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GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
ÍNDICE
Momentos históricos 4-2
O efeito fotovoltaico 4-4
As tecnologias 4-7
As aplicações 4-10
4-17Plataformas de energias renováveis
4-19Energia fotovoltaica no espaço ... hoje !
4-20Actividades didácticas
4-22
Para saber mais ...
4-1
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Momentos históricos ...
1839 Edmund Becquerel, físico experimental francês,
descobriu o efeito photovoltaico num electrólito.
1873 Willoughby Smith descobriu o efeito fotovoltaico
num material semi-conductor, o Selénio.
1876 Adams e Day detectam igualmente o fenómeno
no Selénio e constroem a primeira célula
fotovoltaica com rendimento estimado de 1% (!)
1883 Charles Fritts, um inventor americano, descreveu
as primeiras células solares construídas a partir
de camadas – “wafers” - de Selénio.
1887 Heinrich Hertz descobriu que a influência da
radiação ultravioleta na descarga eléctrica que
provoca uma faísca entre dois elétrodos do
metal.
1904 Hallwachs descobriu que uma combinação de
metais eram sensíveis à luz.
1914 Nesta altura já se conhecia a existência de uma
barreira de potencial em dispositivos
fotovoltaicos.
1916 Millikan forneceu a prova experimental do efeito
fotoeléctrico.
1918 O cientista polaco Czochralski desenvolveu um
processo de crescimento de cristais de Silício
(Si) a partir de um único cristal.
1923 Albert Einstein recebeu o prémio Nobel pelos trabalhos do efeito fotoelétrico
1940/50 Desenvolve-se o método Czochralski para obtenção de Si de elevado
grau de pureza, sob a forma de lingote monocristalino, para fins industriais.
1951 O desenvolvimento de uma junção n-p permitiu a produção de células a
partir de um único-cristal de Germânio (Ge).
Edmund Becquerel [1820-1891]
William Adams [1836-1915]
Albert Einstein [1836-1915]
4-2
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Momentos históricos ... (2)
1954 Realização prática da primeira célula solar
de Si monocristalino (Pearson, Fuller,
Chapin). Descoberta do efeito fotovoltaico
no Arsenieto de Gálio (GaAs), por Welker,
e em cristais de Sulfureto de Cádmio
(CdS), por Reynolds e Leies.
1956 Primeiras aplicações terrestres da
conversão fotovoltaica (luzes de flash,
bóias de navegação, telecomunicações).
1958 Primeiras aplicações espaciais - satélite
VANGUARD-1 – que continuaram com o
satélite EXPLORER-6, a nave espacial
NIMBUS (1964) com um sistema de 470
Wp, o observatório ORBITING (1966) com
1 kWp e o satélite OVI-13 (1968), lançado
com dois painéis de CdS.
1959 Realização das primeiras células de Si
multicristalino.
1963 No Japão, foi instalado num farol, um
sistema com 242 Wp fotovoltaicos (a
maior do mundo desse tempo).
1972 Com tecnologia de células CdS, foi
instalado pela França, na cidade de Niger,
um sistema que alimentava uma televisão
difundindo a Tele-escola.
1976 Fabrico das 1ªs células de Si amorfo
(Carlson e Wronski da RCA).
1981- 83 Foram instalados sistemas de
demonstração, vocacionados para
aplicações de electrificação de edifícios,
produção de água potável, etc.
1982 A produção mundial fotovoltaica
ultrapassou 9,3 MW e, desde então não
tem parado de crescer ....
Satélite VANGUARD-1 (1958)
Nave espacial NIMBUS (1964)
4-3
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
O efeito fotovoltaico (1)
Para compreender melhor o
funcionamento da célula
fotovoltaica, devemos entender o
conceito de eficiência da
conversão - quociente entre a
irradiação solar que incide na área
da célula e a energia eléctrica que
é produzida. Melhorando a
eficiência da célula fotovoltaica,
corresponde a afirmar que os
sistemas fotovoltaicos podem
tornar-se cada vez mais
competitivos relativamente à
produção de energia eléctrica com
combustíveis fósseis.
As células fotovoltaicas convertem a irradiação solar em electricidade a
partir de processos que se desenvolvem ao nível atômico nos materiais
de que são constituídas. A verdadeira compreensão deste fenómeno,
levou cerca de cem anos a esclarecer, embora o processo de produzir
corrente eléctrica em meio contínuo tenha sido relatado desde 1839.
Durante a segunda
metade do séc. XX
assistiu-se à sucessiva
ultrapassagem dos
principais problemas de
fabrico, de um
aumento de eficiência,
de tal forma que o
custo deste tipo de
sistema - de produção
alternativa de energia -
reduziu
significativamente
Célula Módulo Instalação
4-4
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
O efeito fotovoltaico (2)
Os principais componentes da célula fotovoltaica – também designada
pilha fotovoltaica – correspondem às camadas (em sanduiche) de
materiais semiconductores onde é produzida a corrente eléctrica.
