante considerada um enfoque simultaneamente adotável,
facilmente aplicável, aceitável e acessível para o controle e a gestão do câncer”.24 Os
alimentos listados na seção 2.3 contêm substâncias que, em condições experimentais,
são hostis às células cancerígenas. Ainda que as evidências sobre o efeito anticâncer
desses alimentos não sejam incontestáveis (ver seção 1.8), o que vítimas de câncer
teriam a perder em introduzi-los na sua dieta? Por que não sugeri-los a elas?


2 Recomendações anticâncer
   Quando o assunto é o câncer, a palavra de ordem do senso comum é impotência: a
crença generalizada é de que pouco podemos fazer para evitá-lo e de que só a
medicina tradicional pode combatê-lo. Entretanto, como vimos no capítulo 1, a ciência
demonstra que cada indivíduo detém imenso poder sobre seu destino: a escolha de
uma alimentação e de um estilo de vida apropriados possibilita prevenir a maioria dos
cânceres e auxilia fortemente os tratamentos convencionais na luta contra essa
doença, podendo melhorar a qualidade de vida, aumentar a sobrevida e elevar a
probabilidade de cura. Este capítulo apresenta orientações de padrões alimentares e
de hábitos anticâncer fundamentadas no estado da arte da pesquisa científica. Os
estudos sugerem que a chance de uma pessoa vencer o câncer é tanto maior quanto
mais dessas recomendações forem integradas ao dia a dia e mais seriamente elas
forem seguidas.

2.1 Recomendações do relatório de 2007 do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o
Câncer25

  RECOMENDAÇÃO 1 – Seja tão magro(a) quanto possível dentro da faixa
  normal de peso corporal (índice de massa corporal entre 18,5 e 24,9).
  Dica – O índice de massa corporal de um indivíduo é dado pelo seu peso em quilogramas dividido
  pelo quadrado de sua altura em metros.
RECOMENDAÇÃO 2 – Pratique atividades físicas regularmente. Restrinja
hábitos sedentários como, por exemplo, o de assistir TV.
Dica – O ideal é que o nível diário de atividades físicas (que podem estar incorporadas em
atividades ocupacionais, domésticas, de transporte e de lazer) equivalha a pelo menos 30 minutos
de caminhada rápida.


RECOMENDAÇÃO 3 – Coma alimentos muito calóricos com pouca
frequência e com moderação. Evite o consumo de bebidas com adição de
açúcar e de fast foods.
Dicas – Considera-se muito calóricos os alimentos contendo mais de 225 kcal por 100g. Estão
inclusos nessa categoria a maioria dos alimentos contendo grande quantidade de gorduras e de
açúcares, os fast foods (hambúrgueres, batatas fritas, pedaços de frango frito, bebidas
açucaradas, etc.), as frituras em geral e muitos pratos pré-preparados, lanches, salgadinhos,
biscoitinhos, bolos, sobremesas e doces.


RECOMENDAÇÃO 4 – Alimente-se principalmente de frutas, verduras,
legumes, leguminosas, raízes, grãos e cereais integrais. Coma pelo menos
cinco porções variadas de 400g ou mais de frutas, legumes e verduras
todos os dias. Coma cereais integrais e/ou legumes em todas as refeições.
Limite ou evite o consumo de alimentos de alto índice glicêmico, preferindo
os de baixo índice glicêmico.
                                                                                        26
Dicas – Dê preferência a produtos orgânicos, que contêm menos resíduos químicos. Verduras e
legumes também podem ser consumidos com frutas na forma de suco. Para reduzir o consumo de
alimentos de alto índice glicêmico, prefira os que forem diet e substitua açúcares (branco ou
mascavo, mel, maple syrup, de milho, dextrose) por extratos adoçantes naturais (xarope de agave,
adoçante Stevia, xilitol, glicine); pão branco por pão integral ou multigrãos; arroz branco por arroz
integral ou basmati; massas não integrais por massas integrais, semi-integrais ou à base de
mistura de cereais; batata (salvo batata de variedade Nicola) por batata-doce, inhame, lentilha,
ervilha, grão-de-bico, feijão ou feijão mung; cereais de café-da-manhã refinados e adoçados,
cereais à base de arroz e flocos de milho por quinoa, aveia, milhete, trigo sarraceno, flocos de
aveia, müsli, All Bran ou Special K; geleias, frutas cozidas com açúcar e frutas em calda por frutas
em estado natural. Evite ou elimine bolos, bagels, muffins, biscoitos de arroz, bebidas açucaradas
(sucos de fruta industrializados com adição de açúcar, refrigerantes, etc.), álcool entre as refeições
e alimentos açucarados em geral. O efeito negativo de se ingerir alimentos de alto índice glicêmico
                                                                                  27
é reduzido quando alimentos ricos em fibras são consumidos simultaneamente.


RECOMENDAÇÃO 5 – Coma no máximo 300g de carne vermelha (bovina,
suína, de cordeiro e de cabra) por semana e evite ou elimine o consumo de
carne processada.
Dicas – Prefira carnes orgânicas de animais alimentados a pasto ou com farinha de linhaça, pois
não são deficientes em ômega 3 – ver recomendação 9 – e derivam de animais criados sem
                                                                             28
hormônios ou antibióticos. O mesmo vale para ovos, manteiga, leite e iogurte. O consumo de
                                       29
pele de aves também deve ser evitado. Carnes processadas são carnes defumadas, salgadas,
curadas ou contendo conservantes químicos. Exemplos de carnes processadas: presunto, bacon,
salame, linguiça, pastrami. Hambúrgueres e salsichas também são englobados nessa categoria se
conservados quimicamente.
RECOMENDAÇÃO 6 – Limite ou evite a ingestão de bebidas alcoólicas.
  Homens devem consumir no máximo dois drinks por dia e mulheres, no
  máximo um.
  Dicas – Se beber, faça-o preferencialmente durante ou logo após uma refeição (ver recomendação
  4). Diferentemente das demais bebidas, o vinho tinto pode ser benéfico contra o câncer se
                                                               30
  consumida no máximo uma taça por dia durante uma refeição.


  RECOMENDAÇÃO 7 – Limite o consumo de alimentos salgados e de
  comidas processadas com sal adicionado. Não use sal para conservar
  alimentos. A ingestão de sal não deve exceder 6 g por dia (o que equivale a
  2,4 g de sódio). Não coma grãos, cereais e legumes que possam ter sido
  armazenados em ambientes quentes e úmidos.
  Dicas – Cozinhe usando pouco sal (o uso de gomásio, ervas aromáticas, especiarias e sumo de
  limão pode reduzir sua dependência). Comidas processadas são uma das maiores fontes de sal,
  inclusive muitas das que não têm gosto salgado, como pães e alguns cereais. Cereais, grãos e
  legumes armazenados em ambientes quentes e úmidos podem ser contaminados por fungos que
  produzem substâncias cancerígenas.


  RECOMENDAÇÃO 8 – Se possível, satisfaça suas necessidades
  nutricionais através da dieta, sem o uso de suplementos alimentares.

  RECOMENDAÇÃO ESPECIAL 1 – Bebês devem ser alimentados
  exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade; após, sua
  alimentação pode ser complementada com comidas, água e outras
  bebidas.

  RECOMENDAÇÃO ESPECIAL 2 – As pessoas que têm ou já tiveram
  câncer devem adotar, se possível, as recomendações acima, a não ser que
  tenham recebido conselho contrário de profissionais da saúde.


