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ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
9 
ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DO SUCO DE ACEROLA VENDIDO POR AMBULANTES 
NO CENTRO COMERCIAL DE MACAPÁ – AMAPÁ, BRASIL 
PHYSICAL AND CHEMICAL ANALYSIS OF ACEROLA JUICE BY STREET SOLD IN SHOPPING 
CENTER MACAPÁ - AMAPÁ, BRAZIL 
ROMULO LIMA DE SOUSA1; RUBENS ALEX DE OLIVEIRA MENEZES2; PETILLE SANTOS DE SOUZA3; 
FLÁVIO HENRIQUE FERREIRA BARBOSA4; ISIS RAMOS ALFAIA5; EDILUCI DO SOCORRO TOSTES 
MALCHER6 
RESUMO 
As frutas desempenham importante papel e têm conquistado novos espaços, tanto no mercado interno como 
externo. Em análise de alimentos, é de suma importância a determinação de um componente específico do 
alimento como é o caso da determinação da composição centesimal. São procedimentos realizados com a 
finalidade de fornecer informações sobre a composição química, físico-química ou física de um alimento. Ela 
pode ter diferentes finalidades, como: avaliação nutricional de um produto; controle de qualidade do alimento; 
desenvolvimento de novos produtos e a monitoração da legislação. Desta forma, esta pesquisa foi realizada 
com o intuito de investigar a qualidade físico-química do suco de acerola vendido por ambulantes nas 
avenidas, Cândido Mendes e São José no centro comercial da Cidade de Macapá – Amapá, visando 
caracterizar físico-quimicamente o suco de acerola com relação às normas vigentes do produto. Verificou-se 
que, de maneira geral, as amostras submetidas às análises físico-químicas (sólidos solúveis totais, pH e 
acidez total titulável) apresentaram-se na sua totalidade, de acordo com a legislação vigente. As 
características físico-químicas são fundamentais aos padrões de identidade e qualidade, possibilitando a 
comercialização do produto com padrões de qualidade para a população. 
Palavras-chave: Propriedades físico-químicas, suco de acerola, controle de qualidade, saúde pública. 
ABSTRACT 
Fruits play an important role and have conquered new spaces, both internal and external market. In food 
analysis, is of paramount importance to determine a specific food component such as the determination of the 
chemical composition. Procedures are performed with the purpose of providing information about the physico-chemical 
or physical chemistry of foods. It can serve different purposes, such as nutritional assessment of a 
product, quality control of food, new product development and monitoring of legislation. Thus, this research 
was conducted in order to investigate the physic - chemical quality of acerola juice sold by street vendors in 
the avenues, São José and Cândido Mendes in the commercial center of the city of Macapá - Amapá, to 
characterize physic - chemically juice acerola with respect to existing product standards. It was found that, in 
general, the samples subjected to physicochemical analyzes (total soluble solids, pH and titratable acidity) 
were in full accordance with current legislation. The physico - chemical characteristics are fundamental to the 
standards of identity and quality, enabling the commercialization of the product with quality standards for the 
population. 
Keywords: Physicochemical properties, acerola juice, quality control, public health.
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10 
INTRODUÇÃO 
A preocupação com a saúde e o 
corpo, aliada ao ritmo de vida intenso, 
tem provocado mudanças no hábito 
alimentar das pessoas, direcionando-as 
para uma alimentação saudável e 
ao, mesmo tempo, rápida e de fácil 
preparo. Nesse contexto, as frutas 
desempenham importante papel e têm 
conquistado novos espaços, tanto no 
mercado interno como externo (LOPES 
et al., 2005). 
As frutas são utilizadas como 
matéria-prima para a elaboração de 
diferentes produtos alimentícios, dentre 
os quais sucos, refrescos, geleias, 
sorvetes e doces. A produção de polpa 
e suco é, ainda, a principal destinação 
da fruta, dada sua perecibilidade e 
acidez. Os frutos da aceroleira 
apresentam rendimento de suco entre 
49% e 75% do seu peso, com elevada 
acidez (pH 3,3). O teor de água nos 
frutos é, em média, de 90% (SANTOS 
et al., 2004). 
A acerola é um fruto tropical de 
grande potencial econômico e 
nutricional, principalmente, devido ao 
seu alto conteúdo de vitamina C, 
associado à presença dos carotenoides 
e antocianinas, destacando este fruto 
no campo dos alimentos funcionais 
(FREITAS et al., 2006). 
A qualidade do suco congelado 
de acerola é resultado da manutenção 
de suas propriedades físico-químicas e 
da quantidade das substâncias 
componentes próximas às dos 
patamares do suco “in natura” (GOMES 
et al., 2001). 
O teor de vitamina C e outras 
características atribuídas à qualidade 
da acerola, tais como coloração, peso e 
tamanhos dos frutos, teor de sólidos 
solúveis e pH do suco, além de serem 
afetadas pela desuniformidade 
genética dos pomares, sofrem 
influência de vários outros fatores, 
como precipitações pluviais, 
temperatura, atitude, adubação, 
irrigação e a ocorrência de pragas e 
doenças (NOGUEIRA et al., 2002). 
O alto teor de vitamina C e a 
fragilidade apresentada por este fruto 
têm motivado diversos estudiosos, em 
diferentes partes do mundo, a trabalhar 
com a sua caracterização química e as 
mais variadas condições de 
processamento e armazenamento, 
visando a preservar sua qualidade e 
seus nutrientes, desde a colheita até o 
consumi- dor final (FRANCO, 1992). 
A cor dessa fruta deve ser 
amarela ou vermelha; possuir sabor 
próprio e ácido; e, aroma próprio. O 
suco deve conter no mínimo 60,0% de 
polpa; sólidos solúveis (no mínimo de 
5,0 ºBrix a 20 ºC); acidez total (no 
mínimo 0,80 g 100g-1); açúcares totais 
(no máximo 8,5 g 100g-1) e, ácido 
ascórbico (no mínimo 600 mg 100g-1) 
(CHAVES et al., 2004). 
