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Construir uma atitude investigativa 
realizando investigação: 3 histórias, 
2 viagens e 5 conselhos 
MMaarriiaa FFiigguueeiirreeddoo 
Universidade de Aveiro 
9 abril 2014
Estrutura da apresentação 
- investigação e professores: 3 histórias 
- investigação e professores: 2 viagens 
- investigação na formação de 
professores: 5 conselhos para um bom 
começo
Formação de professores – educação de infância 
- Licenciatura em Educação Básica 
- Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º 
CEB
Centro de estudos em educação, tecnologias e saúde 
(CI&DETS)
Investigação... 
A. adoro 
B. é-me indiferente 
C. temo/detesto
3 histórias 
. 
relação entre investigação e os 
professores e as escolas 
Fonte: Rehnman
HHiissttóórriiaa 11 –– kkeeyynnoottee TThh.. WWuubbbbeellss
Relações iinntteerrppeessssooaaiiss nnoo eennssiinnoo:: 
uumm pprrooggrraammaa ddee iinnvveessttiiggaaççããoo ccoomm 3344 aannooss 
MMooddeell ffoorr IInntteerrppeerrssoonnaall TTeeaacchheerr BBeehhaavviioorr 
((mmooddeelloo ddee ccoommppoorrttaammeennttoo iinntteerrppeessssooaall ddoo pprrooffeessssoorr)) 
IInnfflluuêênncciiaa//ccoonnttrroolloo PPrrooxxiimmiiddaaddee //aaffiilliiaaççããoo 
Wubbels, T., Brok, P. den, Tartwijk, J., & Levy, J. et al. (Eds.) (2012). Interpersonal 
Relationships in Education: An Overview of Contemporary Research. 
Rotterdam/Boston/Taipei:Sense Publishers
Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo 
pprrooffeessssoorr:: vvaarriiáávveeiiss 
ddoommiinnâânncciiaa 
IInnfflluuêênncciiaa 
ooppoossiiççããoo ccooooppeerraaççããoo 
PPrrooxxiimmiiddaaddee 
ssuubbmmiissssããoo
Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo 
pprrooffeessssoorr:: ccoommppoorrttaammeennttooss 
INFLUÊNCIA 
orientar 
PROXIMIDADE 
estabelecer 
apoiar 
compreender 
acomodar/ 
aceitar 
evitar 
repreender 
queixar
Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo 
pprrooffeessssoorr:: ““rreecceeiittaass””,, ““ssaabbeeddoorriiaa””,, ... 
Não se pode dar muita confiança... 
Se cedemos uma vez, “perdemos” o grupo. 
Para haver participação dos alunos, o professor precisa de 
perder controlo e poder de decisão. 
É melhor ser rígido no início e depois aligeirar. 
As crianças precisam de saber quais os limites que se espera 
ver respeitados no contexto escola.
Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo 
pprrooffeessssoorr:: ppeerrffiiss 
INFLUÊNCIA 
orientar 
PROXIMIDADE 
estabelecer 
apoiar 
compreender 
acomodar/ 
aceitar 
evitar 
repreender 
queixar/sermão
Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo 
pprrooffeessssoorr:: ppeerrffiiss
Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo 
pprrooffeessssoorr:: ppeerrffiiss 
Impacto + nos resultados, nas atitudes em 
relação à área curricular e no estudo autonómo: 
elevados níveis de influência e de proximidade
HHiissttóórriiaa 11 –– kkeeyynnoottee TThh.. WWuubbbbeellss 
Investigação como conhecimento 
disponível para apoiar a ação 
profissional no ensino 
Aprender a identificar, relacionar, criticar 
e mobilizar para análise, decisão e ação 
Pensar, decidir e agir com base em 
investigação
História 2 – visitas a Pen Green 
Centro para crianças e famílias 
(Corby, Reino Unido) 
Crianças dos 1 aos 5 anos 
Vários grupos de apoio a pais e comunidade 
(massagem para bebés, grupos para pais com 
problemas de adição, grupos para pais com 
problemas de saúde mental, grupos de aprendizagem 
de adultos, …) 
ATL e férias para crianças dos 4 aos 11 anos 
Centro de investigação e 
desenvolvimento
The Baby Nest
The Baby Nest
The Baby Nest
The Baby Nest
Felicity Norton 
Porque mantemos o 
portão fechado? 
Assistant Director 
Pen Green Research Base
Projeto de investigação sobre o portão 
com discussões regulares com a equipa 
Portão como fronteira, separação 
- que significados? 
Autonomia das crianças para 
explorar outros espaços e interações 
Pessoal especializado do baby nest 
vs. entrada de outros adultos 
Organização de espaços como dimensão 
da didática da educação de infância
Projeto de investigação sobre o portão 
com discussões regulares com a equipa 
observar discutir com equipa (partilha de 
resultados iniciais) + pedir narrativas pensar etapa partilhar e discutir etapa 
com equipa 
Estudos de caso de crianças 
e adultos a negociarem 
espaços pedagógicos 
Observações e 
registo vídeo Entrevistas 
Narrativas Código de ética
Projeto de investigação sobre o portão 
com discussões regulares com a equipa 
vinculação 
autonomia 
agência 
liderança 
Estudos de caso de crianças 
e adultos a negociarem 
espaços pedagógicos 
Observações e 
registo vídeo Entrevistas 
Narrativas Código de ética
Projeto de investigação sobre o portão 
com discussões regulares com a equipa 
vinculação 
autonomia 
agência 
liderança 
Estudos de caso de crianças 
e adultos a negociarem 
pedagogia do adulto que apoia 
espaços pedagógicos 
Observações e 
registo vídeo Entrevistas 
Narrativas Código de ética
História 2 – visitas a Pen Green 
Investigação como conhecimento e 
como processo de interpelação e 
questionamento do quotidiano e da 
prática 
Mobilizar conhecimento e usar 
ferramentas conceptuais e processuais 
da investigação 
Investigação como hábito de mente ou 
forma de ver o mundo (indagação como 
elemento principal)
HHiissttóórriiaa 33 –– aapprreennddeerr ssoobbrree RReeggggiioo EEmmiilliiaa 
Complementos de Formação Científico-Pedagógica 
para Educadores de Infância 
- Perspetivas contemporâneas de educação de 
infância
AAbboorrddaaggeemm RReeggggiioo EEmmiilliiaa 
Uma aventura na educação...
Não saber é a condição que nos faz continuar 
pesquisando; nesse sentido, estamos na mesma situação 
que as crianças. 
(Malaguzzi, 1999, pp. 102-103). 