2.2 Recomendações adicionais

  RECOMENDAÇÃO 9 – Coma regularmente alimentos ricos em ômega 3 e
  limite o consumo de fontes de ômega 6.
  Dicas – Fontes de ômega 3: peixes (especialmente sardinha, arenque, salmão, linguado, atum
  anchova e enguia); óleo de peixe; sementes de linhaça; semente de chia; nozes; verduras; óleo de
  linhaça ou de canola; carnes, laticínios e ovos de animais alimentados a pasto ou com farinha de
  linhaça. Fontes de ômega 6: óleo de milho, de girassol ou de soja; gordura hidrogenada; carnes,
  laticínios e ovos de animais alimentados com milho ou soja.31
  Justificação – Dietas devem conter uma quantidade equilibrada desses ácidos graxos ou até
                                           32
  quatro vezes mais ômega 3 que ômega 6. “Em muitos países desenvolvidos, consome-se em
                                                          33
  média entre 10 a 20 vezes mais ômega 6 que ômega 3”. Várias pesquisas referenciadas no
  relatório do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer sugerem que o ômega 3 inibe o
  desenvolvimento do câncer e que o excesso de ômega 6 o favorece.
RECOMENDAÇÃO 10 – Não fume e evite contato com fumaça de cigarro.
                                                                                   34
  Justificação – “O cigarro provoca aproximadamente 20% das mortes por câncer”.


  RECOMENDAÇÃO 11 – Evite o estresse, viva tranquilamente.
  Justificação – O livro “Anticâncer” compila pesquisas que demonstram que o estado de espírito
  afeta significativamente o desenvolvimento do câncer. Ele aconselha que se resolva os traumas
  passados; que se aprenda a acolher as próprias emoções (inclusive o medo, a tristeza, o
  desespero e a raiva) e a deixá-las se dissiparem sem se prender a elas; e que se encontre uma
  pessoa com quem se possa compartilhar os sentimentos. Estudos sugerem que o estresse,
                                      35
  particularmente, favorece o câncer.


  RECOMENDAÇÃO 12 – “Evite exposição prolongada ao sol entre 10 e
  16h. Use sempre proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas
  largas, óculos escuros, barraca e filtro solar com fator mínimo de proteção
  15”.36
                                                                                                     37
  Justificação – “A principal causa do câncer de pele é a superexposição à radiação da luz solar”.


  RECOMENDAÇÃO 13 – Evite exposição a agentes cancerígenos.
  Dicas – Substitua desodorantes com antiperspirantes contendo alumínio por desodorantes
  naturais sem alumínio; cosméticos, loções, xampus, tintas de cabelo, laquês, musses, géis,
  esmaltes de unha, protetores solares e desodorantes contendo estrógenos, hormônios
  placentários, parabenos (metilparabeno, poliparabeno, isoparabeno, butilparabeno) ou ftalatos
  (ftalato de benzilbutila, ftalato di 2-etil hexila) por produtos naturais ou cosméticos sem essas
  substâncias (empresas como Body Shop e Aveda oferecem tais produtos); perfumes contendo
  ftalatos (quase todos) por eau de toilette (que contêm menos) ou perfumes sem essas
  substâncias; panelas de Teflon arranhadas por panelas de Teflon intactas ou panelas de aço
  inoxidável 18/10; produtos de limpeza comuns (detergente, desodorizador de vaso sanitário, etc.)
  contendo alquifenóis (nonoxinol, octoxinol, nonilfenol, octilfenol) por produtos ecológicos, vinagre
  (para superfícies e solos) ou bicarbonato de sódio. Use recipientes de vidro ou cerâmica para
  aquecer comida ou líquidos em vez de recipientes de plástico contendo PVC, frascos de
  poliestireno ou isopor. Evite contato com o percloroetileno da lavagem a seco, arejando roupas
  lavadas a seco por várias horas ao ar livre antes de usá-las. Evite exposição excessiva aos
  campos magnéticos dos telefones celulares.38


2.3 Alimentos anticâncer

    Um regime baseado nas recomendações acima indubitavelmente tem enorme
potencial anticâncer. Mas sua eficiência pode ser multiplicada se ele privilegiar o
consumo de alimentos contendo moléculas (preponderantemente compostos
fitoquímicos) que “lhes permitem agir como medicamentos e interferir nos processos
implicados no desenvolvimento de doenças como o câncer”.39

  RECOMENDAÇÃO 14 – Coma regularmente alimentos que constituem
  fontes singulares de moléculas anticâncer. Tenha em mente, contudo, que
  uma dieta anticâncer deve ser diversificada (dentro dos limites impostos
  pelas recomendações anteriores), não se restringindo aos alimentos
  abaixo.
o   Principais alimentos potencialmente anticâncer: aliáceos (alho, cebola, alho-poró, cebolinha
       miúda, cebolinha francesa), alimentos ricos em ômega 3 (ver recomendação 9), ameixa,
       azeite de oliva extravirgem, chá verde (infusão de 8 a 10 minutos; dê preferência aos
       japoneses sencha, gyokuro e matcha), chocolate amargo (sem açúcar com 70% ou mais de
       cacau), cúrcuma (melhor absorvido se misturado com pimenta-do-reino), curry (pode ser
       adicionado a sopas, molhos e pratos variados), frutas cítricas (laranja, tangerina, toranja,
       limão), frutas vermelhas (framboesa, morango, mirtilo, amora), nectarina, pêssego, raiz de
       gengibre, soja (tofu, tempeh, bife de soja, grãos germinados de soja, favas de soja, leite de
       soja, iogurte de soja), suco de romã, tomate (especialmente na forma de molho se não houver
       adição de açúcar), vegetais crucíferos (brócolis, couve, couve-de-bruxelas, couve-da-china,
       couve-flor), vinho tinto (no máximo uma taça por dia durante uma refeição).
   o   Outros alimentos potencialmente anticâncer: abóbora, aipo, algas (nori, kombu, wakame,
       arame e dulse), amêndoa, avelã, batata-doce, beterraba, caqui, canela, cenoura, cereja,
       cogumelos (shiitake, maitake, kawaratake, enoki, cremini, portobello, champignons de Paris,
       cogumelos ostras), prebióticos (aspargo, banana, trigo), probióticos (iogurte e kefir orgânico,
       iogurte de soja enriquecido com lactobacilus acidophilus ou lactobacilus bifidus, chucrute,
       kimchee), damasco, espinafre, inhame, lamiáceas (menta, tomilho, manjerona, orégano,
                                              40-42
       manjericão, alecrim), noz-pecã, salsa.
   Dica – O chá verde preparado com raiz de gengibre, cúrcuma e uma pitada de pimenta-do-reino é
   um poderoso (e saboroso) coquetel anticâncer. De fato, os três primeiros estão entre os maiores
   alimentos antipromotores do câncer dos quais se têm conhecimento e a sinergia dessa mistura é
   extraordinária: a pimenta-do-reino aumenta em mais de 1000 vezes a absorção de cúrcuma pelo
   organismo e a eficácia contra o câncer do chá verde e da cúrcuma é quadruplicada quando eles
                                      43
   são consumidos simultaneamente.
   Justificação – Ver seções 1.8 e 1.9. O relatório do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer
   referencia inúmeros estudos que tratam da ação anticâncer de compostos desses alimentos.



3 Terapias alternativas
   Os tratamentos médicos tradicionais têm eficiência rigorosamente comprovada no
combate ao câncer e não é aconselhável, portanto, abrir mão deles em prol de terapias
alternativas. “Existem evidências científicas ortodoxas sobre algumas dessas terapias,
mas a eficácia de outras permanece não esclarecida e frequentemente controversa”.44
Terapias alternativas podem auxiliar vigorosamente o combate ao câncer, mas
algumas delas podem provocar efeitos colaterais graves, ser contraindicadas em certas
circunstâncias ou ser incompatíveis com medicamentos. Logo, antes de iniciar um
tratamento desse gênero, é fundamental informar-se bem, consultar seu médico e
comunicar, se for o caso, ao seu terapeuta sobre seus tratamentos convencionais. “A
‘medicina integrativa’ é uma abordagem recente que faz uso de terapias alternativas na
medicina tradicional”45. Nos EUA, “a maior partes dos centros nacionais e regionais de
oncologia têm clínicas integrativas onde o cuidado ao paciente é fornecido
colaborativamente por uma equipe que inclui oncologistas, enfermeiros, acupunturistas,
massagistas, arteterapeutas, musicoterapeutas e outros terapeutas alternativos”.46
Existem incontáveis terapias alternativas utilizadas contra o câncer. Uma das
melhores referências sobre esse tópico já publicada é o “Guia Completo sobre Terapias
Complementares e Alternativas contra o Câncer” da Sociedade Americana de
Oncologia (ainda não traduzido para o português), que apresenta as terapias listadas
abaixo com uma síntese do que a ciência diz sobre sua efetividade e com seus
eventuais riscos.47 Tais informações também estão disponíveis no site da Sociedade
Americana de Oncologia.48

   o   Terapias de dieta e nutrição: ácido elágico, acidophilus, água de Willard, algas, alho, brocólis,
       cogumelo maitake, cogumelo shiitake, coriolus versicolor, dieta macrobiótica, hexafosfato de
       inositol, jejum, kombucha, licopeno, mandioca, noni, ômega 3, pectina cítrica modificada,
       quercetina, soja, sopa de sol, suco de frutas e verduras, suco de grama de trigo, terapia
       Gerson, terapia metabólica, uva, vegetarianismo.