Existem um número variado de materiais adequados para serem
utilizados “como uma pilha”, todos com vantagens e inconvenientes.
Não se pode dizer actualmente, que existe um material semiconductor
“ideal”, pois a sua utilização está directamente ligada à aplicação, ao
seu custo, eficiência e duração.
Se compararmos a eficiência das primeiras células fotovoltaicas (anos
50) de 1 a 2%, com os sistemas actuais que convertem de 8 a 20%,
assim com os métodos avançados de fabrico de módulos
fotovoltaicos, podemos concluir, que em numerosas aplicações de
electrificação – rural, remota, urbana, escolar, conexação à rede – já
é económicamente viável a sua utilização além do compromisso que
estabelece com o consumidor, o uso de uma fonte de produção de
energia não poluente.
Fotões
Material
semiconductor
Zona de
transição
Contactos metálicos frontais
Contactos metálicos
posteriores
Corrente
E=hν
Carga
Além dos materiais semiconductores, a célula fotovoltaica apresenta
dois contactos metálicos, em lados opostos, para fechar o circuito
eléctrico. O conjunto encontra-se encapsulado entre um vidro e um
fundo, essencialmente para evitar a sua degradação com os factores
atmosféricos – vento, chuva, poeira, vapor, etc. – e assim manter as
condições ideais de operação por dezenas de anos.
4-5
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
O efeito fotovoltaico (3)
Composição de módulo fotovoltaico
Vidro temperado
Revestimento
Etileno-acetato
de Vinil (VA)
Caixa de
junção (+, -)
Vidro de elevada transmissividade
Revestimento
de silicone
Sandwich
Tedlar/Polyester
Célula PV
Caixilho de alumínio
Célula PV
4-6
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
As tecnologias (1)
Tipos e células e películas fotovoltaicas
Silício monocristalino (c-Si)
Silício multicristalino (m-Si)
Células
convencionais
Películas
finas
Silício amorfo
(a-Si)
Arsenieto de
gálio (GaAs)
di-Selenieto de
Cobre e Índio (CIS)
Telurieto de
Cádmio (CdTe)
Compostos
policristalinos
Eficiência de conversão
4-7
Tecnologia
Silício monocristalino
Silício multicristalino
Silício amorfo
Selenieto de Cobre e
Índio
Telurieto de Cádmio
max (célula)
(Laboratório)
24,7 %
19,8 %
12,7 %
18,2 %
16,0 %
max (módulo)
22,7
15,3
-
12,1
10,5
típ.
(Indústria)
12 a 16 %
11 a 14 %
5 a 8 %
-
-
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
As tecnologias (2)
Esquema de funcionamento de Sistema autónomo fotovoltaico
(120Wp) - INETI, Lisboa
Regulador de carga
Carga DC
Carga AC
Inversor
Acumuladores
(Baterias)
Módulos Si
monocristalino
Quadro
eléctrico
4-8
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
As tecnologias (3)
Caracterização de módulo fotovoltaico e região de
funcionamento
A cinzento indica-se a
região de funcionamento
do módulo quando ligado
a uma bateria de 12V
P a r â m e t r o s c a r a c t e r ís t i c o s
V o c – t e n s ã o e m c ir c u it o a b e r t o , q u a n d o I = 0 ,
Is c – c o r r e n t e d e c u r t o c ir c u it o , p a r a V = 0 ,
P m p – p o t ê n c i a m á x im a q u e s e p o d e e x t r a i r d a c é l u l a ( p r o d u t o IV
m á x i m o ) ,
V m p – t e n s ã o p a r a a q u a l o c o r r e p o t ê n c i a m á x im a ,
Im p – c o r r e n t e p r o d u z id a n o p o n t o d e p o t ê n c i a m á x im a .
4-9
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Aplicações (1)
Recurso Solar em Portugal
Entre os países da UE, Portugal continental apresenta um dos
mais elevados recursos solares:
1400 – 1800 kWh/m2
/ano (Irradiação no plano horizontal)
4-10
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Aplicações (2)
Estimativa da produção eléctrica fotovoltaica
4-11
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
As aplicações (3)
TIPOLOGIAS
Sistemas autónomos/híbridos
• Electrificação de casas em
locais isolados (meio rural).
• Bombagem de água (sistema
directo).
• Sinalização (bóias marítimas,
faróis, aeroportos, passagens
de nível, etc.).
• Sistemas de telecomunicações
(TV, rádio, telefone).
• Dessalinização de água do mar.
• Protecção catódica.
• Aplicações de micro-potência
(rádios portáteis, relógios,
calculadoras, etc.).
Sistemas ligados à rede
• Integração em edifícios.
• Centrais fotovoltaicas.
