2. COMO TUDO COMEÇOU?COMO TUDO COMEÇOU?
• O estopim da crise se iniciou com a
chamada bolha imobiliária americana
em 2007.
• Como o mercado de imóveis começou a
se valorizar muito pela facilidade de
aquisição com financiamentos para 30
anos, empréstimos sem avalistas ou
garantias rigorosas, houve uma
sobrevalorização dos imóveis com falso
inflacionamento dos preços, esse inflar
na verdade era uma bolha.
3. COMO TUDO COMEÇOU?COMO TUDO COMEÇOU?
• Quando se descobriu que os preços
eram irreais e os imóveis não
podiam ser pagos a bolha estourou
e com ela boa parte das instituições
financeiras de crédito imobiliário.
• Com a inadimplência explícita dos
chamados “subprime” os imóveis
não eram pagos, os financiamentos
eram prorrogados e iniciou-se as
numerosas hipotecas dos imóveis
americanos.
4. CLASSE MÉDIA HIPOTECADACLASSE MÉDIA HIPOTECADA
• Na última década, a classe
média americana hipotecou em
massa seus imóveis.
• Como funciona a hipoteca:
empresas especializadas em
hipotecar concedem
empréstimos as pessoas e
tomam suas casas como
garantia.
5. • Por sua vez, essas empresas na
verdade só funcionam como
intermediárias desse
financiamento. Para levantar o
dinheiro elas buscam junto a
investidores o dinheiro para
oferecer nos empréstimos.
A HIPOTECAA HIPOTECA
6. AS GIGANTES DO CRÉDITOAS GIGANTES DO CRÉDITO
• Por sua vez as empresas que creditavam
as hipotecadoras com empréstimos,
conseguiam seus ativos junto as gigantes
do crédito imobiliário americana; a
Fannie Mae e a Freddie Mac; aquelas que
foram nacionalizadas recentemente
apesar de seus ativos de US$ 5 trilhões.
• Com o aumento da inadimplência, as
empresas especializadas em hipoteca
começavam a não pagar a seus credores
que financiavam os empréstimos.
7. ““O CRASH”O CRASH”
• Como ninguém pagava a ninguém,
descobriu-se que o dinheiro era
especulativo e todos contraiam dívidas
sem ter dinheiro ou garantias concretas.
• Houve uma brusca redução do preço dos
imóveis nos EUA em razão do imenso
volume de oferta de casas novas e de
muita gente que se viu pagando dívidas
de financiamento maiores do que o bem a
elas atrelado, o que acarretou um
movimento de "desistência" por parte
dos mutuários.
8. REFINANCIAMENTO DOS IMÓVEISREFINANCIAMENTO DOS IMÓVEIS
• Como os juros estavam baixos nos
EUA, muita gente trocou de
financiamento, recebendo dinheiro na
troca (leasing).
• O problema, segundo especialistas, é
que esse "troco" não foi investido na
dívida dos imóveis, mas usado para
comprar bens não-duráveis no
mercado de consumo ou para saldar
outras dívidas. Ou seja: muita gente
refinanciou o imóvel para pagar o
cartão de crédito.
9. O AVANÇO DA CRISEO AVANÇO DA CRISE
• Com o aumento da inadimplência
fecharam-se as torneiras do crédito
no país.
• As taxas de juros aumentaram para
se frear o crédito.
• O consumo diminuiu e a produção
por conseqüência passou a produzir
menos para atender apenas a baixa
demanda.
10. A RECESSÃOA RECESSÃO
• Com a baixa produtividade e o
comércio retraído no atacado e no
varejo, começaram a vir as
demissões para se cortar custos, o
que trouxe o desemprego.
• Em resumo: Baixa produtividade,
queda no PIB, diminuição no
consumo e desemprego, acabaram
afetando drasticamente a economia
do país (2 trimestres).