Os açúcares solúveis presentes 
nos frutos na forma combinada são 
responsáveis pela doçura, sabor e cor 
atrativas como derivado das 
antocianinas e pela textura, quando 
combinados adequadamente 
polissacarídeos estruturais. Os 
principais açúcares em frutos são: 
glicose, frutose e sacarose em 
proporções variadas, de acordo com a 
espécie. O teor de açúcares aumenta 
com a maturação dos frutos (GOMES 
et al., 2002). 
No que se refere às 
características físico-químicas, reporta-se 
que as mesmas são função das 
condições climáticas, do estádio de 
maturação, do local de plantio e da 
época da colheita. Com isso, o 
conteúdo de ácido ascórbico e de 
hidroascórbico também sofre 
influências desses fatores (FRANCO, 
1992). 
Neste tipo de produto, as 
características físico-químicas e o
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
11 
conteúdo microbiológico são 
fundamentais, uma vez que deles 
dependerão o atendimento aos 
padrões de identidade e qualidade, 
bem como a vida de prateleira (shelf-life), 
possibilitando ou não a sua 
comercialização (RUSCHEL et al., 
2001). 
Nesse contexto, esta pesquisa 
teve como objetivo de investigar a 
qualidade físico-química do suco de 
acerola vendido por ambulantes nas 
avenidas, Cândido Mendes e São José 
no centro comercial da Cidade de 
Macapá - Amapá. 
METODOLOGIA 
A pesquisa foi realizada no 
centro comercial da cidade de Macapá, 
na qual foram identificados 25 pontos 
de comércio ambulante situadas nas 
Avenidas Cândido Mendes e São José, 
sendo as avenidas de maior fluxo de 
pessoas, e que representa o universo 
amostral estudado. Dos 25 pontos de 
comércio ambulante, identificados no 
centro comercial de Macapá, coletou-se 
uma amostra de suco de acerola de 
cada ponto no período de três meses. 
Os sucos foram coletados em 
sacos plásticos estéreis e 
acondicionados em caixa de material 
isotérmico, com gelo, e transportadas 
para o laboratório. Todos os 
procedimentos técnicos foram 
realizados nos laboratórios da Divisão 
de Produtos Naturais do Instituto de 
Pesquisas Científicas e Tecnológicas 
do Estado do Amapá – IEPA. Para a 
realização da análise físico-química 
foram realizados os seguintes 
procedimentos: 
- Determinação do Teor de Sólidos 
Solúveis (Brix) 
O teor de sólidos solúveis foi 
determinado por Refratometria, 
segundo as normas analíticas do 
Instituto Adolfo Lutz (2006). Sendo 
realizados os seguintes procedimentos: 
Verifique se as superfícies de vidro 
estão limpas, depositar com um bastão 
de vidro, algumas gotas de água 
destilada para fazer a calibração do 
aparelho. Fechar a janela de vidro, 
anotar a temperatura e ajustar a ocular 
para sua visão. No campo circula, 
ajustar as metades claras e escuras 
sem nenhuma cor (arco-íris) entre elas, 
fazendo girar o prima. 
Após deixar a divisão entre estas 
duas metades do campo bastante 
nítida, acertá-la no meio do X do campo 
visual, fazendo girar um segundo 
prisma, se os dois valores ficarem 
idênticos o refratômetro esta calibrado. 
Abrir o refratômetro e enxugar a água 
coloque algumas gotas do suco e fazer 
os mesmos ajustes que foram feitos 
com água destilada. Ler o índice do Brix 
verifique a temperatura, durante a 
leitura, pois o aparelho foi calibrado 
para a leitura a 20°C. 
- Determinação do pH. 
Os valores de pH foram 
determinados em pHmêtro marca 
Digimed MD20. Sendo realizados os 
seguintes procedimentos: Ligar o 
aparelho e esperar aquecer, calibrar o 
pHmetro com tampões 7 e 4 (para 
soluções ácidas) ou de 7 e 10 (para 
soluções básicas). Acertar as 
temperaturas. Usar água destilada para 
lavar o elétrodo, antes de fazer 
qualquer medida, e secar. Determinar o 
pH da amostra fazendo a leitura com 
precisão até 0,01 unidades de pH. 
- Determinação da Acidez Total 
Titulável. 
A acidez titulável foi determinada 
por titulometria com NaOH a 0,01N na 
presença de fenolftaleína e expresso 
em percentagem de acidez total, 
segundo as normas analíticas do
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
12 
Instituto Adolfo Lutz (2006). Sendo 
realizado o seguinte procedimento: 
Pesa-se 1g da amostra em um 
Erlenmeyer de 100ml e adiciona-se 50 
ml de água destilada, mais duas gotas 
de indicador de fenolftaleína. Titula-se 
com solução de hidróxido de sódio 0,1 
ou 0,01 N até coloração rósea. 
Calculo: 
Acidez (%) = Vgxfx100÷P x c 
Vg: volume gasto de Hidróxido de sódio 0,1 ou 
0,01 N 
f: fator da solução de hidróxido de sódio 
P: massa da amostra 
c: correção para solução de Hidróxido de 
sódio 
c=10 para solução de Hidróxido de sódio 0,1 N 
c= 100 para solução de Hidróxido de sódio 
0,01 N 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
O suco da acerola apresenta 
característica química relacionada ao 
ácido málico e outros ácidos como os 
cítricos e succínicos, na qual têm a 
tendência a ceder íons pelo meio 
aquoso, visto serem ácidos fracos. 
Quando esses íons são colocados no 
meio celular, a presença de uma região 
composta por um par ácido-base 
conjugado age como um tampão, 
opondo-se a maturação do pH, fato que 
justifica a alteração desses níveis, dos 
frutos ao longo do armazenamento 
(OLIVEIRA; BASTOS; FEITOSA, 
1999). 