ESPECIFICIDADES
Vantagens
• Benignos do ponto de vista ambiental
• Modulares e sem partes móveis (sujeitas a desgaste)
• Inexistência de ruídos ou cheiros;
• Reduzida exigência de manutenção;
• Elevado ciclo de vida (20-30 anos no caso do Silício cristalino)
Inconvenientes
• Elevado custo de instalação
•módulos (3-4 €/Wp) e sistemas (6-12 €/Wp)
• Rendimento relativamente baixo (10-15%)
• Reduzida densidade de potência (100-150 W/m2
)
4-12
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
As aplicações (4)
Sistema de iluminação e TV em
Moradia - Beira Alta
ELECTRIFICAÇÃO RURAL
Sistema de iluminação e
refrigeração – Casa-Abrigo do
Covão da Ponte – Manteigas
Sistema de iluminação e refrigeração
em restaurante – Costa Vicentina
Sistema de iluminação e TV em
Moradia - Algarve
4-13
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
As aplicações (5)
SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES
Retransmissores de TV (sistemas
híbridos eólico-fotovoltaicos)
Telefones SOS - Brisa (AE, IPs)
SISTEMAS EM ESCOLAS
Projecto AMPER - Escolas PV
(Alentejo, 2004)
• Escola Secundária de Moura - 25 kWp
• Escola Básica de Amareleja - 35 kWp
• Escola Profissional de Moura - 15 kWp
4-14
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
As aplicações (6)
Mini-redes de distribuição de energia eléctrica
Barcelos – Central de S. Brás (PV= 4,96 kWp)
Projecto de Ourique
[2000, Thermie]
3 centrais híbridas
independentes, geridas pela EDP,
alimentando 5 aldeias isoladas no
concelho de Ourique, através de
mini-redes de distribuição (55
casas, iluminação pública,
bombagem de água).
Potência instalada
Sistemas Fotovoltaicos 42 kWp
Sistemas eólicos 55 kW
Sistemas diesel 3x15 kW
Ourique – Central de Cismalhas
(PV = 21 kWp; Eólico = 2 x 15 kW)
Ourique – Central de Monte Corte Coelho
(PV = 10,5 kWp)
Central de S. Brás
[2003,Barcelos]
Sistema fotovoltaico com 4,96
kWp, conectado à rede (PRE),
projectada e instalada pela
SunTechnics/COEPTUM
Engenharia.
Fornece à rede a totalidade da energia
eléctrica produzida (~0,5 €/kWh)
4-15
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
As aplicações (7)
Sistemas integrados conectados à rede eléctrica
Lisboa – Parque das Nações (21 kWp)
Projecto BP Sunflower
[1998-2000]
14 sistemas integrados em
coberturas de estações de
serviço da BP.
Potência por sistema: 14-22 kWp
Potência total: ~250 kWp
Setúbal – Edifício EDP (10 kWp)
Projecto EDP-Setúbal
[1994, Thermie]
Sistemas interligados com a
rede de baixa tensão (BT)
instalados em edifícios da EDP
de Setúbal
Potência: 10 kWp
Faro – Edifício EDP (5 kWp)
Projecto EDP-Faro
[1996, Thermie]
Sistemas interligados com a
rede de baixa tensão (BT)
instalados em edifícios da EDP
de Faro
Potência: 5 kWp
4-16
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Plataformas de energias renováveis (1)
Departamento de Energias Renováveis
O Departamento de Energias Renováveis do INETI tem como missão o
desenvolvimento do conhecimento técnico e científico na área das Energias
Renováveis e temas afins, visando dotar o País de saber-como na vanguarda
destas áreas, bem como de infraestruturas de apoio ao sector industrial,
nomeadamente através dos seus Laboratórios.
Única entidade nacional a cobrir
simultaneamente a quase
totalidade do panorama das
tecnologias de Energias
Renováveis, entre as competências
e actividades do DER destaca-se
no domínio do Solar Fotovoltaico
demonstração e ensaio de
sistemas, dimensionamento e
projecto, integração em edifícios,
redes híbridas, modelização dos
aspectos Técnicos e Socio-
Económicos,avaliação técnico-
económica de projectos,
monitorização de sistemas,
auditorias.
Sistema de electrificação autónomo de
produção de água por osmose inversa -
Campus do INETI - Lisboa
Sistema híbrido eólico-fotovoltaico
para electrificação rural 1,1kWp
Campus do INETI - Lisboa
Plataforma fotovoltaica de testes de sistemas
de 2,2 kWp (1989)
Campus do INETI - Lisboa
4-17
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Plataformas de energias renováveis (12)
LABELEC
Faz parte do Grupo EDP, acompanha o desenvolvimento
tecnológico nas suas áreas de actuação e possui uma
plataforma de energias renováveis constituída por 3
sistemas interligados com a rede de baixa tensão (BT):
• sistema fotovoltaico móvel de 4 kWp
• sistema fotovoltaico fixo de 1,4 kWp
• sistema híbrido - 0,5 kWp de fotovoltaico + 0,9 kW
de eólico
EDP – LABELEC - Plataforma de
Energias Renováveis- Sacavém
(2004)
4-18
Departamento de Ciências dos Materiais
Secção de Materiais Semicondutores
A secção de Materiais Semicondutores do
Departamento de Ciências dos Materiais
(UNL), tem a seu cargo o leccionação de
disciplinas básicas de especialização e
projecto das licenciaturas em Engenharia de
Materiais e Engenharia Física, no
domínio dos materiais e dispositvos
semicondutores, conversão de energia,
optoelectrónica e
processos de microelectrónica.