   o   Terapias de ervas, vitaminas e minerais: ácido fólico, aconitum, acteia, alcaçuz, arnica,
       artemisia absinthium, artemisia vulgaris, astragalus, avelós, babosa, betula papyrifera,
       bicabornato de sódio, bromelaína, cálcio, capsicum, centela, chá de essiac, chá verde,
       chaparral, chelidonium, chlorella, cloreto de césio, cobre, complexo de vitamina B, confrei,
       cravo-da-índia, cúrcuma, dioneia, echinacea, Enercel, essência floral, erva-de-são-joão,
       extrato de casca de pinheiro, fitoquímicos, fitoterapia chinesa, folha de oleandro, gengibre,
       germânio, ginkgo, ginseng, ginseng siberiano, gliconutrientes, hidraste, hortelã-pimenta,
       Hoxsey, inhame-selvagem, ioimbina, kava, larix, liu wei di huang wan, maconha, medicina
       Kampo, medicina ortomolecular, molibdênio, nogueira negra, nux vomica, oenothera, óleo de
       melaleuca, pau d’arco, Pc-care, Pc-hope, Pc-spes, phytolacca, potássio, psyllium, rabdosia
       rubescens, rauwolfia serpentina, semente de linhaça, saw palmetto, selênio, silybum, thuia,
       trifolium pratense, unha-de-gato, valeriana, visgo, vitae elixxir, vitamina A e betacaroteno,
       vitamina C, vitamina D, vitamina E, vitamina K, zinco.

   o   Terapias de corpo, espírito e mente: aromaterapia, arteterapia, bioeletrografia, bioenergética,
       biofeedback, chi kung, cimática, cristais, cura espiritual, curandeirismo, dançaterapia, feng
       shui, grupos de suporte, hipnose, medicina ayurvédica, medicina holística, medicina nativa
       americana, meditação, musicoterapia, programação neurolinguística, psicoterapia,
       naturopatia, respiração holotrópica, tai chi chuan, terapia do humor, terapia do labirinto,
       xamanismo, yoga.

   o   Terapias de toque físico e cura manual: acupressura e shiatsu, acupuntura, cinesiologia
       aplicada, cirurgia espiritual, colonterapia, fototerapia, hidroterapia, laserterapia de baixa
       potência, libertação miofascial, massagem, método Rosen, moxabustão, neuroestimulação
       elétrica transcutânea, odontologia biólogica, óleo de mamona, osteopatia, oxigenioterapia
       hiperbárica, pomada para câncer de pele, quiroprática, rastreamento eletrodermal,
       reflexoterapia, reiki, sinergia de Rubenfeld, terapia craniossacral, terapia da polaridade,
       terapia eletromagnética, terapia magnética, terapia neural, termoterapia, toque terapêutico,
       trabalho de corpo, ventosaterapia.

   o   Terapias farmacológicas e biológicas: 714X, ácido gama-linolênico, ácido lipóico, amigdalina,
       apiterapia, Cancell, cartilagem bovina, cartilagem de tubarão, cura grega do câncer,
       desintoxicação do fígado, dhea, dimetilsulfóxido, glucarato, homeopatia, inosina pranobex,
       krebiozen, Lyprinol, melatonina, oxigenoterapia, pepino-do-mar, Poly-MVA, pregnenolona,
       quimioterapia guiada de Revici, terapia antineoplaston, terapia celular, terapia de Di Bella,
       terapia de Livingston-Wheeler, terapia de potenciação de insulina, terapia enzimática, terapia
       imunoaumentativa, terapia quelante, toxinas de Coley, suco de mangostão, sulfato de
       hidrazina, ubiquinona, urinoterapia.
Eu conheço uma irmã de caridade residente no estado do Rio de Janeiro que vem
tratando vítimas de câncer com preparados de ervas ao longo de mais de vinte anos.
Milhares de pessoas de todo o Brasil já foram atendidas por ela. Os preparados são,
aparentemente, inofensivos e muitos casos de cura foram atribuídos a eles. Caso
queira entrar em contato com ela, envie-me um e-mail para caioguimaraes@poli.ufrj.br.


4 O além-mar
   Se você foi diagnosticado com câncer, a descoberta dessa doença representou,
provavelmente, um momento de crise em sua vida. Mas a palavra ‘crise’ é sabiamente
escrita em chinês justapondo-se os ideogramas de ‘perigo’ e de ‘oportunidade’: “Deus
ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu”. Que essa
compilação o ajude a tomar controle do leme do seu destino para fugir ao Perigo e que
o Perigo seja uma oportunidade de viver mais saudavelmente, de cultivar a beleza e a
alegria dentro de você e em sua vida, de descobrir uma infinidade de riquezas em
terras novas. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.


5 Uma corrente contra o câncer
   A debelação da epidemia de câncer só será possível através da ação conjunta de
representantes das mais diversas esferas da sociedade. Um ótimo ponto de partida
para iniciativas anticâncer é o relatório “Políticas e Ações para Prevenção do Câncer”,
elaborado pelo Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer.49 Você também pode
contribuir para esta causa divulgando esta síntese por email (o texto que usei para
encaminhá-la está em http://tiny.cc/anticancer-email), pelo Facebook (entre na minha
página – http://www.facebook.com/caio.g.souza.1 – para “curtir” e “compartilhar” a
postagem sobre o trabalho), pelo Twitter (poste o link http://tiny.cc/anticancer), etc.
     Vamos todos, juntos, contra o câncer!