Os sucos de frutas são definidos 
pela Legislação Brasileira, normativa 
Nº 136, em que estabelece os padrões 
de identidade e qualidade, como sendo 
suco de fruta límpido ou turvo extraído 
da fruta, através de processos 
tecnológicos adequados, não 
fermentados, de cor, aroma e sabor 
característicos, submetidos a 
tratamentos que assegura a sua 
apresentação e conservação até o 
momento do consumo (BRASIL, 2000). 
Em obediência à normativa 
apresentada para a acerola, conforme 
Brasil (2000), a cor dessa fruta deve ser 
amarela ou vermelha; possuir sabor 
próprio e ácido; e, aroma próprio 
(Figura 01). O suco da acerola, 
segundo Felipe (1997), apresenta 
grande quantidade de vitamina C, boa 
fonte de vitamina A (caroteno), ferro e 
cálcio, sendo recomendado na dieta 
humana (lactentes, desnutrição, 
envelhecimento e enfermos). 
Figura 01 – Imagem do suco de acerola vendido por ambulantes na Cidade de Macapá - Amapá 
Fonte: Coleta de dados da Pesquisa
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
13 
A Tabela 1 apresenta os 
resultados das análises físico-químicas, 
referente aos 25 sucos de 
acerola coletados dos vendedores 
ambulantes no centro comercial de 
Macapá, sendo os seguintes 
parâmetros analisados °Brix, pH e 
acidez total titulável. 
Tabela 1 - Valores de sólidos solúveis totais 
(°Brix), pH e percentual de acidez total titulável 
(ATT) das amostras analisadas. 
AMOSTRA BRIX pH ATT (%) 
1 15°B 3,64 3,49 
2 11°B 3,89 1,95 
3 16°B 2,55 3,29 
4 12°B 3,93 1,79 
5 15°B 3,41 1,64 
6 17°B 3,09 1,99 
7 18°B 2,62 2,98 
8 13°B 4,02 3,12 
9 15°B 3,90 3,03 
10 15°B 3,33 3,35 
11 12°B 3,75 1,69 
12 15°B 3,72 1,92 
13 15°B 3,54 1,29 
14 15°B 3,37 2,50 
15 13°B 3,36 2,17 
16 15°B 3,15 2,75 
17 15°B 3,12 3,22 
18 11°B 3,05 3,29 
19 12°B 2,92 3,05 
20 13°B 3,70 3,05 
21 15°B 3,26 3,02 
22 11°B 3,26 2,71 
23 14°B 3,73 3,74 
24 14°B 3,73 3,18 
25 12°B 3,38 3,34 
Fonte: Coleta de dados da Pesquisa 
Os sucos de acerola 
apresentaram variação do ºBrix de 11 
a 18°B, tendo como media 13,96°B. 
Os valores para pH foram na sua 
totalidade ácidos com uma variação de 
2,55 a 4,02, tendo como média 3,42. E 
a acidez total titulável variou entre 1,29 
a 3,74%, tendo uma média de 2,7%. 
Das 25 amostras, 52% estavam 
com o ºBrix incompatíveis com os 
resultados obtidos por diversos autores 
que realizaram também estudos com o 
suco de acerola (Tabela 2). A 
legislação brasileira que fixa os 
padrões para sucos de frutas tropicais, 
incluído neste o de acerola, estipula 
valor mínimo de 5,0 °B, contudo, não 
fixa valor máximo. (BRASIL, 2003). 
Com isso, os valores encontrados nas 
diferentes amostras por mais que 
estejam incompatíveis com os 
resultados mencionados 
anteriormente, estão dentro do que 
preconiza a lei. 
O grande número de amostras 
com valores acima dos resultados de 
outros autores pode estar relacionado 
com a quantidade de açúcar adicionado 
ao suco, já que, o ºBrix é usado como 
índice de maturidade para alguns 
frutos, e indica a quantidade de 
substâncias que se encontram 
dissolvidos no suco, sendo constituído 
na sua maioria por açúcares (CHAVES 
et al., 2004). 
Tabela 2 - Valores de sólidos solúveis totais - 
SST (°Brix) de acerolas, segundo diversos 
autores. 
Autores SST (°Brix) 
GONZAGA NETO et al. 
4,70 a 9,20 
(1999) 
GOMES et al. (2000) 5,25 a 8,58 
AGUIAR (2001) 3,76 a 14,10 
PIMENTEL et al. (2001) 5,50 
SOARES et al. (2001) 6,00 a 6,80 
LIMA et al. (2002a) 7,00 a 8,43 
MOURA et al. (2002) 5,70 a 10,00 
NUNES et al. (2002) 8,33 a 11,60 
SANTOS et al.(2002) 9,24 a 13,17 
FRANÇA e NARAIN (2003) 5,70 a 6,50 
Fonte: Freitas et al (2006). 
Os valores de pH dos sucos de 
acerola foram na sua totalidade pH 
ácido. A instrução normativa nº 12 do 
Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento, que estabelece os 
padrões de identidade e qualidade para 
suco tropical de acerola não especifica 
valores para pH, apenas indica que o 
suco deve ser ácido (BRASIL, 2003). 
Contudo, quando comparados os 
resultados obtidos, com os autores da
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
14 
tabela 3, podemos constatar que 88% 
das amostras estão compatíveis com 
pelo menos um dos autores citados. 
Tabela 3 - Valores de pH de acerolas, segundo 
diversos autores. 
Autores pH 
GONZAGA NETO et al. (1999) 3,11 a 3,70 
GOMES et al. (2000) 3,07 a 3,82 
AGUIAR (2001) 3,08 a 3,65 
PIMENTEL et al. (2001) 3,41 
SOARES et al. (2001) 3,30 a 3,33 
LIMA et al. (2002a) 3,11 a 3,41 
MOURA et al. (2002) 3,31 a 3,91 
NUNES et al. (2002) 2,58 a 3,33 
SANTOS et al.(2002) 2,79 a 3,14 
FRANÇA e NARAIN (2003) 3,18 a 3,53 
Fonte: Freitas et al (2006). 
