6. Histórico
Origem das palavras
• Terapia (do Grego.) θεραπεία - "servir a Deus”
• Intensiva (do Lat.) Intensivu – “que é intenso”
7. Era Florence
• A Unidade de Terapia Intensiva é
idealizada como Unidade de Monitoração
de paciente grave através da enfermeira
Florence Nightingale - Em 1854 inicia-se
a guerra da Criméia
• taxa de mortalidade atingia 40%
entre os soldados hospitalizados.
8. Era Dandy
• Em meados da década de 1910, Dandy
importante neurocirurgião realizava técnica
de ar na ventriculografia
• Em 1926 cria a 1ª UTI Neurológica com 6
leitos
Dr. Walter Dandy – Criador da
primeira UTI
9. Era Peter Safar
• O primeiro médico intensivista década de 1950
• Estimulou e preconizou o atendimento de
urgência-emergência, ABC primário, criou a
técnica de ventilação artificial boca a boca e
massagem cardíaca externa
• Concretizou para o paciente crítico as técnicas
de manutenção de métodos extraordinários de
vida
• Elaborou os projetos das ambulâncias - UTI de
transporte
12. UTI x Hospital
• Atender o paciente crítico;
• Atender pacientes pós operatórios de alta
complexidade;
• Atender urgências/emergências das unidades
de internação;
• Unidade de retaguarda do pronto-socorro;
• Realização de procedimentos de grande
complexidade;
• Pacientes com risco eminente de morte.
14. Uma diária de UTI pode custar
de 3 a 4 vezes mais que uma
diária em uma enfermaria
comum.
15. Quais Recursos de
uma UTI
• Recursos Físicos
• Recursos Tecnológicos
• Recursos Humanos
16. Recursos Físicos
Projetar uma UTI exige conhecimento das
normas dos agentes reguladores e experiência
dos profissionais de terapia intensiva
• Localização:
A UTI deve ser uma área geográfica distinta
dentro do hospital, quando possível, com
acesso controlado, sem trânsito para outros
departamentos
17. Sua localização deve ter acesso direto e ser
próxima de elevador, serviço de emergência,
centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica,
unidades intermediárias de terapia
e serviço de laboratório e radiologia
• Número de Leitos
Um hospital geral deveria destinar 10% da
capacidade de leitos para UTI
O ideal são oito a doze leitos por unidade
18. • Forma da Unidade
A disposição dos leitos de UTI podem ser em
área comum (tipo vigilância), quartos fechados
ou mista, é indicada a separação dos leitos pôr
divisórias laváveis que proporcionam uma
relativa privacidade dos pacientes
As unidades com leitos dispostos em quartos
fechados, devem ser dotados de painéis de
vidro para facilitar a observação dos pacientes.
19. Salas de isolamento é recomendável e
cada instalação de saúde deve considerar
a necessidade de salas de isolamento
compressão positiva e negativa
20. Os pacientes devem ficar localizados de
modo que a visualização direta ou indireta,
seja possível durante todo o tempo,
permitindo a monitorização do estado dos
pacientes, sob as circunstâncias de rotina
e de emergência. O projeto preferencial é
aquele que permite uma linha direta de
visão, entre o paciente e o posto de
enfermagem.
21. • Posto de Enfermagem
O posto de enfermagem deve ser
centralizado, no mínimo um para cada
doze leitos
• Área de Internação
A área de cada leito deve ser suficiente
para conter todos os equipamentos e
permitir livre movimentação da equipe par
atender às necessidades de terapia do
paciente
22. • Régua de Gases
O suprimento de oxigênio, ar comprimido
e vácuo devem ser mantidos nas 24 horas
2 saídas de oxigênio
2 saídas de ar comprimido
1 saída de vácuo
11 tomadas (ideal 16) 110v e 220v
23. • Sistema de ar condicionado
devem ser previstos visando assepsia e
conforto para os pacientes e equipe de
trabalho com variação de 24 a 26ºC e
umidade relativa do ar de 40 a 60%.