Para além desta actividade o grupo colabora
ainda nos Mestrados em Engenharia de
Materiais, Gestão e Qualidade dos Materiais,
mestrado Europeu de Energias Renováveis.
UNL – FCT – Plataforma de Energias
Renováveis- Monte de Caparica (2002)
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Energia fotovoltaica no espaço ... Hoje ! (1)
Tomando como exemplo
singular, no sistema de produção
eléctrica da Estação Espacial
Internacional (ISS), verificou-se
a selecção de Silício
monocristalino (Si) como
material de base para a
construção das células dos
módulos fotovoltaicos que
deverão garantir cerca de 110
kW (típicamente o mesmo que
55 casas comuns).Estação Espacial Internacional
MIR – Estação espacial
soviética (destruída)
PoSAT – Micro satélite
português (em órbita)
Rover em Marte - NASA
4-19
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Actividades didácticas (1)
Iluminação com energia solar fotovoltaica
Na actual sociedade
urbana, o facto de se
usufruir de iluminação
depois do pôr-do-sol é uma
situação tão banal que
pouca gente pode
argumentar que é um luxo.
O mesmo não se aplica
certamente, em
determinadas regiões ou
países em vias de
desenvolvimento. No
entanto, as comunidades
ou a unidade familiar que
esteja nessas condições,
acabam por tolerar essas
faltas de qualidade de vida
na iluminação : recorrendo
a velas, candeeiros a
petróleo e a gás.
Um sistema fotovoltaico
apresenta algumas
vantagens relativamente a
outras fontes de energia
para utilização local e
portátil (querosene, lenha
ou gás), ao proporcionar
melhor qualidade de luz,
com um único (ainda)
constrangimento: o seu
elevado custo.
Em locais isolados ou desviados da rede eléctrica, a
solução emergente e eficiente, que oferece
possibilidade de utilização imediata em aplicações tão
diversas como a iluminação, a refrigeração, a
comunicação (rádio e TV), etc. é sem dúvida uma
instalação solar com módulos fotovoltaicos.
Um sistema de iluminação é utilizado, vulgarmente, à
noite ! Portanto, um candeeiro solar necessitará de
utilizar o periodo de exposição solar (dia) para
carregar a bateria que fornecerá electricidade à
lâmpada do sistema (noite).
Como funciona
O problema
Esquema de princípio
CA -Corrente alternada 220 V
CC - Corrente contínua 12V
4-20
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Actividades didácticas (2)
Refrigeração com energia solar fotovoltaica
4-21
O Refrigerador Solar
representa uma micro
instalação produtora e
autoconsumidora de
energia.
Além disso, é uma
utilidade que
ultrapassa a simples
qualidade de vida,
permitindo a
conservação de
vacinas e
medicamentos em
lugares remotos ou
em situações de
emergência.
O sistema de frio por efeito termoeléctrico Peltier
permite um ciclo térmico de arrefecimento sem
elementos móveis e sem líquido refrigerante,
funcionando a partir de uma fonte de energia eléctrica
de corrente contínua (12 ou 24 VDC) .
Para ajustar a fonte de energia solar ao consumo do
sistema refrigerador é necessário a utilização de um
acumulador (bateria), que combinado com o painel
fotovoltaico deve possibilitar uma verdadeira
autonomia de 24 horas de funcionamento.
Para completar a instalação é necessário um regulador
electrónico para protecção e controlo de todo o
sistema .
Esquema de princípio
O problema
Como funciona
GUIA DA
ENERGIA SOLAR
4
Conversão Fotovoltaica da Energia Solar
Para saber mais ...
