4. Faraós:
No topo da pirâmide social estavam o faraó e sua família seguidos do vizir,
cargo mais importante, dos sacerdotes e dos escribas.
O poder do faraó também advinha de justificações e atribuições mitológicas , ao
qual viam o faraó como filho legitimo de Amon-ra, o Deus-Sol egípcio.
Há documentos históricos afirmando legitimidade do status divino do faraó , entre
eles a Estela da Restauração da época do governo de Tutankhamon na XVIIIª
dinastia , a primeira do reino novo , período histórico egípcio de 1550 A.C a 1069
A.C. ( FRONZA, ? ).
O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário de todo o território. A sagrada
figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via
no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança na felicidade.
O Faraó tinha poder absoluto e era considerado um Deus vivo na Terra. Ele era
dono de todo o Egito, chefe da administração, dos cultos religiosos e também
comandava o exército. Tinha como principal função/responsabilidade manter a
ordem e a justiça na sociedade, tendo como punição, caso não a mantivesse, a
morte (desaparecimento) eterna.
6. Sacerdotes, Nobreza:
Aos sacerdotes, classe social privilegiada, cabiam os serviços religiosos.
Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois
administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também os
sábios do Egito.
Nessa classe enquadrava-se os Viziers, que eram pessoas ligadas diretamente ao
Faraó, os Sacerdotes, Oficiais do exército e a sua família. Nessa classe a Rainha
era escolhida e apesar do Faraó ter muitas esposas, apenas ela tinha o poder real.
O casamento era feito entre os parentes, afim de manter o sangue “azul” da
Dinastia.
8. OS SOLDADOS:
Essa classe era pequena e sua principal função foi garantir a segurança do
território, fazendo quando preciso, escolta nas expedições aos países vizinhos.
Posteriormente, devido as invasões e a necessidade em ter uma defesa mais
sólida, o exército e a tecnologia em combate foram aumentando.
O termo mesha, palavra egípcia que significava exército, descrevia em sua
origem tanto forças militares quanto expedições pacíficas enviadas para extrair
minerais e sua tradução mais correta talvez seja força operacional. Não dispomos
de informações suficientes sobre os exércitos do Império Antigo (c. 2575 a 2134
A.C.) nem do Império Médio (c. 2040 a 1640 A.C.). Os chefes de expedições
tinham posições e títulos comparáveis aos das patentes militares, tais como
capitães e oficiais de marinha. Durante o Império Antigo, ao que parece, ao surgir
uma situação de emergência reunia-se um grupo de homens para apoiarem as
pequenas unidades locais permanentes especializadas.
10. ESCRIBAS:
Considerada uma classe muito importante, os Escribas eram os únicos que
poderiam seguir carreira como administradores ou ingressar no serviço público. A
escrita servia para o registro de tudo que acontecia no cotidiano egípcio e através
dela é que conhecemos um pouco da História dos habitantes das margens do
Nilo.
Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a
escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e
atividades da vida no Egito.
12. OS ARTESÃOS:
Essa classe é formada por pessoas com habilidades em todos os tipos de
artesanatos. Alguns trabalhavam em aldeias e produziam artefatos para o comércio
local. Já os mais habilidosos, eram convocados a trabalhar para o Faraó ou para a
classe da nobreza.
Os artesãos eram formados por pessoas que não trabalhavam nas lavouras ou em
outras atividades. Foram eles juntamente com os escribas que conseguiram deixar
o legado que conhecemos hoje. Desde artefatos pequenos até os maiores, os
artesãos são responsáveis por toda a beleza decorativa do antigo
Egito. Usavam instrumentos que foram retratados em pinturas e que resistiram ao
tempo como; Formão, machado, serra, arco entre outros
Segundo MILLARD (1975, p. 38, 39) “A vasta maioria dos antigos egípcios era
constituída por camponeses, mas existia uma importante minoria formada pelos
artesãos. Os mais hábeis trabalhavam para o rei, para os templos ou para os
nobres, que tinham oficinas nas suas propriedades. Contudo, houve outros que
trabalhavam tranquilamente nas pequenas cidades e aldeias, produzindo objetos
para mercados locais. Os filhos dos artesãos deviam seguir a mesma profissão do
pais e serem treinados por eles. Os rapazes começavam sua aprendizagem muito
cedo.tinham que adquirir prática para trabalhar com suas ferramentas, que eram de
cobre, bronze ou pedra, com cabos de marfim.Aprendiam também as inúmeras
regras da sua arte.Regras rígidas dos pintores e escultores[...]