11. A DEPENDÊNCIA AMERICANA E O EFEITOA DEPENDÊNCIA AMERICANA E O EFEITO
DOMINÓ NA ECONOMIA MUNDIALDOMINÓ NA ECONOMIA MUNDIAL
• Os EUA são os maiores importadores do
mundo, com US$ 2,2 trilhões, quase o
dobro da Alemanha, segunda colocada
com US$ 1,2 trilhão e, estão na 3ª
posição nas exportações mundiais com
um volume de US$ 1,3 trilhão (2008).
• Os EUA possuem a maior economia do
mundo com 25% do PIB mundial,
atingindo US$13,8 trilhões, três vezes o
PIB do segundo colocado que é o Japão
com US$ 4,3 trilhões.
12. A DEPENDÊNCIA AMERICANA E O EFEITOA DEPENDÊNCIA AMERICANA E O EFEITO
DOMINÓ NA ECONOMIA MUNDIALDOMINÓ NA ECONOMIA MUNDIAL
• As multinacionais americanas
estão presentes em 193 países
com exceção da Coréia do Norte,
Cuba e Mianmar.
• A seguradora AIG, a maior do
mundo está presente em 130
países com apólices de seguros
de 100 mil empresas alcançando
mais de 100 milhões de clientes
com 44 mil funcionários.
13. O EFEITO DOMINÓ NA ECONOMIAO EFEITO DOMINÓ NA ECONOMIA
MUNDIALMUNDIAL
• Quando a
economia
americana entrou
em recessão
diminuiu-se em
grande volume as
importações
afetando países de
todo o mundo,
principalmente
China, Japão e
também o Brasil.
Protestos na China de investidora
que não conseguiu resgatar o seu
dinheiro do Lemann Brothers
14. A QUEBRA DA BOLSA DE VALORESA QUEBRA DA BOLSA DE VALORES
• Muitos dos grandes investidores
americanos que perderam dinheiro e
ativos em suas operações de
empréstimo, recorreram a vender suas
ações na bolsa de valores para recompor
os prejuízos, o problema é que todos
queriam vender, isso gerou um “CRASH”
nas bolsas de todo o mundo.
• Até mesmo as holding e multinacionais
que perderam ativos com a retração no
consumo queriam vender suas ações.
15. O EFEITO NAS BOLSAS DEO EFEITO NAS BOLSAS DE
VALORESVALORES
• Com a crise no crédito muitas empresas
procuram vender seus papéis na bolsa de
valores para conseguir suprir os
investimentos para os seus negócios.
• Como ninguém queria comprar mais
ações pelo enorme risco, os recursos não
são gerados para conseguir capital para
os investimentos.
• O crédito passa a não existir nas
instituições bancárias ou financeiras e
nem nas bolsas de valores, devido ao
risco da grande volatilidade das ações.
16. FUGA DE CAPITAISFUGA DE CAPITAIS
• As empresas multinacionais
localizadas no Brasil por exemplo
começaram a transferir seus lucros
para o exterior para recuperar
perdas na produtividade, isso gerou
fuga de capitais no Brasil e
diminuição dos investimentos aqui
no país.
17. QUAL SERIA A SOLUÇÃO?QUAL SERIA A SOLUÇÃO?
Injetar dinheiro na
economia para
irrigar o crédito e
continuar assim
os investimentos,
possibilitando
aumento na
produtividade e
no consumo. Câmara dos EUA aprova pacote
de US$ 850 bilhões
18. QUAL SERIA A SOLUÇÃO?QUAL SERIA A SOLUÇÃO?
• Diminuir a taxa de
juros em todos os
países para ampliar o
crédito e, com isso
vimos a ação
orquestrada dos
países da União
Européia e EUA em
reduzir as taxas de
juros em 0,5%
conjugadamente e no
mesmo dia, fato
inusitado na história
econômica mundial. O presidente do BCE, Wim Duisenberg reduziu
em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros,
que agora passou para 2,75%.
