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Articular a construção coletiva de um projeto
pedagógico,priorizando não só o
desenvolvimento profissional/técnico dos seus
professores e funcionários, porém investindo, no
desenvolvimento pessoal desses, a partir de
um plano de formação continuada, elaborado
com a participação efetiva dos mesmos.
Coordenador
Supervisor
Orientador
Junto à
Direção
Junto aos
especialistas
afins
Junto à
Comunidade
em geral
Junto ao Serviço de
Orientação
Psicopedagógica
Junto aos
Professores
Junto aos
alunos
Junto aos
familiares
Junto aos
Funcionários
 Atua como mediador e assessor no planejamento,
acompanhamento, orientação e avaliação de processos
educacionais.
 Deve comprometer-se na implantação das políticas nas
escolas,na articulação com os demais setores das
Secretarias Estaduais, no aprimoramento da gestão
pedagógica e administrativa, na valorização e
fortalecimento dos canais de participação da comunidade e
na orientação das equipes escolares.
 Necessita exercer com competência o seu papel de líder
dentro das escolas.
Liderar significa conquistar as
pessoas, envolvê-las de forma que
coloquem o seu coração, mente,
espírito, criatividade e excelência a
serviço de um objetivo. É preciso fazer
com que se empenhem ao máximo, na
missão, dando tudo pela equipe.
A liderança legítima deve ser baseada
na autoridade e não no poder.
A autoridade é a essência da pessoa;
está ligada a seu caráter.
 Paciência (demonstrar autocontrole)
 Gentileza (tratar os outros com cortesia;
dispensar atenção e encorajamento aos outros)
 Humildade (demonstrar ausência de orgulho,
arrogância ou pretensão)
 Respeito (tratar todas as pessoas com a devida
importância)
 Altruísmo (atender as necessidades dos outros)
 Perdão (deixar para lá o ressentimento)
 Honestidade (não tentar enganar ninguém)
 Compromisso (ser fiel a sua escolha)
James Hunter
Para a liderança ser assegurada, precisamos
manter o foco nessas duas dinâmicas
simultaneamente.
Segundo Hunter, a chave para a liderança é
executar as TAREFAS enquanto se constróem
os RELACIONAMENTOS
Esqueça a necessidade de ser
interessante e procure se mostrar
interessado.
A escuta empática é uma habilidade
que um líder precisa desenvolver.
Entre elas:
 A necessidade de uma grande liderança;
 A necessidade de significado e propósito;
 A necessidade de ser apreciado,
reconhecido e respeitado;
 A necessidade de fazer parte de alguma
coisa especial.
 Exercerem suas funções com segurança
e autonomia.
 Terem ampla experiência educacional,
preferencialmente já tendo exercido o
papel de professor(a).
 Serem bem preparados teoricamente.
 Encararem a formação de educadores
como uma área de conhecimento em si,
buscando dominar suas especificidades.
 Cooperar efetivamente com a Direção, no
sentido de consolidar uma gestão educacional
democrática e solidária.
 Favorecer a melhoria contínua da qualidade de
ensino das escolas.
 Criar um bom vínculo de confiança com os(as)
professores(as), constituindo-se num(a) parceiro(a)
presente, disponível, exigente, estimulador(a).
 Planejar e coordenar situações de aprendizagem
que promovam a atividade mental construtiva
do (a) professor (a) num contexto de resolução de
problema, pesquisa, reflexão, diálogo permanente
com diferentes interlocutores.
 Observar sistematicamente o(a) professor(a) na sua
atuação diária, na relação com os demais membros
de sua comunidade de aprendizagem, com os alunos e
seus familiares e na participação em reuniões diversas.
 Conversar francamente com o(a) professor sobre
adequações e inadequações observadas em
classe, registrando-as, para que o(a) mesmo(a)
tome maior consciência delas e invista nas
mudanças necessárias.
 Analisar as diferentes produções do(a) professor(a),
principalmente, seus registros reflexivos sobre a própria
prática, dando ao(à) mesmo(a) retornos pertinentes,
seguros e construtivos.
 Ajudar os(as) professores(as) a desenvolverem a
sua competência profissional (capacidade de articular
recursos cognitivos múltiplos – conceitos, conhecimen-
tos, informações, hipóteses, esquemas de inferência
e de processamento, métodos) para resolver situa-
ções complexas ou incertas da prática educativa
(Perrenoud).
 Estabelecer metas com cada professor(a) sobre os
aspectos que devem ser priorizados na sua capacitação
visando à transformação dos esquemas orientadores da
prática de cada um(a) “habitus”, negociando as formas
como serão operacionalizadas as referidas metas e
explicitando os critérios de avaliação.
 Ajudar o(a) professor(a) a construir uma nova visão do
erro (trocando a visão funcional pela estrutural – aquela
que passa pela compreensão das razões dos erros, a
partir de sua própria atuação como orientador(a)).
 Valorizar as didáticas específicas, estudando-as
junto com os(as) professores(as) e discutir
criticamente uma prova, um plano, uma atividade
elaborada pelo (a) professor(a).
 Estimular e orientar o(a) professor(a) a tornar-se
um(a) pesquisador(a) em seu universo de
trabalho, para que possa mobilizar-se na busca de
respostas, ressignificando aprendizagens anteriores e
avançando na produção de conhecimento didático.
 Retroalimentar a ação do(a) professor(a) com
uma justa avaliação do seu percurso formativo, tão
particular e diferenciado do dos demais.
 Orientar os(as) professores(as) para a realização
de uma auto-avaliação sistemática e contínua do
seu desenvolvimento pessoal e profissional.
 Conhecer e saber interpretar a legislação educa-
cional, dando o suporte necessário à Direção da(s)
escola(s).
 Ler e fazer esquemas relativos às resoluções,
deliberações,indicações e pareceres emitidos pelos
órgãos competentes, para auxiliar os diretores de
escolas e preparar orientações técnicas para os
professores.
 Organização e execução de horários de
trabalho pedagógico coletivo;
 Organização do início dos períodos;
 Relações formais e informais com direção,
professores, alunos, pais, órgãos superiores;
 Leitura de redes e comunicados, e
elaboração de relatórios;
 Atendimento às emergências.
 Atuar como ponte entre a escola e a universidade
 Resumir textos teóricos, selecionando a quantidade e
complexidade de informações de que necessita cada
professor(a) num determinado estágio de sua formação.
 Transpor idéias teóricas para a prática.
 Articular os conhecimentos dos(as) professores(as) -
aplicação pedagógica- com os dos pesquisadores -
resultados das pesquisas.
Trabalhar em equipe ( apoio de vários especialistas).