A média da acidez total titulável 
foi 2,7%, comparando com o resultado 
da tabela 4, 68% das amostras 
estavam com valores diferentes dos 
descritos por eles. Entretanto, a 
legislação fixa como valor mínimo 
0,80%, não estabelecendo valor 
máximo, portanto, as amostras estão 
conforme a legislação vigente (BRASIL, 
2003). 
Tabela 4 - Valores de acidez total titulável 
(ATT) de acerolas, segundo diversos autores. 
Autores ATT (%) 
GONZAGA NETO et al. (1999) 0,79 a 1,90 
AGUIAR (2001) 0,89 a 2,10 
LIMA et al. (2002a) 1,04 a 1,87 
MOURA et al. (2002) 0,53 a 1,52 
NUNES et al. (2002) 1,33 a 2,27 
SANTOS et al.(2002) 1,07 a 1,88 
Fonte: Freitas et al (2006). 
As diferenças das características 
físico-químicas do suco de acerola do 
presente trabalho quando comparados 
aos autores mencionados, 
provavelmente, ocorrem por ser 
tratarem de produtos de origem 
diferentes, onde o solo, o ano agrícola, 
o sistema de produção, a forma de 
maturação, o tipo de acerola ou outros 
fatores como o manuseio, transporte, 
acondicionamento e o processamento, 
podem estar afetando as 
características organolépticas do 
produto (CHAVES et al., 2004). 
CONCLUSÃO 
Os mercados nacionais e 
internacionais apresentam uma 
demanda crescente por frutas e seus 
subprodutos, que constituem fontes 
importantes de vitaminas, nutrientes 
reconhecidos como fundamentais para 
a saúde humana. 
Diversos trabalhos têm-se 
direcionado ao estudo de frutas 
tropicais, ressaltando o exotismo de 
seus sabores e aromas. Porém, nem 
sempre a fruta possui uma relação 
acidez/ºBrix atraente ao paladar dos 
consumidores. 
As amostras submetidas às 
análises físico-químicas (sólidos 
solúveis totais, pH e acidez total 
titulável) apresentaram-se na sua 
totalidade, de acordo com a legislação 
vigente, e a grande maioria compatível 
a resultados de outros autores 
mencionados na discussão. 
As razões dos parâmetros físico-químicos 
estarem de acordo com os 
padrões existentes nas legislações e 
estarem influenciando diretamente na 
qualidade das polpas podem ser 
atribuídos a diversas causas, tais 
como: processo de produção 
adequado, alta qualidade da matéria-prima 
e/ou bom estado de conservação 
destas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL, Instrução normativa nº 136. 
Estabelece o regulamento técnico para 
fixação dos padrões de identidade e 
qualidade para suco de frutas. Diário 
Oficial da República Federativa do 
Brasil, 2000. 
BRASIL, Ministério de Estado da 
Agricultura, Pecuária e do
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
15 
Abastecimento. Instrução Normativa 
nº12. Padrões de identidade e 
qualidade gerais para suco tropical. 04 
Set. 2003. 
CHAVES, M. C. V. et al. Caracterização 
físico-química do suco da acerola. 
Revista de Biologia e Ciências da 
Terra. v. 4, n. 2, 2004. 
FRANCO, G. Ácido ascórbico. In: 
Franco, G. Tabela de composição 
química dos alimentos. São Paulo: 
Atheneu, 1992. p.307. 
FELIPE, S.L. de. Avaliação nutricional 
da vitamina C e imunológica de 
pacientes infectados pelo HIV após 
suplementação com acerola. UFPB: 
João Pessoa, Dissertação Mestrado, 
1997, 136p. 
FREITAS, C. A. S. et al. Acerola: 
produção, composição, aspectos 
nutricionais e produtos. Revista 
Brasileira de Agrociências. Pelotas, v. 
12, out./dez. 2006. 
GOMES, J. E. et al. Comportamento de 
propriedades físicas, químicas e 
reológicas do suco de acerola 
armazenado a baixa temperatura. 
Revista Brasileira Engenharia Agrícola 
e Ambiental, Campina Grande, v.5, n.2, 
2001. 
GOMES, P. M. de A. et al. 
Caracterização e isotermas de 
adsorção de umidade da polpa de 
acerola em pó. Revista Brasileira de 
Produtos Agroindustriais, Campina 
Grande, v. 4, n. 2, 2002. 
LOPES, M. S. et al. Análise de minerais 
no suco de acerola ultrafiltrado e 
concentrado por osmose inversa. VI 
Congresso Brasileiro de Engenharia 
Química em Iniciação Científica. 2005. 
NOGUEIRA, R. J. M. C. et al. Efeito do 
estádio de maturação dos frutos nas 
características físico-químicas de 
acerola. Pesquisa Agropecuária 
Brasileira, Brasília, v.37, n.4, 2002. 
OLIVEIRA, M.E.B. de; BASTOS, 
M.S.R.; FEITOSA, T. Avaliação de 
parâmetros de qualidade físico-química 
de polpa congelada de acerola, cajá e 
caju. Ciências e Tecnologia de 
Alimentos, Campinas, v.19, n.3, p.326- 
332. 1999. 
RUSCHEL, C. K. et al. Qualidade 
microbiológica e físico-química de 
sucos de laranja comercializados nas 
vias públicas de Porto Alegre/RS. 
Ciência e Tecnologia de Alimentos. 
Campinas, v. 21, jan./abr, 2001. 
SANTOS, F. A. et al. Análise qualitativa 
de polpas congeladas de frutas, 
produzidas pelo SUFRUTS, MA. 
Revista Higiene Alimentar, São Paulo, 
v.15, n. 119, 2004. 
_______________________________ 
1-Graduação em Biomedicina pela 
Associação Educacional da Amazônia 
mantenedora da Faculdade SEAMA e 
Especialista em Biossegurança pelo 
Instituto Brasileiro de Pós Graduação e 
Extensão, IBPEX - Macapá (AP), Brasil. 
