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UNIR - Universidade Federal de Rondônia
            Departamento de Engenharia
                Engenharia Ambiental

               Sistema Água


    ÁGUA: ASPECTOS QUALITATIVOS E
       MARCOS REGULATÓRIOS




1
CONSTITUINTES DA ÁGUA
    • SÓLIDOS DISSOLVIDOS IONIZADOS
    • GASES DISSOLVIDOS
    • COMPOSTOS ORGÂNICOS DISSOLVIDOS
    • MATÉRIA EM SUSPENSÃO: SÓLIDOS,
      MICROORGANISMOS E COLÓIDES

QUANTIDADE E NATUREZA DOS CONSTITUINTES
     • TIPO DE SOLO
     • CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
     • GRAU DE POLUIÇÃO

                  Variação sazonal
2
Caracterização da água
Características físicas, químicas e organolépticas
    • Sólidos em suspensão
    • Turbidez (capacidade de desviar a luz)
    • Cor aparente e cor verdadeira (substâncias húmicas)
    • Odor e sabor
    • Componentes inorgânicos que afetam a saúde (ex. Cloretos, Ferro e
      Manganês)
    • Componentes orgânicos que afetam a saúde (ex. Matéria húmica)
    • pH (6,0 a 9,5) em sistemas de distribuição
    • Cloro residual livre
    • Alcalinidade (capacidade da água reagir com ácidos)
    • Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Biológica de Oxigênio (DBO)
    • Condutividade elétrica
3
Caracterização da água
Características bacteriológicas
• Contagem de coliformes (totais e fecais)   Poluentes Potenciais
• Teste de presença / ausência (P/A)
                                             • Sólidos em suspensão
• Contagem de colônias heterotróficas
                                             • Matéria orgânica (DBO)
                                             • Fósforo
Características radioativas
                                             • Nitrogênio
• Radioatividade Alfa e Beta
                                             • Micropoluentes orgânicos e
• Radionuclídeos específicos
                                               inorgânicos
                                             • Indicadores de contaminação
Outros parâmetros
                                               fecal
• Hidrobiológicos (algas): cianotoxinas
• Temperatura
                                             • Algas (Cianobactérias)
4
Sólidos em Suspensão
Classificação da partícula sólida Origem Antropogênica
                                                              • Impactos Morfológicos
• Dimensão
                                                              • Processos Erosivos + Transpo
• Sedimentabilidade
                                                                de Sedimentos
• Características Químicas                                    • Lançamento de Águas
                                                                Residuárias


Origem Natural
• Drenagem Superficial




5                            Fonte: SIPAM (2007). Relatório Rio Boa Vista – Ouro Preto do Oeste/RO
Sólidos em Suspensão

Origem Antropogênica
    • Poluição por ETAs




Efeitos
    • Assoreamento
    • Turbidez, cor, transparência
    • Função da composição química




6
Sólidos em Suspensão - Dimensão




    Agrotóxicos




7
Sólidos em Suspensão
     Determinação das Dimensões dos Sólidos
1. Filtração em membrana
2. Secagem à 105°C




• Sólidos Suspensos Particulados (> 0,001 mm)
• Sólidos Coloidais e Dissolvidos (< 0,001 mm)
8
Sólidos em Suspensão - Sedimentabilidade
    Classificação em Função da Sedimentabilidade
1. Sedimentação durante 1h em Cone Imhoff
2. Leitura (Sólidos Sedimentáveis)




9
Sólidos em Suspensão:
            Sedimentabilidade

     Tamanho da     Tipo       Velocidade de
      partícula                sedimentação
        (µm)                      (mm/s)
        100       Areia fina      7,9x100
         10         Silte        1,5x10-1
         1        Bactéria       1,5x10-3
        0,1        Colóide       1,5x10-5
        0,01       Colóide       1,5x10-6



10
Sólidos em Suspensão
Classificação em Função das Características Químicas
1. Calcinação a 600°C
2. Sólidos orgânicos (voláteis) ou inorgânicos (fixos)




11
Sólidos em Suspensão
Classificação em Função das Características Químicas
1. Calcinação a 600°C
2. Sólidos orgânicos (voláteis) ou inorgânicos (fixos)




12
Cor – Sólidos Dissolvidos
• Origem Natural
• Decomposição da matéria orgânica
• Ácidos húmicos e fúlvicos
• Fe e Mn

• Origem Antropogênica
•    Efluentes de tinturaria, tecelagem,
     Papel                                     Cor Aparente
•    Outras águas residuárias

• Efeitos                                      interferência sólidos
•    Coloração da água                          suspensos, coloides
•    Não apresenta risco sanitário             Cor Verdadeira
•    Confiabilidade questionável

                                           isenta de sólidos suspensos
13                                               (centrifugação)
Turbidez – Sólidos em suspensão e coloides
• Origem Natural
• Dissolução de partículas de rochas,
  argila, silte, etc.
• Algas e microrganismos
• Drenagem Superficial

• Origem Antropogênica
•    Águas residuárias
•    Impactos morfológicos
•    Processos erosivos

• Efeitos
                                                    Turbidez
•    Aparência nebulosa
•    Confiabilidade questionável
•    Adsorção de patogênicos
                                        Unidades Jackson de Turbidez (25 a
                                                    1000 UJT)
14
Distribuição de tamanho de partículas

“Contaminantes encontrados em água e esgoto são partículas ou
   serão transformados em partículas antes de sua remoção final.”


 “As operações e processos unitários usados no saneamento são
   influenciados pela distribuição de tamanho das partículas, de
   modo que, seja em operações ou processos de separação sólido-
   líquido, seja na degradação biológica de matéria orgânica, o
   conhecimento da distribuição de tamanho de partículas pode
   contribuir para a escolha e o aperfeiçoamento das tecnologias
   de tratamento e para a adoção de procedimentos operacionais
   apropriados”.


                                              Santos et al. (2004)
15
Tratamento de água: Coagulação e
                            Floculação

      Água bruta
                                                  Água floculada
     Água coagulada

                                                      dp > d c
       Freqüência relativa




                                                      Partículas
                                                      sedimentáveis




                               Diâmetro crítico

16                            Distribuição de tamanho de partículas
Dureza
• Supersaturação de cátions divalentes

             Mais comuns: Ca2+, Mg2+
              Outros: Sr2+, Fe2+, Mn2+
• Origem Natural
• Dissolução de rochas calcáreas

• Origem Antropogênica
•    Águas residuárias

• Efeitos
•    Doenças cardiovasculares
•    Aumento do teor de colesterol
•    Precipitação de sabões                   50-150 mg/L CaCO3
•    Evita formação de espuma
                                              (dureza moderada)
17
Alcalinidade
• Capacidade da água neutralizar ácidos (H+)
                            • 4,4 < pH < 8,3: bicarbonatos (HCO3-)
• Função do pH              • 8,3 < pH < 9,4: carbonatos (CO3-2) e bicarbonatos
                            • pH > 9,4: hidróxidos (OH-) e carbonatos

• Origem Antropogênica                    • Origem Natural
•   Efluentes industriais                 • Ação do CO2 dissolvido sobre rochas
                                            calcáreas
                                          • Absorção de CO2 da atmosfera
                                          • Decomposição da matéria orgânica
• Efeitos
• Não apresenta risco sanitário
• Sabor e odor desagradável
                                               Expresso em CaCO3
• Incrustação em tubulações
18
Acidez
• Capacidade da água neutralizar bases (OH)
                                  • pH > 8,2: CO2 livre ausente
• Presença de CO2 livre           • 8,2 < pH < 4,5: acidez carbônica
                                  • pH < 4,5: ácidos minerais fortes

• Origem Antropogênica                    • Origem Natural
•   Efluentes industriais orgânicos       • Absorção de CO2 da atmosfera
•   Efluentes industriais ácidos
                                          • Decomposição da matéria orgânica
•   Atividades de mineração


• Efeitos
• Não apresenta risco sanitário
• Sabor e odor desagradável
• Corrosão de tubulações e dispositivos
19
Ferro e Manganês
• Solo: Fe3+ e Mn4+ particulado
• Água Subterrânea (ausência de O2): Fe2+ e Mn2+ solúvel
• Exposição ao ar: Fe3+ e Mn4+ particulado

• Origem Antropogênica                  • Origem Natural
•    Águas residuárias                  • Dissolução de compostos do solo e
                                          subsolo

• Efeitos
•    Não apresenta risco sanitário
•    Coloração e turbidez “amarelo escuro
     – marrom”
•    Sabor e odor desagradável

20
Organismos Patogênicos
 • Organismos Infecciosos
 • Agentes Etiológicos: Bactérias, vírus, protozoários
 • Veiculação hídrica

                                                      Salmonella
                                                    (febre tifóide)


                       • Difícil detecção
                       • Baixas concentrações no curso d’água
                          • Pequena quantidade nas fezes
Shigella dysenteriae      • Decaimento bacteriano
(disinteria bacilar)      • Grandes riscos de contaminação
21
Indicadores de Contaminação Fecal
 • Uso de organismos indicadores de contaminação fecal: ex.
     • Escherichia coli (abundante em fezes humanas e de animais)
     • Estreptococos fecais (fezes humanas, tolerante a adversidades)
 • Resistência similar aos patogênicos (termotolerante)
 • Presença de patogênicos: potencialidade de transmissão de
   doenças




22
Matéria Orgânica
    • Sólidos Orgânicos = Sólidos Voláteis
       • Particulado (filtrado)
       • Dissolvido
        Proteínas          Carboidratos             Lipídeos
     Animal e vegetal     Açucar, amido…         Graxas, óleos…
     C, H, N, O, S, Fe        C, H, O              complexo

    Uréia, Surfactantes, Compostos Aromáticos, Pesticidas, etc…

• Origem Antropogênica            • Origem Natural
•    Águas residuárias            • Animal e Vegetal


23
Matéria Orgânica
• Efeitos
• Aumenta demanda de O2 (crescimento de microrganismos)
• Coeficiente de decomposição da M.O.
• Coeficiente de “Reoxigenação (K2)”




            OD

          Matéria
          orgânica
                             ?
24                                                   distância
Demanda Bioquímica de Oxigênio
• Difícil determinação laboratorial (natureza
  complexa
• Métodos indicadores do potencial consumo de O 2
     • Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
     • Demanda Última de Oxigênio (DBOU)
     • Demanda Química de Oxigênio (DQO)

                           DBO5,20
                              • Ensaio à 20° durante 5 dias
                              • Considerado fração
                                biodegradável
                              • Taxa de Desoxigenação (K1)
25
Demanda Química de Oxigênio
• Quantificação indireta da matéria orgânica
• Quantidade de oxigênio requerida para a
  oxidação química da matéria orgânica
  carbonácea
• Oxidação das frações biodegradável e inerte