Referências bibliográficas
1.    BÉLIVEAU, R.; GINGRAS, D. Os alimentos contra o câncer: a prevenção e o tratamento do câncer pela
      alimentação. 2.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2007. p. 17.
2.    MINISTÉRIO DA SAÚDE. Mortalidade por doenças crônicas no Brasil: situação em 2009 e tendências de 1991
      a 2009. In: ______. Saúde Brasil 2010. Disponível em
      http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cap_5_saude_brasil_2010.pdf.
3.    Béliveau, Gingras (2007, p. 18).
4.    WORLD CANCER RESEARCH FUND; AMERICAN INSTITUTE FOR CANCER RESEARCH. Food, Nutrition,
      and the Prevention of Cancer: a Global Perspective. Londres: 2007. p. iv.
5.    World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 62).
6.    World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 55).
7.    World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 57).
8.    THE ECONOMIST. To avoid the Big C, stay small: The best ways to prevent cancer look remarkably like those
      needed to prevent obesity and heart disease as well. Disponível em
      http://www.economist.com/node/10062421?story_id=10062421.
9.    World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 57).
10. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 41).
11. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. xxii).
12. SORENSEN, T. I. A. et al. Genetic and Environmental Influences on Premature Death in Adult Adoptees.
    New England Journal of Medicine, v. 318, p. 727-732, 1988.
13. Béliveau, Gingras (2007, p. 22-23).
14. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 41-46).
15. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. xxv).
16. SERVAN-SCHREIBER, D. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais. 2.ed. rev. e ampl.
    Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. p. 151.
17. Béliveau, Gingras (2007, p. 24-25).
18. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 347).
19. ANDERSEN, B. L. et al. Psychological, Behavioral, and Immune Changes After a Psychological
    Intervention: a Clinical Trial. Journal of Clinical Oncology, v. 22, n. 17, p. 3570-3580, 2004.
20. ANDERSEN, B. L. et al. Biobehavioral Intervention for Cancer Stress: Conceptualization, Components,
    and Intervention Strategies. Cognitive and Behavioral Practice, v. 16, n. 3, p. 253-265, 2009.
21. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 48-62).
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24. SURH, Y.-J. Cancer Chemoprevention with Dietary Phytochemicals. Nature Reviews Cancer, v. 3, n. 10, p.
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25. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 373-390).
26. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 174).
27. Servan-Schreiber (2011, p. 91).
28. Servan-Schreiber (2011, p. 102).
29. Servan-Schreiber (2011, p. 120).
30. Servan-Schreiber (2011, p. 154-155).
31. SERVAN-SCHREIBER, D. Plano de Ação. In: ______. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas
    naturais. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
32. LANDS, W. E. M. Fish, Omega 3 and Human Health. 2.ed. Urbana: American Oil Chemists’ Society, 2005.
33. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 137).
34. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 40).
35. SOOD, A. K. et al. Adrenergic modulation of focal adhesion kinase protects human ovarian cancer cells
    from anoikis. Journal of Clinical Investigation, v. 120, n. 5, p. 1515-1523, 2010.
36. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dicas em saúde: câncer de pele. In: ______. Biblioteca Virtual em Saúde do
    Ministério da Saúde. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/129cancerpele.html.
37. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 315).
38. Servan-Schreiber (2011, p. 121-122).
39. Béliveau, Gingras (2007, p. 58).
40. Béliveau, Gingras (2007, p. 76-183).
41. SERVAN-SCHREIBER, D. Plano de Ação. In: ______. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas
    naturais. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
42. Servan-Schreiber (2011, p. 162-175).
43. Béliveau, Gingras (2007, p. 201-206).
44. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 345).
45. Ibid.
46. AMERICAN CANCER SOCIETY. Complete Guide to Complementary & Alternative Cancer Therapies.
    2.ed. Atlanta: 2009. p. xxii.
47. American Cancer Society (2009).
48. AMERICAN CANCER SOCIETY. Complementary and Alternative Medicine. Disponível em
    http://www.cancer.org/Treatment/TreatmentsandSideEffects/ComplementaryandAlternativeMedicine.
49. WORLD CANCER RESEARCH FUND; AMERICAN INSTITUTE FOR CANCER RESEARCH. Policy and
    Action for Cancer Prevention. Londres: 2009.