2-Graduação em Enfermagem pela 
Universidade Federal do Amapá e 
Mestrado pelo Programa de Pós 
Graduação em Ciências da Saúde da 
Universidade Federal do Amapá, 
UNIFAP. Funcionário do Governo do 
Estado do Amapá lotado no Laboratório 
Central de Saúde Pública do Amapá - 
LACEN-AP, Macapá, Amapá, Brasil. 
3-Técnica de Enfermagem pelo 
Governo do Estado do Amapá e 
discente do curso de Tecnologia em 
Radiologia Médica da Faculdade de 
Tecnologia do Amapá – Meta, Macapá, 
Amapá, Brasil.
ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 
16 
4-Docente do Programa de Pós 
Graduação em Ciências da Saúde da 
Universidade Federal do Amapá, 
UNIFAP - Macapá (AP), Brasil. 
5-Graduação em Pedagogia pelo 
Instituto de Ensino Superior do Amapá, 
IESAP - Macapá (AP), Brasil. 
6-Graduação em Engenharia Química 
pela Universidade Federal do Pará, 
mestrado em Engenharia Química pela 
Universidade Federal do Pará e 
doutorado em Biodiversidade Tropical 
pela Universidade Federal do Amapá. 
Docente da Faculdade Educacional da 
Amazônia e pesquisador II do Instituto 
de Pesquisas Científicas e 
Tecnológicas do Estado do Amapá na 
área de ciência e tecnologia de 
alimentos. 
Correspondência: Rubens Alex de 
Oliveira Menezes – Laboratório Central 
de Saúde Pública de Macapá – 
LACEN(AP). Endereço: Avenida 
Tancredo Neves, 1118. Bairro: São 
Lázaro, CEP - 68908-530, Setor de 
Bacteriologia, Tel: 
32126175∕81311306∕32235534, 
Macapá – AP, Brasil. E-mail: ra-menezes@ 
hotmail.com

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  • 1. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 9 ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DO SUCO DE ACEROLA VENDIDO POR AMBULANTES NO CENTRO COMERCIAL DE MACAPÁ – AMAPÁ, BRASIL PHYSICAL AND CHEMICAL ANALYSIS OF ACEROLA JUICE BY STREET SOLD IN SHOPPING CENTER MACAPÁ - AMAPÁ, BRAZIL ROMULO LIMA DE SOUSA1; RUBENS ALEX DE OLIVEIRA MENEZES2; PETILLE SANTOS DE SOUZA3; FLÁVIO HENRIQUE FERREIRA BARBOSA4; ISIS RAMOS ALFAIA5; EDILUCI DO SOCORRO TOSTES MALCHER6 RESUMO As frutas desempenham importante papel e têm conquistado novos espaços, tanto no mercado interno como externo. Em análise de alimentos, é de suma importância a determinação de um componente específico do alimento como é o caso da determinação da composição centesimal. São procedimentos realizados com a finalidade de fornecer informações sobre a composição química, físico-química ou física de um alimento. Ela pode ter diferentes finalidades, como: avaliação nutricional de um produto; controle de qualidade do alimento; desenvolvimento de novos produtos e a monitoração da legislação. Desta forma, esta pesquisa foi realizada com o intuito de investigar a qualidade físico-química do suco de acerola vendido por ambulantes nas avenidas, Cândido Mendes e São José no centro comercial da Cidade de Macapá – Amapá, visando caracterizar físico-quimicamente o suco de acerola com relação às normas vigentes do produto. Verificou-se que, de maneira geral, as amostras submetidas às análises físico-químicas (sólidos solúveis totais, pH e acidez total titulável) apresentaram-se na sua totalidade, de acordo com a legislação vigente. As características físico-químicas são fundamentais aos padrões de identidade e qualidade, possibilitando a comercialização do produto com padrões de qualidade para a população. Palavras-chave: Propriedades físico-químicas, suco de acerola, controle de qualidade, saúde pública. ABSTRACT Fruits play an important role and have conquered new spaces, both internal and external market. In food analysis, is of paramount importance to determine a specific food component such as the determination of the chemical composition. Procedures are performed with the purpose of providing information about the physico-chemical or physical chemistry of foods. It can serve different purposes, such as nutritional assessment of a product, quality control of food, new product development and monitoring of legislation. Thus, this research was conducted in order to investigate the physic - chemical quality of acerola juice sold by street vendors in the avenues, São José and Cândido Mendes in the commercial center of the city of Macapá - Amapá, to characterize physic - chemically juice acerola with respect to existing product standards. It was found that, in general, the samples subjected to physicochemical analyzes (total soluble solids, pH and titratable acidity) were in full accordance with current legislation. The physico - chemical characteristics are fundamental to the standards of identity and quality, enabling the commercialization of the product with quality standards for the population. Keywords: Physicochemical properties, acerola juice, quality control, public health.