Conhecimento de que dispomos numa situação de ensino não é 
nem certo nem completo - problematizar
“Professor investigador” (sempre) 
- assumir o “não-saber” permanente sobre as 
crianças e cada criança (singularidade e 
incerteza) 
- discutir e apropriar-se de referenciais 
teóricos 
- ouvir, analisar, discutir, negociar (pedagogia 
da escuta e currículo emergente) 
- documentar, analisar, refletir, partilhar, 
aprender (documentação) 
- vários adultos envolvidos (colaboração)
““eessttaaddoo”” ddee iinnvveessttiiggaaççããoo 
Crianças constroem 
conhecimento sobre o 
mundo através dos projetos 
que desenvolvem 
Adultos constroem 
conhecimento sobre o 
mundo, as crianças e a 
humanidade no mesmo 
processo, da mesma forma 
contínua e aberta 
(Malaguzzi, 1999; Rinaldi, 1999, 2003)
““eessttaaddoo”” ddee iinnvveessttiiggaaççããoo 
Crianças constroem 
conhecimento sobre o 
mundo através dos 
projetos que 
desenvolvem 
Adultos constroem 
conhecimento sobre o 
mundo, as crianças e a 
humanidade no mesmo 
processo, da mesma forma 
contínua e aberta 
Própria abordagem em constante evolução, 
questionamento, reconstrução
HHiissttóórriiaa 33 –– aapprreennddeerr ssoobbrree RReeggggiioo EEmmiilliiaa 
Normalidade da investigação: atitude e 
abordagem ao quotidiano que é forma de nos 
pensarmos e de nos relacionarmos com os 
outros e com o mundo 
Assumir investigação como forma de 
compreender e imaginar a realidade 
social e educacional: analisar e 
interpretar, construir provisoriamente, 
documentar e discutir/partilhar
Investigação... 
… conhecimento 
… ferramentas 
… atitude/forma de estar 
para professores e escolas
2 viagens 
. 
relação entre investigação e os 
professores e as escolas 
Fonte: Discover
Investigação e professores: uma ideia nova? 
Estados Unidos da América 
década 1950 
Investigação-ação para professores 
Corey 
Reino Unido 
década 1960 
Professor investigador 
Stenhouse 
Austrália 
década 1970 
Investigação-ação emancipatória 
Carr e Kemmis 
Estados Unidos da América 
década 1980 
Movimento professor investigador 
Cochran-Smith e Lytle 
América do Sul, Ásia e África 
década 1970 
Investigação-ação participativa 
Fals-Borda, Reason e vários 
Canadá, EUA, Holanda e Austrália 
década 1990/2000 
Auto-estudo 
Russel, Zeichner, Loughran, Lunenberg 
Finlândia, Suécia 
década 1990 
Research based teacher education
Investigação e professores: em Portugal? 
Projeto FOCO e projeto IRA (1980 e 
1990) 
Projeto Infância (1990) e Associação 
Criança (1995) 
PROCUR projeto curricular e 
construção social (1990) 
GT-PA Grupo de trabalho – pedagogia 
para a autonomia (1997) 
Grupo de estudos do GTI da Assoc. 
Profs. de Matemática (1998) 
ICR Investigação para um currículo 
relevante (2008) 
Movimento da Escola Moderna (1965)
Investigação e professores em Portugal 
ICR Investigação para um currículo 
relevante (2008)
Investigação e professores em Portugal 
GT-PA Grupo de trabalho – pedagogia 
para a autonomia (1997)
5 conselhos 
. 
para realizar investigação na 
formação inicial 
Queria pedir-te 
um conselho. 
Porque é que me 
estás a pedir para te 
dizer como viver 
a tua vida? 
Quero ter alguém para 
culpar quando 
correr mal. 
Fonte: Nina Paley
Conselho 1 
- perceber e manter presente porque se faz 
investigação
Investigação e profissão 
- contributos 
“A atividade de ensinar (…) praticou-se muito antes de 
sobre ela se produzir conhecimento sistematizado. 
Estas profissões transportam por isso uma inevitável 
«praticidade» que, a não ser questionada/teorizada, 
jamais transformaria a atividade em ação 
profissional e mantê-la-ia prisioneira de rotinas não 
questionadas e incapazes de responder à 
realidade” 
(Roldão, 2008, p. 174)
Investigação e profissão 
- contributos 
“A atividade de ensinar (…) praticou-se muito antes de 
sobre ela se produzir conhecimento sistematizado. 
Estas profissões transportam por isso uma inevitável 
«praticidade» que, a não ser questionada/teorizada, 
jamais transformaria a atividade em ação 
profissional e mantê-la-ia prisioneira de rotinas não 
questionadas e incapazes de responder à 
realidade” 
(Roldão, 2008, p. 174) 
quebrar as rotinas, saber fazer 
e saber dizer o que faz e porquê
quebrar as rotinas, saber fazer 
e saber dizer o que faz e porquê 
Porque sim... 
Porque sempre... 
Porque “safa”... Decidir! 
Construir! 
Interpelar! 
Fazer-se ouvir!
quebrar as rotinas, saber fazer 
e saber dizer o que faz e porquê 
Pai quer oferecer tablets para turma de 1.º ciclo do 
ensino básico. 
Colega questiona tempo que crianças passam no 
exterior. 
Direção propõe que crianças de educação pré-escolar 
tenham tempo máximo nas áreas de interesse de 30 
minutos por dia. 
Educadores e professores do 1.º CEB formam equipa 
para trabalhar a transição entre EPE e 1.º ano.
uso de tablets com crianças 
Pai quer oferecer tablets para turma de 1.º ciclo do 
ensino básico. 
http://www.meshguides.org 
Pedagogies for iPads/Tablets 
Dr Kevin Burden and Dr Sarah Younie 
University of Hull, UK and De Montfort 
University, UK
http://www.meshguides.org 
Estudo conduzido durante 6 meses 
(jan-jul 2012) em 8 escolas na 
Escócia (3 de 1.º ceb e 5 
secondárias) 
Amostra incluiu alunos, professores 
e pais 
Abordagem metodológica mista: 
- questionário base 
- questionário final 
- entrevistas e grupos de foco 
- dados produzidos pelos alunos 
nos tablets 
Organização do acesso e estrutura 
Estratégias pedagógicas 
Impactos - aprendizagem, relação 
com pais, avaliação, relação 
professor-alunos,...
quebrar as rotinas, saber fazer 
e saber dizer o que faz e porquê 
Pai quer oferecer tablets para turma de 1.º ciclo do 
ensino básico. 
dados de 3 600 crianças europeias com idades entre 2 
e 6 anos, seguidas durante dois anos 
tempo dispendido a ver TV ou com jogos eletrónicos 
afeta bem-estar na infância, incluindo risco de 
problemas emocionais ou mau relacionamento com a 
família
tempo de brincadeira livre 
Direção propõe que crianças de educação pré-escolar 
tenham tempo máximo nas áreas de interesse de 30 
minutos por dia. 
