O documento descreve a região sudeste do Brasil. É a região mais populosa e responsável por quase metade da economia nacional, liderada pelos setores industrial e de serviços. Sua história econômica inclui ciclos de mineração, cultivo de cana-de-açúcar, café e imigração, que moldaram seu povoamento e paisagem.
2. APRESENTAÇÃO
Região mais populosa e povoada do Brasil:
80.353.724 habitantes;
Densidade Demográfica de 86,9 Hab/Km²;
Concentrando 42% da população brasileira;
É a principal região econômica do Brasil,
responsável por 49,5% do PIB nacional;
Atividades Econômicas promoveram intensos
fluxos migratórios:
Final do Século XVI a XVII Ouro;
Metade do Século XIX a meados do século XX Café;
Após Década de 1930 Indústrias.
3. ASPECTOS FÍSICOS
DO MEIO NATURAL
RELEVO
• Serras e Planaltos de Topos
Arredondados, chamados de
Mares de Morros (Mantiqueira,
Serra do Mar e Serra do
Espinhaço;
• Duas depressões;
• Planície Costeira com “Pães de
Açúcar” (formações com cume
arredondado e encosta
abrupta).
HIDROGRAFIA
• Faz parte de 4 Bacias que são
compartilhadas com outras regiões:
Rio São Francisco, Rio Paraná,
Costeira do Nordeste Oriental e
Costeira do Sudeste;
• Apresenta Grande Potencial
Hidrelétrico e também é a região
que mais consome energia elétrica
(indústrias);
• Hidrovia Tietê-Paraná, navegação
através de eclusas.CLIMA
• Compreende 4 tipos - Tropical
com Verão Úmido e Inverno
Seco, Tropical de Altitude,
Tropical Litorâneo Úmido e
Subtropical Úmido (cidade de
São Paulo);
• Subtropical Úmido: Temperatura
em torno de 19ºC anuais,
VEGETAÇÃO
• Existem 4 tipos de cobertura vegetal:
predomínio da Mata Atlântica,
grande mancha de Cerrado em SP e
MG, Vegetação Litorânea e
Caatinga no norte de MG;
• Todas as formações vegetais foram
destruídas pela urbanização e pela
agropecuária.
4. CONFRONTAR FIG.2 RIO TIETÊ (TRECHO CAPITAL)
HIDROVIA TIETÊ-PARANÁLITORAL PAULISTA (SERRA DO MAR)
5. MANGUE NO LITORAL CARIOCA
CAATINGA NO NORTE DE MG
FLORESTA AMAZÔNICA NA SERRA DA CANTAREIRA
CERRADO NO OESTE DE MG
7. INÍCIO DO POVOAMENTO
1500: Os portugueses não demostraram interesse, pois não
encontraram grandes atrativos econômicos (ouro e prata).
Abandonaram a terra por cerca de 30 anos;
Tal abandono despertou o interesse de outros povos (franceses,
holandeses);
Necessidade de garantir a posse do território –
Expedição de Martim Afonso de Sousa – 1532;
Fundação da Primeira Cidade Brasileira: São Vicente
(cultivo da cana de açúcar e criação de gado).
SÃO VICENTE
MARTIM AFONSO
9. VILAS = “Projetos de Cidades”
VILA DE SÃO PAULO DE PIRATININGA
VILA NO MINECRAFT
10. INÍCIO DO POVOAMENTO
1532 São Vicente;
1535 Vila Nossa Senhora da Vitória (atual Vila Velha);
1545 Todos-os-Santos (atual Santos);
1551 Vila Nova do Espírito Santo (atual Vitória);
1554 Vila de São Paulo de Piratininga (atual São Paulo).
Primeira cidade fundada no planalto (interior), após ultrapassar a barreira da
Serra do Mar;
Localizada ENTRE OS RIOS Tamanduateí e Tietê;
Fundada por jesuítas (Padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta).
1565 São Sebastião (atual Rio de Janeiro);
CRONOLOGIA DA FUNDAÇÃO DAS PRINCIPAIS CIDADES
FUNDADAS NO LITORAL FUNDADA NO PLANALTO
12. DA VILA DE SÃO PAULO
PARA O INTERIOR
XVI – XVII:
Vila de São Paulo manteve-se pobre e isolada;
Nordeste Açucareiro liderava a economia;
XVII – XVIII:
São Paulo se tornou centro irradiador de bandeiras:
Aprisionamento de Indígenas para vendê-
los nas fazendas açucareiras;
Descobrir Ouro e Pedras Preciosas.
Bandeiras permitiram o início do povoamento do
interior.
13.
14. A MINERAÇÃO E A
PRODUÇÃO DE ESPAÇO
FINAL DO SÉCULO XVII: Descoberta de ouro e pedras
preciosas em Minas Gerais;
A Mineração torna-se a principal atividade
econômica do Século XVIII, por esse motivo o centro
político-administrativo foi transferido de Salvador para
o Rio de Janeiro;
METADE DO SÉCULO XVIII:
Decadência da Mineração;
Famílias migram para São Paulo e Rio de Janeiro em
busca de solos férteis para a prática de agricultura.
15. A CAFEICULTURA E A
PRODUÇÃO DE ESPAÇOS
GEOGRÁFICOS NO SUDESTE
Declínio do Ouro Café
Trazido por Francisco de Melo Palheta em 1727
e cultivado no Pará, entretanto as condições
climáticas não são favoráveis;
Somente no final do século XVIII que o café
encontrou seu “lugar ideal”: o Rio de Janeiro
(solo e clima favorável);
Posteriormente, o café ganha espaço em toda
a Região Sudeste: Vale do Paraíba, Zona da
Mata Mineira e Triângulo Mineiro;
O avanço da cafeicultura provocou intensos
desmatamentos na Mata Atlântica.