  • 2. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 10 INTRODUÇÃO A preocupação com a saúde e o corpo, aliada ao ritmo de vida intenso, tem provocado mudanças no hábito alimentar das pessoas, direcionando-as para uma alimentação saudável e ao, mesmo tempo, rápida e de fácil preparo. Nesse contexto, as frutas desempenham importante papel e têm conquistado novos espaços, tanto no mercado interno como externo (LOPES et al., 2005). As frutas são utilizadas como matéria-prima para a elaboração de diferentes produtos alimentícios, dentre os quais sucos, refrescos, geleias, sorvetes e doces. A produção de polpa e suco é, ainda, a principal destinação da fruta, dada sua perecibilidade e acidez. Os frutos da aceroleira apresentam rendimento de suco entre 49% e 75% do seu peso, com elevada acidez (pH 3,3). O teor de água nos frutos é, em média, de 90% (SANTOS et al., 2004). A acerola é um fruto tropical de grande potencial econômico e nutricional, principalmente, devido ao seu alto conteúdo de vitamina C, associado à presença dos carotenoides e antocianinas, destacando este fruto no campo dos alimentos funcionais (FREITAS et al., 2006). A qualidade do suco congelado de acerola é resultado da manutenção de suas propriedades físico-químicas e da quantidade das substâncias componentes próximas às dos patamares do suco “in natura” (GOMES et al., 2001). O teor de vitamina C e outras características atribuídas à qualidade da acerola, tais como coloração, peso e tamanhos dos frutos, teor de sólidos solúveis e pH do suco, além de serem afetadas pela desuniformidade genética dos pomares, sofrem influência de vários outros fatores, como precipitações pluviais, temperatura, atitude, adubação, irrigação e a ocorrência de pragas e doenças (NOGUEIRA et al., 2002). O alto teor de vitamina C e a fragilidade apresentada por este fruto têm motivado diversos estudiosos, em diferentes partes do mundo, a trabalhar com a sua caracterização química e as mais variadas condições de processamento e armazenamento, visando a preservar sua qualidade e seus nutrientes, desde a colheita até o consumi- dor final (FRANCO, 1992). A cor dessa fruta deve ser amarela ou vermelha; possuir sabor próprio e ácido; e, aroma próprio. O suco deve conter no mínimo 60,0% de polpa; sólidos solúveis (no mínimo de 5,0 ºBrix a 20 ºC); acidez total (no mínimo 0,80 g 100g-1); açúcares totais (no máximo 8,5 g 100g-1) e, ácido ascórbico (no mínimo 600 mg 100g-1) (CHAVES et al., 2004). Os açúcares solúveis presentes nos frutos na forma combinada são responsáveis pela doçura, sabor e cor atrativas como derivado das antocianinas e pela textura, quando combinados adequadamente polissacarídeos estruturais. Os principais açúcares em frutos são: glicose, frutose e sacarose em proporções variadas, de acordo com a espécie. O teor de açúcares aumenta com a maturação dos frutos (GOMES et al., 2002). No que se refere às características físico-químicas, reporta-se que as mesmas são função das condições climáticas, do estádio de maturação, do local de plantio e da época da colheita. Com isso, o conteúdo de ácido ascórbico e de hidroascórbico também sofre influências desses fatores (FRANCO, 1992). Neste tipo de produto, as características físico-químicas e o
  • 3. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 11 conteúdo microbiológico são fundamentais, uma vez que deles dependerão o atendimento aos padrões de identidade e qualidade, bem como a vida de prateleira (shelf-life), possibilitando ou não a sua comercialização (RUSCHEL et al., 2001). Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo de investigar a qualidade físico-química do suco de acerola vendido por ambulantes nas avenidas, Cândido Mendes e São José no centro comercial da Cidade de Macapá - Amapá. METODOLOGIA A pesquisa foi realizada no centro comercial da cidade de Macapá, na qual foram identificados 25 pontos de comércio ambulante situadas nas Avenidas Cândido Mendes e São José, sendo as avenidas de maior fluxo de pessoas, e que representa o universo amostral estudado. Dos 25 pontos de comércio ambulante, identificados no centro comercial de Macapá, coletou-se uma amostra de suco de acerola de cada ponto no período de três meses. Os sucos foram coletados em sacos plásticos estéreis e acondicionados em caixa de material isotérmico, com gelo, e transportadas para o laboratório. Todos os procedimentos técnicos foram realizados nos laboratórios da Divisão de Produtos Naturais do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – IEPA. Para a realização da análise físico-química foram realizados os seguintes procedimentos: - Determinação do Teor de Sólidos Solúveis (Brix) O teor de sólidos solúveis foi determinado por Refratometria, segundo as normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (2006). Sendo realizados os seguintes procedimentos: Verifique se as superfícies de vidro estão limpas, depositar com um bastão de vidro, algumas gotas de água destilada para fazer a calibração do aparelho. Fechar a janela de vidro, anotar a temperatura e ajustar a ocular para sua visão. No campo circula, ajustar as metades claras e escuras sem nenhuma cor (arco-íris) entre elas, fazendo girar o prima. Após deixar a divisão entre estas duas metades do campo bastante nítida, acertá-la no meio do X do campo visual, fazendo girar um segundo prisma, se os dois valores ficarem idênticos o refratômetro esta calibrado. Abrir o refratômetro e enxugar a água coloque algumas gotas do suco e fazer os mesmos ajustes que foram feitos com água destilada. Ler o índice do Brix verifique a temperatura, durante a leitura, pois o aparelho foi calibrado para a leitura a 20°C. - Determinação do pH. Os valores de pH foram determinados em pHmêtro marca Digimed MD20. Sendo realizados os seguintes procedimentos: Ligar o aparelho e esperar aquecer, calibrar o pHmetro com tampões 7 e 4 (para soluções ácidas) ou de 7 e 10 (para soluções básicas). Acertar as temperaturas. Usar água destilada para lavar o elétrodo, antes de fazer qualquer medida, e secar. Determinar o pH da amostra fazendo a leitura com precisão até 0,01 unidades de pH. - Determinação da Acidez Total Titulável. A acidez titulável foi determinada por titulometria com NaOH a 0,01N na presença de fenolftaleína e expresso em percentagem de acidez total, segundo as normas analíticas do