 Ter documentados e de fácil acesso para o atendi-
mento dos(as) professores(as).
• Currículos do colégio
• Parâmetros Curriculares Nacionais.
 Afixar periodicamente, no mural da sala dos profes-
sores (as) estímulos com informações, provocações
(crônicas, textos gostosos, matérias de jornal, poesias,
etc).
• Registros dos(as) professores(as) atuais e antigos
(diários de classe, relatórios).
• Regimento – normas definidas para o grupo.
• Textos selecionados para estudo – importantes
como subsídios teóricos da prática.
• Modelos de projetos bem e mal sucedidos para
reflexão.
• Filmes em vídeo para análise.
• Bibliografia selecionada acerca dos conhecimentos
teóricos referenciais para o trabalho na instituição.
O PLANEJAMENTO E A ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO DO SUPERVISOR
PEDAGÓGICO
A importância e o papel do Supervisor Escolar
De acordo com o dicionário SUPERVISIONAR significa: Dirigir,
orientar ou inspecionar em plano superior.
E na prática, o supervisor escolar,
organiza os processos da ação
e da reflexão dos professores,
do planejamento, dos planos de
ensino e da avaliação.
E, também
arranja as rotinas pedagógicas e liga
e interliga pessoas, ampliando os
ambientes de aprendizagem.
No dia-a-dia da escola, há um planejamento
e um cronograma (ou calendário)
das atividades de Supervisão Escolar?
O planejamento do Supervisor Escolar pode ser visto como
uma meta de organização e como uma alternativa de sanar
dificuldades encontradas no cotidiano escolar.
Como ter a previsão,organização, a flexibilidade
e realização dos processos pedagógicos?
O dia-a-dia do supervisor exige que ele administre seu tempo
para cumprir as tarefas que lhe são designadas. Formar
professor, planejar reuniões, atualizar-se, envolver o aluno em
projeto...
Diante dessa realidade tão diversificada, exige do Supervisor a
necessidade de um planejamento.
PLANO DE AÇÃO INSTITUCIONAL
O quê? Quem? Onde? Como? Indicadores
Planejamento anual Supervis
or
escola Analisando as
realizações do
ano; avaliando
os projetos e
propondo novos
projetos para o
ano seguinte.
100% dos
professores
com os
planejamen-
tos feitos.
Enturmação Supervis
or
escola Analisando
composição das
turmas do ano
anterior e partir
da análise fazer
enturmação.
90% de
satisfação
Organização dos
horários de aula
Supervis
or e
professor
escola Reunião com
professores e
verificando
Horário com
80% de
satisfação.
Como planejar?
O quê? Quem? Onde? Como? Indicadores
Planejamento de
ensino
Profs. Sala de
reunião
Acompanhando
da elaboração.
Aulas
planejadas
Acompanhamento
do processo
ensino-
aprendizagem
Supervis
or
escola Reunião com os
professores;
acompanhamento
do planejamento;
atendimento à
alunos; conselho
de classe; análise
de resultados.
Resultados
escolares e
programa
cumprido.
Formação dos
professores
Supervis
or
escola Participando do
Programa de
formação
integrada da Rede
Pitágoras e
elaborando
programa de
Profs.
capacitados.
Cronograma das atividades
Atividades J F M A M J J A S O N D
Planejamento-1ª s X
Apresentação de
metas
X X
Conselho de
classe
X X X X X
Análise
planejamento e
projetos
X X X X X X X X X X X X
Reunião de
professores
X X X X X X X X X X
Reunião de pais X X X X
Acompanhamento
dos processos.
X X X X X X X X X X X X
Data Tema/assunto
28/01 Estudo do programa de Formação Planejamento 1ª
semana de aula
11/02 Estudo de instrumentos de avaliação
Elaboração de avaliação diagnóstica.
18/02 Análise dos resultados da avaliação diagnóstica e
elaboração de projetos.
25/02 Aprofundar tema - eixo do Programa de formação.
Sugestão de Cronograma de Reunião de Professores
Obs. Data de compensação de acordo com os recessos
compensáveis.
Supervisor Escolar e a Dimensão relacional
É importante que o supervisor Escolar, trabalhe na perspectiva de grupo, mostrando a
importância das relações interpessoais aos professores, alunos, pais, funcionários e
busque desenvolver, nele mesmo e nos outros as habilidade de olhar, ouvir, falar e
cuidar.
Olhar- um olhar atento, ativo, que acolha as mudanças, as semelhanças e as diferenças;
um olhar que capte antes de agir, que compartilhe dúvidas e transmita confiança.
Ouvir- o ouvir consiste em colocar-se no lugar do professor através da percepção de
sues sentimentos, e assumir ajudá-lo em suas dívidas, sentimentos, etc.
Falar- Ao falar, o coordenador pode ajudar, tranqüilizar, dar segurança, oferecer dicas
ao professor, como pode também demonstrar ameaça e causar tensão. A fala pode ser
organizadora do pensamento do professor ou bloqueadora; ela pode tanto fortalecer ou
destruir o relacionamento interpessoal.
Cuidar- cuidar é uma atitude, portanto abrange mais que um momento de atenção, zelo
e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e
de envolvimento afetivo com o outro.
PROJETOS INTERDISCIPLINARES
É necessário realçar a mediação necessária
da Supervisão em um projeto escolar. Boa
parte dos professores apresenta interesse e
desenvolve projetos. Porém o dia a dia de
uma rotina fragmentada, disciplinar, retira
do professor a preocupação do
planejamento, de efetivar um roteiro que
oriente não só aluno, mas a sua própria
dinâmica.
Vale a pena relembrar que a realidade da escola é no máximo
multidisciplinar. Cada disciplina está acostumada a atuar separadamente.
Cada professor está acostumado a agir só e durante um determinado
momento. Sem a existência de uma Supervisão Escolar atuante o
processo tende a perder a coerência. A coerência pedagógica e a obtenção
de um resultado de excelência não se dão de forma espontânea. É como o
fio, invisível para quem olha, que garante a coerência e a beleza
Alguns passos podem orientar e ajudar a montar e desenvolver
projetos.
1ª etapa: Definir um tema. A escolha do tema que conduzirá a execução
do projeto.
2ª etapa: Explicitar a necessidade do tema escolhido. Através de um
processo participativo definir o porquê é necessário trabalhar o tema
escolhido.
3ª etapa: Definir a abrangência do projeto. Explicitar quais as
disciplinas que participarão desse projeto
4ª etapa: Definição dos objetivos gerais e específicos. É fundamental
ter clareza do que se pretende atingir.
5ª etapa: Definição das metodologias necessárias. Explicitar não
somente o que cada disciplina efetiva no projeto, mas também como será
efetuado cada objetivo específico.