19. A REDUÇÃO DOS JUROSA REDUÇÃO DOS JUROS
• Os bancos que agiram
com redução em suas
taxas de juros foram:
Banco Central
Americano – FED,
Banco do Canadá,
Banco da Inglaterra
(BC britânico), o BCE
(Banco Central
Europeu), o Sveriges
Riksbank (da Suécia)
e o SNB (Banco
Nacional da Suíça, na
sigla em inglês).
Tela em Bolsa nos EUA indica o corte
emergencial de juros pelo Fed
20. QUAL SERIA A SOLUÇÃO?QUAL SERIA A SOLUÇÃO?
• Diminuir os depósitos
compulsórios nos
bancos centrais para
que os bancos privados
tenham mais dinheiro
disponível para
empréstimos, vários
países fizeram isso
inclusive o Brasil.
21. CONSEQUÊNCIAS DA CRISECONSEQUÊNCIAS DA CRISE
• Aumento da dívida pública de todos
os países devido ao socorro
financeiro as instituições financeiras
e as operações de crédito.
• O economista Dean Baker, do Center
for Economic and Policy Research,
prevê uma queda entre 3,6 e 4,5
pontos porcentuais na taxa de
crescimento do PIB americano caso
as coisas continuem como estão.
22. CONSEQUÊNCIAS DA CRISECONSEQUÊNCIAS DA CRISE
• A Organização Mundial do
Trabalho (OIT) prevê que 51
milhões de pessoas ficarão sem
emprego até o final de 2009 e,
outras 200 milhões que
conseguirão continuar trabalhando
passarão a ganhar menos de US$
2 por dia e cairão para a faixa
abaixo da linha de pobreza.
23. CONSEQUÊNCIAS DA CRISECONSEQUÊNCIAS DA CRISE
• A freada no consumo em todo o mundo
resultaria na eliminação do efeito
riqueza, sombreando maus dias para o
capitalismo.
• Crise econômica pode representar alívio
para planeta; o pesquisador Paul J.
Crutzen, disse que as nuvens negras
formadas sobre a economia mundial
poderiam tornar menos pesado o fardo
ambiental carregado pelo planeta hoje
em dia.
24. CONSEQUÊNCIAS DA CRISECONSEQUÊNCIAS DA CRISE
• Uma menor expansão da economia no
mundo todo ajudaria a brecar a emissão
de gases do efeito estufa e provocaria
uma utilização mais cuidadosa dos
recursos energéticos.
• O presidente do Banco Mundial (Bird),
Robert B. Zoellick, defendeu nesta
segunda-feira uma reforma no G-7 (grupo
dos sete países mais ricos do mundo)
para ajudar a solucionar a crise
financeira global.
25. CONSEQUÊNCIAS DA CRISECONSEQUÊNCIAS DA CRISE
• “Para uma melhor cooperação
econômica e financeira, nós
deveríamos considerar a
formação de um novo grupo que
incluiria o Brasil, a China, Índia,
México, Rússia, Arábia Saudita,
África do Sul e os países do
atual G-7”, afirmou.
26. CONSEQUÊNCIAS DA CRISECONSEQUÊNCIAS DA CRISE
• Segundo o diário americano, a
crise no setor financeiro
americano “picou” os
mercados emergentes e
enfureceu líderes que
“engoliram” durante anos os
conselhos americanos sobre
responsabilidade fiscal.
27. CONSEQUÊNCIAS DA CRISECONSEQUÊNCIAS DA CRISE
“Lula enfatizou que 'a
ganância sem limites'
de poucos não poderia
ser carregada por
todos, e que as
economias emergentes
haviam feito seu melhor
para seguir boas
políticas fiscais, não
podendo ser vítimas do
cassino erguido pela
economia americana”.
28. OS CULPADOS DA CRISEOS CULPADOS DA CRISE
• O FBI prende 406 pessoas,
incluindo corretores e
empreiteiros, como parte de
uma operação contra
supostas fraudes em
financiamentos habitacionais,
que alcançaram valor de US$
1 bilhão.