Estudos sobre impacto da instrução direta vs 
exploração aberta na curiosidade e criatividade: 
- Gopnik, Buchsbaum, Shafto e Griffiths (2011) 
- Bonawitz et al (2011)
Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração 
aberta na curiosidade e criatividade 
● Gopnik, Buchsbaum, Shafto e Griffiths (2011) 
Dois grupos de crianças de 4 anos + um brinquedo que toca música 
em resposta a uma sequência específica de ações 
A cada criança individualmente: 
Grupo A: adulto demonstrou nove sequências de três ações: umas 
faziam tocar, outras não (por ex. apertar o brinquedo, carregar num 
botão no topo, puxar uma argola de lado = tocar música). 
apenas as sequências que terminavam com as mesmas duas ações 
faziam tocar. demonstrou 5 sequências que tocavam intercaladas 
com 4 que não tocavam. entregou brinquedo às crianças. 
Grupo B: adulto assumiu perante a criança que não sabia como 
brinquedo funcionava.
Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração 
aberta na curiosidade e criatividade 
● Caso 1: Gopnik, Buchsbaum, Shafto e Griffiths (2011) 
Dois grupos de crianças + brinquedo que toca em resposta a uma sequência específica de ações 
Grupo A: adulto demonstrou várias sequências de ações que levavam 
ao resultado = tocar música 
Crianças foram capazes de reproduzir as sequências. 
Não identificaram que apenas duas das ações incluídas na sequência eram 
necessárias para provocar o resultado/música. 
Grupo B: adulto assumiu perante as crianças que não sabia como 
brinquedo funcionava 
Crianças exploraram o brinquedo. Descobriram a solução mais eficiente 
para obter música, ou seja, identificaram as duas ações necessárias para 
brinquedo tocar música.
Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração 
aberta na curiosidade e criatividade 
● Caso 2: Bonawitz et al (2011) 
● 
Dois grupos de crianças de 4 anos + um brinquedo com quatro tubos: puxar 
tubo 1 fazia barulho/guincho, 
tubo 2 tinha um espelho lá dentro, 
tubo 3 tinha um botão que acende uma luz, 
tubo 4 tinha um botão que toca música
Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração 
aberta na curiosidade e criatividade 
● Caso 2: Bonawitz et al (2011) 
Dois grupos de crianças de 4 anos + brinquedo com 4 tubos 
A cada criança individualmente: 
Grupo A: adulto mostrou brinquedo e disse “Vou mostrar-vos como 
funciona o meu brinquedo!” e pucou o tubo para este fazer barulho, 
mostrando que sabia que isso acontecia. 
Em ambas as situações, as crianças ficaram a brincar sozinhas com os 
tubos. “Podes ficar a brincar. Vê se descobres como é que o brinquedo 
funciona!” 
Grupo B: adulto disse “olhem para este brinquedo!” e sem querer puxou o 
tubo que fez barulho. mostrou surpresa e repetiu (“Ah! Viram o que 
aconteceu?! Vou tentar outra vez!). repetiu a ação.
Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração 
aberta na curiosidade e criatividade 
● Caso 2: Bonawitz et al (2011) 
Dois grupos de crianças + brinquedo de tubos 
Grupo A: adulto demonstrou um dos tubos 
Crianças brincaram menos tempo com o brinquedo e descobriram outras 
funcionalidades, mas menos (metade) do que as descobertas pelas 
crianças do grupo A. 
Grupo B: adulto “descobriu” um dos tubos 
Crianças deste grupo brincaram mais tempo com o brinquedo e 
descobriram mais das suas funcionalidades.
Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração 
aberta na curiosidade e criatividade 
● Implicações: 
Instrução direta = crianças menos curiosas e com menos probabilidade de 
encontrar nova informação. 
Instrução direta = crianças menos criativas, encontrassem menos soluções 
e conclusões. 
Instrução direta é boa para crianças aprenderem coisas específicas mas 
diminiu probabilidade de descobrir nova informação e chegar a conclusões 
próprias. 
Quando adulto fornece informação, crianças assumem que essa é a 
informação disponível. Se adulto não fornece informação, crianças 
consideram mais opções e procuram por leque mais alargado de 
informações. 
EXPLORAÇÃO ABERTA É CRUCIAL
Investigação... 
… conhecimento 
… ferramentas 
… atitude 
para professores e escolas 
mobilizar, discutir, decidir, 
estudar, partilhar, ligar, 
contribuir...
Investigação... 
… conhecimento 
… ferramentas 
… atitude 
para professores e escolas 
como posso contribuir para a 
discussão?
O conhecimento necessário para os professores 
ensinarem bem e melhorarem as oportunidades de 
aprendizagem e as vidas dos alunos não pode ser 
gerado exclusivamente por investigadores 
exteriores às escolas e depois importado para 
implementação na sala de aula 
(Cochran-Smith & Lytle, 2009, p. vii)
Realizar videoconferências na educação pré-escolar: 
para quê e como? (Ferreira, 2007; Correia, 2011) 
Representação do conhecimento a ensinar (analogias, 
exemplos e demonstrações) a mobilizar para a organização 
de aprendizagens relativas à tecnologia (videoconferência) 
por crianças em idade pré-escolar. 
Princípios metodológicos de utilização de 
videoconferências na Educação Pré-Escolar que se baseiem 
e concretizem uma pedagogia de participação, tornando as 
crianças protagonistas da sua aprendizagem. 
Sentido que as crianças atribuem à videoconferência e à 
comunicação mediada. 
Construção de significado das crianças com 
videoconferências através de lentes vygotskyanas: a) o 
desenvolvimento individual como socialmente 
contextualizado, b) o desenvolvimento como processo em que 
ferramentas e símbolos e a atividade mediada colaboram no 
progresso do funcionamento psicológico.
Investigação e profissão 
- contributos 
construir atitude de 
questionamento, 
sustentação, relação e 
resolução na prática 
produzir conhecimento 
necessário para apoiar 
práticas de qualidade e 
afirmar convicções 
promover e beneficiar 
de um desenvolvimento 
profissional 
transformativo 
contribuir para 
investigação que requer 
a participação de 
educadores
Investigação e profissão 
- contributos 
Investigação não é panaceia para 
todos os problemas da escola e 
da profissão docente (existe tal solução?...) 
mas é forma de abordar a ação profissional 
que tem potencial de mudança real 
para ajudar a construir escolas melhores
Conselho 2 
- perceber e respeitar a especificidade da 
investigação realizada por práticos
investigação desenvolvida por professores 
investigação colaborativa 
professor investigador 
investigação autobiográfica 
lesson studies 
investigação narrativa autoestudo 
investigação-ação 
investigação realizada por práticos 
(practitioner research)
Características da investigação desenvolvida por 
práticos (practitioner research) (Cochran-Smith & Lytle, 2007) 
1. o próprio prático é o investigador 
2. o conhecimento necessário para a melhoria de situações 
educacionais é produzido nos contextos em que estas ocorrem 
3. a pesquisa é parte integrante da prática 
4. o contexto profissional é o local de pesquisa e os problemas 
e questões que emergem da prática profissional são os tópicos 
de estudo 
5. a sistematicidade e a intencionalidade são aspetos centrais 
6. os conceitos de validade e generalização são específicos 
(baseados em relevância e argumentação) 
7. é importante tornar o trabalho público e aberto a crítica por 
uma comunidade mais alargada
Os professores ao longo da vida profissional desempenham um 
papel crucial ao produzirem conhecimento da prática tornando 
as suas salas e escolas em locais de investigação, 
relacionado o seu trabalho com ideias mais amplas e assumindo 
uma perspetiva crítica sobre a teoria e a investigação de outros 
(Cochran-Smith & Lytle, 1999, p. 273).