6ª etapa: Elaboração de um cronograma. Na verdade desenvolver um
programa de ação, definindo claramente o que será feito, como será feito,
quando será feito, por quem será feito.
REFLEXÕES E ORIENTAÇÕES SOBRE O
TRABALHO DO SUPERVISOR COM OS
PROFESSORES
A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO
Um projeto – laço entre presente e
futuro, mola de dinamismo,
instrumento de ação e transformação –
supõe ruptura com o presente e
promessas para o futuro. Significa
quebra de um estado confortável para
arriscar-se, atravessar um período de
instabilidade em função da promessa
de estado melhor do que o presente.
(Moacir Gadotti)
O Projeto Pedagógico de uma escola é
o instrumento de balizamento para o
fazer pedagógico, que permite pautar
permanentemente as práticas
pedagógicas escolares.
A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO
De acordo com a LDB, toda escola deve ter o seu Projeto
Político Pedagógico e a sua elaboração deve envolver os
agentes educacionais da escola.
A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO
O Projeto Pedagógico contém os princípios e
fundamentos pedagógicos que norteiam a
proposta educacional da escola.
Esses princípios, bem como todo o Projeto
Pedagógico, devem ser divulgados e dados a
conhecer a toda a comunidade escolar
(lideranças escolares, professores, funcionários,
pais, alunos).
Como essa divulgação é feita na sua escola?
Os professores estudam o Projeto Pedagógico
da escola?
O Projeto Pedagógico é constantemente
revisitado?
Os pais dos alunos têm conhecimento dos
princípios pedagógicos definidos pelo Projeto
Pedagógico da escola?
Contextualização: os conteúdos
não são apresentados de maneira
direta, mas a partir de uma
situação que permite a
identificação ou a aplicação de
conceitos, fórmulas, princípios.
Aprendizagem como processo:
o aluno não aprende tudo de uma
vez; deve-se respeitar a faixa
etária, o ritmo, a maturidade
cognitiva e realidade social.
Vejamos, a seguir, os princípios pedagógicos gerais
Certamente, a escola deve ter outros princípios que também
devem ser divulgados.
Professor como mediador: o
professor é o orientador da
aprendizagem e faz a mediação
entre o CONHECIMENTO e o
ALUNO, adotando as estratégias
que facilitem a aprendizagem.
Aluno como produtor do
conhecimento: o aluno não
recebe o conhecimento pronto
para ser memorizado, mas as
ferramentas necessárias para
lidar com as informações e
apropriar-se do conhecimento.
Alinhamento pedagógico:
as disciplinas têm eixos
estruturadores próprios
contemplados em todas as
séries e intercalados entre si.
Sociointeracionismo: a
aprendizagem está
condicionada às relações que
se estabelecem na sala de
aula e no espaço da escola,
pelo fazer cotidiano do
professor e de seus alunos.
A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO
“Quando o supervisor está
devidamente posicionado
em relação aos princípios
defendidos pela escola,
eles passam a ser seus
também, a ponto de não
se enfraquecer diante dos
questionamentos das
famílias, da pressão de
algum grupo de
professores, diante do
novo, por exemplo.”
O que o Supervisor Escolar
pode fazer para divulgar e
tornar cada vez mais
conhecidos os princípios
pedagógicos da escola:
Elaboração de cartazes
Apresentação durante
as reuniões
Comunicações enviadas
aos pais
Estudos feitos com os
professores
Cursos de formação
para os funcionários da
escola
O livro “Construtivismo na sala de aula”, organizado por
César Coll, na página 80, cita três concepções da
aprendizagem e do ensino escolar mais habituais
entre os docentes.
AS CONCEPÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DA ESCOLA
1. A aprendizagem escolar
consiste em conhecer as
respostas corretas para as
perguntas formuladas
pelos professores. O
ensino proporciona aos
alunos o reforço
necessário para obter
essas respostas.
2. A aprendizagem escolar consiste
em adquirir os conhecimentos
relevantes de uma cultura. Nesse
caso, o ensino proporciona aos alunos
a informação de que necessitam.
3. A aprendizagem escolar
consiste em construir
conhecimentos. Os alunos e as
alunas elaboram, mediante sua
atividade pessoal, os
conhecimentos culturais. Por tudo
isso, o ensino con-siste em
prestar aos alunos a ajuda
necessária para que possam ir
construindo-os.
Qual dessas concepções
melhor atende à proposta
pedagógica da sua escola?
Na sua escola, os professores
têm essa mesma concepção
pedagógica?
AS CONCEPÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DA ESCOLA
Os processos e a prática pedagógica da escola corroboram
essa concepção?
Os pais têm conhecimento da concepção pedagógica da
escola?
A escola divulga adequadamente essa concepção?
A palavra “alinhamento”, durante algum
tempo, foi empregada para indicar o
posicionamento político unilateral de um
determinado país ou pessoa e tomou uma
conotação de imposição ou sectarismo.
Nós, quando usamos a expressão
“alinhamento pedagógico”, não
concordamos com essa conotação, mas a
empregamos no sentido de definição da
linha pedagógica que a escola defende,
adota e segue.
O ALINHAMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA
Mas esse posicionamento não pode ficar somente no discurso e nas intenções.
Ele deve estar presente em todas as ações pedagógicas dos agentes escolares.
Como garantir esse alinhamento?
É possível?
Projeto
Pedagógico
Educação com a
qualidade
pretendida
Materiais
didáticos
Sistema de
avaliação
Envolvimento de
Professores /
Equipe Técnica
Planejamento
das atividades
pedagógicas
Estrutura
física
Matriz
curricular
O esquema a seguir apresenta alguns aspectos da vida escolar
que devem estar alinhados ao Projeto Pedagógico de forma a
garantir o sucesso da instituição.
Se um dos aspectos citados estiver desconectado ou
desalinhado, todo o esforço da equipe estará comprometido.
Cabe ao Supervisor Escoalr detectar os problemas e elaborar
um plano de ação para solucioná-los.
Se não existir problemas, mesmo assim, é preciso ter ações
para garantir o processo e evitar o desalinhamento pedagógico:
Reuniões frequentes
Grupos de estudo
Participação da equipe nos
cursos de capacitação
Análise dos planejamentos e
dos instrumentos de avaliação
Análise dos resultados de
desempenho dos alunos seguida
de adoção de medidas de
correção ou aprimoramento
O SUPERVISOR E O PLANEJAMENTO
DIDÁTICO
Planejar é processo:
 de reflexão sobre nossas
ações e opções;
 de tomada de decisão
sobre ação futura;
 de previsão de
necessidades visando à
concretização de objetivos.