Bibliografia e sites da Internet
“Conversão Térmica da Energia Solar”, Cruz Costa, Jorge;
Lebeña, Eduardo, SPES/INETI (disponível em:
http://www.spes.pt/Manual_Instaladores.pdf)
Energias Renováveis – A Opção Inadiável (SPES) – Manuel
Collares-Pereira
www.ineti.pt/conteudo/pgdetalheconteudo.php?id=1832&tc
=15&idn=107&PHPSESSID=73c707c131923d3211e37ff662b0
6b64- Site do Satélite poruguês PoSAT
http://marsrovers.jpl.nasa.gov/gallery/press/spirit/200401
28a.html - Missão da sonda SPIRIT (NASA)
http://marsrovers.jpl.nasa.gov/gallery/press/opportunity/2
0040128a.html - Missão da sonda OPPORTUNITY (NASA)
http://www.esa.int/export/esaCP/SEM8ZB474OD_index_1.h
tml - Missão da MARS EXPRESS (ESA)
www.spes.pt – Sociedade Portuguesa de Energia Solar
www.aguaquentesolar.com – Iniciativa Pública AQSpP
www.fourmilab.ch/cgi-bin/uncgi/Earth - mapas de satélite em
directo
www.speedace.info/solar_cars.htm - corridas de carros solares
4-22

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Guia didático de energia solar 04 conversão fotovoltaica da energia solar

  • 1. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar ÍNDICE Momentos históricos 4-2 O efeito fotovoltaico 4-4 As tecnologias 4-7 As aplicações 4-10 4-17Plataformas de energias renováveis 4-19Energia fotovoltaica no espaço ... hoje ! 4-20Actividades didácticas 4-22 Para saber mais ... 4-1
  • 2. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Momentos históricos ... 1839 Edmund Becquerel, físico experimental francês, descobriu o efeito photovoltaico num electrólito. 1873 Willoughby Smith descobriu o efeito fotovoltaico num material semi-conductor, o Selénio. 1876 Adams e Day detectam igualmente o fenómeno no Selénio e constroem a primeira célula fotovoltaica com rendimento estimado de 1% (!) 1883 Charles Fritts, um inventor americano, descreveu as primeiras células solares construídas a partir de camadas – “wafers” - de Selénio. 1887 Heinrich Hertz descobriu que a influência da radiação ultravioleta na descarga eléctrica que provoca uma faísca entre dois elétrodos do metal. 1904 Hallwachs descobriu que uma combinação de metais eram sensíveis à luz. 1914 Nesta altura já se conhecia a existência de uma barreira de potencial em dispositivos fotovoltaicos. 1916 Millikan forneceu a prova experimental do efeito fotoeléctrico. 1918 O cientista polaco Czochralski desenvolveu um processo de crescimento de cristais de Silício (Si) a partir de um único cristal. 1923 Albert Einstein recebeu o prémio Nobel pelos trabalhos do efeito fotoelétrico 1940/50 Desenvolve-se o método Czochralski para obtenção de Si de elevado grau de pureza, sob a forma de lingote monocristalino, para fins industriais. 1951 O desenvolvimento de uma junção n-p permitiu a produção de células a partir de um único-cristal de Germânio (Ge). Edmund Becquerel [1820-1891] William Adams [1836-1915] Albert Einstein [1836-1915] 4-2
  • 3. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Momentos históricos ... (2) 1954 Realização prática da primeira célula solar de Si monocristalino (Pearson, Fuller, Chapin). Descoberta do efeito fotovoltaico no Arsenieto de Gálio (GaAs), por Welker, e em cristais de Sulfureto de Cádmio (CdS), por Reynolds e Leies. 1956 Primeiras aplicações terrestres da conversão fotovoltaica (luzes de flash, bóias de navegação, telecomunicações). 1958 Primeiras aplicações espaciais - satélite VANGUARD-1 – que continuaram com o satélite EXPLORER-6, a nave espacial NIMBUS (1964) com um sistema de 470 Wp, o observatório ORBITING (1966) com 1 kWp e o satélite OVI-13 (1968), lançado com dois painéis de CdS. 1959 Realização das primeiras células de Si multicristalino. 1963 No Japão, foi instalado num farol, um sistema com 242 Wp fotovoltaicos (a maior do mundo desse tempo). 1972 Com tecnologia de células CdS, foi instalado pela França, na cidade de Niger, um sistema que alimentava uma televisão difundindo a Tele-escola. 1976 Fabrico das 1ªs células de Si amorfo (Carlson e Wronski da RCA). 1981- 83 Foram instalados sistemas de demonstração, vocacionados para aplicações de electrificação de edifícios, produção de água potável, etc. 1982 A produção mundial fotovoltaica ultrapassou 9,3 MW e, desde então não tem parado de crescer .... Satélite VANGUARD-1 (1958) Nave espacial NIMBUS (1964) 4-3