                    DQO
                    • Dicromato de Potássio
                    • 2 a 3 horas de duração
                    • Baixa DQO/DBO5: fração biológica alta
                    • Alta DQO/DBO5: fração inerte alta
26
Oxigênio Dissolvido

• Origem Natural
• Dissolução do oxigênio atmosférico
• Função da Altitude e Temperatura
• Nível do mar, 20°C: 9,2 mg/L



• Coeficiente de Reoxigenação
              (K2)
     • Difusão molecular
     • Difusão turbulenta

27
Oxigênio Dissolvido


     Produção por
      organismos         Inserção de OD por
     fotossintéticos       aeração artifical




28
Oxigênio Dissolvido
• Efeitos
• 4,0 < O2 < 5,0 mg/L: morte peixes + exigentes
•    O2 ≅ 2,0 mg/L: morte de todos os peixes
•    O2 = 0 mg/L: anaerobiose (cheiro de “ovo podre”)




              OD



           Matéria
           orgânica
                                   ?                    distância


29
Nitrogênio
• Origem Antropogênica        • Origem Natural
• Águas residuárias           • Decomposição da matéria
• Fertilizantes                 orgânica animal e vegetal
                              • Excretas de animais



• Nitrogênio Orgânico         • Nitrogênio Amoniacal
• Sólidos dissolvidos e       • Decomposição do nitrogênio
  particulados                  orgânico
• Proteína animal e vegetal   Amônia ionizada (NH4+): pH < 7
• Aminoácidos e uréia
                                Amônia livre (NH3): pH > 7


30                                        TÓXICO
Fósforo
 • Origem Natural                        • Origem Antropogênica
 • Decomposição de matéria               • Águas residuárias
   orgânica animal e vegetal             • Fertilizantes
 • Excretas de animais                   • Indústria de limpeza e de
                                           detergentes


• Efeitos
• Nutriente limitante
• 1 g alga (C106H180O45N15P): 0,013g P

• 1 g P: 77 g alga
• EUTROFIZAÇÃO

31
Eutrofização




32
Micropoluentes Orgânicos
• Compostos orgânicos sintéticos: persistentes a
  biodegradação bioquímica
• Detergentes
   • Sulfonatos de Alquilabenzeno (recalcitrantes)
   • Formação de espuma
• Agrotóxicos (praguicidas, inseticidas, herbicidas)
   • Organoclorados
   • Organofosforados
   • Fenóis
• Metais pesados
• Efluentes industriais, mineração, garimpo, agricultura,
33
   etc…
34
Qualidade da Água




35
Qualidade da Água – Conceitos




36
Qualidade da Água – Conceitos




37
Qualidade da Água – Conceitos
                  CONCLUSÃO
     “A boa (ou má) qualidade da água é função
           dos usos que sejam exercidos”




      Processo                     Comunidade
     Industrial                     Aquática
                  Abastecimento
38                   Público
USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES
 1. CRITÉRIOS DE QUALIDADE
     Critérios: São requisitos científicos que uma água deve
              apresentar para ser aplicada a um determinado fim.
     Parâmetros               Cada uso          Determina diferentes requisitos

     Níveis
     (Concentração)


             -Diferem de uso para uso
            -Dependem do uso e variam no número e níveis (conc.) dos
     parâmetros á serem considerados.
                                         Água
                                      FIM (uso)
     Exemplo:
     Familiar: Doméstico (Bebida, piscina, pesca, recreação)
     Industrial: limpeza, resfriamento, sistemas de geração de vapor.
39
USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES

 3. PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUAS

     PADRÕES: são formas de exigências legais dos critérios
               estudados e fixados através de um dispositivo
               (Legal).

               Padrões regulam portanto a qualidade da água:
               - antes de ser usada satisfatoriamente;
               - depois quando ela deve ser lançada de volta ao ambiente

     Existem
               - Padrões de qualidade gerais e específicos
               - Padrões de aceitação (Resolução 357)
               - Padrões de utilização (Potabilidade – Portaria 518/2004)
               - Padrões rígidos e flexíveis
               - Padrões para todas atividades (Agrícola, Industria, etc.)
40
USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES

 3. PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUAS


                     FLUXOGRAMA DE UTILIZAÇÃO DA ÁGUA



                           PADRÃO 1                         PADRÃO 2



                          ANÁLISES E      CONDICIONAMENTO   ANÁLISES E
          AMOSTRAGEM       EXAMES           (TRATAMENTO)     EXAMES

     MANANCIAL

                                                               USO

                 PADRÃO 1: RESOLUÇÃO 357/2005 CONAMA
                 PADRÃO 2: POTABILIDADE (Portaria 518)


41
RESOLUÇÃO n. 357, 17 de Março de 2005

     “Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
       diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
      bem como estabelece as condições e padrões de
     lançamento de efluentes, e dá outras providências “




42
2. Resolução 357/05 – CONAMA: Classificação da águas

     INTRODUÇÃO

                                 CONSIDERANDO
        - a C. F. e a legislação vigente;
        - que a água integra as preocupações com o Desenvolvimento Sustentável:
     função ecológica de propriedade, prevenção, precaução; poluidor-pagador,
     usuário-pagador, valor intrínseco, etc.
        - o controle dos lançamentos, proibição dos nocivos ou perigosos aos
     seres (CF – 1981);
        - a Convenção de Estocolmo. (Sobre Poluentes Orgânicos Persistentes
     (POPs));
        - a classificação das águas essencial à defesa dos níveis de qualidade (e
     suas avaliações) para os vários usos;

        que o enquadramento dos corpos de água, baseado
        -
     não no seu estado atual, mas nos níveis para atender as
     necessidades das comunidades;
43
2. Resolução 357/05 – CONAMA

      INTRODUÇÃO


                              O Capítulo I:
        “Das Definições” conceitua várias termos definindo-os seguindo
                       suas aplicações à Resolução.



     Definições
            - Águas Doces               Salinidade; igual ou inferior a 0,05%
            - Águas Salobras            Salinidade: 0,05% < SAL < 3%
            - Águas Salinas             Salinidade: > 3%



44
2. Resolução 357/05 – CONAMA


     CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS ( CAPÍTULO II)

     Classificação: Função dos usos preponderantes
            São Classificadas em 13 classes levando-se em conta os usos.
                    Ex.: Abastecimento público: Classes especial, 1,2,3


            - ÁGUAS DOCES:    Classes            Especial, 1,2,3,4
            - ÁGUAS SALINAS: Classes             Especial, 1,2,3
            - ÁGUAS SALOBRAS: Classes            Especial, 1,2,3


            NOTA: AS CLASSES ESPECIAIS REFEREM-SE A ÁGUAS COM
                      DESTINAÇÕES ESPECÍFICAS (VER RESOLUÇÃO:
                  ÁGUAS QUE SE DESTINAM)



45
2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA
     2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰)

     I - Classe Especial - águas destinadas:
     a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
     b) à preservação do equilíbio natural das comunidades aquáticas; e,
     c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de
     conservação de proteção integral.




46
2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA


     2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰)



     II - Classe 1 - águas que podem ser destinadas:

      a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
      b) à proteção das comunidades aquáticas;
      c) à recreação de contato primário, tais como natação, esquiaquático e
      mergulho, conforme Resolução CONAMA 274/00;
      d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
      desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de
      película; e.
      e) à proteção das comunidades aquáticas em terras Indígenas.


47
Qualidade da Água dos Cursos d’Água
Abastecimento Público
Após tratamento simplificado → CLASSE 1




48
2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA


     2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰)



     III - Classe 2 - águas que podem ser destinadas:

     a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
     b) à proteção das comunidades aquáticas;
     c) à recreação de contato primário, tais como natação, esquiaquático e
     mergulho, conforme Resolução CONAMA 274/00;
     d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de
     esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e,
     e) à aquicultura e à atividade de pesca.




49
2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA


     2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰)

     IV - Classe 3 - águas que podem ser destinadas:
     a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional
     ou avançado;
     b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
     c) à pesca amadora;
     d) à recreação de contato secundário; e,
     e) à dessedentação de animais.


     V - Classe 4 - águas que podem ser destinadas:
     a) à navegação; e.
     b) à harmonia paisagística.


50
Qualidade da Água dos Cursos d’Água
Abastecimento Público
Após tratamento convencional → CLASSES 2 e 3




51
2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA


     2.4 Classificação: OBSERVAÇÕES


     As especificações sobre os parâmetros a serem considerados encontram-se no
     CAPÍTULO III - “Das Condições e Parâmetros de Qualidade das Águas”,
     Artigos 7º ao 23.



     As especificações sobre as condições e os parâmetros à serem considerados
     no caso de lançamentos, encontram-se no CAPÍTULO IV – “Das condições e
     Padrões de Lançamento de Efluentes”, Artigos 24 a 37.




52
2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA
       CAPÍTULO IV – “Das condições e       CAPÍTULO III - “Das Condições e
       Padrões     de     Lançamento   de   Parâmetros     de   Qualidade   das
       Efluentes”, Artigos 24 a 37.         Águas”, Artigos 7º ao 23.




                                                             Com tratamento




Sem tratamento




53
CAPÍTULO III        - “Das Condições e
                 Parâmetros de Qualidade das Águas”,
                 Artigos 7º ao 23.




                                                  Com tratamento




Sem tratamento




54
Valores Limites dos parâmetros de qualidade




55
Valores Limites dos parâmetros de qualidade




56
Valores Limites dos parâmetros de qualidade




57
Cianobactérias



     • Cianobactérias
       – microorganismos procarióticos autotróficos, também
         denominados como cianofíceas (algas azuis) capazes de
         ocorrer    em     qualquer     manancial   superficial
         especialmente naqueles com elevados níveis de
         nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir
         toxinas com efeitos adversos a saúde




58
•      Floração de Cianobactérias
           regiões tropicais;

       aerótopos;

       nutrientes;

       acúmulo pelo vento;

     • fatores hidrológicos (ambientes lênticos – lagos e reservatórios, e
       barramentos e enroncamento nos ambientes lóticos - rios);

       aumento da temperatura global.

59
Cianobactérias




     http://www-
60
Cianobactérias




      Microcystis panniformis       Microcystis wesenbergii




     Radiocystis fernandoii         Microcystis novacekii

61
PERDA DA QUALIDADE DA ÁGUA



        FLORAÇÕES (FAN) E EUTROFIZAÇÃO



     Crescimento abundante das algas, cianobactérias ou
     plantas aquáticas (1 ou poucas espécies) causado
     pela EUTROFIZAÇÃO, que é o excesso de nitrogênio
     e fósforo nos corpos d´água provenientes de
     esgotos domésticos ou industriais, erosão de solos
     agrícolas e drenagem urbana.

