Este conto alegórico usa a metáfora de uma rã sendo cozinhada lentamente para ilustrar como mudanças graduais podem escapar à nossa consciência e levar ao nosso declínio, assim como a sociedade pode estar gradualmente aceitando más condições. A história adverte que precisamos acordar para as mudanças antes que seja tarde demais.
1. História de uma rã
ler, meditar e encaminhar:
é cruelmente verdade.
2. Da alegoria da Caverna de Platão para Matriz, passando pelas fábulas de
La Fontaine, o idioma simbólico é um meio privilegiado para induzir à
reflexão e transmitir algumas ideias.
Olivier Clerc, escritor e filósofo, nesta sua breve história, pela metáfora,
põe em evidência as funestas consequências da não consciência da
mudança que afecta a nossa saúde, as nossas relações, a evolução social
e o ambiente.
Um resumo de vida e sabedoria que cada um poderá plantar no próprio
jardim para desfrutar dos seus frutos.
11. Se a mesma rã tivesse sido lançada
directamente na água a 50 graus,
com um golpe de pernas teria
pulado imediatamente da panela.
12. Isto mostra que, quando uma mudança
acontece de um modo suficientemente lento,
escapa à consciência e não desperta, na maior
parte dos casos, nenhuma reação, nem um
pouco de oposição ou alguma revolta.
13. Se nós olharmos para o
que tem acontecido na
nossa sociedade
durante as últimas
décadas poderemos ver
que estamos a sofrer
uma lenta mudança na
vida à qual nos vamos
acostumando.
14. Uma quantidade de coisas que
nos teriam feito horrorizar há 20,
30 ou 40 anos, foram a pouco e
pouco banalizadas e hoje apenas
perturbam levemente ou até
deixam completamente
indiferentes a maior parte das
pessoas.
15. Em nome do progresso, da ciência e do
lucro são efectuados ataques contínuos às
liberdades individuais, à dignidade, à
integridade da natureza, à beleza e à alegria
de viver. Lenta, mas inexoravelmente, com
a constante cumplicidade das vítimas,
desavisadas e agora incapazes de se
defenderem.
16. As previsões para o futuro, em vez de
despertarem reacções e medidas preventivas,
não fazem outra coisa que não seja preparar
psicologicamente as pessoas para aceitarem
algumas condições de vida decadentes,
aliás dramáticas.
17. O martelar contínuo de
informações dos média satura
os cérebros que não podem
distinguir mais as coisas...
18. Quando eu falei pela primeira
vez destas coisas, era para um
amanhã,