Conselho 3 
- relacionar a investigação com a prática e 
vice-versa
Investigação e prática 
- relações
Investigação e prática 
- relações 
Conhecimento como fluído e dinâmico 
Construído nas interações 
Complexo, denso
Investigação 
“Ferramentas” conceptuais (“ler”/pensar) 
e práticas (fazer) para abordar o ensino 
Olhar/analisar quotidiano 
Identificar questão/desafio/problema 
Gizar forma de resolver + forma de apreciar resolução 
(apoiada em recursos e fontes relevantes) 
Implementação + recolha de informação 
Análise e interpretação 
Conclusão 
(novo problema?)
atitude investigativa vs. rotina 
“o bom senso, o dom, a prática não (são) capazes por si só de 
resolver os problemas que se colocam ao educador, é preciso 
encontrar outra coisa e essa outra coisa, não pode ser senão, 
como é evidente, a experiência no sentido científico, que 
chamaremos experiência sistemática para a distinguir da 
mera experiência pessoal” (Claparède, 1955/1905, p. 92) 
Tens uma jaula 
a prender-te os 
pensamentos. EU 
Completamente! Eu 
consigo ver as barras!
atitude investigativa vs. rotina 
saber que mobilizo 
em ação 
“lente” que identifica 
informações e indicadores 
relevantes 
instrumentos e processos 
de recolha e de registo 
conceitos e teorias que ajudam 
a perceber o desafio, problema, 
situação 
pesquisa + análise de 
informação 
técnicas de análise 
de dados 
referenciais que atribuem 
significado/relevância aos 
dados (resultados e processos) 
estratégias de 
ação 
PLANEAR 
REFLETIR AGIR 
OBSERVAR
atitude investigativa vs. investigação? 
atitude investigativa investigação-ação 
Focagem num problema 
Cuidado e rigor com que se realiza a observação ou avaliação da 
situação inicial 
Fundamentação teórica da proposta de solução 
Explicitação dos valores orientadores da ação 
Reflexão sistemática e crítica ao longo do processo (explicitação) 
Recolha organizada e sistemática de informação 
Mobilização de referenciais teóricos para a análise 
Elaboração teórica a partir da experiência 
(Lopes da Silva, 2013)
atitude investigativa vs. investigação? 
atitude investigativa investigação-ação
Conselho 4 
- respeitar a complexidade das situações 
estudadas
dispositivos de pesquisa 
Tipo de estudo e metodologia 
Acesso ao campo (investigação na pŕopria prática: estatuto) 
Recolha/produção de dados (sensibilidade e sistematicidade) 
Análise de dados (explicitação e papel da teoria) 
Dimensões éticas (investigação com crianças, devolução) 
intencionalidade e sistematicidade
Métodos de recolha de dados: construção de evidências 
(Elliott, 1996) 
Diários: registos de observações, sentimentos, reações, interpretações, 
reflexões, hipóteses, explicações, etc. 
Análise de documentos e/ou produtos: planificações, trabalhos dos 
alunos, fichas, diários de turma, etc. 
Dados fotográficos: registos de situações e base para diálogos com 
membros do grupo 
Gravações em vídeo 
Sociometria 
Entrevistas: de participantes implicados (crianças, pais, comunidade 
educativa, etc.), diferentes graus de estrutura, individuais/em grupo 
Estudo de seguimento (sombra): concentração nas atividades de um 
participante, seguindo-o como uma sombra e registando detalhadamente as 
suas ações 
Listas de verificação, questionários e/ou inventários: estruturar 
observações, comparar dados, etc. - ex. Escala de Implicação da Criança 
Registos descritivos: escritos pelo próprio investigador, sistematizam o seu 
pensamento e/ou observações 
Registo de incidentes críticos
combinatórias de métodos de recolha: 
observação com registos descritivos + entrevistas às 
crianças (individual e grupo) + incidentes críticos + 
análise documental + questionários 
análise documental + grelha de observação de práticas 
+ observação com registos descritivos + entrevista às 
crianças 
observação + grelha de avaliação do ambiente 
educativo + entrevista às crianças + auto e heteroscopia 
observação com registos descritivos + entrevista às 
crianças + incidentes críticos + análise de desenhos 
amostragem de acontecimentos + incidentes críticos + 
análise de desenhos + entrevistas às crianças + registos 
fotográficos 
plano/design
Conselho 5 
- reconheçam o desafio e apropriem-se dele
conhecer o desafio 
Investigação sobre investigação na formação inicial 
(Libório, 2010; Figueiredo, 2013) 
Relatos de investigação realizada na formação inicial 
Relatos de investigação realizada por práticos 
Livros de orientação (“manuais”) sobre investigação 
realizada nas práticas, por práticos, … 
Valorizar o enquadramento teórico como “lente”
Boris 
Vallejo
Erik Johansson
As crianças podem dar-nos a força da dúvida e a 
coragem do erro, do desconhecido. Podem 
transmitir-nos a alegria de procurar e pesquisar... 
o valor da investigação. 
(Rinaldi, 2003, p. 2).
Os professores marcam frequentemente os 
seus alunos, mas raramente deixam uma 
marca na profissão. 
"Teachers often leave a mark on their students, but they 
seldom leave a mark on their profession“ 
(Wolfe, 1989, cit. por Johnson, 1993)
Cochran-Smith, M., & Lytle, S. L. (1999). The Teacher Research Movement: A Decade Later. Educational Researcher, 28(7), 15-25. 
Cochran-Smith, M., & Lytle, S. L. (2009). Inquiry as stance. Practitioner research for the next generation. Nova Iorque: Teachers College Press. 
Cochran-Smith, M., & Lytle, S. L. (Eds.). (1993). Inside/outside: teacher research and knowledge. Nova Iorque: Teachers College Press. 
Correia, A. C. (2011). (Pré)ferência – potencial de aprendizagem de videoconferências em educação pré-escolar. (Relatório Final de Estágio, Mestrado em Educação Pré- 
Escolar). Escola Superior de Educação de Viseu. Viseu, Portugal. 
Elliott, J. (1996). El cambio educativo desde la investigación-acción (2.ª ed.). Madrid: Ediciones Morata. 
Ferreira, A. P. (2007). Videoconferências na educação pré-escolar: estratégias de educadores de infância e conceções das crianças. (Monografia, Licenciatura em Educação de 
Infância). Pólo de Lamego da Escola Superior de Educação de Viseu. Viseu, Portugal. 
Figueiredo, M. P. (2013). Práticas de produção de conhecimento: a investigação na formação inicial de educadores de infância (Tese de Doutoramento em Educação, 
especialidade em Didática e Desenvolvimento Curricular). Universidade de Aveiro, Aveiro. 