Planejar é organizar um conjunto de atividades
interdependentes, é definir metas, organizar recursos e esforços
para alcançá-las, medindo resultados, confrontando expectativas.
Qual o papel do Supervisor
Escolar nesse processo?
O Supervisor Escolar é o
orientador desse processo, é
aquela pessoa que discute e
define com os professores a
melhor forma de planejar,
estabelece prioridades, faz as
intermediações necessárias,
questiona e assegura a coerência
entre o planejamento e a proposta
pedagógica da escola
Planejar requer:
pesquisar sempre;
ser criativo na elaboração da
aula;
estabelecer prioridades e
limites;
estar aberto para acolher o
aluno e sua realidade;
ser flexível para replanejar
sempre que necessário.
Colocamos, a seguir, algumas orientações que podem
contribuir para o processo de elaboração de um bom
planejamento didático em qualquer disciplina. Esses
princípios podem ser comunicados aos professores e servir
de critérios para o Supervisor ao analisar os planejamentos
dos professores.
Leve sempre em conta:
as características e necessidades de aprendizagem dos
alunos;
os objetivos educacionais da escola e seu projeto
pedagógico;
o conteúdo de cada série;
os objetivos e seu compromisso pessoal com o ensino;
as condições objetivas de trabalho.
Com base nisso, defina:
o que vai ensinar;
como vai ensinar;
quando vai ensinar.
o que, como e
quando avaliar.
Agora, um texto para reflexão
(ele pode ser lido com os professores, no início da elaboração dos planejamentos)
FAÇA SEUS PLANOS
Um jornalista que não organiza as perguntas para uma entrevista jamais
montará uma boa reportagem.
Se um advogado não estuda com atenção um processo, só por sorte
ganhará a causa.
E o professor...
O professor, você sabe, desenvolve aulas melhores quando prepara de
antemão um plano com o que vai apresentar à classe.
Se o planejamento está (ou deveria estar) incorporado à rotina, por que
deveríamos tratar desse tema?
É porque os professores estão sendo solicitados a produzir planos de aula
mais abrangentes e flexíveis.
Tomemos como exemplos a interdisciplinaridade, que coloca em torno de
uma mesa mestres de variadas especialidades, e a introdução de temas
contextualizados no currículo, nos quais se exige uma cuidadosa sintonia
dos conteúdos escolares com a realidade.
Tais recursos pedagógicos, cada vez mais adotados, só terão sucesso se
escorados em bons planos de aula.
O que se propõe é uma reflexão sobre sua rotina de trabalho.
O jornalista tem chance de rever seu erro na edição seguinte.
Um advogado sempre pode apelar de uma sentença desfavorável.
Mas os professores correm mais riscos: a chance de usufruir um daqueles
momentos mágicos em que os alunos abrem os olhos e o coração para o
aprendizado pode não se repetir.
O SUPERVISOR E A AVALIAÇÃO ESCOLAR
Qual deve ser o sentido e a finalidade da avaliação
escolar?
Conhecer melhor o aluno: suas competências
curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses,
etc.
Constatar o que está sendo aprendido
Adequar o processo de ensino aos alunos, tendo em
vista os objetivos propostos.
Julgar globalmente um processo de ensino-
aprendizagem em função dos objetivos previstos.
Para avaliar e qualificar a
aprendizagem dos educandos é
preciso que estejam bem claros :
a teoria pedagógica que
norteia e dá suporte à prática
educativa;
o planejamento de ensino que
faz a mediação entre a teoria e a
prática de ensino na aula.
Sem uma consistente teoria
pedagógica e sem um planejamento
de ensino bem elaborado, os atos
avaliativos serão praticados
aleatoriamente, de forma arbitrária,
sem vínculos com a realidade
educativa dos alunos.
Além de uma boa relação e de uma
prática pedagógica eficiente, a escola e
o professor devem cuidar muito bem
dos instrumentos de avaliação,
adotando critérios técnicos e
pedagógicos em todas as etapas do
processo avaliativo (elaboração e
aplicação dos instrumentos de
avaliação, entrega e análise dos
resultados, adoção de medidas
pedagógicas a partir da análise dos
resultados).
A equipe pedagógica da escola deve
definir os critérios para cada uma das
etapas da avaliação escolar e o
coordenador pedagógico, com base nos
critérios definidos, deve cuidar desse
processo.
A seguir, alguns critérios para cada uma das etapas
do processo de avaliação escolar:
Aplicação dos instrumentos de avaliação
Durante a aplicação de instrumentos de avaliação, é
importante:
•O estabelecimento de um clima de confiança;
•O esclarecimento do que se espera da avaliação;
•A disponibilidade do professor para fazer da
avaliação mais um momento de aprendizagem;
•A previsão de tempo adequado para resolução.
Elaboração dos instrumentos de
avaliação
Bons instrumentos de avaliação devem ser:
•Reflexivos
•Essenciais
•Abrangentes
•Contextualizados
•Claros
•Compatíveis
Análise dos instrumentos de avaliação
aplicados aos alunos
Os critérios para análise devem ser claros,
definidos, coerentes, tanto em termos de
correção, quanto de determinação de valores
e de patamares mínimos de aprendizagem.
Para afinar o critério de correção, o professor
pode primeiro elaborar a chave de correção e
pontuação e organizar a forma de analisar os
instrumentos.
Comunicação de resultados
Para terem efeito no processo educativo, os
instrumentos devem ser o mais rapidamente
possível analisados e devolvidos aos alunos, e
não acumulados para serem "corrigidos" só no
final do mês ou bimestre.
É importante o aluno ter garantido pelo menos
o espaço para solicitar esclarecimentos sobre a
correção feita pelo professor.
Tomada de decisão
Com os resultados observados, é possível
perceber as necessidades dos alunos para
planejar o que fazer para ajudá-los a
superá-las:
•Os objetivos não atingidos pelos
alunos devem ser retomados e
retrabalhados imediatamente em sala
de aula;
•O professor deve fazer auto-análise
para saber se há necessidade de
rever sua forma de ensinar aquele
conteúdo;
•Estes objetivos devem ser incluídos
na próxima avaliação, dando
oportunidade de expressão da nova
síntese de conhecimento e
permitindo ao professor saber se os
alunos superaram a dificuldade.
Philippe Perrenoud, em seu livro Avaliação: da
excelência à regulação das aprendizagens –
entre duas lógicas, afirma que “para mudar as
práticas no sentido de uma avaliação mais
formativa, menos seletiva, talvez se deva
mudar a escola, pois a avaliação está no centro
do sistema didático e do sistema de ensino”.