  • 4. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 12 Instituto Adolfo Lutz (2006). Sendo realizado o seguinte procedimento: Pesa-se 1g da amostra em um Erlenmeyer de 100ml e adiciona-se 50 ml de água destilada, mais duas gotas de indicador de fenolftaleína. Titula-se com solução de hidróxido de sódio 0,1 ou 0,01 N até coloração rósea. Calculo: Acidez (%) = Vgxfx100÷P x c Vg: volume gasto de Hidróxido de sódio 0,1 ou 0,01 N f: fator da solução de hidróxido de sódio P: massa da amostra c: correção para solução de Hidróxido de sódio c=10 para solução de Hidróxido de sódio 0,1 N c= 100 para solução de Hidróxido de sódio 0,01 N RESULTADOS E DISCUSSÕES O suco da acerola apresenta característica química relacionada ao ácido málico e outros ácidos como os cítricos e succínicos, na qual têm a tendência a ceder íons pelo meio aquoso, visto serem ácidos fracos. Quando esses íons são colocados no meio celular, a presença de uma região composta por um par ácido-base conjugado age como um tampão, opondo-se a maturação do pH, fato que justifica a alteração desses níveis, dos frutos ao longo do armazenamento (OLIVEIRA; BASTOS; FEITOSA, 1999). Os sucos de frutas são definidos pela Legislação Brasileira, normativa Nº 136, em que estabelece os padrões de identidade e qualidade, como sendo suco de fruta límpido ou turvo extraído da fruta, através de processos tecnológicos adequados, não fermentados, de cor, aroma e sabor característicos, submetidos a tratamentos que assegura a sua apresentação e conservação até o momento do consumo (BRASIL, 2000). Em obediência à normativa apresentada para a acerola, conforme Brasil (2000), a cor dessa fruta deve ser amarela ou vermelha; possuir sabor próprio e ácido; e, aroma próprio (Figura 01). O suco da acerola, segundo Felipe (1997), apresenta grande quantidade de vitamina C, boa fonte de vitamina A (caroteno), ferro e cálcio, sendo recomendado na dieta humana (lactentes, desnutrição, envelhecimento e enfermos). Figura 01 – Imagem do suco de acerola vendido por ambulantes na Cidade de Macapá - Amapá Fonte: Coleta de dados da Pesquisa
  • 5. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 13 A Tabela 1 apresenta os resultados das análises físico-químicas, referente aos 25 sucos de acerola coletados dos vendedores ambulantes no centro comercial de Macapá, sendo os seguintes parâmetros analisados °Brix, pH e acidez total titulável. Tabela 1 - Valores de sólidos solúveis totais (°Brix), pH e percentual de acidez total titulável (ATT) das amostras analisadas. AMOSTRA BRIX pH ATT (%) 1 15°B 3,64 3,49 2 11°B 3,89 1,95 3 16°B 2,55 3,29 4 12°B 3,93 1,79 5 15°B 3,41 1,64 6 17°B 3,09 1,99 7 18°B 2,62 2,98 8 13°B 4,02 3,12 9 15°B 3,90 3,03 10 15°B 3,33 3,35 11 12°B 3,75 1,69 12 15°B 3,72 1,92 13 15°B 3,54 1,29 14 15°B 3,37 2,50 15 13°B 3,36 2,17 16 15°B 3,15 2,75 17 15°B 3,12 3,22 18 11°B 3,05 3,29 19 12°B 2,92 3,05 20 13°B 3,70 3,05 21 15°B 3,26 3,02 22 11°B 3,26 2,71 23 14°B 3,73 3,74 24 14°B 3,73 3,18 25 12°B 3,38 3,34 Fonte: Coleta de dados da Pesquisa Os sucos de acerola apresentaram variação do ºBrix de 11 a 18°B, tendo como media 13,96°B. Os valores para pH foram na sua totalidade ácidos com uma variação de 2,55 a 4,02, tendo como média 3,42. E a acidez total titulável variou entre 1,29 a 3,74%, tendo uma média de 2,7%. Das 25 amostras, 52% estavam com o ºBrix incompatíveis com os resultados obtidos por diversos autores que realizaram também estudos com o suco de acerola (Tabela 2). A legislação brasileira que fixa os padrões para sucos de frutas tropicais, incluído neste o de acerola, estipula valor mínimo de 5,0 °B, contudo, não fixa valor máximo. (BRASIL, 2003). Com isso, os valores encontrados nas diferentes amostras por mais que estejam incompatíveis com os resultados mencionados anteriormente, estão dentro do que preconiza a lei. O grande número de amostras com valores acima dos resultados de outros autores pode estar relacionado com a quantidade de açúcar adicionado ao suco, já que, o ºBrix é usado como índice de maturidade para alguns frutos, e indica a quantidade de substâncias que se encontram dissolvidos no suco, sendo constituído na sua maioria por açúcares (CHAVES et al., 2004). Tabela 2 - Valores de sólidos solúveis totais - SST (°Brix) de acerolas, segundo diversos autores. Autores SST (°Brix) GONZAGA NETO et al. 4,70 a 9,20 (1999) GOMES et al. (2000) 5,25 a 8,58 AGUIAR (2001) 3,76 a 14,10 PIMENTEL et al. (2001) 5,50 SOARES et al. (2001) 6,00 a 6,80 LIMA et al. (2002a) 7,00 a 8,43 MOURA et al. (2002) 5,70 a 10,00 NUNES et al. (2002) 8,33 a 11,60 SANTOS et al.(2002) 9,24 a 13,17 FRANÇA e NARAIN (2003) 5,70 a 6,50 Fonte: Freitas et al (2006). Os valores de pH dos sucos de acerola foram na sua totalidade pH ácido. A instrução normativa nº 12 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que estabelece os padrões de identidade e qualidade para suco tropical de acerola não especifica valores para pH, apenas indica que o suco deve ser ácido (BRASIL, 2003). Contudo, quando comparados os resultados obtidos, com os autores da