Johnson, B. (1993). Teacher-as-researcher. ERIC Digest 92-7. Washington, DC: ERIC Clearinghouse on Teacher Education. 
Libório, O. (2010). Investigar com crianças na formação inicial em educação de infância (Tese de Doutoramento em Ciências da Educação). Universidade de Aveiro, Aveiro, 
Portugal. 
Lopes da Silva, M. I. (2013). Prática educativa, teoria e investigação. Interações, 9 (27). 
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Construir uma atitude investigativa realizando investigação: 3 histórias, 2 viagens e 5 conselhos

  • 1. Construir uma atitude investigativa realizando investigação: 3 histórias, 2 viagens e 5 conselhos MMaarriiaa FFiigguueeiirreeddoo Universidade de Aveiro 9 abril 2014
  • 2. Estrutura da apresentação - investigação e professores: 3 histórias - investigação e professores: 2 viagens - investigação na formação de professores: 5 conselhos para um bom começo
  • 3. Formação de professores – educação de infância - Licenciatura em Educação Básica - Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º CEB
  • 4. Centro de estudos em educação, tecnologias e saúde (CI&DETS)
  • 5. Investigação... A. adoro B. é-me indiferente C. temo/detesto
  • 6. 3 histórias . relação entre investigação e os professores e as escolas Fonte: Rehnman
  • 7. HHiissttóórriiaa 11 –– kkeeyynnoottee TThh.. WWuubbbbeellss
  • 8. Relações iinntteerrppeessssooaaiiss nnoo eennssiinnoo:: uumm pprrooggrraammaa ddee iinnvveessttiiggaaççããoo ccoomm 3344 aannooss MMooddeell ffoorr IInntteerrppeerrssoonnaall TTeeaacchheerr BBeehhaavviioorr ((mmooddeelloo ddee ccoommppoorrttaammeennttoo iinntteerrppeessssooaall ddoo pprrooffeessssoorr)) IInnfflluuêênncciiaa//ccoonnttrroolloo PPrrooxxiimmiiddaaddee //aaffiilliiaaççããoo Wubbels, T., Brok, P. den, Tartwijk, J., & Levy, J. et al. (Eds.) (2012). Interpersonal Relationships in Education: An Overview of Contemporary Research. Rotterdam/Boston/Taipei:Sense Publishers
  • 9. Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo pprrooffeessssoorr:: vvaarriiáávveeiiss ddoommiinnâânncciiaa IInnfflluuêênncciiaa ooppoossiiççããoo ccooooppeerraaççããoo PPrrooxxiimmiiddaaddee ssuubbmmiissssããoo
  • 10. Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo pprrooffeessssoorr:: ccoommppoorrttaammeennttooss INFLUÊNCIA orientar PROXIMIDADE estabelecer apoiar compreender acomodar/ aceitar evitar repreender queixar
  • 11. Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo pprrooffeessssoorr:: ““rreecceeiittaass””,, ““ssaabbeeddoorriiaa””,, ... Não se pode dar muita confiança... Se cedemos uma vez, “perdemos” o grupo. Para haver participação dos alunos, o professor precisa de perder controlo e poder de decisão. É melhor ser rígido no início e depois aligeirar. As crianças precisam de saber quais os limites que se espera ver respeitados no contexto escola.
  • 12. Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo pprrooffeessssoorr:: ppeerrffiiss INFLUÊNCIA orientar PROXIMIDADE estabelecer apoiar compreender acomodar/ aceitar evitar repreender queixar/sermão
  • 13. Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo pprrooffeessssoorr:: ppeerrffiiss
  • 14. Modelo de comportamento iinntteerrppeessssooaall ddoo pprrooffeessssoorr:: ppeerrffiiss Impacto + nos resultados, nas atitudes em relação à área curricular e no estudo autonómo: elevados níveis de influência e de proximidade
  • 15. HHiissttóórriiaa 11 –– kkeeyynnoottee TThh.. WWuubbbbeellss Investigação como conhecimento disponível para apoiar a ação profissional no ensino Aprender a identificar, relacionar, criticar e mobilizar para análise, decisão e ação Pensar, decidir e agir com base em investigação
  • 16. História 2 – visitas a Pen Green Centro para crianças e famílias (Corby, Reino Unido) Crianças dos 1 aos 5 anos Vários grupos de apoio a pais e comunidade (massagem para bebés, grupos para pais com problemas de adição, grupos para pais com problemas de saúde mental, grupos de aprendizagem de adultos, …) ATL e férias para crianças dos 4 aos 11 anos Centro de investigação e desenvolvimento
  • 21. Felicity Norton Porque mantemos o portão fechado? Assistant Director Pen Green Research Base
  • 22. Projeto de investigação sobre o portão com discussões regulares com a equipa Portão como fronteira, separação - que significados? Autonomia das crianças para explorar outros espaços e interações Pessoal especializado do baby nest vs. entrada de outros adultos Organização de espaços como dimensão da didática da educação de infância
  • 23. Projeto de investigação sobre o portão com discussões regulares com a equipa observar discutir com equipa (partilha de resultados iniciais) + pedir narrativas pensar etapa partilhar e discutir etapa com equipa Estudos de caso de crianças e adultos a negociarem espaços pedagógicos Observações e registo vídeo Entrevistas Narrativas Código de ética
  • 24. Projeto de investigação sobre o portão com discussões regulares com a equipa vinculação autonomia agência liderança Estudos de caso de crianças e adultos a negociarem espaços pedagógicos Observações e registo vídeo Entrevistas Narrativas Código de ética
  • 25. Projeto de investigação sobre o portão com discussões regulares com a equipa vinculação autonomia agência liderança Estudos de caso de crianças e adultos a negociarem pedagogia do adulto que apoia espaços pedagógicos Observações e registo vídeo Entrevistas Narrativas Código de ética
  • 26. História 2 – visitas a Pen Green Investigação como conhecimento e como processo de interpelação e questionamento do quotidiano e da prática Mobilizar conhecimento e usar ferramentas conceptuais e processuais da investigação Investigação como hábito de mente ou forma de ver o mundo (indagação como elemento principal)
  • 27. HHiissttóórriiaa 33 –– aapprreennddeerr ssoobbrree RReeggggiioo EEmmiilliiaa Complementos de Formação Científico-Pedagógica para Educadores de Infância - Perspetivas contemporâneas de educação de infância
  • 28. AAbboorrddaaggeemm RReeggggiioo EEmmiilliiaa Uma aventura na educação...