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Anticancer

  • 1. A alimentação e o estilo de vida como instrumentos de prevenção e de tratamento do câncer Autor: Caio Guimarães Souza (caioguimaraes@poli.ufrj.br) Versão online: http://tiny.cc/anticancer (publicação: 12/05/12, última atualização: 20/06/12) Câncer: uma epidemia mundial que pode ser debelada O câncer é uma ameaça real a todos: uma entre três pessoas desenvolve essa doença antes dos 75 anos de idade e um quarto da população mundial morre em decorrência de complicações ligadas a ela.1 Atualmente, o câncer é a segunda causa de morte por doença no Brasil (a primeira são as doenças cardiovasculares).2 Ainda que essa enfermidade tenha se tornado uma questão de saúde pública da maior importância, o conhecimento popular a respeito dela é extremamente limitado: a esmagadora maioria das pessoas, como revelam enquetes diversas,3 crê nos mitos a seguir. MITO 1 – O câncer é sobretudo causado por fatores incontroláveis, entre eles a predisposição genética. MITO 2 – A medicina tradicional é o único recurso ao qual podemos apelar para lutar contra o câncer. Contrariamente ao que se acredita, uma alimentação e um estilo de vida adequados permitem prevenir a maior parte dos cânceres e podem ser um instrumento complementar aos tratamentos convencionais potente para combater tal doença. Essa afirmação é justificada nas seções 1.3, 1.6 e 1.7 deste documento. Este trabalho sintetiza o estado atual do conhecimento científico sobre a relação entre alimentação, estilo de vida e câncer, tendo como fonte principal o relatório “Alimentação, Nutrição, Atividade Física, e a Prevenção do Câncer: uma Perspectiva Global” publicado pelo Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer em 2007, “o mais compreensivo e rigoroso do tipo já realizado”.4 Seu propósito é divulgar amplamente o que a ciência demonstra ou sugere serem as principais armas, em termos de alimentação e de estilo de vida, das quais dispomos para guerrear contra o câncer. No capítulo 2, são listadas recomendações práticas fundamentadas no estado da arte da pesquisa científica, que cada pessoa pode adotar não só para construir para si uma fisiologia anticâncer, mas também para prevenir doenças cardiovasculares e para melhorar sua saúde em geral.5 Ainda hoje, não há procedimento preventivo de câncer infalível nem tratamento (convencional ou alternativo) capaz de curá-lo em 100% dos casos. Portanto, a melhor
  • 2. maneira de proteger-se ou de tratar-se é, combinando o maior número possível de abordagens anticâncer, atacar a doença por todos os lados. Eu desejo do fundo da minha alma, caro leitor, que os padrões de dieta e de práticas aqui aconselhados possam impactar positivamente sua vida e a de seus familiares e amigos. Desde que começou a seguir essas recomendações há cinco meses, minha mãe, vítima de um câncer de ovário estágio IV, vem melhorando substancial e sistematicamente. E que essa corrente se propague, também graças a sua ajuda, para beneficiar um grande número de pessoas e para inspirar outros empreendimentos nessa direção! 1 Entendendo o câncer como doença prevenível e combatível através da alimentação e do estilo de vida 1.1 A complexidade de se elucidar a relação entre alimentação e câncer “É relativamente fácil avaliar o impacto do consumo de cigarros e do contato com a sua fumaça no risco de desenvolvimento do câncer. [...] Entretanto, dietas são exposições multidimensionais e não podem ser medidas com total acurácia em populações. Além disso, as comidas e bebidas que as pessoas consomem todos os dias contêm milhares de constituintes. Correlações entre alimentação, nutrição, atividade física, saúde e doença são complexas e difíceis de se desvendar”.6 “Por mais forte que seja a evidência de um estudo, ele raramente justificará uma conclusão de causalidade”:7 tais correlações só podem ser esclarecidas a partir de uma visão de conjunto da produção científica na área. 1.2 O relatório de 2007 do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer O relatório “Alimentação, Nutrição, Atividade Física, e a Prevenção do Câncer: uma Perspectiva Global”, considerado pela The Economist em 2007 “o estudo mais rigoroso até hoje sobre a relação entre alimentação, atividade física e câncer”,8 examinou todas as evidências científicas que puderam ser encontradas no domínio em questão até o ano de 2006 (totalizando aproximadamente 500 mil estudos) para estabelecer criteriosamente 10 recomendações, que são reproduzidas na seção 2.1. As evidências foram julgadas por um grupo de 21 cientistas mundialmente renomados, cujo trabalho durou 5 anos e foi assessorado por uma Força Tarefa de Metodologia, por 20 revisões sistemáticas especialmente comissionadas da literatura efetuadas por centros de pesquisa independentes, por observadores da ONU e de outras organizações internacionais e pelo secretariado do relatório. O Painel elaborou as recomendações segundo a visão que “relações causais entre alimentação, nutrição, atividade física e câncer podem ser inferidas com segurança quando descobertas biológicas e evidências epidemiológicas e experimentais são consistentes, imparciais, fortes, qualificadas, coerentes, repetidas e plausíveis”.9 1.3 A alimentação e o estilo de vida são as causas preponderantes do desenvolvimento do câncer
  • 3. A conclusão do relatório norteador deste trabalho de que “a maioria dos cânceres não são herdados”10 e de que “o câncer é principalmente causado por fatores ambientais, sendo os mais importantes o tabaco, a dieta e os fatores relacionados a ela (incluindo a massa corporal e o nível de atividade física) e as exposições a agentes cancerígenos nos locais de trabalho e em outros lugares”11 pode ser exemplificada pelos dois estudos resumidos abaixo. Uma pesquisa com 1000 indivíduos adotados ao nascer concluiu, por um lado, que o fato de o pai biológico de uma pessoa morrer de câncer antes dos 50 anos não tem nenhuma influência sobre o risco de ela ter câncer e, por outro lado, que a morte por câncer de um pai adotivo quintuplica a chance de a pessoa adotada também morrer de câncer.12 Outra pesquisa compara a frequência de certos tipos de câncer em brancos americanos, em afro-americanos e em negros africanos. Para todos os tipos examinados, a incidência da doença nos afro-americanos é quase idêntica à nos brancos e completamente diferente da ocorrência nos seus ancestrais, os negros africanos.13 1.4 A interação da alimentação e do estilo de vida com o câncer14 O desenvolvimento do câncer divide-se em três etapas: iniciação, promoção e progressão. A iniciação é a danificação irreversível do DNA de células normais. Todos os dias, centenas de mutações ocorrem em decorrência do funcionamento de um organismo; elas também podem ser provocadas pela exposição a substâncias cancerígenas (presentes em alimentos, no cigarro, em produtos químicos, etc.). Todos “fabricamos” células cancerígenas e a iniciação é, então, insuficiente para o desenvolvimento do câncer. Para que células iniciadas tornem-se um tumor maligno, é necessário que elas driblem os mecanismos corporais de reparação e de eliminação de células defeituosas a fim de se engajarem num processo de expansão clonal (etapa de promoção); quanto maior o número de células iniciadas, maior o risco de a doença progredir. A capacidade das células cancerígenas iniciais de vencer nossas defesas naturais e a dos tumores de formar metástases (etapa de progressão) dependem de seu microambiente extracelular que, por sua vez, é fortemente influenciado pela alimentação que temos e pelo estilo de vida que levamos. A ciência já identificou muitos dos fatores que inibem e dos que estimulam o câncer; fundamentando-se nessas descobertas, as recomendações do capítulo 2 constituem uma estratégia de combate que intenta maximizar a presença de agentes antipromotores da doença no corpo, minimizar a de promotores e evitar a exposição a elementos cancerígenos. 1.5 A limitação das abordagens médicas convencionais A cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são técnicas excepcionalmente eficientes para se eliminar células cancerígenas. Mas elas têm a limitação de não interferir nos principais fatores desencadeantes do câncer e influentes sobre seu desenvolvimento (ver seções 1.3 e 1.4). Se as “causas” dessa doença forem combatidas (esta compilação visa a instruir as pessoas sobre como fazê-lo), é de se esperar que os tratamentos convencionais tenham melhores resultados e que, no caso de cura, o risco de reincidência do câncer seja minimizado (ver seções 1.6 e 1.7).