  • 4. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar O efeito fotovoltaico (1) Para compreender melhor o funcionamento da célula fotovoltaica, devemos entender o conceito de eficiência da conversão - quociente entre a irradiação solar que incide na área da célula e a energia eléctrica que é produzida. Melhorando a eficiência da célula fotovoltaica, corresponde a afirmar que os sistemas fotovoltaicos podem tornar-se cada vez mais competitivos relativamente à produção de energia eléctrica com combustíveis fósseis. As células fotovoltaicas convertem a irradiação solar em electricidade a partir de processos que se desenvolvem ao nível atômico nos materiais de que são constituídas. A verdadeira compreensão deste fenómeno, levou cerca de cem anos a esclarecer, embora o processo de produzir corrente eléctrica em meio contínuo tenha sido relatado desde 1839. Durante a segunda metade do séc. XX assistiu-se à sucessiva ultrapassagem dos principais problemas de fabrico, de um aumento de eficiência, de tal forma que o custo deste tipo de sistema - de produção alternativa de energia - reduziu significativamente Célula Módulo Instalação 4-4
  • 5. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar O efeito fotovoltaico (2) Os principais componentes da célula fotovoltaica – também designada pilha fotovoltaica – correspondem às camadas (em sanduiche) de materiais semiconductores onde é produzida a corrente eléctrica. Existem um número variado de materiais adequados para serem utilizados “como uma pilha”, todos com vantagens e inconvenientes. Não se pode dizer actualmente, que existe um material semiconductor “ideal”, pois a sua utilização está directamente ligada à aplicação, ao seu custo, eficiência e duração. Se compararmos a eficiência das primeiras células fotovoltaicas (anos 50) de 1 a 2%, com os sistemas actuais que convertem de 8 a 20%, assim com os métodos avançados de fabrico de módulos fotovoltaicos, podemos concluir, que em numerosas aplicações de electrificação – rural, remota, urbana, escolar, conexação à rede – já é económicamente viável a sua utilização além do compromisso que estabelece com o consumidor, o uso de uma fonte de produção de energia não poluente. Fotões Material semiconductor Zona de transição Contactos metálicos frontais Contactos metálicos posteriores Corrente E=hν Carga Além dos materiais semiconductores, a célula fotovoltaica apresenta dois contactos metálicos, em lados opostos, para fechar o circuito eléctrico. O conjunto encontra-se encapsulado entre um vidro e um fundo, essencialmente para evitar a sua degradação com os factores atmosféricos – vento, chuva, poeira, vapor, etc. – e assim manter as condições ideais de operação por dezenas de anos. 4-5
  • 6. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar O efeito fotovoltaico (3) Composição de módulo fotovoltaico Vidro temperado Revestimento Etileno-acetato de Vinil (VA) Caixa de junção (+, -) Vidro de elevada transmissividade Revestimento de silicone Sandwich Tedlar/Polyester Célula PV Caixilho de alumínio Célula PV 4-6
  • 7. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar As tecnologias (1) Tipos e células e películas fotovoltaicas Silício monocristalino (c-Si) Silício multicristalino (m-Si) Células convencionais Películas finas Silício amorfo (a-Si) Arsenieto de gálio (GaAs) di-Selenieto de Cobre e Índio (CIS) Telurieto de Cádmio (CdTe) Compostos policristalinos Eficiência de conversão 4-7 Tecnologia Silício monocristalino Silício multicristalino Silício amorfo Selenieto de Cobre e Índio Telurieto de Cádmio max (célula) (Laboratório) 24,7 % 19,8 % 12,7 % 18,2 % 16,0 % max (módulo) 22,7 15,3 - 12,1 10,5 típ. (Indústria) 12 a 16 % 11 a 14 % 5 a 8 % - -
  • 8. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar As tecnologias (2) Esquema de funcionamento de Sistema autónomo fotovoltaico (120Wp) - INETI, Lisboa Regulador de carga Carga DC Carga AC Inversor Acumuladores (Baterias) Módulos Si monocristalino Quadro eléctrico 4-8
  • 9. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar As tecnologias (3) Caracterização de módulo fotovoltaico e região de funcionamento A cinzento indica-se a região de funcionamento do módulo quando ligado a uma bateria de 12V P a r â m e t r o s c a r a c t e r ís t i c o s V o c – t e n s ã o e m c ir c u it o a b e r t o , q u a n d o I = 0 , Is c – c o r r e n t e d e c u r t o c ir c u it o , p a r a V = 0 , P m p – p o t ê n c i a m á x im a q u e s e p o d e e x t r a i r d a c é l u l a ( p r o d u t o IV m á x i m o ) , V m p – t e n s ã o p a r a a q u a l o c o r r e p o t ê n c i a m á x im a , Im p – c o r r e n t e p r o d u z id a n o p o n t o d e p o t ê n c i a m á x im a . 4-9
  • 10. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Aplicações (1) Recurso Solar em Portugal Entre os países da UE, Portugal continental apresenta um dos mais elevados recursos solares: 1400 – 1800 kWh/m2 /ano (Irradiação no plano horizontal) 4-10
  • 11. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Aplicações (2) Estimativa da produção eléctrica fotovoltaica 4-11