Para exemplificar, ele apresenta um esquema
em que a avaliação é colocada no centro de
um octógono, mostrando que ela se relaciona
com todos os processos escolares e que não
adianta mexer com a avaliação sem alterar
todos os outros processos.
Veja o esquema a seguir:
Será que isso é suficiente?
É possível implementar mudanças na avaliação escolar sem alterar
os outros processos escolares?
Pode-se dizer, para concluir, que não se poderia separar a
reflexão sobre avaliação de um questionamento mais global
sobre as finalidades da escola, das disciplinas, do contrato
pedagógico e didático e dos procedimentos de ensino e de
aprendizagem.
(Philippe Perrenoud)

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  • 1.
  • 2. Articular a construção coletiva de um projeto pedagógico,priorizando não só o desenvolvimento profissional/técnico dos seus professores e funcionários, porém investindo, no desenvolvimento pessoal desses, a partir de um plano de formação continuada, elaborado com a participação efetiva dos mesmos.
  • 3. Coordenador Supervisor Orientador Junto à Direção Junto aos especialistas afins Junto à Comunidade em geral Junto ao Serviço de Orientação Psicopedagógica Junto aos Professores Junto aos alunos Junto aos familiares Junto aos Funcionários
  • 4.  Atua como mediador e assessor no planejamento, acompanhamento, orientação e avaliação de processos educacionais.  Deve comprometer-se na implantação das políticas nas escolas,na articulação com os demais setores das Secretarias Estaduais, no aprimoramento da gestão pedagógica e administrativa, na valorização e fortalecimento dos canais de participação da comunidade e na orientação das equipes escolares.  Necessita exercer com competência o seu papel de líder dentro das escolas.
  • 5. Liderar significa conquistar as pessoas, envolvê-las de forma que coloquem o seu coração, mente, espírito, criatividade e excelência a serviço de um objetivo. É preciso fazer com que se empenhem ao máximo, na missão, dando tudo pela equipe.
  • 6. A liderança legítima deve ser baseada na autoridade e não no poder. A autoridade é a essência da pessoa; está ligada a seu caráter.
  • 7.  Paciência (demonstrar autocontrole)  Gentileza (tratar os outros com cortesia; dispensar atenção e encorajamento aos outros)  Humildade (demonstrar ausência de orgulho, arrogância ou pretensão)  Respeito (tratar todas as pessoas com a devida importância)  Altruísmo (atender as necessidades dos outros)  Perdão (deixar para lá o ressentimento)  Honestidade (não tentar enganar ninguém)  Compromisso (ser fiel a sua escolha) James Hunter
  • 8. Para a liderança ser assegurada, precisamos manter o foco nessas duas dinâmicas simultaneamente. Segundo Hunter, a chave para a liderança é executar as TAREFAS enquanto se constróem os RELACIONAMENTOS
  • 9. Esqueça a necessidade de ser interessante e procure se mostrar interessado. A escuta empática é uma habilidade que um líder precisa desenvolver.
  • 10. Entre elas:  A necessidade de uma grande liderança;  A necessidade de significado e propósito;  A necessidade de ser apreciado, reconhecido e respeitado;  A necessidade de fazer parte de alguma coisa especial.
  • 11.  Exercerem suas funções com segurança e autonomia.  Terem ampla experiência educacional, preferencialmente já tendo exercido o papel de professor(a).
  • 12.  Serem bem preparados teoricamente.  Encararem a formação de educadores como uma área de conhecimento em si, buscando dominar suas especificidades.
  • 13.  Cooperar efetivamente com a Direção, no sentido de consolidar uma gestão educacional democrática e solidária.  Favorecer a melhoria contínua da qualidade de ensino das escolas.
  • 14.  Criar um bom vínculo de confiança com os(as) professores(as), constituindo-se num(a) parceiro(a) presente, disponível, exigente, estimulador(a).  Planejar e coordenar situações de aprendizagem que promovam a atividade mental construtiva do (a) professor (a) num contexto de resolução de problema, pesquisa, reflexão, diálogo permanente com diferentes interlocutores.
  • 15.  Observar sistematicamente o(a) professor(a) na sua atuação diária, na relação com os demais membros de sua comunidade de aprendizagem, com os alunos e seus familiares e na participação em reuniões diversas.  Conversar francamente com o(a) professor sobre adequações e inadequações observadas em classe, registrando-as, para que o(a) mesmo(a) tome maior consciência delas e invista nas mudanças necessárias.
  • 16.  Analisar as diferentes produções do(a) professor(a), principalmente, seus registros reflexivos sobre a própria prática, dando ao(à) mesmo(a) retornos pertinentes, seguros e construtivos.  Ajudar os(as) professores(as) a desenvolverem a sua competência profissional (capacidade de articular recursos cognitivos múltiplos – conceitos, conhecimen- tos, informações, hipóteses, esquemas de inferência e de processamento, métodos) para resolver situa- ções complexas ou incertas da prática educativa (Perrenoud).
  • 17.  Estabelecer metas com cada professor(a) sobre os aspectos que devem ser priorizados na sua capacitação visando à transformação dos esquemas orientadores da prática de cada um(a) “habitus”, negociando as formas como serão operacionalizadas as referidas metas e explicitando os critérios de avaliação.  Ajudar o(a) professor(a) a construir uma nova visão do erro (trocando a visão funcional pela estrutural – aquela que passa pela compreensão das razões dos erros, a partir de sua própria atuação como orientador(a)).
  • 18.  Valorizar as didáticas específicas, estudando-as junto com os(as) professores(as) e discutir criticamente uma prova, um plano, uma atividade elaborada pelo (a) professor(a).  Estimular e orientar o(a) professor(a) a tornar-se um(a) pesquisador(a) em seu universo de trabalho, para que possa mobilizar-se na busca de respostas, ressignificando aprendizagens anteriores e avançando na produção de conhecimento didático.
  • 19.  Retroalimentar a ação do(a) professor(a) com uma justa avaliação do seu percurso formativo, tão particular e diferenciado do dos demais.  Orientar os(as) professores(as) para a realização de uma auto-avaliação sistemática e contínua do seu desenvolvimento pessoal e profissional.
  • 20.  Conhecer e saber interpretar a legislação educa- cional, dando o suporte necessário à Direção da(s) escola(s).  Ler e fazer esquemas relativos às resoluções, deliberações,indicações e pareceres emitidos pelos órgãos competentes, para auxiliar os diretores de escolas e preparar orientações técnicas para os professores.
  • 21.  Organização e execução de horários de trabalho pedagógico coletivo;  Organização do início dos períodos;  Relações formais e informais com direção, professores, alunos, pais, órgãos superiores;  Leitura de redes e comunicados, e elaboração de relatórios;  Atendimento às emergências.