  • 29. Não saber é a condição que nos faz continuar pesquisando; nesse sentido, estamos na mesma situação que as crianças. (Malaguzzi, 1999, pp. 102-103). Conhecimento de que dispomos numa situação de ensino não é nem certo nem completo - problematizar
  • 30. “Professor investigador” (sempre) - assumir o “não-saber” permanente sobre as crianças e cada criança (singularidade e incerteza) - discutir e apropriar-se de referenciais teóricos - ouvir, analisar, discutir, negociar (pedagogia da escuta e currículo emergente) - documentar, analisar, refletir, partilhar, aprender (documentação) - vários adultos envolvidos (colaboração)
  • 31. ““eessttaaddoo”” ddee iinnvveessttiiggaaççããoo Crianças constroem conhecimento sobre o mundo através dos projetos que desenvolvem Adultos constroem conhecimento sobre o mundo, as crianças e a humanidade no mesmo processo, da mesma forma contínua e aberta (Malaguzzi, 1999; Rinaldi, 1999, 2003)
  • 32. ““eessttaaddoo”” ddee iinnvveessttiiggaaççããoo Crianças constroem conhecimento sobre o mundo através dos projetos que desenvolvem Adultos constroem conhecimento sobre o mundo, as crianças e a humanidade no mesmo processo, da mesma forma contínua e aberta Própria abordagem em constante evolução, questionamento, reconstrução
  • 33. HHiissttóórriiaa 33 –– aapprreennddeerr ssoobbrree RReeggggiioo EEmmiilliiaa Normalidade da investigação: atitude e abordagem ao quotidiano que é forma de nos pensarmos e de nos relacionarmos com os outros e com o mundo Assumir investigação como forma de compreender e imaginar a realidade social e educacional: analisar e interpretar, construir provisoriamente, documentar e discutir/partilhar
  • 34. Investigação... … conhecimento … ferramentas … atitude/forma de estar para professores e escolas
  • 35. 2 viagens . relação entre investigação e os professores e as escolas Fonte: Discover
  • 36. Investigação e professores: uma ideia nova? Estados Unidos da América década 1950 Investigação-ação para professores Corey Reino Unido década 1960 Professor investigador Stenhouse Austrália década 1970 Investigação-ação emancipatória Carr e Kemmis Estados Unidos da América década 1980 Movimento professor investigador Cochran-Smith e Lytle América do Sul, Ásia e África década 1970 Investigação-ação participativa Fals-Borda, Reason e vários Canadá, EUA, Holanda e Austrália década 1990/2000 Auto-estudo Russel, Zeichner, Loughran, Lunenberg Finlândia, Suécia década 1990 Research based teacher education
  • 37. Investigação e professores: em Portugal? Projeto FOCO e projeto IRA (1980 e 1990) Projeto Infância (1990) e Associação Criança (1995) PROCUR projeto curricular e construção social (1990) GT-PA Grupo de trabalho – pedagogia para a autonomia (1997) Grupo de estudos do GTI da Assoc. Profs. de Matemática (1998) ICR Investigação para um currículo relevante (2008) Movimento da Escola Moderna (1965)
  • 38. Investigação e professores em Portugal ICR Investigação para um currículo relevante (2008)
  • 39. Investigação e professores em Portugal GT-PA Grupo de trabalho – pedagogia para a autonomia (1997)
  • 40. 5 conselhos . para realizar investigação na formação inicial Queria pedir-te um conselho. Porque é que me estás a pedir para te dizer como viver a tua vida? Quero ter alguém para culpar quando correr mal. Fonte: Nina Paley
  • 41. Conselho 1 - perceber e manter presente porque se faz investigação
  • 42. Investigação e profissão - contributos “A atividade de ensinar (…) praticou-se muito antes de sobre ela se produzir conhecimento sistematizado. Estas profissões transportam por isso uma inevitável «praticidade» que, a não ser questionada/teorizada, jamais transformaria a atividade em ação profissional e mantê-la-ia prisioneira de rotinas não questionadas e incapazes de responder à realidade” (Roldão, 2008, p. 174)
  • 43. Investigação e profissão - contributos “A atividade de ensinar (…) praticou-se muito antes de sobre ela se produzir conhecimento sistematizado. Estas profissões transportam por isso uma inevitável «praticidade» que, a não ser questionada/teorizada, jamais transformaria a atividade em ação profissional e mantê-la-ia prisioneira de rotinas não questionadas e incapazes de responder à realidade” (Roldão, 2008, p. 174) quebrar as rotinas, saber fazer e saber dizer o que faz e porquê
  • 44. quebrar as rotinas, saber fazer e saber dizer o que faz e porquê Porque sim... Porque sempre... Porque “safa”... Decidir! Construir! Interpelar! Fazer-se ouvir!
  • 45. quebrar as rotinas, saber fazer e saber dizer o que faz e porquê Pai quer oferecer tablets para turma de 1.º ciclo do ensino básico. Colega questiona tempo que crianças passam no exterior. Direção propõe que crianças de educação pré-escolar tenham tempo máximo nas áreas de interesse de 30 minutos por dia. Educadores e professores do 1.º CEB formam equipa para trabalhar a transição entre EPE e 1.º ano.
  • 46. uso de tablets com crianças Pai quer oferecer tablets para turma de 1.º ciclo do ensino básico. http://www.meshguides.org Pedagogies for iPads/Tablets Dr Kevin Burden and Dr Sarah Younie University of Hull, UK and De Montfort University, UK
  • 47. http://www.meshguides.org Estudo conduzido durante 6 meses (jan-jul 2012) em 8 escolas na Escócia (3 de 1.º ceb e 5 secondárias) Amostra incluiu alunos, professores e pais Abordagem metodológica mista: - questionário base - questionário final - entrevistas e grupos de foco - dados produzidos pelos alunos nos tablets Organização do acesso e estrutura Estratégias pedagógicas Impactos - aprendizagem, relação com pais, avaliação, relação professor-alunos,...
  • 48. quebrar as rotinas, saber fazer e saber dizer o que faz e porquê Pai quer oferecer tablets para turma de 1.º ciclo do ensino básico. dados de 3 600 crianças europeias com idades entre 2 e 6 anos, seguidas durante dois anos tempo dispendido a ver TV ou com jogos eletrónicos afeta bem-estar na infância, incluindo risco de problemas emocionais ou mau relacionamento com a família
  • 49. tempo de brincadeira livre Direção propõe que crianças de educação pré-escolar tenham tempo máximo nas áreas de interesse de 30 minutos por dia. Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração aberta na curiosidade e criatividade: - Gopnik, Buchsbaum, Shafto e Griffiths (2011) - Bonawitz et al (2011)
  • 50. Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração aberta na curiosidade e criatividade ● Gopnik, Buchsbaum, Shafto e Griffiths (2011) Dois grupos de crianças de 4 anos + um brinquedo que toca música em resposta a uma sequência específica de ações A cada criança individualmente: Grupo A: adulto demonstrou nove sequências de três ações: umas faziam tocar, outras não (por ex. apertar o brinquedo, carregar num botão no topo, puxar uma argola de lado = tocar música). apenas as sequências que terminavam com as mesmas duas ações faziam tocar. demonstrou 5 sequências que tocavam intercaladas com 4 que não tocavam. entregou brinquedo às crianças. Grupo B: adulto assumiu perante a criança que não sabia como brinquedo funcionava.