  • 4. 1.6 A preventabilidade do câncer O relatório de 2007 do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer afirma: “o câncer é uma doença prevenível na maioria das vezes”.15 Nenhum estudo até hoje avaliou o efeito da combinação de grande parte das recomendações aqui expostas na prevenção do câncer,16 mas tudo indica que quase a totalidade dos cânceres poderia ser evitada. Exemplificando, o poder preventivo da recomendação de se consumir regularmente muitas frutas, verduras e legumes considerada isoladamente é avassalador: um grupo de mais de 160 pesquisas observou uma diminuição do risco de desenvolvimento do câncer da ordem de 50% associada a essa prática.17 1.7 O impacto da alimentação e do estilo de vida na luta contra o câncer “A pesquisa científica sobre os efeitos da alimentação, nutrição e atividade física em pessoas que têm ou já tiveram câncer está em estado inicial”:18 não há estudos que analisem o grau de sucesso no combate ao câncer de uma combinação significativa de recomendações enumeradas neste documento. No entanto, um número crescente de pesquisas, entre elas a relatada a seguir, ao constatar o impacto de mudanças simples de alimentação e de estilo de vida, sugere que a adoção do conjunto de recomendações aqui prescritas aumenta substancialmente a probabilidade de cura ou de estagnação da doença e promove, no mínimo, consideráveis melhoria da qualidade de vida e aumento da sobrevida. Ao longo de 11 anos, 227 mulheres vítimas de câncer de mama estágio II ou III que haviam passado pelo tratamento convencional pós-câncer foram acompanhadas por uma pesquisa. Após o tratamento, parte dessas mulheres (designada aleatoriamente) participou de um programa de 4 meses que orientava modificações de hábitos relacionadas à dieta, à pratica de exercícios físicos e ao controle do estresse. O resultado foi extraordinário: o grupo envolvido no programa teve reincidência da doença 56% inferior e mortalidade 44% menor durante o período observado.19-20 1.8 A ação anticâncer de alimentos específicos Há dois tipos de evidência científica da atividade anticâncer de alimentos: a evidência epidemiológica – que pode provir de estudos descritivos, estudos ecológicos, estudos de populações migrantes, estudos de caso-controle, estudos coorte e ensaios aleatórios controlados – e a evidência experimental – que deriva de ensaios de nutrição de humanos, pesquisas com animais, estudos in vitro e estudos de mecanismos biológicos. Os métodos estudo de caso-controle, estudo coorte e ensaio aleatório controlado, que custam muito caro e podem durar vários anos, são os que fornecem as mais sólidas evidências. Poucas dessas pesquisas foram realizadas até hoje para alimentos específicos; em decorrência disso, o Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer focalizou suas recomendações alimentares em padrões de dieta (ver seção 2.1). Os demais métodos podem prover indícios que orientem novos estudos e que corroborem relações de causa e efeito.21 De acordo com estudos experimentais, a alimentação poderia combater tumores através de 14 mecanismos diferentes.22 O acúmulo de tais estudos – cujas conclusões
  • 5. são em muitos casos convergentes com as de pesquisas epidemiológicas – aponta uma série de alimentos potencialmente efetivos contra o câncer, muitos dos quais são apresentados na seção 2.3. 1.9 Por que recomendações alimentares ainda não fazem parte, em geral, do tratamento convencional do câncer? Em 2007, “o estudo mais rigoroso até hoje sobre a relação entre alimentação, atividade física e câncer” publicado pelo Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer (ver seção 1.2) sentenciou que as suas recomendações “se aplicam também a pessoas que têm ou já tiveram câncer”.23 Não há razão para que essas recomendações (ver seção 2.1) não sejam transmitidas aos pacientes de câncer. Em 2003, a Nature, uma das revistas científicas mais importantes do mundo, já concluía que “a quimioprevenção por intermédio de ingredientes fitoquímicos comestíveis é doravante considerada um enfoque simultaneamente adotável, facilmente aplicável, aceitável e acessível para o controle e a gestão do câncer”.24 Os alimentos listados na seção 2.3 contêm substâncias que, em condições experimentais, são hostis às células cancerígenas. Ainda que as evidências sobre o efeito anticâncer desses alimentos não sejam incontestáveis (ver seção 1.8), o que vítimas de câncer teriam a perder em introduzi-los na sua dieta? Por que não sugeri-los a elas? 2 Recomendações anticâncer Quando o assunto é o câncer, a palavra de ordem do senso comum é impotência: a crença generalizada é de que pouco podemos fazer para evitá-lo e de que só a medicina tradicional pode combatê-lo. Entretanto, como vimos no capítulo 1, a ciência demonstra que cada indivíduo detém imenso poder sobre seu destino: a escolha de uma alimentação e de um estilo de vida apropriados possibilita prevenir a maioria dos cânceres e auxilia fortemente os tratamentos convencionais na luta contra essa doença, podendo melhorar a qualidade de vida, aumentar a sobrevida e elevar a probabilidade de cura. Este capítulo apresenta orientações de padrões alimentares e de hábitos anticâncer fundamentadas no estado da arte da pesquisa científica. Os estudos sugerem que a chance de uma pessoa vencer o câncer é tanto maior quanto mais dessas recomendações forem integradas ao dia a dia e mais seriamente elas forem seguidas. 2.1 Recomendações do relatório de 2007 do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer25 RECOMENDAÇÃO 1 – Seja tão magro(a) quanto possível dentro da faixa normal de peso corporal (índice de massa corporal entre 18,5 e 24,9). Dica – O índice de massa corporal de um indivíduo é dado pelo seu peso em quilogramas dividido pelo quadrado de sua altura em metros.
  • 6. RECOMENDAÇÃO 2 – Pratique atividades físicas regularmente. Restrinja hábitos sedentários como, por exemplo, o de assistir TV. Dica – O ideal é que o nível diário de atividades físicas (que podem estar incorporadas em atividades ocupacionais, domésticas, de transporte e de lazer) equivalha a pelo menos 30 minutos de caminhada rápida. RECOMENDAÇÃO 3 – Coma alimentos muito calóricos com pouca frequência e com moderação. Evite o consumo de bebidas com adição de açúcar e de fast foods. Dicas – Considera-se muito calóricos os alimentos contendo mais de 225 kcal por 100g. Estão inclusos nessa categoria a maioria dos alimentos contendo grande quantidade de gorduras e de açúcares, os fast foods (hambúrgueres, batatas fritas, pedaços de frango frito, bebidas açucaradas, etc.), as frituras em geral e muitos pratos pré-preparados, lanches, salgadinhos, biscoitinhos, bolos, sobremesas e doces. RECOMENDAÇÃO 4 – Alimente-se principalmente de frutas, verduras, legumes, leguminosas, raízes, grãos e cereais integrais. Coma pelo menos cinco porções variadas de 400g ou mais de frutas, legumes e verduras todos os dias. Coma cereais integrais e/ou legumes em todas as refeições. Limite ou evite o consumo de alimentos de alto índice glicêmico, preferindo os de baixo índice glicêmico. 26 Dicas – Dê preferência a produtos orgânicos, que contêm menos resíduos químicos. Verduras e legumes também podem ser consumidos com frutas na forma de suco. Para reduzir o consumo de alimentos de alto índice glicêmico, prefira os que forem diet e substitua açúcares (branco ou mascavo, mel, maple syrup, de milho, dextrose) por extratos adoçantes naturais (xarope de agave, adoçante Stevia, xilitol, glicine); pão branco por pão integral ou multigrãos; arroz branco por arroz integral ou basmati; massas não integrais por massas integrais, semi-integrais ou à base de mistura de cereais; batata (salvo batata de variedade Nicola) por batata-doce, inhame, lentilha, ervilha, grão-de-bico, feijão ou feijão mung; cereais de café-da-manhã refinados e adoçados, cereais à base de arroz e flocos de milho por quinoa, aveia, milhete, trigo sarraceno, flocos de aveia, müsli, All Bran ou Special K; geleias, frutas cozidas com açúcar e frutas em calda por frutas em estado natural. Evite ou elimine bolos, bagels, muffins, biscoitos de arroz, bebidas açucaradas (sucos de fruta industrializados com adição de açúcar, refrigerantes, etc.), álcool entre as refeições e alimentos açucarados em geral. O efeito negativo de se ingerir alimentos de alto índice glicêmico 27 é reduzido quando alimentos ricos em fibras são consumidos simultaneamente. RECOMENDAÇÃO 5 – Coma no máximo 300g de carne vermelha (bovina, suína, de cordeiro e de cabra) por semana e evite ou elimine o consumo de carne processada. Dicas – Prefira carnes orgânicas de animais alimentados a pasto ou com farinha de linhaça, pois não são deficientes em ômega 3 – ver recomendação 9 – e derivam de animais criados sem 28 hormônios ou antibióticos. O mesmo vale para ovos, manteiga, leite e iogurte. O consumo de 29 pele de aves também deve ser evitado. Carnes processadas são carnes defumadas, salgadas, curadas ou contendo conservantes químicos. Exemplos de carnes processadas: presunto, bacon, salame, linguiça, pastrami. Hambúrgueres e salsichas também são englobados nessa categoria se conservados quimicamente.