  • 22.  Atuar como ponte entre a escola e a universidade  Resumir textos teóricos, selecionando a quantidade e complexidade de informações de que necessita cada professor(a) num determinado estágio de sua formação.  Transpor idéias teóricas para a prática.  Articular os conhecimentos dos(as) professores(as) - aplicação pedagógica- com os dos pesquisadores - resultados das pesquisas. Trabalhar em equipe ( apoio de vários especialistas).
  • 23.  Ter documentados e de fácil acesso para o atendi- mento dos(as) professores(as). • Currículos do colégio • Parâmetros Curriculares Nacionais.  Afixar periodicamente, no mural da sala dos profes- sores (as) estímulos com informações, provocações (crônicas, textos gostosos, matérias de jornal, poesias, etc).
  • 24. • Registros dos(as) professores(as) atuais e antigos (diários de classe, relatórios). • Regimento – normas definidas para o grupo. • Textos selecionados para estudo – importantes como subsídios teóricos da prática. • Modelos de projetos bem e mal sucedidos para reflexão. • Filmes em vídeo para análise. • Bibliografia selecionada acerca dos conhecimentos teóricos referenciais para o trabalho na instituição.
  • 25. O PLANEJAMENTO E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO
  • 26. A importância e o papel do Supervisor Escolar De acordo com o dicionário SUPERVISIONAR significa: Dirigir, orientar ou inspecionar em plano superior. E na prática, o supervisor escolar, organiza os processos da ação e da reflexão dos professores, do planejamento, dos planos de ensino e da avaliação. E, também arranja as rotinas pedagógicas e liga e interliga pessoas, ampliando os ambientes de aprendizagem.
  • 27. No dia-a-dia da escola, há um planejamento e um cronograma (ou calendário) das atividades de Supervisão Escolar? O planejamento do Supervisor Escolar pode ser visto como uma meta de organização e como uma alternativa de sanar dificuldades encontradas no cotidiano escolar.
  • 28. Como ter a previsão,organização, a flexibilidade e realização dos processos pedagógicos? O dia-a-dia do supervisor exige que ele administre seu tempo para cumprir as tarefas que lhe são designadas. Formar professor, planejar reuniões, atualizar-se, envolver o aluno em projeto... Diante dessa realidade tão diversificada, exige do Supervisor a necessidade de um planejamento.
  • 29. PLANO DE AÇÃO INSTITUCIONAL O quê? Quem? Onde? Como? Indicadores Planejamento anual Supervis or escola Analisando as realizações do ano; avaliando os projetos e propondo novos projetos para o ano seguinte. 100% dos professores com os planejamen- tos feitos. Enturmação Supervis or escola Analisando composição das turmas do ano anterior e partir da análise fazer enturmação. 90% de satisfação Organização dos horários de aula Supervis or e professor escola Reunião com professores e verificando Horário com 80% de satisfação. Como planejar?
  • 30. O quê? Quem? Onde? Como? Indicadores Planejamento de ensino Profs. Sala de reunião Acompanhando da elaboração. Aulas planejadas Acompanhamento do processo ensino- aprendizagem Supervis or escola Reunião com os professores; acompanhamento do planejamento; atendimento à alunos; conselho de classe; análise de resultados. Resultados escolares e programa cumprido. Formação dos professores Supervis or escola Participando do Programa de formação integrada da Rede Pitágoras e elaborando programa de Profs. capacitados.
  • 31. Cronograma das atividades Atividades J F M A M J J A S O N D Planejamento-1ª s X Apresentação de metas X X Conselho de classe X X X X X Análise planejamento e projetos X X X X X X X X X X X X Reunião de professores X X X X X X X X X X Reunião de pais X X X X Acompanhamento dos processos. X X X X X X X X X X X X
  • 32. Data Tema/assunto 28/01 Estudo do programa de Formação Planejamento 1ª semana de aula 11/02 Estudo de instrumentos de avaliação Elaboração de avaliação diagnóstica. 18/02 Análise dos resultados da avaliação diagnóstica e elaboração de projetos. 25/02 Aprofundar tema - eixo do Programa de formação. Sugestão de Cronograma de Reunião de Professores Obs. Data de compensação de acordo com os recessos compensáveis.
  • 33. Supervisor Escolar e a Dimensão relacional É importante que o supervisor Escolar, trabalhe na perspectiva de grupo, mostrando a importância das relações interpessoais aos professores, alunos, pais, funcionários e busque desenvolver, nele mesmo e nos outros as habilidade de olhar, ouvir, falar e cuidar. Olhar- um olhar atento, ativo, que acolha as mudanças, as semelhanças e as diferenças; um olhar que capte antes de agir, que compartilhe dúvidas e transmita confiança. Ouvir- o ouvir consiste em colocar-se no lugar do professor através da percepção de sues sentimentos, e assumir ajudá-lo em suas dívidas, sentimentos, etc. Falar- Ao falar, o coordenador pode ajudar, tranqüilizar, dar segurança, oferecer dicas ao professor, como pode também demonstrar ameaça e causar tensão. A fala pode ser organizadora do pensamento do professor ou bloqueadora; ela pode tanto fortalecer ou destruir o relacionamento interpessoal. Cuidar- cuidar é uma atitude, portanto abrange mais que um momento de atenção, zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.
  • 34. PROJETOS INTERDISCIPLINARES É necessário realçar a mediação necessária da Supervisão em um projeto escolar. Boa parte dos professores apresenta interesse e desenvolve projetos. Porém o dia a dia de uma rotina fragmentada, disciplinar, retira do professor a preocupação do planejamento, de efetivar um roteiro que oriente não só aluno, mas a sua própria dinâmica. Vale a pena relembrar que a realidade da escola é no máximo multidisciplinar. Cada disciplina está acostumada a atuar separadamente. Cada professor está acostumado a agir só e durante um determinado momento. Sem a existência de uma Supervisão Escolar atuante o processo tende a perder a coerência. A coerência pedagógica e a obtenção de um resultado de excelência não se dão de forma espontânea. É como o fio, invisível para quem olha, que garante a coerência e a beleza
  • 35. Alguns passos podem orientar e ajudar a montar e desenvolver projetos. 1ª etapa: Definir um tema. A escolha do tema que conduzirá a execução do projeto. 2ª etapa: Explicitar a necessidade do tema escolhido. Através de um processo participativo definir o porquê é necessário trabalhar o tema escolhido. 3ª etapa: Definir a abrangência do projeto. Explicitar quais as disciplinas que participarão desse projeto 4ª etapa: Definição dos objetivos gerais e específicos. É fundamental ter clareza do que se pretende atingir. 5ª etapa: Definição das metodologias necessárias. Explicitar não somente o que cada disciplina efetiva no projeto, mas também como será efetuado cada objetivo específico. 6ª etapa: Elaboração de um cronograma. Na verdade desenvolver um programa de ação, definindo claramente o que será feito, como será feito, quando será feito, por quem será feito.
