Em um mundo onde os hábitos de consumo são incentivados de forma crescente, qual o papel do cristão e como deve ser sua postura frente a essa busca desenfreada e insustentável pelo ter?
O desafio da simplicidade - A Bíblia e os hábitos de consumo
1. O Desafio da Simplicidade
A prática do consumo e do cultivo de
patrimônio do ponto de vista de uma
vida cristã saudável
2. Mateus 6.19-21,24
"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a
traça e a ferrugem corroem e onde ladrões
escavam e roubam mas ajuntai para vós
tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem
corroem e onde ladrões não minam nem
roubam: Para onde está o teu tesouro, aí estará
o seu coração também."
"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou
há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a
um e desprezará o outro. Não podeis servir a
Deus e Mamom (às riquezas)."
3. John Piper comenta:
"Ora, o que este versículo aparentemente
simples nos diz? Entendo que a palavra
tesouro significa “o objeto amado”. E a
palavra “coração” entendo que significa “o
órgão que ama”. Por isso, leio assim este
versículo: “Onde estiver o objeto que você
ama, ali estará o órgão que ama”. Se o
objeto de seu amor é Deus, que está no céu,
o seu coração estará com ele no céu. Você
estará com Deus. Todavia, se o objeto de
seu amor é o dinheiro e as coisas da terra, o
seu coração estará na terra. Você estará na
terra, separado de Deus.”
4. MAMOM:
A tradução literal da palavra hebraica "Mamom"
ןֹומָמ) ) significa literalmente "dinheiro".
Na tradição judaica pré-cristã, o termo era
empregado para descrever riqueza material e
suas relações com a cobiça e a avareza.
5. MAMOM:
Personificado em
algumas tradições
como um demônio,
teria a aparência de
um nobre deformado
que carrega um
grande saco de
moedas de ouro, e
"suborna" os humanos
para obter suas almas.
6. A lição de Victor Lebow...
“A nossa enorme economia
produtiva exige que façamos do
consumo nossa forma de vida,
que tornemos a compra e uso
de bens em rituais, que
procuremos a nossa satisfação
espiritual, a satisfação do nosso
ego, no consumo. Precisamos
que as coisas sejam
consumidas, destruídas,
substituídas e descartadas a um
ritmo cada vez maior.”
7. ... e seus dedobramentos hoje:
Após o 11 de setembro, o presidente norte-americano
Jorge W. Bush, em um
pronunciamento oficial à nação, poderia ter
sugerido que os americanos refletissem em seu
luto, orassem, meditassem, tivessem esperança
em um amanhã melhor.
Mas não, ele pediu que comprassem.
Não mais um cidadão, mas um consumidor.
8. ... e seus dedobramentos hoje:
Na América do Norte, 99% daquilo que é
extraído, processado e comercializado está fora
de uso 6 meses depois de adquirido.
Se toda a humanidade consumisse assim,
seriam 3 planetas Terra e meio por ano para
manter o consumo
9. consumo
x
satisfação
Fontes: PIB: GGDC (2006);
SV: European Commission (1973-2005) e
Veenhoven (2006)
10. Richard Forster:
"Todos os seguidores de Cristo
são chamados a um voto de
simplicidade. Não é uma opção
que devamos aceitar ou rejeitar
em função de nossas preferências
pessoais. Todos os que chamam
Cristo de Salvador e Senhor têm a
obrigação de seguir o que Ele diz,
e o apelo de Jesus para um
discípulo na questão de dinheiro
pode ser mais bem sintetizado em
uma única palavra: simplicidade."
11. É na simplicidade que encontramos o
caminho da excelência:
Viver de maneira simples é imitar a Cristo em seu estilo
de Vida. Ele viveu sem ostentação como descreve o
profeta Isaias (Is. 53.2):
"Ele cresceu diante dele
como um broto tenro
e como uma raiz saída de uma terra seca.
Ele não tinha qualquer beleza
ou majestade que nos atraísse,
nada havia em sua aparência
para que o desejássemos."
12. É na simplicidade que encontramos o
caminho da excelência:
Esvaziou-se de si e tomou forma de servo (Fp. 2.5-7):
"Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus,
que, embora sendo Deus, não considerou que o ser
igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas
esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se
semelhante aos homens."
13. É na simplicidade que encontramos o
caminho da excelência:
sua vida foi intensamente marcada pela simplicidade,
desprovido de estabilidade financeira (Mt. 8.18-20):
"Quando Jesus viu a multidão ao seu redor, deu ordens
para que atravessassem para o outro lado do mar.
Então, um mestre da lei aproximou-se e disse: "Mestre,
eu te seguirei por onde quer que fores". Jesus
respondeu: "As raposas têm suas tocas e as aves do
céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem
onde repousar a cabeça"."
14. É na simplicidade que encontramos o
caminho da excelência:
em sua profissão, optou por dignidade e simplicidade
(Mc.6.3):
"Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de
Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as
suas irmãs?" E ficavam escandalizados por causa dele."
15. Mateus 6.25-29
"Portanto eu digo: Não se preocupem com sua própria
vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu
próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais
importante que a comida, e o corpo mais importante que
a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem
colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai
celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do
que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe,
pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? "Por
que vocês se preocupam com roupas? Vejam como
crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem
tecem. Contudo, eu digo que nem Salomão, em todo o
seu esplendor, vestiu-se como um deles."
16. Mateus 6.30-34
"Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe
e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a
vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se
preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou 'Que
vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?' Pois os pagãos é
que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial
sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em
primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas
essas coisas serão acrescentadas a vocês. Portanto,
não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará
as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu
próprio mal."
17. Jigme Singye Wangchuck, rei do Butão
Subiu ao trono em 1972, aos 17
anos.
No mesmo ano criou o conceito de
FIB - em resposta a críticas que
afirmavam que a economia do seu
país crescia miseravelmente. Esta
criação assinalou o seu
compromisso de construir uma
economia adaptada à cultura do
país, baseada nos valores
espirituais budistas.
18. Felicidade Interna Bruta (FIB):
Enquanto os modelos
tradicionais de
desenvolvimento têm como
objectivo primordial o
crescimento econômico, o
conceito de FIB baseia-se no
princípio de que o verdadeiro
desenvolvimento de uma
sociedade humana surge
quando o desenvolvimento
espiritual e o desenvolvimento
material são simultâneos,
assim se complementando e
reforçando mutuamente.
19. Pilares da Felicidade Interna Bruta (FIB):
Promoção do desenvolvimento Educacional para a Inclusão Social
Preservação e promoção dos Valores Culturais
Resiliência Ecológica na base do Desenvolvimento Sustentável
Estabelecimento da Boa Governança
Preservação dos Valores capazes de garantirem a Vitalidade
Comunitária
Saúde na Garantia da Vida
Desenvolvimento Sustentável para a Inclusão e potencialização do
Padrão de Vida
Diminuição da jornada de trabalho na promoção do tempo livre e do
Lazer