  • 6. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 14 tabela 3, podemos constatar que 88% das amostras estão compatíveis com pelo menos um dos autores citados. Tabela 3 - Valores de pH de acerolas, segundo diversos autores. Autores pH GONZAGA NETO et al. (1999) 3,11 a 3,70 GOMES et al. (2000) 3,07 a 3,82 AGUIAR (2001) 3,08 a 3,65 PIMENTEL et al. (2001) 3,41 SOARES et al. (2001) 3,30 a 3,33 LIMA et al. (2002a) 3,11 a 3,41 MOURA et al. (2002) 3,31 a 3,91 NUNES et al. (2002) 2,58 a 3,33 SANTOS et al.(2002) 2,79 a 3,14 FRANÇA e NARAIN (2003) 3,18 a 3,53 Fonte: Freitas et al (2006). A média da acidez total titulável foi 2,7%, comparando com o resultado da tabela 4, 68% das amostras estavam com valores diferentes dos descritos por eles. Entretanto, a legislação fixa como valor mínimo 0,80%, não estabelecendo valor máximo, portanto, as amostras estão conforme a legislação vigente (BRASIL, 2003). Tabela 4 - Valores de acidez total titulável (ATT) de acerolas, segundo diversos autores. Autores ATT (%) GONZAGA NETO et al. (1999) 0,79 a 1,90 AGUIAR (2001) 0,89 a 2,10 LIMA et al. (2002a) 1,04 a 1,87 MOURA et al. (2002) 0,53 a 1,52 NUNES et al. (2002) 1,33 a 2,27 SANTOS et al.(2002) 1,07 a 1,88 Fonte: Freitas et al (2006). As diferenças das características físico-químicas do suco de acerola do presente trabalho quando comparados aos autores mencionados, provavelmente, ocorrem por ser tratarem de produtos de origem diferentes, onde o solo, o ano agrícola, o sistema de produção, a forma de maturação, o tipo de acerola ou outros fatores como o manuseio, transporte, acondicionamento e o processamento, podem estar afetando as características organolépticas do produto (CHAVES et al., 2004). CONCLUSÃO Os mercados nacionais e internacionais apresentam uma demanda crescente por frutas e seus subprodutos, que constituem fontes importantes de vitaminas, nutrientes reconhecidos como fundamentais para a saúde humana. Diversos trabalhos têm-se direcionado ao estudo de frutas tropicais, ressaltando o exotismo de seus sabores e aromas. Porém, nem sempre a fruta possui uma relação acidez/ºBrix atraente ao paladar dos consumidores. As amostras submetidas às análises físico-químicas (sólidos solúveis totais, pH e acidez total titulável) apresentaram-se na sua totalidade, de acordo com a legislação vigente, e a grande maioria compatível a resultados de outros autores mencionados na discussão. As razões dos parâmetros físico-químicos estarem de acordo com os padrões existentes nas legislações e estarem influenciando diretamente na qualidade das polpas podem ser atribuídos a diversas causas, tais como: processo de produção adequado, alta qualidade da matéria-prima e/ou bom estado de conservação destas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Instrução normativa nº 136. Estabelece o regulamento técnico para fixação dos padrões de identidade e qualidade para suco de frutas. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2000. BRASIL, Ministério de Estado da Agricultura, Pecuária e do
  • 7. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 15 Abastecimento. Instrução Normativa nº12. Padrões de identidade e qualidade gerais para suco tropical. 04 Set. 2003. CHAVES, M. C. V. et al. Caracterização físico-química do suco da acerola. Revista de Biologia e Ciências da Terra. v. 4, n. 2, 2004. FRANCO, G. Ácido ascórbico. In: Franco, G. Tabela de composição química dos alimentos. São Paulo: Atheneu, 1992. p.307. FELIPE, S.L. de. Avaliação nutricional da vitamina C e imunológica de pacientes infectados pelo HIV após suplementação com acerola. UFPB: João Pessoa, Dissertação Mestrado, 1997, 136p. FREITAS, C. A. S. et al. Acerola: produção, composição, aspectos nutricionais e produtos. Revista Brasileira de Agrociências. Pelotas, v. 12, out./dez. 2006. GOMES, J. E. et al. Comportamento de propriedades físicas, químicas e reológicas do suco de acerola armazenado a baixa temperatura. Revista Brasileira Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.5, n.2, 2001. GOMES, P. M. de A. et al. Caracterização e isotermas de adsorção de umidade da polpa de acerola em pó. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 4, n. 2, 2002. LOPES, M. S. et al. Análise de minerais no suco de acerola ultrafiltrado e concentrado por osmose inversa. VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica. 2005. NOGUEIRA, R. J. M. C. et al. Efeito do estádio de maturação dos frutos nas características físico-químicas de acerola. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.37, n.4, 2002. OLIVEIRA, M.E.B. de; BASTOS, M.S.R.; FEITOSA, T. Avaliação de parâmetros de qualidade físico-química de polpa congelada de acerola, cajá e caju. Ciências e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.19, n.3, p.326- 332. 1999. RUSCHEL, C. K. et al. Qualidade microbiológica e físico-química de sucos de laranja comercializados nas vias públicas de Porto Alegre/RS. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Campinas, v. 21, jan./abr, 2001. SANTOS, F. A. et al. Análise qualitativa de polpas congeladas de frutas, produzidas pelo SUFRUTS, MA. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v.15, n. 119, 2004. _______________________________ 1-Graduação em Biomedicina pela Associação Educacional da Amazônia mantenedora da Faculdade SEAMA e Especialista em Biossegurança pelo Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão, IBPEX - Macapá (AP), Brasil. 2-Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Amapá e Mestrado pelo Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Amapá, UNIFAP. Funcionário do Governo do Estado do Amapá lotado no Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá - LACEN-AP, Macapá, Amapá, Brasil. 3-Técnica de Enfermagem pelo Governo do Estado do Amapá e discente do curso de Tecnologia em Radiologia Médica da Faculdade de Tecnologia do Amapá – Meta, Macapá, Amapá, Brasil.
  • 8. ISSN 2318-4752 – Volume 1, N2, 2013 16 4-Docente do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Amapá, UNIFAP - Macapá (AP), Brasil. 5-Graduação em Pedagogia pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá, IESAP - Macapá (AP), Brasil. 6-Graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará, mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará e doutorado em Biodiversidade Tropical pela Universidade Federal do Amapá. Docente da Faculdade Educacional da Amazônia e pesquisador II do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá na área de ciência e tecnologia de alimentos. Correspondência: Rubens Alex de Oliveira Menezes – Laboratório Central de Saúde Pública de Macapá – LACEN(AP). Endereço: Avenida Tancredo Neves, 1118. Bairro: São Lázaro, CEP - 68908-530, Setor de Bacteriologia, Tel: 32126175∕81311306∕32235534, Macapá – AP, Brasil. E-mail: ra-menezes@ hotmail.com