29. A CRISE NO BRASILA CRISE NO BRASIL
O DESEMPREGO NO BRASIL EM 7 MESES
282.841
61.401
-654.946
-101.748
9.179
-2.100.000
-40.000
-2.500.000
-2.000.000
-1.500.000
-1.000.000
-500.000
0
500.000
Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar.
MESES 09/ 08 a 03/09
Nºdeempregos
Fonte: IBGE - 2009
39. COMO O BRASIL REAGIU A CRISE?COMO O BRASIL REAGIU A CRISE?
• Diminuiu o compulsório em depósitos
bancários dos bancos privados para
aumentar a oferta de crédito.
• Se utilizou de sua reserva cambial de
US$ 200 bilhões para comprar dólares,
diminuindo a oferta da moeda
americana no mercado, pressionando
o aumento do dólar e a desvalorização
do real, melhorando assim a receita
das exportações, devido a maior
demanda por produtos brasileiros.
40. CUSTO DO DÓLAR PARACUSTO DO DÓLAR PARA
EXPORTAÇÕESEXPORTAÇÕES
• 1 SACA DE SOJA = 60 Kg
60 Kg = R$ 100,00
1 DÓLAR = R$ 2,00
60 Kg = U$ 50
• AUMENTO DO DÓLAR EM 25%
60 Kg = R$ 100,00
1 DÓLAR = R$ 2,50
60 Kg = 100/2,50 = U$ 40
41. VANTAGENS DO DÓLAR ALTO PARAVANTAGENS DO DÓLAR ALTO PARA
EXPORTAÇÕESEXPORTAÇÕES
• O importador vai gastar menos pela mesma
quantidade e vai ter a possibilidade de
comprar mais pelo mesmo preço que ele
pagava antes.
• O produto brasileiro amplia seu mercado
porque passa a ter um preço melhor do que
a concorrência.
• Com o dólar alto o valor total das
exportações aumenta porque as operações
de venda ao exterior são feitas em dólar
• Beneficia ainda o superávit na balança
comercial
42. COMO O BRASIL REAGIU A CRISE?COMO O BRASIL REAGIU A CRISE?
• Aumentou o financiamento do crédito
para as exportações com o aporte de R$
5 bilhões para o BNDES.
• Socorreu a agricultura com ampliação de
R$ 800 milhões para as operações de
crédito no mercado interno.
• O ministério da Fazenda concedeu R$ 5
bilhões em crédito para as
concessionárias de veículos automotores
financiarem seus clientes e, reduziu o IPI
diminuindo o preço final do veículo.
43. DADOS CONFIRMAM QUE O BRASILDADOS CONFIRMAM QUE O BRASIL
SAIU DA CRISE?SAIU DA CRISE?
• Crescimento de 1,9% do PIB no 2º
trimestre de 2009 (IBGE)
• Crescimento de 2,1% indústria no
mesmo período
• A taxa de desemprego caiu de
7,7% em setembro para 7,5% em
outubro
44. DADOS CONFIRMAM QUE O BRASILDADOS CONFIRMAM QUE O BRASIL
SAIU DA CRISE?SAIU DA CRISE?
• Os movimentos da balança comercial
brasileira apontam que as exportações
em relação ao PIB caíram de 22,9% para
21,3% e as importações cresceram de
18,1% para 19%. (queda do dólar)
• A agência Internacional de classificação
de risco Standard & Poor´s alerta que os
indicadores fiscais do Brasil ainda se
mostram fracos e podem aumentar seu
risco de BBB - .
45. A BOLHA DO CRÉDITO NO BRASILA BOLHA DO CRÉDITO NO BRASIL
• A expansão do crédito
no Brasil chegou a R$1
trilhão em 2008.
• Segundo o Banco
Central houve um
crescimento de 47% do
endividamento dos
clientes bancários com
dívidas acima de R$
5.000 em apenas dois
anos -2006/2008
• O universo de clientes
com alguma dívida
chega a 80 milhões de
brasileiros