14. O Comércio:
No antigo Egito, o comércio era feito entre os egípcios e também entre outros
povos. O comércio exterior era organizado pelo Faraó, que ficava responsável por
comandar as expedições. Geograficamente o Egito era favorecido e mantinha
negócios com algumas ilhas gregas, com a África e com a Ásia. Utilizava-se como
câmbio a troca de mercadorias. Os principais produtos que os egípcios
exportavam eram ouro (muito requisitado por outros povos), papiro, linho, trigo e
artefatos feitos pelos artesãos.
Para DAVID (2003, p.300):
Os egípcios consideravam seu próprio país como o centro do mundo e, embora
tivessem comércio e negociações com outras terras para a obtenção de matériasprimas que eram escassas ou inexistentes no Egito, aparentemente não tinham
grande desejo de explorar ou viajar para o exterior. Eles preferiam se concentrar
no comércio local.
15.
16. Camponês e Camponesa:
A vida no Egito Antigo era centrada, principalmente, na agricultura. A maioria da
população esteve envolvida na agricultura. Trigo, frutas e legumes eram as
principais culturas, embora tenha havido algumas pastoris de gado, ovelhas ou
cabras. Quando o Nilo baixava, a água escoava lentamente, deixando para trás
toda a lama e lodo fértil que então penetrava no fundo no solo. Cerca de um
mês e meio depois, o camponês voltava para liberar a água restante, que havia
virado salobra por evaporação. Óleos vegetais valiosos eram extraídos do
gergelim, linho e de sementes de mamona. As inundações significavam um
período de descanso para o agricultor, a menos que ele fosse convocado para
serviço militar ou para obras públicas. No auge das inundações, geralmente em
torno de meados de agosto, cada agricultor teria de ir até sua terra e fechar as
aberturas nos diques ao redor. O abastecimento de água para os campos e
para a manutenção das obras de irrigação foram responsabilidades comuns,
mas os proprietários locais, especialmente os nobres provinciais, eram muito
mais envolvidos do que o governo central. Com exceção da realeza e os
escribas, toda população estava envolvida com o trabalho no campo. As
pessoas viviam em suas terras de lavoura, e isso não se alterava no caso do
dono vender a terra. Membros da nobreza se envolviam no lado econômico do
cultivo, já que eram os donos da propriedade, supervisionando o processo
agrícola.
http://colecaoitan.org/trajes/egito-antigo-campones-e-camponesa.html
17.
18. Escravos:
O Egito não conheceu a escravidão no sentido greco-romano, designando um
indivíduo privado de sua liberdade, vivendo sob a autoridade absoluta de um
mestre, seja devido ao nascimento – sendo ele mesmo filho de escravo –,
seja após ter sido capturado (no decorrer de uma guerra), vendido ou
condenado. Considerado como um bem material, ele se torna – para sempre
– a propriedade explorável e negociável de outra pessoa. Ao longo do Vale do
Nilo, essa forma de escravidão não ocorreu antes da época ptolomaica
(século IV antes da nossa era), data em que os gregos se tornaram
soberanos do país, levando com eles algumas de suas tradições, em
particular a escravidão. Na sociedade egípcia, existiam múltiplos níveis de
dependência que ligavam os homens entre si. Alguns podiam ser identificados
como uma forma de escravidão, mesmo que estives- sem longe de responder
aos critérios impostos pela definição jurídica.
http://www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/especial_egito_cativos_sim_escrav
os_nao.html