  • 51. Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração aberta na curiosidade e criatividade ● Caso 1: Gopnik, Buchsbaum, Shafto e Griffiths (2011) Dois grupos de crianças + brinquedo que toca em resposta a uma sequência específica de ações Grupo A: adulto demonstrou várias sequências de ações que levavam ao resultado = tocar música Crianças foram capazes de reproduzir as sequências. Não identificaram que apenas duas das ações incluídas na sequência eram necessárias para provocar o resultado/música. Grupo B: adulto assumiu perante as crianças que não sabia como brinquedo funcionava Crianças exploraram o brinquedo. Descobriram a solução mais eficiente para obter música, ou seja, identificaram as duas ações necessárias para brinquedo tocar música.
  • 52. Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração aberta na curiosidade e criatividade ● Caso 2: Bonawitz et al (2011) ● Dois grupos de crianças de 4 anos + um brinquedo com quatro tubos: puxar tubo 1 fazia barulho/guincho, tubo 2 tinha um espelho lá dentro, tubo 3 tinha um botão que acende uma luz, tubo 4 tinha um botão que toca música
  • 53. Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração aberta na curiosidade e criatividade ● Caso 2: Bonawitz et al (2011) Dois grupos de crianças de 4 anos + brinquedo com 4 tubos A cada criança individualmente: Grupo A: adulto mostrou brinquedo e disse “Vou mostrar-vos como funciona o meu brinquedo!” e pucou o tubo para este fazer barulho, mostrando que sabia que isso acontecia. Em ambas as situações, as crianças ficaram a brincar sozinhas com os tubos. “Podes ficar a brincar. Vê se descobres como é que o brinquedo funciona!” Grupo B: adulto disse “olhem para este brinquedo!” e sem querer puxou o tubo que fez barulho. mostrou surpresa e repetiu (“Ah! Viram o que aconteceu?! Vou tentar outra vez!). repetiu a ação.
  • 54. Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração aberta na curiosidade e criatividade ● Caso 2: Bonawitz et al (2011) Dois grupos de crianças + brinquedo de tubos Grupo A: adulto demonstrou um dos tubos Crianças brincaram menos tempo com o brinquedo e descobriram outras funcionalidades, mas menos (metade) do que as descobertas pelas crianças do grupo A. Grupo B: adulto “descobriu” um dos tubos Crianças deste grupo brincaram mais tempo com o brinquedo e descobriram mais das suas funcionalidades.
  • 55. Estudos sobre impacto da instrução direta vs exploração aberta na curiosidade e criatividade ● Implicações: Instrução direta = crianças menos curiosas e com menos probabilidade de encontrar nova informação. Instrução direta = crianças menos criativas, encontrassem menos soluções e conclusões. Instrução direta é boa para crianças aprenderem coisas específicas mas diminiu probabilidade de descobrir nova informação e chegar a conclusões próprias. Quando adulto fornece informação, crianças assumem que essa é a informação disponível. Se adulto não fornece informação, crianças consideram mais opções e procuram por leque mais alargado de informações. EXPLORAÇÃO ABERTA É CRUCIAL
  • 56.
  • 57. Investigação... … conhecimento … ferramentas … atitude para professores e escolas mobilizar, discutir, decidir, estudar, partilhar, ligar, contribuir...
  • 58. Investigação... … conhecimento … ferramentas … atitude para professores e escolas como posso contribuir para a discussão?
  • 59. O conhecimento necessário para os professores ensinarem bem e melhorarem as oportunidades de aprendizagem e as vidas dos alunos não pode ser gerado exclusivamente por investigadores exteriores às escolas e depois importado para implementação na sala de aula (Cochran-Smith & Lytle, 2009, p. vii)
  • 60. Realizar videoconferências na educação pré-escolar: para quê e como? (Ferreira, 2007; Correia, 2011) Representação do conhecimento a ensinar (analogias, exemplos e demonstrações) a mobilizar para a organização de aprendizagens relativas à tecnologia (videoconferência) por crianças em idade pré-escolar. Princípios metodológicos de utilização de videoconferências na Educação Pré-Escolar que se baseiem e concretizem uma pedagogia de participação, tornando as crianças protagonistas da sua aprendizagem. Sentido que as crianças atribuem à videoconferência e à comunicação mediada. Construção de significado das crianças com videoconferências através de lentes vygotskyanas: a) o desenvolvimento individual como socialmente contextualizado, b) o desenvolvimento como processo em que ferramentas e símbolos e a atividade mediada colaboram no progresso do funcionamento psicológico.
  • 61. Investigação e profissão - contributos construir atitude de questionamento, sustentação, relação e resolução na prática produzir conhecimento necessário para apoiar práticas de qualidade e afirmar convicções promover e beneficiar de um desenvolvimento profissional transformativo contribuir para investigação que requer a participação de educadores
  • 62. Investigação e profissão - contributos Investigação não é panaceia para todos os problemas da escola e da profissão docente (existe tal solução?...) mas é forma de abordar a ação profissional que tem potencial de mudança real para ajudar a construir escolas melhores
  • 63. Conselho 2 - perceber e respeitar a especificidade da investigação realizada por práticos
  • 64. investigação desenvolvida por professores investigação colaborativa professor investigador investigação autobiográfica lesson studies investigação narrativa autoestudo investigação-ação investigação realizada por práticos (practitioner research)
  • 65. Características da investigação desenvolvida por práticos (practitioner research) (Cochran-Smith & Lytle, 2007) 1. o próprio prático é o investigador 2. o conhecimento necessário para a melhoria de situações educacionais é produzido nos contextos em que estas ocorrem 3. a pesquisa é parte integrante da prática 4. o contexto profissional é o local de pesquisa e os problemas e questões que emergem da prática profissional são os tópicos de estudo 5. a sistematicidade e a intencionalidade são aspetos centrais 6. os conceitos de validade e generalização são específicos (baseados em relevância e argumentação) 7. é importante tornar o trabalho público e aberto a crítica por uma comunidade mais alargada
  • 66. Os professores ao longo da vida profissional desempenham um papel crucial ao produzirem conhecimento da prática tornando as suas salas e escolas em locais de investigação, relacionado o seu trabalho com ideias mais amplas e assumindo uma perspetiva crítica sobre a teoria e a investigação de outros (Cochran-Smith & Lytle, 1999, p. 273).
  • 67. Conselho 3 - relacionar a investigação com a prática e vice-versa
  • 69. Investigação e prática - relações Conhecimento como fluído e dinâmico Construído nas interações Complexo, denso
  • 70. Investigação “Ferramentas” conceptuais (“ler”/pensar) e práticas (fazer) para abordar o ensino Olhar/analisar quotidiano Identificar questão/desafio/problema Gizar forma de resolver + forma de apreciar resolução (apoiada em recursos e fontes relevantes) Implementação + recolha de informação Análise e interpretação Conclusão (novo problema?)