     OCORRÊNCIA: lagos, reservatórios, oceanos (menor
     ocorrência em rios)

62
Padrões de Lançamento
          de Efluentes




63
2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA
                        CAPÍTULO IV – “Das condições e
                        Padrões    de    Lançamento    de
                        Efluentes”, Artigos 24 a 37.




                                                   Com tratamento




Sem tratamento




64
Padrões de Lançamento de
                   Efluentes
     Art. 28. Os efluentes não poderão conferir ao corpo de água
         características em desacordo com as metas obrigatórias
         progressivas, intermediárias e final, do seu enquadramento
     Art. 32.
     ...o lançamento de efluentes deverá, simultaneamente:
         I - atender às condições e padrões de lançamento de
         efluentes
         II – não ocasionar a ultrapassagem das condições e padrões de
         qualidade de água, estabelecidos para as respectivas classes, nas
         condições da vazão de referência; e
        III – atender a outras exigências aplicáveis


65
Lançamento de Efluentes
     Art. 34. Os efluentes (...) só poderão ser lançados (...) desde que
       obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo (...)
       § 1º O efluente não deverá causar ou possuir potencial para
       causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo
       receptor, de acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos
       pelo órgão ambiental competente.
        § 2º Os critérios de toxicidade previstos no § 1º devem se basear
       em resultados de ensaios ecotoxicológicos padronizados,
       utilizando organismos aquáticos, e realizados no efluente.
        § 3º Nos corpos de água em que as condições e padrões de
       qualidade previstos nesta Resolução não incluam restrições de
       toxicidade a organismos aquáticos, não se aplicam os parágrafos
       anteriores

66
LANÇAMENTO DE EFLUENTES
 PADRÕES
 Parâmetros biológicos                         Valor máximo

 Efeito tóxico                                 não deve causar ou possuir potencial tóxico
 Parâmetros Físico-Químicos, incl nutrientes   Valor máximo

 pH                                            5a9
 Temperatura                                   < 40ºC / na zona de mistura: ∆T ≤ 3ºC
 Vazão máxima                                  1,5 vezes a vazão média do período de
                                               atividade diária
 Óleos e graxas                                minerais: 20 mg/L
                                               vegetais e gorduras animais: 50 mg/L
 Materiais flutuantes                          ausentes
 Materiais sedimentáveis (SD-60)               p/ lançamento em lagos e lagoas: virtualmente
                                               ausente
                                               p/ as demais condições: 1 mL/L
 Nitrogênio amoniacal total                    20,0 mg/L N [Amönia 5,0 mg/L sonda!!]




67
LANÇAMENTO DE EFLUENTES
     PADRÕES
     Parâmetros Inorgânicos    Valor máximo
     Arsênio total             0,5 mg/L As
     Bário total               5,0 mg/L Ba
     Boro                      5,0 mg/L B
     Cádmio total              0,2 mg/L Cd
     Chumbo total              0,5 mg/L Pb
     Cianeto total             0,2 mg/L CN
     Cobre dissolvido          1,0 mg/L Cu
     Cromo total               0,5 mg/L Cr [Cr(6+) 0,5mg/L; Cr(3+)
                               2,0mg/L]
     Estanho total             4,0 mg/L Sn
     Ferro dissolvIdo          15,0 mg/L Fe
     Fluoreto total            10,0 mg/L F
     Manganês total            1,0 mg/L Mn
     Mercúrio total            0,01 mg/L Hg
     Níquel total              2,0 mg/L Ni
     Prata total               0,1 mg/L Ag
     Selênio total             0,3 mg/L Se [0,05]
     Sulfeto                   1,0 mg/L S
     Zinco total               5,0 mg/L Zn


68
LANÇAMENTO DE EFLUENTES
     PADRÕES
     Parâmetros Orgânicos                           Valor máximo
     Clorofórmio                                    1,0 mg/L
     Dicloroeteno                                   1,0 mg/L
     Fenóis totais (substâncias que reagem com 4-   0,5 mg/L C6H5OH
     aminoantipirina)
     Tetracloreto de carbono                        1,0 mg/L
     Tetracloroeteno                                1,0 mg/L

     Parâmetros Conama 20 - Eliminados              Valor máximo no Conama 20
     Compostos organofosforados e                   [1,0 µg/L em Paration]
     carbamatos totais
     Sulfito                                        [1,0 mg/L S]
     Sulfeto de Carbono                             [1,0 mg/L]
     Compostos organoclorados não listados acima
     (pesticidas, solventes, etc.)                  [0,05 mg/L]




69
2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA



     2.4 Classificação: OBSERVAÇÕES



          No CAPÍTULO V encontram-se as: “Diretrizes Ambientais para o
     Enquadramento”.

          Referem-se as normas e procedimentos definidos pelo CNRH e CERH e
     detalhados no Artigo 38.




70
Observações

      Eliminou-se a necessidade dos valores de Q7,10, possibilitando a
     definição da vazão de referência pelos comitês de bacias.

      Apesar de estudos cada vez mais sistematizados em ecotoxicologia
     desenvolvidos em institutos e universidades, o uso de indicadores
     biológicos permanece como optativo na legislação.

      O cumprimento da resolução 357 não implica necessáriamente, na
     inexistência de compostos ou elementos tóxicos na água. Ensaios
     toxicológicos, bioensaios.

      Destaque as cianobactérias/cianotoxinas




71
Qualidade e Tratamento de Águas para Abastecimento

Conceito de Tratamento → Adequação da qualidade da
água para a utilização para abastecimento público
Grau de Tratamento → Função da finalidade da água e
da qualidade original da água proveniente do manancial
Objetivo do Tratamento → Água Potável (não pura)
Conceito de Potabilidade:
• Proteção da saúde pública
• Evitar objeções ao consumo (propriedades organolépticas)
• Questão econômica

Padrões de Potabilidade → Define requisitos a serem
atendidos → PARÂMETROS DE POTABILIDADE
72
PADRÕES DE POTABILIDADE




73
Marco Legal

     •Decreto n.º 79.367, de 09 de março de 1977: Estabelece
     a competência do Ministério da Saúde sobre o controle da
     qualidade de água para consumo humano.
     •Portaria nº 036, de 19 de janeiro de 1990: Aprova
     normas e o padrão de potabilidade da água destinada ao
     consumo humano.
     •Portaria n.º 1469, de 29 de dezembro de 2000:
     Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos
     ao controle e vigilância da qualidade da água para
     consumo humano e seu padrão de potabilidade.
     •Portaria n.º 518, de 25 de março de 2004: Estabelece os
     procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e
     vigilância da qualidade da água para consumo humano e
     seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.
74
Portaria n.º 518, de 25 de março de 2004

             “Estabelece os procedimentos e
        responsabilidades relativos ao controle e
     vigilância da qualidade da água para consumo
       humano e seu padrão de potabilidade, e dá
                   outras providências“



75
Portaria N° 518/2004
                   25 de março de 2004 (5 artigos)




          O ANEXO possui 08 capítulos, 32 artigos e 09 tabelas
                               Observação:
     Para todos artigos e parágrafos da Portaria 1469/2000 onde se lia
           FUNASA, lê-se Secretária de Vigilância e Saúde - SVS.

76
Portaria n. 518/2004

                                                                    os
                                                              sAvanç
                                                    Prin cipai



     Definição das competências e deveres dos responsáveis pelo
     Controle e pela Vigilância;

     Inserção da visão sistêmica;

     Parâmetros: cianobactérias e cianotoxinas;

     Adoção de padrão bacteriológico único;

     Respeito ao direito à informação; ( Decreto 5.440 de 04 de maio
     de 2005 )

     Obrigatoriedade de se proceder à desinfecção da água;

     Valorização do parâmetro “Turbidez”.

     Obrigatoriedade de se proceder à filtração de águas superficiais.

77
ART 4º - IV
                  Controle da qualidade da água para consumo humano

                   Conjunto de atividades, exercidas de forma contínua pelo (s)
                   responsável(is) pela operação de sistema ou solução
                 alternativa de abastecimento de água, destinada a verificar
                    se a água fornecida à população é potável, assegurando a
                                  manutenção dessa condição.


     NORMA DE
     QUALIDADE
                                        ART. 4º - V
                  Vigilância da qualidade da água para consumo humano

                 Conjunto de ações adotadas continuamente pela autoridade
                   de saúde pública para verificar se a água consumida pela
                 população atende a esta Norma e para avaliar os riscos que os
                 sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água
                              representam para a saúde humana.




78
79
Deveres e Responsabilidades
              Nível federal (SVS )
                     ART. 5º

     Nível estadual e DF (VISA/SES) - ART.
                       6º

           Nível municipal (VISA/SES)
                    ART. 7º



      Do responsável pela operação do SAA
                 ART. 8º e 9º

     Do responsável por solução alternativa
                 ART. 8º e 10




80
Padrão de potabilidade para substância químicas orgânicas e
                              inorgânicas
                    que representam riscos a saúde

      Aspectos na definição dos parâmetros e VMP

     1. Potencial tóxico das substâncias químicas que podem estar
        presentes na água;
     2. Analises de evidencias epidemiológicas e toxicológicas dos
        riscos de saúde associados às diversas substancias;
     3. Possibilidades analíticas de determinação das substancias
        em amostras de água;
     4. Intensidade de uso das substâncias químicas no País – uso
        industrial, agrícola e no tratamento da água.


81
Portaria n. 518/2004

Definição das principais variáveis
Turbidez – Característica que reflete o grau de transparência da água; a legislação exige
que todas as amostras atendam ao padrão.

Cor Aparente– Característica que mede o grau de coloração da água; a legislação exige
que todas as amostras atendam ao padrão.

Cloro residual livre – Indica a quantidade de cloro presente na rede de distribuição,
adicionado no processo de desinfecção da água; a legislação exige que todas as amostras
atendam ao padrão.

Flúor – Adicionado à água para a prevenção da cárie dentária; a legislação exige que
todas as amostras atendam ao padrão.

Coliformes totais - Indicador de presença de bactérias na água e não necessariamente
problemas para a saúde, bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia,
Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies pertençam
ao grupo.
E. coli - considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de
eventual presença de organismos patogênicos.