  • 36. REFLEXÕES E ORIENTAÇÕES SOBRE O TRABALHO DO SUPERVISOR COM OS PROFESSORES
  • 37. A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO Um projeto – laço entre presente e futuro, mola de dinamismo, instrumento de ação e transformação – supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Significa quebra de um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade em função da promessa de estado melhor do que o presente. (Moacir Gadotti) O Projeto Pedagógico de uma escola é o instrumento de balizamento para o fazer pedagógico, que permite pautar permanentemente as práticas pedagógicas escolares.
  • 38. A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO De acordo com a LDB, toda escola deve ter o seu Projeto Político Pedagógico e a sua elaboração deve envolver os agentes educacionais da escola.
  • 39. A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO O Projeto Pedagógico contém os princípios e fundamentos pedagógicos que norteiam a proposta educacional da escola. Esses princípios, bem como todo o Projeto Pedagógico, devem ser divulgados e dados a conhecer a toda a comunidade escolar (lideranças escolares, professores, funcionários, pais, alunos). Como essa divulgação é feita na sua escola? Os professores estudam o Projeto Pedagógico da escola? O Projeto Pedagógico é constantemente revisitado? Os pais dos alunos têm conhecimento dos princípios pedagógicos definidos pelo Projeto Pedagógico da escola?
  • 40. Contextualização: os conteúdos não são apresentados de maneira direta, mas a partir de uma situação que permite a identificação ou a aplicação de conceitos, fórmulas, princípios. Aprendizagem como processo: o aluno não aprende tudo de uma vez; deve-se respeitar a faixa etária, o ritmo, a maturidade cognitiva e realidade social. Vejamos, a seguir, os princípios pedagógicos gerais Certamente, a escola deve ter outros princípios que também devem ser divulgados.
  • 41. Professor como mediador: o professor é o orientador da aprendizagem e faz a mediação entre o CONHECIMENTO e o ALUNO, adotando as estratégias que facilitem a aprendizagem. Aluno como produtor do conhecimento: o aluno não recebe o conhecimento pronto para ser memorizado, mas as ferramentas necessárias para lidar com as informações e apropriar-se do conhecimento.
  • 42. Alinhamento pedagógico: as disciplinas têm eixos estruturadores próprios contemplados em todas as séries e intercalados entre si. Sociointeracionismo: a aprendizagem está condicionada às relações que se estabelecem na sala de aula e no espaço da escola, pelo fazer cotidiano do professor e de seus alunos.
  • 43. A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO “Quando o supervisor está devidamente posicionado em relação aos princípios defendidos pela escola, eles passam a ser seus também, a ponto de não se enfraquecer diante dos questionamentos das famílias, da pressão de algum grupo de professores, diante do novo, por exemplo.”
  • 44. O que o Supervisor Escolar pode fazer para divulgar e tornar cada vez mais conhecidos os princípios pedagógicos da escola: Elaboração de cartazes Apresentação durante as reuniões Comunicações enviadas aos pais Estudos feitos com os professores Cursos de formação para os funcionários da escola
  • 45. O livro “Construtivismo na sala de aula”, organizado por César Coll, na página 80, cita três concepções da aprendizagem e do ensino escolar mais habituais entre os docentes. AS CONCEPÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DA ESCOLA 1. A aprendizagem escolar consiste em conhecer as respostas corretas para as perguntas formuladas pelos professores. O ensino proporciona aos alunos o reforço necessário para obter essas respostas.
  • 46. 2. A aprendizagem escolar consiste em adquirir os conhecimentos relevantes de uma cultura. Nesse caso, o ensino proporciona aos alunos a informação de que necessitam. 3. A aprendizagem escolar consiste em construir conhecimentos. Os alunos e as alunas elaboram, mediante sua atividade pessoal, os conhecimentos culturais. Por tudo isso, o ensino con-siste em prestar aos alunos a ajuda necessária para que possam ir construindo-os.
  • 47. Qual dessas concepções melhor atende à proposta pedagógica da sua escola? Na sua escola, os professores têm essa mesma concepção pedagógica? AS CONCEPÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DA ESCOLA Os processos e a prática pedagógica da escola corroboram essa concepção? Os pais têm conhecimento da concepção pedagógica da escola? A escola divulga adequadamente essa concepção?
  • 48. A palavra “alinhamento”, durante algum tempo, foi empregada para indicar o posicionamento político unilateral de um determinado país ou pessoa e tomou uma conotação de imposição ou sectarismo. Nós, quando usamos a expressão “alinhamento pedagógico”, não concordamos com essa conotação, mas a empregamos no sentido de definição da linha pedagógica que a escola defende, adota e segue. O ALINHAMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA Mas esse posicionamento não pode ficar somente no discurso e nas intenções. Ele deve estar presente em todas as ações pedagógicas dos agentes escolares. Como garantir esse alinhamento? É possível?
  • 49. Projeto Pedagógico Educação com a qualidade pretendida Materiais didáticos Sistema de avaliação Envolvimento de Professores / Equipe Técnica Planejamento das atividades pedagógicas Estrutura física Matriz curricular O esquema a seguir apresenta alguns aspectos da vida escolar que devem estar alinhados ao Projeto Pedagógico de forma a garantir o sucesso da instituição.
  • 50. Se um dos aspectos citados estiver desconectado ou desalinhado, todo o esforço da equipe estará comprometido. Cabe ao Supervisor Escoalr detectar os problemas e elaborar um plano de ação para solucioná-los.
  • 51. Se não existir problemas, mesmo assim, é preciso ter ações para garantir o processo e evitar o desalinhamento pedagógico: Reuniões frequentes Grupos de estudo Participação da equipe nos cursos de capacitação Análise dos planejamentos e dos instrumentos de avaliação Análise dos resultados de desempenho dos alunos seguida de adoção de medidas de correção ou aprimoramento
  • 52. O SUPERVISOR E O PLANEJAMENTO DIDÁTICO Planejar é processo:  de reflexão sobre nossas ações e opções;  de tomada de decisão sobre ação futura;  de previsão de necessidades visando à concretização de objetivos.