  • 12. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar As aplicações (3) TIPOLOGIAS Sistemas autónomos/híbridos • Electrificação de casas em locais isolados (meio rural). • Bombagem de água (sistema directo). • Sinalização (bóias marítimas, faróis, aeroportos, passagens de nível, etc.). • Sistemas de telecomunicações (TV, rádio, telefone). • Dessalinização de água do mar. • Protecção catódica. • Aplicações de micro-potência (rádios portáteis, relógios, calculadoras, etc.). Sistemas ligados à rede • Integração em edifícios. • Centrais fotovoltaicas. ESPECIFICIDADES Vantagens • Benignos do ponto de vista ambiental • Modulares e sem partes móveis (sujeitas a desgaste) • Inexistência de ruídos ou cheiros; • Reduzida exigência de manutenção; • Elevado ciclo de vida (20-30 anos no caso do Silício cristalino) Inconvenientes • Elevado custo de instalação •módulos (3-4 €/Wp) e sistemas (6-12 €/Wp) • Rendimento relativamente baixo (10-15%) • Reduzida densidade de potência (100-150 W/m2 ) 4-12
  • 13. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar As aplicações (4) Sistema de iluminação e TV em Moradia - Beira Alta ELECTRIFICAÇÃO RURAL Sistema de iluminação e refrigeração – Casa-Abrigo do Covão da Ponte – Manteigas Sistema de iluminação e refrigeração em restaurante – Costa Vicentina Sistema de iluminação e TV em Moradia - Algarve 4-13
  • 14. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar As aplicações (5) SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES Retransmissores de TV (sistemas híbridos eólico-fotovoltaicos) Telefones SOS - Brisa (AE, IPs) SISTEMAS EM ESCOLAS Projecto AMPER - Escolas PV (Alentejo, 2004) • Escola Secundária de Moura - 25 kWp • Escola Básica de Amareleja - 35 kWp • Escola Profissional de Moura - 15 kWp 4-14
  • 15. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar As aplicações (6) Mini-redes de distribuição de energia eléctrica Barcelos – Central de S. Brás (PV= 4,96 kWp) Projecto de Ourique [2000, Thermie] 3 centrais híbridas independentes, geridas pela EDP, alimentando 5 aldeias isoladas no concelho de Ourique, através de mini-redes de distribuição (55 casas, iluminação pública, bombagem de água). Potência instalada Sistemas Fotovoltaicos 42 kWp Sistemas eólicos 55 kW Sistemas diesel 3x15 kW Ourique – Central de Cismalhas (PV = 21 kWp; Eólico = 2 x 15 kW) Ourique – Central de Monte Corte Coelho (PV = 10,5 kWp) Central de S. Brás [2003,Barcelos] Sistema fotovoltaico com 4,96 kWp, conectado à rede (PRE), projectada e instalada pela SunTechnics/COEPTUM Engenharia. Fornece à rede a totalidade da energia eléctrica produzida (~0,5 €/kWh) 4-15
  • 16. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar As aplicações (7) Sistemas integrados conectados à rede eléctrica Lisboa – Parque das Nações (21 kWp) Projecto BP Sunflower [1998-2000] 14 sistemas integrados em coberturas de estações de serviço da BP. Potência por sistema: 14-22 kWp Potência total: ~250 kWp Setúbal – Edifício EDP (10 kWp) Projecto EDP-Setúbal [1994, Thermie] Sistemas interligados com a rede de baixa tensão (BT) instalados em edifícios da EDP de Setúbal Potência: 10 kWp Faro – Edifício EDP (5 kWp) Projecto EDP-Faro [1996, Thermie] Sistemas interligados com a rede de baixa tensão (BT) instalados em edifícios da EDP de Faro Potência: 5 kWp 4-16
  • 17. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Plataformas de energias renováveis (1) Departamento de Energias Renováveis O Departamento de Energias Renováveis do INETI tem como missão o desenvolvimento do conhecimento técnico e científico na área das Energias Renováveis e temas afins, visando dotar o País de saber-como na vanguarda destas áreas, bem como de infraestruturas de apoio ao sector industrial, nomeadamente através dos seus Laboratórios. Única entidade nacional a cobrir simultaneamente a quase totalidade do panorama das tecnologias de Energias Renováveis, entre as competências e actividades do DER destaca-se no domínio do Solar Fotovoltaico demonstração e ensaio de sistemas, dimensionamento e projecto, integração em edifícios, redes híbridas, modelização dos aspectos Técnicos e Socio- Económicos,avaliação técnico- económica de projectos, monitorização de sistemas, auditorias. Sistema de electrificação autónomo de produção de água por osmose inversa - Campus do INETI - Lisboa Sistema híbrido eólico-fotovoltaico para electrificação rural 1,1kWp Campus do INETI - Lisboa Plataforma fotovoltaica de testes de sistemas de 2,2 kWp (1989) Campus do INETI - Lisboa 4-17