  • 71. atitude investigativa vs. rotina “o bom senso, o dom, a prática não (são) capazes por si só de resolver os problemas que se colocam ao educador, é preciso encontrar outra coisa e essa outra coisa, não pode ser senão, como é evidente, a experiência no sentido científico, que chamaremos experiência sistemática para a distinguir da mera experiência pessoal” (Claparède, 1955/1905, p. 92) Tens uma jaula a prender-te os pensamentos. EU Completamente! Eu consigo ver as barras!
  • 72. atitude investigativa vs. rotina saber que mobilizo em ação “lente” que identifica informações e indicadores relevantes instrumentos e processos de recolha e de registo conceitos e teorias que ajudam a perceber o desafio, problema, situação pesquisa + análise de informação técnicas de análise de dados referenciais que atribuem significado/relevância aos dados (resultados e processos) estratégias de ação PLANEAR REFLETIR AGIR OBSERVAR
  • 73. atitude investigativa vs. investigação? atitude investigativa investigação-ação Focagem num problema Cuidado e rigor com que se realiza a observação ou avaliação da situação inicial Fundamentação teórica da proposta de solução Explicitação dos valores orientadores da ação Reflexão sistemática e crítica ao longo do processo (explicitação) Recolha organizada e sistemática de informação Mobilização de referenciais teóricos para a análise Elaboração teórica a partir da experiência (Lopes da Silva, 2013)
  • 74. atitude investigativa vs. investigação? atitude investigativa investigação-ação
  • 75. Conselho 4 - respeitar a complexidade das situações estudadas
  • 76. dispositivos de pesquisa Tipo de estudo e metodologia Acesso ao campo (investigação na pŕopria prática: estatuto) Recolha/produção de dados (sensibilidade e sistematicidade) Análise de dados (explicitação e papel da teoria) Dimensões éticas (investigação com crianças, devolução) intencionalidade e sistematicidade
  • 77. Métodos de recolha de dados: construção de evidências (Elliott, 1996) Diários: registos de observações, sentimentos, reações, interpretações, reflexões, hipóteses, explicações, etc. Análise de documentos e/ou produtos: planificações, trabalhos dos alunos, fichas, diários de turma, etc. Dados fotográficos: registos de situações e base para diálogos com membros do grupo Gravações em vídeo Sociometria Entrevistas: de participantes implicados (crianças, pais, comunidade educativa, etc.), diferentes graus de estrutura, individuais/em grupo Estudo de seguimento (sombra): concentração nas atividades de um participante, seguindo-o como uma sombra e registando detalhadamente as suas ações Listas de verificação, questionários e/ou inventários: estruturar observações, comparar dados, etc. - ex. Escala de Implicação da Criança Registos descritivos: escritos pelo próprio investigador, sistematizam o seu pensamento e/ou observações Registo de incidentes críticos
  • 78. combinatórias de métodos de recolha: observação com registos descritivos + entrevistas às crianças (individual e grupo) + incidentes críticos + análise documental + questionários análise documental + grelha de observação de práticas + observação com registos descritivos + entrevista às crianças observação + grelha de avaliação do ambiente educativo + entrevista às crianças + auto e heteroscopia observação com registos descritivos + entrevista às crianças + incidentes críticos + análise de desenhos amostragem de acontecimentos + incidentes críticos + análise de desenhos + entrevistas às crianças + registos fotográficos plano/design
  • 79. Conselho 5 - reconheçam o desafio e apropriem-se dele
  • 80. conhecer o desafio Investigação sobre investigação na formação inicial (Libório, 2010; Figueiredo, 2013) Relatos de investigação realizada na formação inicial Relatos de investigação realizada por práticos Livros de orientação (“manuais”) sobre investigação realizada nas práticas, por práticos, … Valorizar o enquadramento teórico como “lente”
  • 83.
  • 84.
  • 85.
  • 86. As crianças podem dar-nos a força da dúvida e a coragem do erro, do desconhecido. Podem transmitir-nos a alegria de procurar e pesquisar... o valor da investigação. (Rinaldi, 2003, p. 2).
  • 87. Os professores marcam frequentemente os seus alunos, mas raramente deixam uma marca na profissão. "Teachers often leave a mark on their students, but they seldom leave a mark on their profession“ (Wolfe, 1989, cit. por Johnson, 1993)
  • 88. Cochran-Smith, M., & Lytle, S. L. (1999). The Teacher Research Movement: A Decade Later. Educational Researcher, 28(7), 15-25. Cochran-Smith, M., & Lytle, S. L. (2009). Inquiry as stance. Practitioner research for the next generation. Nova Iorque: Teachers College Press. Cochran-Smith, M., & Lytle, S. L. (Eds.). (1993). Inside/outside: teacher research and knowledge. Nova Iorque: Teachers College Press. Correia, A. C. (2011). (Pré)ferência – potencial de aprendizagem de videoconferências em educação pré-escolar. (Relatório Final de Estágio, Mestrado em Educação Pré- Escolar). Escola Superior de Educação de Viseu. Viseu, Portugal. Elliott, J. (1996). El cambio educativo desde la investigación-acción (2.ª ed.). Madrid: Ediciones Morata. Ferreira, A. P. (2007). Videoconferências na educação pré-escolar: estratégias de educadores de infância e conceções das crianças. (Monografia, Licenciatura em Educação de Infância). Pólo de Lamego da Escola Superior de Educação de Viseu. Viseu, Portugal. Figueiredo, M. P. (2013). Práticas de produção de conhecimento: a investigação na formação inicial de educadores de infância (Tese de Doutoramento em Educação, especialidade em Didática e Desenvolvimento Curricular). Universidade de Aveiro, Aveiro. Johnson, B. (1993). Teacher-as-researcher. ERIC Digest 92-7. Washington, DC: ERIC Clearinghouse on Teacher Education. Libório, O. (2010). Investigar com crianças na formação inicial em educação de infância (Tese de Doutoramento em Ciências da Educação). Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal. Lopes da Silva, M. I. (2013). Prática educativa, teoria e investigação. Interações, 9 (27). Malaguzzi, L. (1999). História, ideias e filosofia básica. In C. Edwards, L. Gandini, & G. Forman (Eds.), As cem linguagens da criança. A abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância (pp. 59–104). Porto Alegre: Artmed Editora. Portugal, G., & Laevers, F. (2010). Avaliação em Educação Pré-Escolar - Sistema de Acompanhamento das Crianças. Porto: Porto Editora. Rinaldi, C. (1999). O currículo emergente e o construtivismo social. In C. Edwards, L. Gandini, & G. Forman (Eds.), As cem linguagens da criança. A abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância (pp. 113–122). Porto Alegre: Artmed Editora. Rinaldi, C. (2003). The Teacher as Researcher. Innovations in Early Education: The International Reggio Exchange, 10(2), 1–4. Roldão, M. C. (2008). Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional. Saber (e) Educar, 13, 171-184. Wubbels, T., Brok, P. den, Tartwijk, J., & Levy, J. et al. (Eds.) (2012). Interpersonal Relationships in Education: An Overview of Contemporary Research. Rotterdam/Boston/Taipei:Sense Publishers.