82
Tabela 3 -Padrão de potabilidade                                para      substâncias           químicas         que
     representam risco à saúde
            PARÂMETRO                              Unidade                                VMP(1)

                                                    Inorgânicos
              Antimônio                              mg/L                                 0,005
                Arsênio                              mg/L                                  0,01
        Escherichia coli
             Bário                mg/L                                                      0,7
        ou coliformes termotolerantes(3)
                Cádmio                               mg/L                                 0,005
                Cianeto                              mg/L                                  0,07

       Coliformes totais
             Chumbo                                  mg/L                                  0,01
                 Cobre                               mg/L                                    2
                Cromo                                mg/L                                  0,05
               Fluoreto(2)                           mg/L                                   1,5
               Mercúrio                              mg/L                                 0,001
           Nitrato (como N)                          mg/L                                   10
           Nitrito (como N)                          mg/L                                    1
                Selênio                              mg/L                                  0,01
     NOTAS:
     (1) Valor Máximo Permitido.
83   (2) Os valores recomendados para a concentração de íon fluoreto devem observar à legislação específica vigente
     relativa à fluoretação da água, em qualquer caso devendo ser respeitado o VMP desta Tabela.
Tabela 3 -Padrão de potabilidade            para   substâncias   químicas   que
     representam risco à saúde
              PARÂMETRO               Unidade                VMP(1)

                                     Orgânicos
                Acrilamida             µg/L                   0,5

                 Benzeno               µg/L                    5
         ouBenzo[a]pireno termotolerantes(3)
            coliformes                µg/L                    0,7

            Cloreto de Vinila          µg/L                    5

            1,2 Dicloroetano           µg/L                   10
        Coliformes totais
            1,1 Dicloroeteno           µg/L                   30

             Diclorometano             µg/L                   20

                 Estireno              µg/L                   20

       Tetracloreto de Carbono         µg/L                    2

            Tetracloroeteno            µg/L                   40

           Triclorobenzenos            µg/L                   20

              Tricloroeteno            µg/L                   70

      NOTA:
      (1) Valor Máximo Permitido.
84
Tabela 3 -Padrão de potabilidade            para   substâncias   químicas   que
     representam risco à saúde
             PARÂMETRO              Unidade                 VMP(1)

                                   Agrotóxicos
                  Alaclor             µg/L                   20,0
            Aldrin e Dieldrin         µg/L                   0,03
                 Atrazina             µg/L                    2
         ou coliformes termotolerantes(3)
                Bentazona             µg/L                   300
         Clordano (isômeros)          µg/L                   0,2
                   2,4 D              µg/L                   30
        Coliformes totais
          DDT (isômeros)              µg/L                    2
               Endossulfan            µg/L                   20
                  Endrin              µg/L                   0,6
                 Glifosato            µg/L                   500
       Heptacloro e Heptacloro        µg/L                   0,03
              epóxido
           Hexaclorobenzeno           µg/L                    1
            Lindano (g-BHC)           µg/L                    2
     NOTA:
     (1) Valor Máximo Permitido.




85
Tabela 3 -Padrão de potabilidade para substâncias químicas
                      que representam risco à saúde

           PARÂMETRO                              Unidade                               VMP(1)


                                                Cianotoxinas
            Microcistinas(3)                         µg/L                                 1,0


     NOTAS:
     (1) Valor Máximo Permitido.
     (3) É aceitável a concentração de até 10 µg/L de microcistinas em até 3 (três) amostras, consecutivas ou
     não, nas análises realizadas nos últimos 12 (doze) meses.
     (4) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado.
     § 1º Recomenda-se que as análises para cianotoxinas incluam a determinação de cilindrospermopsina e
     saxitoxinas (STX), observando, respectivamente, os valores limites de 15,0 µg/L e 3,0 µg/L de equivalentes
     STX/L.
     § 2º Para avaliar a presença dos inseticidas organofosforados e carbamatos na água, recomenda-se a
     determinação da atividade da enzima acetilcolinesterase, observando os limites máximos de 15% ou 20%
     de inibição enzimática, quando a enzima utilizada for proveniente de insetos ou mamíferos,
     respectivamente.




86
Tabela 3 -Padrão de potabilidade para substâncias químicas que
                       representam risco à saúde

          PARÂMETRO                      Unidade                      VMP(1)

                     Desinfetantes e Produtos Secundários da Desinfecção
       ou coliformes termotolerantes(3)
           Bromato               mg/L                                 0,025
               Clorito                     mg/L                            0,2
             Cloro livre                   mg/L                            5
      Coliformes totais
         Monocloramina                     mg/L                            3
        2,4,6 Triclorofenol                mg/L                            0,2
      Trihalometanos Total                 mg/L                            0,1

     NOTA:
     (1) Valor Máximo Permitido.




87
Tabela 5 -Padrão de aceitação para consumo humano
              Parâmetro               Unidade          VMP(1)

               Alumínio                mg/L             0,2
        Amônia (como NH3)              mg/L             1,5
                Cloreto                mg/L             250
          ou coliformes termotolerantes(3)
           Cor Aparente               uH(2)             15
                Dureza                 mg/L             500
             Etilbenzeno               mg/L             0,2
         Coliformes totais
                 Ferro                 mg/L             0,3
              Manganês                 mg/L             0,1
         Monoclorobenzeno              mg/L            0,12
                 Odor                    -        Não objetável(3)
                Gosto                    -        Não objetável(3)

     NOTAS:
     (1) Valor máximo permitido.
     (2) Unidade Hazen (mg PtCo/L).
     (3) critério de referência



88
Portaria 518/2004
     TRATAMENTO DA ÁGUA                                 VMP(1)


     Desinfecção                             1,0 uT (2) em 95% das amostras
     (água subterrânea)


     Filtração rápida (tratamento                      1,0 uT (2)
     completo ou filtração direta)



      Filtração lenta                        2,0 uT em 95% das amostras


     NOTAS: (1) Valores máximos permitidos
            (2) Unidade de turbidez
89
Padrões de Potabilidade Brasileiros



                                                                                 72
                            80
                            70
                                                              50
     Número de parâmetros




                            60
                            50             36
                            40
                            30
                            20
                            10
                            0
                                 Portaria 56/1977   Portaria 36/1990   Portaria 518/2004

90
Tabela 6 - Número mínimo de amostras para o controle da qualidade da água de
     sistema de abastecimento para fins de análises físicas, químicas e de radioatividade
     em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do tipo de
     manancial
       PARÂMETRO               TIPO DE                    SAÍDA DO                                   SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
                              MANANCIAL            TRATAMENTO (Numero                                 (RESERVATÓRIOS E REDE)
                                                   de amostra por unidade de
                                                         tratamento)                                        População abastecida
                                                                                          <50.000 hab.         50.000 a 250.000 hab.       >250.000 hab.




        Cor;Turbidez;pH          Superficial                      1                            10              1 para cada 5.000 hab.     40 + (1 para cada
                                                                                                                                            25.000 hab.)
                                 Subterrânea                      1                             5             1 para cada 10.000 hab.     20 + ( 1 para cada
                                                                                                                                            50.000 hab. )
              Coliformes totais
                      Subterrâneo                                 1                                        (Conforme § 3º do artigo 18)
            CRL(1)
                                 Superficial                      1
            Fluoreto            Superficial ou                    1                             5             1 para cada 10.000 hab.     20 + ( 1 para cada
                                 subterrâneo                                                                                                50.000 hab. )
          Cianotoxina            Superficial                     1                              -                        -                        -
                                 Subterrâneo           (Conforme artigo 18 § 5)
         Trihalometanos          Superficial                      1                           1(2)                      4(2)                    4(2)
                                 Subterrâneo                      -                           1(2)                      1(2)                    1(2)


        Demais parâmetros        Superficial ou                    1                          1(4)                      1(4)                    1(4)
     NOTAS:                       Subterrâneo
     (1) Cloro residual livre.
     (2) As amostras devem ser coletadas, preferencialmente, em pontos de maior tempo de detenção da água no sistema de distribuição.
     (3) Apenas será exigida obrigatoriedade de investigação dos parâmetros radioativos quando da evidência de causas de radiação natural ou artificial.
     (4) Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias
     que potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao longo da distribuição.


91
Tabela 7 - Freqüência mínima de amostragem para o controle da qualidade da água
     de sistema de abastecimento, para fins de análises físicas, químicas e de
     radioatividade, em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do
     tipo de manancial
       PARÂMETRO          TIPO DE                 SAÍDA DO                           SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
                         MANANCIAL              TRATAMENTO                            (RESERVATÓRIOS E REDE)
                                            (freqüência por unidade
                                                                                            População abastecida
                                                 de tratamento)
                                                                         <50.000 hab.        50.000 a 250.000 hab.      >250.000 hab.




         Cor;Turbidez       Superficial           A cada 2 horas            Mensal                  Mensal                 Mensal
         PH; Fluoreto
                            Subterrâneo               Diária
           CRL(1)           Superficial           A cada 2 horas                         (Conforme § 3º do artigo 18)
             Coliformes totais
                      Subterrâneo                     Diária
         Cianotoxinas       Superficial      Semanal (Conforme § 5º do         -                       -                      -
                                                     artigo 18)
        Trihalometanos      Superficial             Trimestral             Trimestral              Trimestral            Trimestral
                            Subterrâneo                  -                   Anual                 Semestral              Semestral
            Demais         Superficial ou            Semestral            Semestral(3)            Semestral(3)          Semestral(3)
         parâmetros(2)      Subterrâneo




     NOTAS:
     (1) Cloro residual livre.
     (2) Apenas será exigida obrigatoriedade de investigação dos parâmetros radioativos quando da evidência de causas de radiação
     natural ou artificial.
     (3) Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na saída do tratamento e, ou, no
     manancial, à exceção de substâncias que potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao longo da distribuição.

92
Tabela 8 - Número mínimo de amostras mensais para o controle da
     qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises
     microbiológicas, em função da população abastecida.


     Parâmetro              Sistema de distribuição (reservatórios e rede)

                                         População abastecida
                 < 5.000 hab.      5.000 a      20.000 a            > 250.000 hab.
     Coliformes                 20.000 hab.     250.000
       totais
     Coliformes totais                            hab.
                   10           1 para cada   30 + (1 para      105 + (1 para cada 5.000
                                 500 hab.     cada 2.000        hab.) Máximo de 1.000
                                                 hab.)

     NOTA: Na saída de cada unidade de tratamento devem ser coletadas, no mínimo, 2
     (duas) amostra semanais, recomendando-se a coleta de, pelo menos, 4 (quatro)
     amostras semanais.




93
Tabela 9 - Número mínimo de amostras e freqüência mínima de amostragem
     para o controle da qualidade da água de solução alternativa, para fins de
     análises físicas, químicas e microbiológicas, em função do tipo de manancial e
     do ponto de amostragem.