  • 53. Planejar é organizar um conjunto de atividades interdependentes, é definir metas, organizar recursos e esforços para alcançá-las, medindo resultados, confrontando expectativas. Qual o papel do Supervisor Escolar nesse processo? O Supervisor Escolar é o orientador desse processo, é aquela pessoa que discute e define com os professores a melhor forma de planejar, estabelece prioridades, faz as intermediações necessárias, questiona e assegura a coerência entre o planejamento e a proposta pedagógica da escola
  • 54. Planejar requer: pesquisar sempre; ser criativo na elaboração da aula; estabelecer prioridades e limites; estar aberto para acolher o aluno e sua realidade; ser flexível para replanejar sempre que necessário. Colocamos, a seguir, algumas orientações que podem contribuir para o processo de elaboração de um bom planejamento didático em qualquer disciplina. Esses princípios podem ser comunicados aos professores e servir de critérios para o Supervisor ao analisar os planejamentos dos professores.
  • 55. Leve sempre em conta: as características e necessidades de aprendizagem dos alunos; os objetivos educacionais da escola e seu projeto pedagógico; o conteúdo de cada série; os objetivos e seu compromisso pessoal com o ensino; as condições objetivas de trabalho. Com base nisso, defina: o que vai ensinar; como vai ensinar; quando vai ensinar. o que, como e quando avaliar.
  • 56. Agora, um texto para reflexão (ele pode ser lido com os professores, no início da elaboração dos planejamentos) FAÇA SEUS PLANOS Um jornalista que não organiza as perguntas para uma entrevista jamais montará uma boa reportagem. Se um advogado não estuda com atenção um processo, só por sorte ganhará a causa. E o professor... O professor, você sabe, desenvolve aulas melhores quando prepara de antemão um plano com o que vai apresentar à classe. Se o planejamento está (ou deveria estar) incorporado à rotina, por que deveríamos tratar desse tema? É porque os professores estão sendo solicitados a produzir planos de aula mais abrangentes e flexíveis.
  • 57. Tomemos como exemplos a interdisciplinaridade, que coloca em torno de uma mesa mestres de variadas especialidades, e a introdução de temas contextualizados no currículo, nos quais se exige uma cuidadosa sintonia dos conteúdos escolares com a realidade. Tais recursos pedagógicos, cada vez mais adotados, só terão sucesso se escorados em bons planos de aula. O que se propõe é uma reflexão sobre sua rotina de trabalho. O jornalista tem chance de rever seu erro na edição seguinte. Um advogado sempre pode apelar de uma sentença desfavorável. Mas os professores correm mais riscos: a chance de usufruir um daqueles momentos mágicos em que os alunos abrem os olhos e o coração para o aprendizado pode não se repetir.
  • 58. O SUPERVISOR E A AVALIAÇÃO ESCOLAR Qual deve ser o sentido e a finalidade da avaliação escolar? Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, etc. Constatar o que está sendo aprendido Adequar o processo de ensino aos alunos, tendo em vista os objetivos propostos. Julgar globalmente um processo de ensino- aprendizagem em função dos objetivos previstos.
  • 59. Para avaliar e qualificar a aprendizagem dos educandos é preciso que estejam bem claros : a teoria pedagógica que norteia e dá suporte à prática educativa; o planejamento de ensino que faz a mediação entre a teoria e a prática de ensino na aula. Sem uma consistente teoria pedagógica e sem um planejamento de ensino bem elaborado, os atos avaliativos serão praticados aleatoriamente, de forma arbitrária, sem vínculos com a realidade educativa dos alunos.
  • 60. Além de uma boa relação e de uma prática pedagógica eficiente, a escola e o professor devem cuidar muito bem dos instrumentos de avaliação, adotando critérios técnicos e pedagógicos em todas as etapas do processo avaliativo (elaboração e aplicação dos instrumentos de avaliação, entrega e análise dos resultados, adoção de medidas pedagógicas a partir da análise dos resultados). A equipe pedagógica da escola deve definir os critérios para cada uma das etapas da avaliação escolar e o coordenador pedagógico, com base nos critérios definidos, deve cuidar desse processo.
  • 61. A seguir, alguns critérios para cada uma das etapas do processo de avaliação escolar: Aplicação dos instrumentos de avaliação Durante a aplicação de instrumentos de avaliação, é importante: •O estabelecimento de um clima de confiança; •O esclarecimento do que se espera da avaliação; •A disponibilidade do professor para fazer da avaliação mais um momento de aprendizagem; •A previsão de tempo adequado para resolução. Elaboração dos instrumentos de avaliação Bons instrumentos de avaliação devem ser: •Reflexivos •Essenciais •Abrangentes •Contextualizados •Claros •Compatíveis
  • 62. Análise dos instrumentos de avaliação aplicados aos alunos Os critérios para análise devem ser claros, definidos, coerentes, tanto em termos de correção, quanto de determinação de valores e de patamares mínimos de aprendizagem. Para afinar o critério de correção, o professor pode primeiro elaborar a chave de correção e pontuação e organizar a forma de analisar os instrumentos. Comunicação de resultados Para terem efeito no processo educativo, os instrumentos devem ser o mais rapidamente possível analisados e devolvidos aos alunos, e não acumulados para serem "corrigidos" só no final do mês ou bimestre. É importante o aluno ter garantido pelo menos o espaço para solicitar esclarecimentos sobre a correção feita pelo professor.
  • 63. Tomada de decisão Com os resultados observados, é possível perceber as necessidades dos alunos para planejar o que fazer para ajudá-los a superá-las: •Os objetivos não atingidos pelos alunos devem ser retomados e retrabalhados imediatamente em sala de aula; •O professor deve fazer auto-análise para saber se há necessidade de rever sua forma de ensinar aquele conteúdo; •Estes objetivos devem ser incluídos na próxima avaliação, dando oportunidade de expressão da nova síntese de conhecimento e permitindo ao professor saber se os alunos superaram a dificuldade.
  • 64. Philippe Perrenoud, em seu livro Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas, afirma que “para mudar as práticas no sentido de uma avaliação mais formativa, menos seletiva, talvez se deva mudar a escola, pois a avaliação está no centro do sistema didático e do sistema de ensino”. Para exemplificar, ele apresenta um esquema em que a avaliação é colocada no centro de um octógono, mostrando que ela se relaciona com todos os processos escolares e que não adianta mexer com a avaliação sem alterar todos os outros processos. Veja o esquema a seguir: Será que isso é suficiente? É possível implementar mudanças na avaliação escolar sem alterar os outros processos escolares?
  • 65.
  • 66. Pode-se dizer, para concluir, que não se poderia separar a reflexão sobre avaliação de um questionamento mais global sobre as finalidades da escola, das disciplinas, do contrato pedagógico e didático e dos procedimentos de ensino e de aprendizagem. (Philippe Perrenoud)