17. A EXPANSÃO DA CAFEICULTURA EM
DIREÇÃO AO INTERIOR DE SÃO Paulo
Por volta de 1840, o café ocupou as terras da
Depressão Periférica Paulista (Campinas-SP);
Posteriormente, encontrou melhores condições
climáticas no Planalto Ocidental Paulista (clima
tropical com verão chuvoso e inverno seco) e solo
fértil (terra roxa);
A expansão da cafeicultura provocou a
devastação de grande parte da cobertura
vegetal nativa (Mata Atlântica).
18. FERROVIAS, CAFEICULTURA E PRODUÇÃO
DE ESPAÇOS GEOGRÁFICOS
As ferrovias tiveram importante papel no escoamento da
produção cafeeira (cidades paulistas como Araçatuba, Bauru,
Lins, Penápolis, São José do Rio Preto e Votuporanga).
Quando a industrialização atingiu a região sudeste, ela já
possuía a infraestrutura de transportes necessárias para
transportar matérias-primas e produtos industrializados: as
ferrovias.
As ferrovias cumpriram este papel até 1950, quando se iniciou
o desenvolvimento do plano rodoviário.
19. A CAFEICULTURA E
A IMIGRAÇÃO ESTRANGEIRA
1850 Lei Eusébio de Queirós proibiu o tráfico de escravos para o
Brasil, aumentando consideravelmente o valor do escravo;
Cafeicultores percebem que seria mais barato empregar um
trabalhador livre do que um escravo, entretanto o número de
trabalhadores livres nas áreas próximas as fazendas era escasso;
Agentes foram enviados para a Europa para divulgar a necessidade
de mão de obra no Brasil;
Vieram inúmeros povos para São Paulo: italianos, japoneses,
espanhóis, portugueses, etc.
22. TRABALHO LIVRE, MERCADO
INTERNO E ESPAÇO GEOGRÁFICO
Expansão das relações assalariadas de trabalho
(estimulada pelos fluxos imigratórios) possibilitou o
consumismo do trabalhador;
Ao final do século XIX, um mercado interno de
consumo favoreceu o desenvolvimento urbano,
comercial, agrícola, industrial, financeiro e de
prestação de serviços.
TRABALHADOR
LIVRE
MERCADO
INTERNO
DESENVOLVIMENTO
DE UMA GRANDE CIDADE
DINHEIRO
$$$$
SÃO PAULO
23. POPULAÇÃO
A região sudeste é a mais povoada do Brasil: 42% da
população;
Taxa de Urbanização é elevada: 93% residem no espaço
urbano;
Cidade mais populosa e povoada é São Paulo, com 11.895.893
e densidade demográfica de 7 810,9 hab./km²;
A região sudeste apresenta os melhores índices
socioeconômicos, mas não é um “paraíso”, apresenta altos
índices de violência, com grande desemprego, favelas e
pobreza.
24. ECONOMIA
O Sudeste é responsável por 56% do PIB
Nacional;
É a região mais industrializada, com
setor de serviços diversificado e
atividades agropecuárias e
agroindustriais modernas;
25. AGRICULTURA E PECUÁRIA
AGRICULTURA
• Produtos destacados: Cana-de-açúcar, laranja, café, amendoim, soja,
arroz,
Milho, entre outros;
• Maiores Produtores de Café: SP, MG e ES;
• Cultura da Laranja: agroindústrias nas cidades de Matão, Araraquara,
Bebedouro e São José do Rio Preto;
• O Sudeste é o maior produtor nacional de cana-de-açúcar (destaque
para Ribeirão Preto, Bauru e Piracicaba);
• A mão de obra empregada nos canaviais e na colheita da laranja é
frequentemente realizada por boias frias, vindos do Nordeste. Tal mão
de obra é condenável, por exigir enorme esforço físico e condições
desgastantes.
PECUÁRIA
• Pecuária Bovina de Corte predominantemente extensiva em MG;
• Pecuária Bovina Leiteira em sistema intensivo no Vale do Paraíba, sul de
Minas Gerais, Triângulo Mineiro e leste de SP.
26. BOIAS-FRIAS EM FAZENDA NO ESTADO DE MG AGROINDÚSTRIA EM BEBEDOURO-SP
CRIAÇÃO DE GADO NO VALE DO PARAÍBA FAZENDA DE CAFÉ NO INTERIOR DE SP
27. RECURSOS MINERAIS: O
EXTRATIVISMO MINERAL
PETRÓLEO
Maior produtor de petróleo do Brasil (Estado do Rio De Janeiro 80%);
Plataforma Continental: Bacia de Campos (RJ) e Bacia de Santos (SP).
MINÉRIO DE FERRO E MANGANÊS
Jazidas de minério de ferro e manganês localizam-se no Quadrilátero Ferrífero;
Sua exploração destina-se a abastecer as usinas siderúrgicas (Usiminas, CSN, Cosipa
e Vale) e à construção civil;
A exportação destes minérios ocorrem através da Estrada de Ferro Vitória-Minas que
liga o Quadrilátero Ferrífero ao Porto de Tubarão (ES).
OUTROS RECURSOS MINERAIS: Urânio, Níquel, Estanho, Chumbo, Calcário, Cromo,
Diamante e Fósforo.