           Parâmetro           Tipo de manancial     SAÍDA DO          Número de        Freqüência de
                                                   TRATAMENTO      amostras retiradas   Amostragem
                                                      (para água      No ponto de
                                                     canalizada)    consumo(1) (para
                                                                     cada 500 hab.)

        Cor, turbidez, PH e       Superficial           1                  1              Semanal
        coliformes totais(2)
                                  Subterrâneo           1                  1               Mensal
        Coliformes totais
           CRL         Superficial ou
                  (2) (3)
                                                        1                  1               Diário
                                  Subterrâneo


        NOTAS:
         (1) Devem ser retiradas amostras em, no mínimo, 3 pontos de consumo de água.
        (2) Para veículos transportadores de água para consumo humano, deve ser realizada 1
        (uma) análise de CRL em cada carga e 1 (uma) análise, na fonte de fornecimento, de cor,
        turbidez, PH e coliformes totais com freqüência mensal, ou outra amostragem determinada
        pela autoridade de saúde pública.
        (3) Cloro residual livre




94
Padrão de Potabilidade Microbiológico
       Artigo 11 - § 1o


                Coleta para coliformes totais




     Quando positivo, recoletas sucessivas até resultado satisfatório.

     Montante                Mesmo Local
                                                       Jusante




95
Padrão de Potabilidade Microbiológico
                       Recoleta: Exemplo Numérico

                        População abastecida : 140.000 habitantes

                             Número de coletas no mês: 100
                            Número de amostras positivas : 8

                          Número de recoletas necessárias : 24
                          Número de recoletas satisfatórias : 22

                         Número de recoletas (segunda vez): 6
                    Número de recoletas satisfatórias (segunda vez): 6

                      Informações para autoridade de saúde pública:
                            8 % de amostras com resultado positivo



     §4º O percentual de amostras com resultado positivo de coliformes totais em
     relação ao total de amostras coletadas nos sistemas de distribuição deve ser
     calculado mensalmente, excluindo as amostras extras (recoleta).
96
Degradação das Características das Águas
                    Naturais


Origens do aumento da concentração de compostos
     orgânicos nas águas → natural e antrópica
 Indicadores do teor de matéria orgânica nas águas
    naturais → Oxigênio Consumido, DBO, COT e
                   Cor Verdadeira

97
Degradação das Características das Águas
                    Naturais




98
Degradação das Características das Águas
                    Naturais




       Efeito direto no tratamento de água. Risco sanitário
99
Atividade 1
• Elaborar Plano de Amostragem com número total de amostras e
  custo total em um ano (Portaria 518/2004).
               Entregar na quinta-feira (14h)

           População    Jaru               52.453 hab
                        Porto Velho        369.345 hab


                       Manancial
                         (superficial)     ETA convencional
                                           Custo unitário
                       Parâmetros             (R$)/amostra
                       cor, turbidez, pH
                           (3)                    2,0
                       Cloro residual             5,0
                       Coliformes totais         15,0
                       Fluoreto                  10,0
100
Prova 1


 • Assunto:
      –   Legislação: Portaria 518 e Resolução 357.
      –   Apresentação slides Aula 2;
      –   Cópias. Livro Di Bernardo (pág. 5 a 16).
      –   Livro digital “Inspeção Sanitária…” (pág. 16 a 29)