  • 7. RECOMENDAÇÃO 6 – Limite ou evite a ingestão de bebidas alcoólicas. Homens devem consumir no máximo dois drinks por dia e mulheres, no máximo um. Dicas – Se beber, faça-o preferencialmente durante ou logo após uma refeição (ver recomendação 4). Diferentemente das demais bebidas, o vinho tinto pode ser benéfico contra o câncer se 30 consumida no máximo uma taça por dia durante uma refeição. RECOMENDAÇÃO 7 – Limite o consumo de alimentos salgados e de comidas processadas com sal adicionado. Não use sal para conservar alimentos. A ingestão de sal não deve exceder 6 g por dia (o que equivale a 2,4 g de sódio). Não coma grãos, cereais e legumes que possam ter sido armazenados em ambientes quentes e úmidos. Dicas – Cozinhe usando pouco sal (o uso de gomásio, ervas aromáticas, especiarias e sumo de limão pode reduzir sua dependência). Comidas processadas são uma das maiores fontes de sal, inclusive muitas das que não têm gosto salgado, como pães e alguns cereais. Cereais, grãos e legumes armazenados em ambientes quentes e úmidos podem ser contaminados por fungos que produzem substâncias cancerígenas. RECOMENDAÇÃO 8 – Se possível, satisfaça suas necessidades nutricionais através da dieta, sem o uso de suplementos alimentares. RECOMENDAÇÃO ESPECIAL 1 – Bebês devem ser alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade; após, sua alimentação pode ser complementada com comidas, água e outras bebidas. RECOMENDAÇÃO ESPECIAL 2 – As pessoas que têm ou já tiveram câncer devem adotar, se possível, as recomendações acima, a não ser que tenham recebido conselho contrário de profissionais da saúde. 2.2 Recomendações adicionais RECOMENDAÇÃO 9 – Coma regularmente alimentos ricos em ômega 3 e limite o consumo de fontes de ômega 6. Dicas – Fontes de ômega 3: peixes (especialmente sardinha, arenque, salmão, linguado, atum anchova e enguia); óleo de peixe; sementes de linhaça; semente de chia; nozes; verduras; óleo de linhaça ou de canola; carnes, laticínios e ovos de animais alimentados a pasto ou com farinha de linhaça. Fontes de ômega 6: óleo de milho, de girassol ou de soja; gordura hidrogenada; carnes, laticínios e ovos de animais alimentados com milho ou soja.31 Justificação – Dietas devem conter uma quantidade equilibrada desses ácidos graxos ou até 32 quatro vezes mais ômega 3 que ômega 6. “Em muitos países desenvolvidos, consome-se em 33 média entre 10 a 20 vezes mais ômega 6 que ômega 3”. Várias pesquisas referenciadas no relatório do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer sugerem que o ômega 3 inibe o desenvolvimento do câncer e que o excesso de ômega 6 o favorece.
  • 8. RECOMENDAÇÃO 10 – Não fume e evite contato com fumaça de cigarro. 34 Justificação – “O cigarro provoca aproximadamente 20% das mortes por câncer”. RECOMENDAÇÃO 11 – Evite o estresse, viva tranquilamente. Justificação – O livro “Anticâncer” compila pesquisas que demonstram que o estado de espírito afeta significativamente o desenvolvimento do câncer. Ele aconselha que se resolva os traumas passados; que se aprenda a acolher as próprias emoções (inclusive o medo, a tristeza, o desespero e a raiva) e a deixá-las se dissiparem sem se prender a elas; e que se encontre uma pessoa com quem se possa compartilhar os sentimentos. Estudos sugerem que o estresse, 35 particularmente, favorece o câncer. RECOMENDAÇÃO 12 – “Evite exposição prolongada ao sol entre 10 e 16h. Use sempre proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros, barraca e filtro solar com fator mínimo de proteção 15”.36 37 Justificação – “A principal causa do câncer de pele é a superexposição à radiação da luz solar”. RECOMENDAÇÃO 13 – Evite exposição a agentes cancerígenos. Dicas – Substitua desodorantes com antiperspirantes contendo alumínio por desodorantes naturais sem alumínio; cosméticos, loções, xampus, tintas de cabelo, laquês, musses, géis, esmaltes de unha, protetores solares e desodorantes contendo estrógenos, hormônios placentários, parabenos (metilparabeno, poliparabeno, isoparabeno, butilparabeno) ou ftalatos (ftalato de benzilbutila, ftalato di 2-etil hexila) por produtos naturais ou cosméticos sem essas substâncias (empresas como Body Shop e Aveda oferecem tais produtos); perfumes contendo ftalatos (quase todos) por eau de toilette (que contêm menos) ou perfumes sem essas substâncias; panelas de Teflon arranhadas por panelas de Teflon intactas ou panelas de aço inoxidável 18/10; produtos de limpeza comuns (detergente, desodorizador de vaso sanitário, etc.) contendo alquifenóis (nonoxinol, octoxinol, nonilfenol, octilfenol) por produtos ecológicos, vinagre (para superfícies e solos) ou bicarbonato de sódio. Use recipientes de vidro ou cerâmica para aquecer comida ou líquidos em vez de recipientes de plástico contendo PVC, frascos de poliestireno ou isopor. Evite contato com o percloroetileno da lavagem a seco, arejando roupas lavadas a seco por várias horas ao ar livre antes de usá-las. Evite exposição excessiva aos campos magnéticos dos telefones celulares.38 2.3 Alimentos anticâncer Um regime baseado nas recomendações acima indubitavelmente tem enorme potencial anticâncer. Mas sua eficiência pode ser multiplicada se ele privilegiar o consumo de alimentos contendo moléculas (preponderantemente compostos fitoquímicos) que “lhes permitem agir como medicamentos e interferir nos processos implicados no desenvolvimento de doenças como o câncer”.39 RECOMENDAÇÃO 14 – Coma regularmente alimentos que constituem fontes singulares de moléculas anticâncer. Tenha em mente, contudo, que uma dieta anticâncer deve ser diversificada (dentro dos limites impostos pelas recomendações anteriores), não se restringindo aos alimentos abaixo.
  • 9. o Principais alimentos potencialmente anticâncer: aliáceos (alho, cebola, alho-poró, cebolinha miúda, cebolinha francesa), alimentos ricos em ômega 3 (ver recomendação 9), ameixa, azeite de oliva extravirgem, chá verde (infusão de 8 a 10 minutos; dê preferência aos japoneses sencha, gyokuro e matcha), chocolate amargo (sem açúcar com 70% ou mais de cacau), cúrcuma (melhor absorvido se misturado com pimenta-do-reino), curry (pode ser adicionado a sopas, molhos e pratos variados), frutas cítricas (laranja, tangerina, toranja, limão), frutas vermelhas (framboesa, morango, mirtilo, amora), nectarina, pêssego, raiz de gengibre, soja (tofu, tempeh, bife de soja, grãos germinados de soja, favas de soja, leite de soja, iogurte de soja), suco de romã, tomate (especialmente na forma de molho se não houver adição de açúcar), vegetais crucíferos (brócolis, couve, couve-de-bruxelas, couve-da-china, couve-flor), vinho tinto (no máximo uma taça por dia durante uma refeição). o Outros alimentos potencialmente anticâncer: abóbora, aipo, algas (nori, kombu, wakame, arame e dulse), amêndoa, avelã, batata-doce, beterraba, caqui, canela, cenoura, cereja, cogumelos (shiitake, maitake, kawaratake, enoki, cremini, portobello, champignons de Paris, cogumelos ostras), prebióticos (aspargo, banana, trigo), probióticos (iogurte e kefir orgânico, iogurte de soja enriquecido com lactobacilus acidophilus ou lactobacilus bifidus, chucrute, kimchee), damasco, espinafre, inhame, lamiáceas (menta, tomilho, manjerona, orégano, 40-42 manjericão, alecrim), noz-pecã, salsa. Dica – O chá verde preparado com raiz de gengibre, cúrcuma e uma pitada de pimenta-do-reino é um poderoso (e saboroso) coquetel anticâncer. De fato, os três primeiros estão entre os maiores alimentos antipromotores do câncer dos quais se têm conhecimento e a sinergia dessa mistura é extraordinária: a pimenta-do-reino aumenta em mais de 1000 vezes a absorção de cúrcuma pelo organismo e a eficácia contra o câncer do chá verde e da cúrcuma é quadruplicada quando eles 43 são consumidos simultaneamente. Justificação – Ver seções 1.8 e 1.9. O relatório do Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer referencia inúmeros estudos que tratam da ação anticâncer de compostos desses alimentos. 3 Terapias alternativas Os tratamentos médicos tradicionais têm eficiência rigorosamente comprovada no combate ao câncer e não é aconselhável, portanto, abrir mão deles em prol de terapias alternativas. “Existem evidências científicas ortodoxas sobre algumas dessas terapias, mas a eficácia de outras permanece não esclarecida e frequentemente controversa”.44 Terapias alternativas podem auxiliar vigorosamente o combate ao câncer, mas algumas delas podem provocar efeitos colaterais graves, ser contraindicadas em certas circunstâncias ou ser incompatíveis com medicamentos. Logo, antes de iniciar um tratamento desse gênero, é fundamental informar-se bem, consultar seu médico e comunicar, se for o caso, ao seu terapeuta sobre seus tratamentos convencionais. “A ‘medicina integrativa’ é uma abordagem recente que faz uso de terapias alternativas na medicina tradicional”45. Nos EUA, “a maior partes dos centros nacionais e regionais de oncologia têm clínicas integrativas onde o cuidado ao paciente é fornecido colaborativamente por uma equipe que inclui oncologistas, enfermeiros, acupunturistas, massagistas, arteterapeutas, musicoterapeutas e outros terapeutas alternativos”.46