  • 18. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Plataformas de energias renováveis (12) LABELEC Faz parte do Grupo EDP, acompanha o desenvolvimento tecnológico nas suas áreas de actuação e possui uma plataforma de energias renováveis constituída por 3 sistemas interligados com a rede de baixa tensão (BT): • sistema fotovoltaico móvel de 4 kWp • sistema fotovoltaico fixo de 1,4 kWp • sistema híbrido - 0,5 kWp de fotovoltaico + 0,9 kW de eólico EDP – LABELEC - Plataforma de Energias Renováveis- Sacavém (2004) 4-18 Departamento de Ciências dos Materiais Secção de Materiais Semicondutores A secção de Materiais Semicondutores do Departamento de Ciências dos Materiais (UNL), tem a seu cargo o leccionação de disciplinas básicas de especialização e projecto das licenciaturas em Engenharia de Materiais e Engenharia Física, no domínio dos materiais e dispositvos semicondutores, conversão de energia, optoelectrónica e processos de microelectrónica. Para além desta actividade o grupo colabora ainda nos Mestrados em Engenharia de Materiais, Gestão e Qualidade dos Materiais, mestrado Europeu de Energias Renováveis. UNL – FCT – Plataforma de Energias Renováveis- Monte de Caparica (2002)
  • 19. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Energia fotovoltaica no espaço ... Hoje ! (1) Tomando como exemplo singular, no sistema de produção eléctrica da Estação Espacial Internacional (ISS), verificou-se a selecção de Silício monocristalino (Si) como material de base para a construção das células dos módulos fotovoltaicos que deverão garantir cerca de 110 kW (típicamente o mesmo que 55 casas comuns).Estação Espacial Internacional MIR – Estação espacial soviética (destruída) PoSAT – Micro satélite português (em órbita) Rover em Marte - NASA 4-19
  • 20. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Actividades didácticas (1) Iluminação com energia solar fotovoltaica Na actual sociedade urbana, o facto de se usufruir de iluminação depois do pôr-do-sol é uma situação tão banal que pouca gente pode argumentar que é um luxo. O mesmo não se aplica certamente, em determinadas regiões ou países em vias de desenvolvimento. No entanto, as comunidades ou a unidade familiar que esteja nessas condições, acabam por tolerar essas faltas de qualidade de vida na iluminação : recorrendo a velas, candeeiros a petróleo e a gás. Um sistema fotovoltaico apresenta algumas vantagens relativamente a outras fontes de energia para utilização local e portátil (querosene, lenha ou gás), ao proporcionar melhor qualidade de luz, com um único (ainda) constrangimento: o seu elevado custo. Em locais isolados ou desviados da rede eléctrica, a solução emergente e eficiente, que oferece possibilidade de utilização imediata em aplicações tão diversas como a iluminação, a refrigeração, a comunicação (rádio e TV), etc. é sem dúvida uma instalação solar com módulos fotovoltaicos. Um sistema de iluminação é utilizado, vulgarmente, à noite ! Portanto, um candeeiro solar necessitará de utilizar o periodo de exposição solar (dia) para carregar a bateria que fornecerá electricidade à lâmpada do sistema (noite). Como funciona O problema Esquema de princípio CA -Corrente alternada 220 V CC - Corrente contínua 12V 4-20
  • 21. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Actividades didácticas (2) Refrigeração com energia solar fotovoltaica 4-21 O Refrigerador Solar representa uma micro instalação produtora e autoconsumidora de energia. Além disso, é uma utilidade que ultrapassa a simples qualidade de vida, permitindo a conservação de vacinas e medicamentos em lugares remotos ou em situações de emergência. O sistema de frio por efeito termoeléctrico Peltier permite um ciclo térmico de arrefecimento sem elementos móveis e sem líquido refrigerante, funcionando a partir de uma fonte de energia eléctrica de corrente contínua (12 ou 24 VDC) . Para ajustar a fonte de energia solar ao consumo do sistema refrigerador é necessário a utilização de um acumulador (bateria), que combinado com o painel fotovoltaico deve possibilitar uma verdadeira autonomia de 24 horas de funcionamento. Para completar a instalação é necessário um regulador electrónico para protecção e controlo de todo o sistema . Esquema de princípio O problema Como funciona
  • 22. GUIA DA ENERGIA SOLAR 4 Conversão Fotovoltaica da Energia Solar Para saber mais ... Bibliografia e sites da Internet “Conversão Térmica da Energia Solar”, Cruz Costa, Jorge; Lebeña, Eduardo, SPES/INETI (disponível em: http://www.spes.pt/Manual_Instaladores.pdf) Energias Renováveis – A Opção Inadiável (SPES) – Manuel Collares-Pereira www.ineti.pt/conteudo/pgdetalheconteudo.php?id=1832&tc =15&idn=107&PHPSESSID=73c707c131923d3211e37ff662b0 6b64- Site do Satélite poruguês PoSAT http://marsrovers.jpl.nasa.gov/gallery/press/spirit/200401 28a.html - Missão da sonda SPIRIT (NASA) http://marsrovers.jpl.nasa.gov/gallery/press/opportunity/2 0040128a.html - Missão da sonda OPPORTUNITY (NASA) http://www.esa.int/export/esaCP/SEM8ZB474OD_index_1.h tml - Missão da MARS EXPRESS (ESA) www.spes.pt – Sociedade Portuguesa de Energia Solar www.aguaquentesolar.com – Iniciativa Pública AQSpP www.fourmilab.ch/cgi-bin/uncgi/Earth - mapas de satélite em directo www.speedace.info/solar_cars.htm - corridas de carros solares 4-22