101

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2 aula qualidadeparamentros

  • 1. UNIR - Universidade Federal de Rondônia Departamento de Engenharia Engenharia Ambiental Sistema Água ÁGUA: ASPECTOS QUALITATIVOS E MARCOS REGULATÓRIOS 1
  • 2. CONSTITUINTES DA ÁGUA • SÓLIDOS DISSOLVIDOS IONIZADOS • GASES DISSOLVIDOS • COMPOSTOS ORGÂNICOS DISSOLVIDOS • MATÉRIA EM SUSPENSÃO: SÓLIDOS, MICROORGANISMOS E COLÓIDES QUANTIDADE E NATUREZA DOS CONSTITUINTES • TIPO DE SOLO • CONDIÇÕES CLIMÁTICAS • GRAU DE POLUIÇÃO Variação sazonal 2
  • 3. Caracterização da água Características físicas, químicas e organolépticas • Sólidos em suspensão • Turbidez (capacidade de desviar a luz) • Cor aparente e cor verdadeira (substâncias húmicas) • Odor e sabor • Componentes inorgânicos que afetam a saúde (ex. Cloretos, Ferro e Manganês) • Componentes orgânicos que afetam a saúde (ex. Matéria húmica) • pH (6,0 a 9,5) em sistemas de distribuição • Cloro residual livre • Alcalinidade (capacidade da água reagir com ácidos) • Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) • Condutividade elétrica 3
  • 4. Caracterização da água Características bacteriológicas • Contagem de coliformes (totais e fecais) Poluentes Potenciais • Teste de presença / ausência (P/A) • Sólidos em suspensão • Contagem de colônias heterotróficas • Matéria orgânica (DBO) • Fósforo Características radioativas • Nitrogênio • Radioatividade Alfa e Beta • Micropoluentes orgânicos e • Radionuclídeos específicos inorgânicos • Indicadores de contaminação Outros parâmetros fecal • Hidrobiológicos (algas): cianotoxinas • Temperatura • Algas (Cianobactérias) 4
  • 5. Sólidos em Suspensão Classificação da partícula sólida Origem Antropogênica • Impactos Morfológicos • Dimensão • Processos Erosivos + Transpo • Sedimentabilidade de Sedimentos • Características Químicas • Lançamento de Águas Residuárias Origem Natural • Drenagem Superficial 5 Fonte: SIPAM (2007). Relatório Rio Boa Vista – Ouro Preto do Oeste/RO
  • 6. Sólidos em Suspensão Origem Antropogênica • Poluição por ETAs Efeitos • Assoreamento • Turbidez, cor, transparência • Função da composição química 6
  • 7. Sólidos em Suspensão - Dimensão Agrotóxicos 7
  • 8. Sólidos em Suspensão Determinação das Dimensões dos Sólidos 1. Filtração em membrana 2. Secagem à 105°C • Sólidos Suspensos Particulados (> 0,001 mm) • Sólidos Coloidais e Dissolvidos (< 0,001 mm) 8
  • 9. Sólidos em Suspensão - Sedimentabilidade Classificação em Função da Sedimentabilidade 1. Sedimentação durante 1h em Cone Imhoff 2. Leitura (Sólidos Sedimentáveis) 9
  • 10. Sólidos em Suspensão: Sedimentabilidade Tamanho da Tipo Velocidade de partícula sedimentação (µm) (mm/s) 100 Areia fina 7,9x100 10 Silte 1,5x10-1 1 Bactéria 1,5x10-3 0,1 Colóide 1,5x10-5 0,01 Colóide 1,5x10-6 10
  • 11. Sólidos em Suspensão Classificação em Função das Características Químicas 1. Calcinação a 600°C 2. Sólidos orgânicos (voláteis) ou inorgânicos (fixos) 11
  • 12. Sólidos em Suspensão Classificação em Função das Características Químicas 1. Calcinação a 600°C 2. Sólidos orgânicos (voláteis) ou inorgânicos (fixos) 12
  • 13. Cor – Sólidos Dissolvidos • Origem Natural • Decomposição da matéria orgânica • Ácidos húmicos e fúlvicos • Fe e Mn • Origem Antropogênica • Efluentes de tinturaria, tecelagem, Papel Cor Aparente • Outras águas residuárias • Efeitos interferência sólidos • Coloração da água suspensos, coloides • Não apresenta risco sanitário Cor Verdadeira • Confiabilidade questionável isenta de sólidos suspensos 13 (centrifugação)
  • 14. Turbidez – Sólidos em suspensão e coloides • Origem Natural • Dissolução de partículas de rochas, argila, silte, etc. • Algas e microrganismos • Drenagem Superficial • Origem Antropogênica • Águas residuárias • Impactos morfológicos • Processos erosivos • Efeitos Turbidez • Aparência nebulosa • Confiabilidade questionável • Adsorção de patogênicos Unidades Jackson de Turbidez (25 a 1000 UJT) 14
  • 15. Distribuição de tamanho de partículas “Contaminantes encontrados em água e esgoto são partículas ou serão transformados em partículas antes de sua remoção final.” “As operações e processos unitários usados no saneamento são influenciados pela distribuição de tamanho das partículas, de modo que, seja em operações ou processos de separação sólido- líquido, seja na degradação biológica de matéria orgânica, o conhecimento da distribuição de tamanho de partículas pode contribuir para a escolha e o aperfeiçoamento das tecnologias de tratamento e para a adoção de procedimentos operacionais apropriados”. Santos et al. (2004) 15
  • 16. Tratamento de água: Coagulação e Floculação Água bruta Água floculada Água coagulada dp > d c Freqüência relativa Partículas sedimentáveis Diâmetro crítico 16 Distribuição de tamanho de partículas
  • 17. Dureza • Supersaturação de cátions divalentes Mais comuns: Ca2+, Mg2+ Outros: Sr2+, Fe2+, Mn2+ • Origem Natural • Dissolução de rochas calcáreas • Origem Antropogênica • Águas residuárias • Efeitos • Doenças cardiovasculares • Aumento do teor de colesterol • Precipitação de sabões 50-150 mg/L CaCO3 • Evita formação de espuma (dureza moderada) 17
  • 18. Alcalinidade • Capacidade da água neutralizar ácidos (H+) • 4,4 < pH < 8,3: bicarbonatos (HCO3-) • Função do pH • 8,3 < pH < 9,4: carbonatos (CO3-2) e bicarbonatos • pH > 9,4: hidróxidos (OH-) e carbonatos • Origem Antropogênica • Origem Natural • Efluentes industriais • Ação do CO2 dissolvido sobre rochas calcáreas • Absorção de CO2 da atmosfera • Decomposição da matéria orgânica • Efeitos • Não apresenta risco sanitário • Sabor e odor desagradável Expresso em CaCO3 • Incrustação em tubulações 18
  • 19. Acidez • Capacidade da água neutralizar bases (OH) • pH > 8,2: CO2 livre ausente • Presença de CO2 livre • 8,2 < pH < 4,5: acidez carbônica • pH < 4,5: ácidos minerais fortes • Origem Antropogênica • Origem Natural • Efluentes industriais orgânicos • Absorção de CO2 da atmosfera • Efluentes industriais ácidos • Decomposição da matéria orgânica • Atividades de mineração • Efeitos • Não apresenta risco sanitário • Sabor e odor desagradável • Corrosão de tubulações e dispositivos 19
  • 20. Ferro e Manganês • Solo: Fe3+ e Mn4+ particulado • Água Subterrânea (ausência de O2): Fe2+ e Mn2+ solúvel • Exposição ao ar: Fe3+ e Mn4+ particulado • Origem Antropogênica • Origem Natural • Águas residuárias • Dissolução de compostos do solo e subsolo • Efeitos • Não apresenta risco sanitário • Coloração e turbidez “amarelo escuro – marrom” • Sabor e odor desagradável 20
  • 21. Organismos Patogênicos • Organismos Infecciosos • Agentes Etiológicos: Bactérias, vírus, protozoários • Veiculação hídrica Salmonella (febre tifóide) • Difícil detecção • Baixas concentrações no curso d’água • Pequena quantidade nas fezes Shigella dysenteriae • Decaimento bacteriano (disinteria bacilar) • Grandes riscos de contaminação 21
  • 22. Indicadores de Contaminação Fecal • Uso de organismos indicadores de contaminação fecal: ex. • Escherichia coli (abundante em fezes humanas e de animais) • Estreptococos fecais (fezes humanas, tolerante a adversidades) • Resistência similar aos patogênicos (termotolerante) • Presença de patogênicos: potencialidade de transmissão de doenças 22
  • 23. Matéria Orgânica • Sólidos Orgânicos = Sólidos Voláteis • Particulado (filtrado) • Dissolvido Proteínas Carboidratos Lipídeos Animal e vegetal Açucar, amido… Graxas, óleos… C, H, N, O, S, Fe C, H, O complexo Uréia, Surfactantes, Compostos Aromáticos, Pesticidas, etc… • Origem Antropogênica • Origem Natural • Águas residuárias • Animal e Vegetal 23
  • 24. Matéria Orgânica • Efeitos • Aumenta demanda de O2 (crescimento de microrganismos) • Coeficiente de decomposição da M.O. • Coeficiente de “Reoxigenação (K2)” OD Matéria orgânica ? 24 distância
  • 25. Demanda Bioquímica de Oxigênio • Difícil determinação laboratorial (natureza complexa • Métodos indicadores do potencial consumo de O 2 • Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) • Demanda Última de Oxigênio (DBOU) • Demanda Química de Oxigênio (DQO) DBO5,20 • Ensaio à 20° durante 5 dias • Considerado fração biodegradável • Taxa de Desoxigenação (K1) 25
  • 26. Demanda Química de Oxigênio • Quantificação indireta da matéria orgânica • Quantidade de oxigênio requerida para a oxidação química da matéria orgânica carbonácea • Oxidação das frações biodegradável e inerte DQO • Dicromato de Potássio • 2 a 3 horas de duração • Baixa DQO/DBO5: fração biológica alta • Alta DQO/DBO5: fração inerte alta 26
  • 27. Oxigênio Dissolvido • Origem Natural • Dissolução do oxigênio atmosférico • Função da Altitude e Temperatura • Nível do mar, 20°C: 9,2 mg/L • Coeficiente de Reoxigenação (K2) • Difusão molecular • Difusão turbulenta 27
  • 28. Oxigênio Dissolvido Produção por organismos Inserção de OD por fotossintéticos aeração artifical 28
  • 29. Oxigênio Dissolvido • Efeitos • 4,0 < O2 < 5,0 mg/L: morte peixes + exigentes • O2 ≅ 2,0 mg/L: morte de todos os peixes • O2 = 0 mg/L: anaerobiose (cheiro de “ovo podre”) OD Matéria orgânica ? distância 29
  • 30. Nitrogênio • Origem Antropogênica • Origem Natural • Águas residuárias • Decomposição da matéria • Fertilizantes orgânica animal e vegetal • Excretas de animais • Nitrogênio Orgânico • Nitrogênio Amoniacal • Sólidos dissolvidos e • Decomposição do nitrogênio particulados orgânico • Proteína animal e vegetal Amônia ionizada (NH4+): pH < 7 • Aminoácidos e uréia Amônia livre (NH3): pH > 7 30 TÓXICO
  • 31. Fósforo • Origem Natural • Origem Antropogênica • Decomposição de matéria • Águas residuárias orgânica animal e vegetal • Fertilizantes • Excretas de animais • Indústria de limpeza e de detergentes • Efeitos • Nutriente limitante • 1 g alga (C106H180O45N15P): 0,013g P • 1 g P: 77 g alga • EUTROFIZAÇÃO 31
  • 33. Micropoluentes Orgânicos • Compostos orgânicos sintéticos: persistentes a biodegradação bioquímica • Detergentes • Sulfonatos de Alquilabenzeno (recalcitrantes) • Formação de espuma • Agrotóxicos (praguicidas, inseticidas, herbicidas) • Organoclorados • Organofosforados • Fenóis • Metais pesados • Efluentes industriais, mineração, garimpo, agricultura, 33 etc…
  • 34. 34
  • 36. Qualidade da Água – Conceitos 36
  • 37. Qualidade da Água – Conceitos 37
  • 38. Qualidade da Água – Conceitos CONCLUSÃO “A boa (ou má) qualidade da água é função dos usos que sejam exercidos” Processo Comunidade Industrial Aquática Abastecimento 38 Público
  • 39. USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES 1. CRITÉRIOS DE QUALIDADE Critérios: São requisitos científicos que uma água deve apresentar para ser aplicada a um determinado fim. Parâmetros Cada uso Determina diferentes requisitos Níveis (Concentração) -Diferem de uso para uso -Dependem do uso e variam no número e níveis (conc.) dos parâmetros á serem considerados. Água FIM (uso) Exemplo: Familiar: Doméstico (Bebida, piscina, pesca, recreação) Industrial: limpeza, resfriamento, sistemas de geração de vapor. 39
  • 40. USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES 3. PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUAS PADRÕES: são formas de exigências legais dos critérios estudados e fixados através de um dispositivo (Legal). Padrões regulam portanto a qualidade da água: - antes de ser usada satisfatoriamente; - depois quando ela deve ser lançada de volta ao ambiente Existem - Padrões de qualidade gerais e específicos - Padrões de aceitação (Resolução 357) - Padrões de utilização (Potabilidade – Portaria 518/2004) - Padrões rígidos e flexíveis - Padrões para todas atividades (Agrícola, Industria, etc.) 40
  • 41. USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES 3. PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUAS FLUXOGRAMA DE UTILIZAÇÃO DA ÁGUA PADRÃO 1 PADRÃO 2 ANÁLISES E CONDICIONAMENTO ANÁLISES E AMOSTRAGEM EXAMES (TRATAMENTO) EXAMES MANANCIAL USO PADRÃO 1: RESOLUÇÃO 357/2005 CONAMA PADRÃO 2: POTABILIDADE (Portaria 518) 41