  • 10. Existem incontáveis terapias alternativas utilizadas contra o câncer. Uma das melhores referências sobre esse tópico já publicada é o “Guia Completo sobre Terapias Complementares e Alternativas contra o Câncer” da Sociedade Americana de Oncologia (ainda não traduzido para o português), que apresenta as terapias listadas abaixo com uma síntese do que a ciência diz sobre sua efetividade e com seus eventuais riscos.47 Tais informações também estão disponíveis no site da Sociedade Americana de Oncologia.48 o Terapias de dieta e nutrição: ácido elágico, acidophilus, água de Willard, algas, alho, brocólis, cogumelo maitake, cogumelo shiitake, coriolus versicolor, dieta macrobiótica, hexafosfato de inositol, jejum, kombucha, licopeno, mandioca, noni, ômega 3, pectina cítrica modificada, quercetina, soja, sopa de sol, suco de frutas e verduras, suco de grama de trigo, terapia Gerson, terapia metabólica, uva, vegetarianismo. o Terapias de ervas, vitaminas e minerais: ácido fólico, aconitum, acteia, alcaçuz, arnica, artemisia absinthium, artemisia vulgaris, astragalus, avelós, babosa, betula papyrifera, bicabornato de sódio, bromelaína, cálcio, capsicum, centela, chá de essiac, chá verde, chaparral, chelidonium, chlorella, cloreto de césio, cobre, complexo de vitamina B, confrei, cravo-da-índia, cúrcuma, dioneia, echinacea, Enercel, essência floral, erva-de-são-joão, extrato de casca de pinheiro, fitoquímicos, fitoterapia chinesa, folha de oleandro, gengibre, germânio, ginkgo, ginseng, ginseng siberiano, gliconutrientes, hidraste, hortelã-pimenta, Hoxsey, inhame-selvagem, ioimbina, kava, larix, liu wei di huang wan, maconha, medicina Kampo, medicina ortomolecular, molibdênio, nogueira negra, nux vomica, oenothera, óleo de melaleuca, pau d’arco, Pc-care, Pc-hope, Pc-spes, phytolacca, potássio, psyllium, rabdosia rubescens, rauwolfia serpentina, semente de linhaça, saw palmetto, selênio, silybum, thuia, trifolium pratense, unha-de-gato, valeriana, visgo, vitae elixxir, vitamina A e betacaroteno, vitamina C, vitamina D, vitamina E, vitamina K, zinco. o Terapias de corpo, espírito e mente: aromaterapia, arteterapia, bioeletrografia, bioenergética, biofeedback, chi kung, cimática, cristais, cura espiritual, curandeirismo, dançaterapia, feng shui, grupos de suporte, hipnose, medicina ayurvédica, medicina holística, medicina nativa americana, meditação, musicoterapia, programação neurolinguística, psicoterapia, naturopatia, respiração holotrópica, tai chi chuan, terapia do humor, terapia do labirinto, xamanismo, yoga. o Terapias de toque físico e cura manual: acupressura e shiatsu, acupuntura, cinesiologia aplicada, cirurgia espiritual, colonterapia, fototerapia, hidroterapia, laserterapia de baixa potência, libertação miofascial, massagem, método Rosen, moxabustão, neuroestimulação elétrica transcutânea, odontologia biólogica, óleo de mamona, osteopatia, oxigenioterapia hiperbárica, pomada para câncer de pele, quiroprática, rastreamento eletrodermal, reflexoterapia, reiki, sinergia de Rubenfeld, terapia craniossacral, terapia da polaridade, terapia eletromagnética, terapia magnética, terapia neural, termoterapia, toque terapêutico, trabalho de corpo, ventosaterapia. o Terapias farmacológicas e biológicas: 714X, ácido gama-linolênico, ácido lipóico, amigdalina, apiterapia, Cancell, cartilagem bovina, cartilagem de tubarão, cura grega do câncer, desintoxicação do fígado, dhea, dimetilsulfóxido, glucarato, homeopatia, inosina pranobex, krebiozen, Lyprinol, melatonina, oxigenoterapia, pepino-do-mar, Poly-MVA, pregnenolona, quimioterapia guiada de Revici, terapia antineoplaston, terapia celular, terapia de Di Bella, terapia de Livingston-Wheeler, terapia de potenciação de insulina, terapia enzimática, terapia imunoaumentativa, terapia quelante, toxinas de Coley, suco de mangostão, sulfato de hidrazina, ubiquinona, urinoterapia.
  • 11. Eu conheço uma irmã de caridade residente no estado do Rio de Janeiro que vem tratando vítimas de câncer com preparados de ervas ao longo de mais de vinte anos. Milhares de pessoas de todo o Brasil já foram atendidas por ela. Os preparados são, aparentemente, inofensivos e muitos casos de cura foram atribuídos a eles. Caso queira entrar em contato com ela, envie-me um e-mail para caioguimaraes@poli.ufrj.br. 4 O além-mar Se você foi diagnosticado com câncer, a descoberta dessa doença representou, provavelmente, um momento de crise em sua vida. Mas a palavra ‘crise’ é sabiamente escrita em chinês justapondo-se os ideogramas de ‘perigo’ e de ‘oportunidade’: “Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu”. Que essa compilação o ajude a tomar controle do leme do seu destino para fugir ao Perigo e que o Perigo seja uma oportunidade de viver mais saudavelmente, de cultivar a beleza e a alegria dentro de você e em sua vida, de descobrir uma infinidade de riquezas em terras novas. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. 5 Uma corrente contra o câncer A debelação da epidemia de câncer só será possível através da ação conjunta de representantes das mais diversas esferas da sociedade. Um ótimo ponto de partida para iniciativas anticâncer é o relatório “Políticas e Ações para Prevenção do Câncer”, elaborado pelo Fundo Mundial de Pesquisa sobre o Câncer.49 Você também pode contribuir para esta causa divulgando esta síntese por email (o texto que usei para encaminhá-la está em http://tiny.cc/anticancer-email), pelo Facebook (entre na minha página – http://www.facebook.com/caio.g.souza.1 – para “curtir” e “compartilhar” a postagem sobre o trabalho), pelo Twitter (poste o link http://tiny.cc/anticancer), etc. Vamos todos, juntos, contra o câncer! Referências bibliográficas 1. BÉLIVEAU, R.; GINGRAS, D. Os alimentos contra o câncer: a prevenção e o tratamento do câncer pela alimentação. 2.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2007. p. 17. 2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Mortalidade por doenças crônicas no Brasil: situação em 2009 e tendências de 1991 a 2009. In: ______. Saúde Brasil 2010. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cap_5_saude_brasil_2010.pdf. 3. Béliveau, Gingras (2007, p. 18). 4. WORLD CANCER RESEARCH FUND; AMERICAN INSTITUTE FOR CANCER RESEARCH. Food, Nutrition, and the Prevention of Cancer: a Global Perspective. Londres: 2007. p. iv. 5. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 62). 6. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 55). 7. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 57). 8. THE ECONOMIST. To avoid the Big C, stay small: The best ways to prevent cancer look remarkably like those needed to prevent obesity and heart disease as well. Disponível em http://www.economist.com/node/10062421?story_id=10062421. 9. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 57).
  • 12. 10. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 41). 11. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. xxii). 12. SORENSEN, T. I. A. et al. Genetic and Environmental Influences on Premature Death in Adult Adoptees. New England Journal of Medicine, v. 318, p. 727-732, 1988. 13. Béliveau, Gingras (2007, p. 22-23). 14. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 41-46). 15. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. xxv). 16. SERVAN-SCHREIBER, D. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. p. 151. 17. Béliveau, Gingras (2007, p. 24-25). 18. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 347). 19. ANDERSEN, B. L. et al. Psychological, Behavioral, and Immune Changes After a Psychological Intervention: a Clinical Trial. Journal of Clinical Oncology, v. 22, n. 17, p. 3570-3580, 2004. 20. ANDERSEN, B. L. et al. Biobehavioral Intervention for Cancer Stress: Conceptualization, Components, and Intervention Strategies. Cognitive and Behavioral Practice, v. 16, n. 3, p. 253-265, 2009. 21. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 48-62). 22. Béliveau, Gingras (2007, p. 52-56). 23. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 389). 24. SURH, Y.-J. Cancer Chemoprevention with Dietary Phytochemicals. Nature Reviews Cancer, v. 3, n. 10, p. 768-780, 2003. 25. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 373-390). 26. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 174). 27. Servan-Schreiber (2011, p. 91). 28. Servan-Schreiber (2011, p. 102). 29. Servan-Schreiber (2011, p. 120). 30. Servan-Schreiber (2011, p. 154-155). 31. SERVAN-SCHREIBER, D. Plano de Ação. In: ______. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. 32. LANDS, W. E. M. Fish, Omega 3 and Human Health. 2.ed. Urbana: American Oil Chemists’ Society, 2005. 33. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 137). 34. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 40). 35. SOOD, A. K. et al. Adrenergic modulation of focal adhesion kinase protects human ovarian cancer cells from anoikis. Journal of Clinical Investigation, v. 120, n. 5, p. 1515-1523, 2010. 36. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dicas em saúde: câncer de pele. In: ______. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/129cancerpele.html. 37. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 315). 38. Servan-Schreiber (2011, p. 121-122). 39. Béliveau, Gingras (2007, p. 58). 40. Béliveau, Gingras (2007, p. 76-183). 41. SERVAN-SCHREIBER, D. Plano de Ação. In: ______. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. 42. Servan-Schreiber (2011, p. 162-175). 43. Béliveau, Gingras (2007, p. 201-206). 44. World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research (2007, p. 345). 45. Ibid. 46. AMERICAN CANCER SOCIETY. Complete Guide to Complementary & Alternative Cancer Therapies. 2.ed. Atlanta: 2009. p. xxii. 47. American Cancer Society (2009). 48. AMERICAN CANCER SOCIETY. Complementary and Alternative Medicine. Disponível em http://www.cancer.org/Treatment/TreatmentsandSideEffects/ComplementaryandAlternativeMedicine. 49. WORLD CANCER RESEARCH FUND; AMERICAN INSTITUTE FOR CANCER RESEARCH. Policy and Action for Cancer Prevention. Londres: 2009.