  • 42. RESOLUÇÃO n. 357, 17 de Março de 2005 “Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências “ 42
  • 43. 2. Resolução 357/05 – CONAMA: Classificação da águas INTRODUÇÃO CONSIDERANDO - a C. F. e a legislação vigente; - que a água integra as preocupações com o Desenvolvimento Sustentável: função ecológica de propriedade, prevenção, precaução; poluidor-pagador, usuário-pagador, valor intrínseco, etc. - o controle dos lançamentos, proibição dos nocivos ou perigosos aos seres (CF – 1981); - a Convenção de Estocolmo. (Sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs)); - a classificação das águas essencial à defesa dos níveis de qualidade (e suas avaliações) para os vários usos; que o enquadramento dos corpos de água, baseado - não no seu estado atual, mas nos níveis para atender as necessidades das comunidades; 43
  • 44. 2. Resolução 357/05 – CONAMA INTRODUÇÃO O Capítulo I: “Das Definições” conceitua várias termos definindo-os seguindo suas aplicações à Resolução. Definições - Águas Doces Salinidade; igual ou inferior a 0,05% - Águas Salobras Salinidade: 0,05% < SAL < 3% - Águas Salinas Salinidade: > 3% 44
  • 45. 2. Resolução 357/05 – CONAMA CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS ( CAPÍTULO II) Classificação: Função dos usos preponderantes São Classificadas em 13 classes levando-se em conta os usos. Ex.: Abastecimento público: Classes especial, 1,2,3 - ÁGUAS DOCES: Classes Especial, 1,2,3,4 - ÁGUAS SALINAS: Classes Especial, 1,2,3 - ÁGUAS SALOBRAS: Classes Especial, 1,2,3 NOTA: AS CLASSES ESPECIAIS REFEREM-SE A ÁGUAS COM DESTINAÇÕES ESPECÍFICAS (VER RESOLUÇÃO: ÁGUAS QUE SE DESTINAM) 45
  • 46. 2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA 2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰) I - Classe Especial - águas destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; b) à preservação do equilíbio natural das comunidades aquáticas; e, c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral. 46
  • 47. 2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA 2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰) II - Classe 1 - águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esquiaquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA 274/00; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e. e) à proteção das comunidades aquáticas em terras Indígenas. 47
  • 48. Qualidade da Água dos Cursos d’Água Abastecimento Público Após tratamento simplificado → CLASSE 1 48
  • 49. 2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA 2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰) III - Classe 2 - águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esquiaquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA 274/00; d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e, e) à aquicultura e à atividade de pesca. 49
  • 50. 2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA 2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰) IV - Classe 3 - águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e, e) à dessedentação de animais. V - Classe 4 - águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e. b) à harmonia paisagística. 50
  • 51. Qualidade da Água dos Cursos d’Água Abastecimento Público Após tratamento convencional → CLASSES 2 e 3 51
  • 52. 2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA 2.4 Classificação: OBSERVAÇÕES As especificações sobre os parâmetros a serem considerados encontram-se no CAPÍTULO III - “Das Condições e Parâmetros de Qualidade das Águas”, Artigos 7º ao 23. As especificações sobre as condições e os parâmetros à serem considerados no caso de lançamentos, encontram-se no CAPÍTULO IV – “Das condições e Padrões de Lançamento de Efluentes”, Artigos 24 a 37. 52
  • 53. 2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA CAPÍTULO IV – “Das condições e CAPÍTULO III - “Das Condições e Padrões de Lançamento de Parâmetros de Qualidade das Efluentes”, Artigos 24 a 37. Águas”, Artigos 7º ao 23. Com tratamento Sem tratamento 53
  • 54. CAPÍTULO III - “Das Condições e Parâmetros de Qualidade das Águas”, Artigos 7º ao 23. Com tratamento Sem tratamento 54
  • 55. Valores Limites dos parâmetros de qualidade 55
  • 56. Valores Limites dos parâmetros de qualidade 56
  • 57. Valores Limites dos parâmetros de qualidade 57
  • 58. Cianobactérias • Cianobactérias – microorganismos procarióticos autotróficos, também denominados como cianofíceas (algas azuis) capazes de ocorrer em qualquer manancial superficial especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos a saúde 58
  • 59. Floração de Cianobactérias   regiões tropicais;   aerótopos;   nutrientes;   acúmulo pelo vento; • fatores hidrológicos (ambientes lênticos – lagos e reservatórios, e barramentos e enroncamento nos ambientes lóticos - rios);   aumento da temperatura global. 59
  • 60. Cianobactérias http://www- 60
  • 61. Cianobactérias Microcystis panniformis Microcystis wesenbergii Radiocystis fernandoii Microcystis novacekii 61
  • 62. PERDA DA QUALIDADE DA ÁGUA FLORAÇÕES (FAN) E EUTROFIZAÇÃO Crescimento abundante das algas, cianobactérias ou plantas aquáticas (1 ou poucas espécies) causado pela EUTROFIZAÇÃO, que é o excesso de nitrogênio e fósforo nos corpos d´água provenientes de esgotos domésticos ou industriais, erosão de solos agrícolas e drenagem urbana. OCORRÊNCIA: lagos, reservatórios, oceanos (menor ocorrência em rios) 62
  • 63. Padrões de Lançamento de Efluentes 63
  • 64. 2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA CAPÍTULO IV – “Das condições e Padrões de Lançamento de Efluentes”, Artigos 24 a 37. Com tratamento Sem tratamento 64
  • 65. Padrões de Lançamento de Efluentes Art. 28. Os efluentes não poderão conferir ao corpo de água características em desacordo com as metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final, do seu enquadramento Art. 32. ...o lançamento de efluentes deverá, simultaneamente: I - atender às condições e padrões de lançamento de efluentes II – não ocasionar a ultrapassagem das condições e padrões de qualidade de água, estabelecidos para as respectivas classes, nas condições da vazão de referência; e III – atender a outras exigências aplicáveis 65
  • 66. Lançamento de Efluentes Art. 34. Os efluentes (...) só poderão ser lançados (...) desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo (...) § 1º O efluente não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental competente. § 2º Os critérios de toxicidade previstos no § 1º devem se basear em resultados de ensaios ecotoxicológicos padronizados, utilizando organismos aquáticos, e realizados no efluente. § 3º Nos corpos de água em que as condições e padrões de qualidade previstos nesta Resolução não incluam restrições de toxicidade a organismos aquáticos, não se aplicam os parágrafos anteriores 66
  • 67. LANÇAMENTO DE EFLUENTES PADRÕES Parâmetros biológicos Valor máximo Efeito tóxico não deve causar ou possuir potencial tóxico Parâmetros Físico-Químicos, incl nutrientes Valor máximo pH 5a9 Temperatura < 40ºC / na zona de mistura: ∆T ≤ 3ºC Vazão máxima 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária Óleos e graxas minerais: 20 mg/L vegetais e gorduras animais: 50 mg/L Materiais flutuantes ausentes Materiais sedimentáveis (SD-60) p/ lançamento em lagos e lagoas: virtualmente ausente p/ as demais condições: 1 mL/L Nitrogênio amoniacal total 20,0 mg/L N [Amönia 5,0 mg/L sonda!!] 67
  • 68. LANÇAMENTO DE EFLUENTES PADRÕES Parâmetros Inorgânicos Valor máximo Arsênio total 0,5 mg/L As Bário total 5,0 mg/L Ba Boro 5,0 mg/L B Cádmio total 0,2 mg/L Cd Chumbo total 0,5 mg/L Pb Cianeto total 0,2 mg/L CN Cobre dissolvido 1,0 mg/L Cu Cromo total 0,5 mg/L Cr [Cr(6+) 0,5mg/L; Cr(3+) 2,0mg/L] Estanho total 4,0 mg/L Sn Ferro dissolvIdo 15,0 mg/L Fe Fluoreto total 10,0 mg/L F Manganês total 1,0 mg/L Mn Mercúrio total 0,01 mg/L Hg Níquel total 2,0 mg/L Ni Prata total 0,1 mg/L Ag Selênio total 0,3 mg/L Se [0,05] Sulfeto 1,0 mg/L S Zinco total 5,0 mg/L Zn 68
  • 69. LANÇAMENTO DE EFLUENTES PADRÕES Parâmetros Orgânicos Valor máximo Clorofórmio 1,0 mg/L Dicloroeteno 1,0 mg/L Fenóis totais (substâncias que reagem com 4- 0,5 mg/L C6H5OH aminoantipirina) Tetracloreto de carbono 1,0 mg/L Tetracloroeteno 1,0 mg/L Parâmetros Conama 20 - Eliminados Valor máximo no Conama 20 Compostos organofosforados e [1,0 µg/L em Paration] carbamatos totais Sulfito [1,0 mg/L S] Sulfeto de Carbono [1,0 mg/L] Compostos organoclorados não listados acima (pesticidas, solventes, etc.) [0,05 mg/L] 69
  • 70. 2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA 2.4 Classificação: OBSERVAÇÕES No CAPÍTULO V encontram-se as: “Diretrizes Ambientais para o Enquadramento”. Referem-se as normas e procedimentos definidos pelo CNRH e CERH e detalhados no Artigo 38. 70
  • 71. Observações  Eliminou-se a necessidade dos valores de Q7,10, possibilitando a definição da vazão de referência pelos comitês de bacias.  Apesar de estudos cada vez mais sistematizados em ecotoxicologia desenvolvidos em institutos e universidades, o uso de indicadores biológicos permanece como optativo na legislação.  O cumprimento da resolução 357 não implica necessáriamente, na inexistência de compostos ou elementos tóxicos na água. Ensaios toxicológicos, bioensaios.  Destaque as cianobactérias/cianotoxinas 71
  • 72. Qualidade e Tratamento de Águas para Abastecimento Conceito de Tratamento → Adequação da qualidade da água para a utilização para abastecimento público Grau de Tratamento → Função da finalidade da água e da qualidade original da água proveniente do manancial Objetivo do Tratamento → Água Potável (não pura) Conceito de Potabilidade: • Proteção da saúde pública • Evitar objeções ao consumo (propriedades organolépticas) • Questão econômica Padrões de Potabilidade → Define requisitos a serem atendidos → PARÂMETROS DE POTABILIDADE 72
  • 74. Marco Legal •Decreto n.º 79.367, de 09 de março de 1977: Estabelece a competência do Ministério da Saúde sobre o controle da qualidade de água para consumo humano. •Portaria nº 036, de 19 de janeiro de 1990: Aprova normas e o padrão de potabilidade da água destinada ao consumo humano. •Portaria n.º 1469, de 29 de dezembro de 2000: Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. •Portaria n.º 518, de 25 de março de 2004: Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. 74
  • 75. Portaria n.º 518, de 25 de março de 2004 “Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências“ 75
  • 76. Portaria N° 518/2004 25 de março de 2004 (5 artigos) O ANEXO possui 08 capítulos, 32 artigos e 09 tabelas Observação: Para todos artigos e parágrafos da Portaria 1469/2000 onde se lia FUNASA, lê-se Secretária de Vigilância e Saúde - SVS. 76
  • 77. Portaria n. 518/2004 os sAvanç Prin cipai Definição das competências e deveres dos responsáveis pelo Controle e pela Vigilância; Inserção da visão sistêmica; Parâmetros: cianobactérias e cianotoxinas; Adoção de padrão bacteriológico único; Respeito ao direito à informação; ( Decreto 5.440 de 04 de maio de 2005 ) Obrigatoriedade de se proceder à desinfecção da água; Valorização do parâmetro “Turbidez”. Obrigatoriedade de se proceder à filtração de águas superficiais. 77
  • 78. ART 4º - IV Controle da qualidade da água para consumo humano Conjunto de atividades, exercidas de forma contínua pelo (s) responsável(is) pela operação de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, destinada a verificar se a água fornecida à população é potável, assegurando a manutenção dessa condição. NORMA DE QUALIDADE ART. 4º - V Vigilância da qualidade da água para consumo humano Conjunto de ações adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública para verificar se a água consumida pela população atende a esta Norma e para avaliar os riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água representam para a saúde humana. 78
  • 79. 79
  • 80. Deveres e Responsabilidades Nível federal (SVS ) ART. 5º Nível estadual e DF (VISA/SES) - ART. 6º Nível municipal (VISA/SES) ART. 7º Do responsável pela operação do SAA ART. 8º e 9º Do responsável por solução alternativa ART. 8º e 10 80
  • 81. Padrão de potabilidade para substância químicas orgânicas e inorgânicas que representam riscos a saúde Aspectos na definição dos parâmetros e VMP 1. Potencial tóxico das substâncias químicas que podem estar presentes na água; 2. Analises de evidencias epidemiológicas e toxicológicas dos riscos de saúde associados às diversas substancias; 3. Possibilidades analíticas de determinação das substancias em amostras de água; 4. Intensidade de uso das substâncias químicas no País – uso industrial, agrícola e no tratamento da água. 81
  • 82. Portaria n. 518/2004 Definição das principais variáveis Turbidez – Característica que reflete o grau de transparência da água; a legislação exige que todas as amostras atendam ao padrão. Cor Aparente– Característica que mede o grau de coloração da água; a legislação exige que todas as amostras atendam ao padrão. Cloro residual livre – Indica a quantidade de cloro presente na rede de distribuição, adicionado no processo de desinfecção da água; a legislação exige que todas as amostras atendam ao padrão. Flúor – Adicionado à água para a prevenção da cárie dentária; a legislação exige que todas as amostras atendam ao padrão. Coliformes totais - Indicador de presença de bactérias na água e não necessariamente problemas para a saúde, bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies pertençam ao grupo. E. coli - considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos patogênicos. 82
  • 83. Tabela 3 -Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde PARÂMETRO Unidade VMP(1) Inorgânicos Antimônio mg/L 0,005 Arsênio mg/L 0,01 Escherichia coli Bário mg/L 0,7 ou coliformes termotolerantes(3) Cádmio mg/L 0,005 Cianeto mg/L 0,07 Coliformes totais Chumbo mg/L 0,01 Cobre mg/L 2 Cromo mg/L 0,05 Fluoreto(2) mg/L 1,5 Mercúrio mg/L 0,001 Nitrato (como N) mg/L 10 Nitrito (como N) mg/L 1 Selênio mg/L 0,01 NOTAS: (1) Valor Máximo Permitido. 83 (2) Os valores recomendados para a concentração de íon fluoreto devem observar à legislação específica vigente relativa à fluoretação da água, em qualquer caso devendo ser respeitado o VMP desta Tabela.
  • 84. Tabela 3 -Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde PARÂMETRO Unidade VMP(1) Orgânicos Acrilamida µg/L 0,5 Benzeno µg/L 5 ouBenzo[a]pireno termotolerantes(3) coliformes µg/L 0,7 Cloreto de Vinila µg/L 5 1,2 Dicloroetano µg/L 10 Coliformes totais 1,1 Dicloroeteno µg/L 30 Diclorometano µg/L 20 Estireno µg/L 20 Tetracloreto de Carbono µg/L 2 Tetracloroeteno µg/L 40 Triclorobenzenos µg/L 20 Tricloroeteno µg/L 70 NOTA: (1) Valor Máximo Permitido. 84
  • 85. Tabela 3 -Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde PARÂMETRO Unidade VMP(1) Agrotóxicos Alaclor µg/L 20,0 Aldrin e Dieldrin µg/L 0,03 Atrazina µg/L 2 ou coliformes termotolerantes(3) Bentazona µg/L 300 Clordano (isômeros) µg/L 0,2 2,4 D µg/L 30 Coliformes totais DDT (isômeros) µg/L 2 Endossulfan µg/L 20 Endrin µg/L 0,6 Glifosato µg/L 500 Heptacloro e Heptacloro µg/L 0,03 epóxido Hexaclorobenzeno µg/L 1 Lindano (g-BHC) µg/L 2 NOTA: (1) Valor Máximo Permitido. 85
  • 86. Tabela 3 -Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde PARÂMETRO Unidade VMP(1) Cianotoxinas Microcistinas(3) µg/L 1,0 NOTAS: (1) Valor Máximo Permitido. (3) É aceitável a concentração de até 10 µg/L de microcistinas em até 3 (três) amostras, consecutivas ou não, nas análises realizadas nos últimos 12 (doze) meses. (4) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado. § 1º Recomenda-se que as análises para cianotoxinas incluam a determinação de cilindrospermopsina e saxitoxinas (STX), observando, respectivamente, os valores limites de 15,0 µg/L e 3,0 µg/L de equivalentes STX/L. § 2º Para avaliar a presença dos inseticidas organofosforados e carbamatos na água, recomenda-se a determinação da atividade da enzima acetilcolinesterase, observando os limites máximos de 15% ou 20% de inibição enzimática, quando a enzima utilizada for proveniente de insetos ou mamíferos, respectivamente. 86
  • 87. Tabela 3 -Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde PARÂMETRO Unidade VMP(1) Desinfetantes e Produtos Secundários da Desinfecção ou coliformes termotolerantes(3) Bromato mg/L 0,025 Clorito mg/L 0,2 Cloro livre mg/L 5 Coliformes totais Monocloramina mg/L 3 2,4,6 Triclorofenol mg/L 0,2 Trihalometanos Total mg/L 0,1 NOTA: (1) Valor Máximo Permitido. 87
  • 88. Tabela 5 -Padrão de aceitação para consumo humano Parâmetro Unidade VMP(1) Alumínio mg/L 0,2 Amônia (como NH3) mg/L 1,5 Cloreto mg/L 250 ou coliformes termotolerantes(3) Cor Aparente uH(2) 15 Dureza mg/L 500 Etilbenzeno mg/L 0,2 Coliformes totais Ferro mg/L 0,3 Manganês mg/L 0,1 Monoclorobenzeno mg/L 0,12 Odor - Não objetável(3) Gosto - Não objetável(3) NOTAS: (1) Valor máximo permitido. (2) Unidade Hazen (mg PtCo/L). (3) critério de referência 88
  • 89. Portaria 518/2004 TRATAMENTO DA ÁGUA VMP(1) Desinfecção 1,0 uT (2) em 95% das amostras (água subterrânea) Filtração rápida (tratamento 1,0 uT (2) completo ou filtração direta) Filtração lenta 2,0 uT em 95% das amostras NOTAS: (1) Valores máximos permitidos (2) Unidade de turbidez 89
  • 90. Padrões de Potabilidade Brasileiros 72 80 70 50 Número de parâmetros 60 50 36 40 30 20 10 0 Portaria 56/1977 Portaria 36/1990 Portaria 518/2004 90
  • 91. Tabela 6 - Número mínimo de amostras para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento para fins de análises físicas, químicas e de radioatividade em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do tipo de manancial PARÂMETRO TIPO DE SAÍDA DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO MANANCIAL TRATAMENTO (Numero (RESERVATÓRIOS E REDE) de amostra por unidade de tratamento) População abastecida <50.000 hab. 50.000 a 250.000 hab. >250.000 hab. Cor;Turbidez;pH Superficial 1 10 1 para cada 5.000 hab. 40 + (1 para cada 25.000 hab.) Subterrânea 1 5 1 para cada 10.000 hab. 20 + ( 1 para cada 50.000 hab. ) Coliformes totais Subterrâneo 1 (Conforme § 3º do artigo 18) CRL(1) Superficial 1 Fluoreto Superficial ou 1 5 1 para cada 10.000 hab. 20 + ( 1 para cada subterrâneo 50.000 hab. ) Cianotoxina Superficial 1 - - - Subterrâneo (Conforme artigo 18 § 5) Trihalometanos Superficial 1 1(2) 4(2) 4(2) Subterrâneo - 1(2) 1(2) 1(2) Demais parâmetros Superficial ou 1 1(4) 1(4) 1(4) NOTAS: Subterrâneo (1) Cloro residual livre. (2) As amostras devem ser coletadas, preferencialmente, em pontos de maior tempo de detenção da água no sistema de distribuição. (3) Apenas será exigida obrigatoriedade de investigação dos parâmetros radioativos quando da evidência de causas de radiação natural ou artificial. (4) Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao longo da distribuição. 91
  • 92. Tabela 7 - Freqüência mínima de amostragem para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises físicas, químicas e de radioatividade, em função do ponto de amostragem, da população abastecida e do tipo de manancial PARÂMETRO TIPO DE SAÍDA DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO MANANCIAL TRATAMENTO (RESERVATÓRIOS E REDE) (freqüência por unidade População abastecida de tratamento) <50.000 hab. 50.000 a 250.000 hab. >250.000 hab. Cor;Turbidez Superficial A cada 2 horas Mensal Mensal Mensal PH; Fluoreto Subterrâneo Diária CRL(1) Superficial A cada 2 horas (Conforme § 3º do artigo 18) Coliformes totais Subterrâneo Diária Cianotoxinas Superficial Semanal (Conforme § 5º do - - - artigo 18) Trihalometanos Superficial Trimestral Trimestral Trimestral Trimestral Subterrâneo - Anual Semestral Semestral Demais Superficial ou Semestral Semestral(3) Semestral(3) Semestral(3) parâmetros(2) Subterrâneo NOTAS: (1) Cloro residual livre. (2) Apenas será exigida obrigatoriedade de investigação dos parâmetros radioativos quando da evidência de causas de radiação natural ou artificial. (3) Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao longo da distribuição. 92
  • 93. Tabela 8 - Número mínimo de amostras mensais para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises microbiológicas, em função da população abastecida. Parâmetro Sistema de distribuição (reservatórios e rede) População abastecida < 5.000 hab. 5.000 a 20.000 a > 250.000 hab. Coliformes 20.000 hab. 250.000 totais Coliformes totais hab. 10 1 para cada 30 + (1 para 105 + (1 para cada 5.000 500 hab. cada 2.000 hab.) Máximo de 1.000 hab.) NOTA: Na saída de cada unidade de tratamento devem ser coletadas, no mínimo, 2 (duas) amostra semanais, recomendando-se a coleta de, pelo menos, 4 (quatro) amostras semanais. 93
  • 94. Tabela 9 - Número mínimo de amostras e freqüência mínima de amostragem para o controle da qualidade da água de solução alternativa, para fins de análises físicas, químicas e microbiológicas, em função do tipo de manancial e do ponto de amostragem. Parâmetro Tipo de manancial SAÍDA DO Número de Freqüência de TRATAMENTO amostras retiradas Amostragem (para água No ponto de canalizada) consumo(1) (para cada 500 hab.) Cor, turbidez, PH e Superficial 1 1 Semanal coliformes totais(2) Subterrâneo 1 1 Mensal Coliformes totais CRL Superficial ou (2) (3) 1 1 Diário Subterrâneo NOTAS: (1) Devem ser retiradas amostras em, no mínimo, 3 pontos de consumo de água. (2) Para veículos transportadores de água para consumo humano, deve ser realizada 1 (uma) análise de CRL em cada carga e 1 (uma) análise, na fonte de fornecimento, de cor, turbidez, PH e coliformes totais com freqüência mensal, ou outra amostragem determinada pela autoridade de saúde pública. (3) Cloro residual livre 94
  • 95. Padrão de Potabilidade Microbiológico Artigo 11 - § 1o Coleta para coliformes totais Quando positivo, recoletas sucessivas até resultado satisfatório. Montante Mesmo Local Jusante 95
  • 96. Padrão de Potabilidade Microbiológico Recoleta: Exemplo Numérico População abastecida : 140.000 habitantes Número de coletas no mês: 100 Número de amostras positivas : 8 Número de recoletas necessárias : 24 Número de recoletas satisfatórias : 22 Número de recoletas (segunda vez): 6 Número de recoletas satisfatórias (segunda vez): 6 Informações para autoridade de saúde pública: 8 % de amostras com resultado positivo §4º O percentual de amostras com resultado positivo de coliformes totais em relação ao total de amostras coletadas nos sistemas de distribuição deve ser calculado mensalmente, excluindo as amostras extras (recoleta). 96
  • 97. Degradação das Características das Águas Naturais Origens do aumento da concentração de compostos orgânicos nas águas → natural e antrópica Indicadores do teor de matéria orgânica nas águas naturais → Oxigênio Consumido, DBO, COT e Cor Verdadeira 97
  • 98. Degradação das Características das Águas Naturais 98
  • 99. Degradação das Características das Águas Naturais Efeito direto no tratamento de água. Risco sanitário 99
  • 100. Atividade 1 • Elaborar Plano de Amostragem com número total de amostras e custo total em um ano (Portaria 518/2004). Entregar na quinta-feira (14h) População Jaru 52.453 hab Porto Velho 369.345 hab Manancial (superficial) ETA convencional Custo unitário Parâmetros (R$)/amostra cor, turbidez, pH (3) 2,0 Cloro residual 5,0 Coliformes totais 15,0 Fluoreto 10,0 100
  • 101. Prova 1 • Assunto: – Legislação: Portaria 518 e Resolução 357. – Apresentação slides Aula 2; – Cópias. Livro Di Bernardo (pág. 5 a 16). – Livro digital “Inspeção Sanitária…” (pág. 16 a 29) 101