24. • Sala de Utensílios Limpos e Sujos
• Banheiro de Pacientes
• Copa de Pacientes
• Sala de Serviços Gerais
• Armazenamento de Equipamentos
• Sala de Reuniões
• Área de Descanso dos Funcionários
• Conforto Médico
• Recepção da UTI
• Sala de Espera de Visitantes
• Secretaria Administrativa
25. Recursos Tecnológicos
Cada leito contém monitores cardíacos,
respiradores, bombas de infusão, cama
elétrica ou manual, oximetria de pulso,
rede de gases, etc.
27. A tecnologia na UTI esta aliada ao bem estar e
recuperação do paciente, oferecendo suporte de
vida com equipamentos sofisticados e
delicados.
Eletrocardiográficos
Monitor de pressão arterial invasiva
Capnógrafo
Swan-ganz
Ventilador Mecânico
Balão intra-aórtico
Balão esofágico
28.
29. Recursos Humanos
UTI é uma área hospitalar em que os
pacientes em estado grave podem ser
tratados por uma equipe qualificada,
sob as melhores condições possíveis.
30. Os recursos humanos na UTI é peça
primordial ao cuidado do paciente
crítico, aliados ao recurso tecnológico
e a capacitação deste profissional
torna se capaz de identificar/intervir
em situações emergencial com
competência
31. Quem Faz Parte da Equipe?
• Assistência Indireta
Nutricionista
Farmacêutico
Psicologia
Escrituraria
Laboratório
Diagnóstico por imagem
Higienização
Segurança
Manutenção
33. Lei do Exercício Profissional
• Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986
Parágrafo único - A Enfermagem é exercida
privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico
de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem
e pela Parteira, respeitados os respectivos
graus de habilitação.
34. Atribuições do Técnico de Enfermagem na UTI
A colaboração do técnico de
enfermagem tem muita influência no
trabalho diário, pois são LINHA DE
FRENTE a assistência do paciente
crítico.
35. • Estar no setor no horário marcado para receber o plantão
(10 minutos antes);
• Observar condições gerais do paciente quando estiver
recebendo o plantão:
- Medicações e infusões prescritas
- Soros que estão instalados
- Sondas, drenos e cateteres
• Tomar conhecimento da evolução do paciente através da
passagem de plantão;
• Preencher o cabeçalho da folha de controle, completamente;
• Administrar medicação e tratamento prescrito, observando
seus efeitos;
• Anotar na prescrição do paciente os cuidados prestados,
medicações e tratamentos aplicados, sinais e sintomas de
maneira objetiva e clara, logo após a execução;
36. • Prestar aos pacientes cuidados de higiene, criando-lhe
condições de conforto e tranquilidade;
• Trocar cadarços/fixações e curativos diariamente, ou quantas
vezes fizer necessário;
• Mudança de decúbito de 2/2hs, mantendo o leito limpo e
seco;
• Proteger calcâneos e proeminências ósseas com coxins;
• Controle dos sinais vitais (2/2hs), PVC, líquidos infundidos e
drenados;
• Aspiração orotraqueal frequente, quantas vezes fizer
necessário, com técnica correta;
• Restrição de pacientes agitados ou confusos, afim de
protegê-los, evitando que retirem dispositivos invasivos;
• Manter grades elevadas, evitando restringir pacientes nas
mesmas;
37. • Higiene oral com cepacol ou água bicarbonatada, mantendo
lábios umedecido evitando ressecamento;
• Trocar curativos, bolsas de colostomias, soluções de
drenagens torácicas, diariamente ou quantas vezes se fizer
necessário;
• Manter monitores com alarmes ativados;
• Arrumação e limpeza concorrente da unidade do paciente
diariamente;
• Desprezar frascos de aspiração, coletores de diurese a
cada final de plantão ou quantas vezes se fizer necessário;
• Auxiliar os demais membros da equipe, sempre que
solicitado;
• Comunicar ao Enfermeiro as alterações observadas no
estado geral dos pacientes;
• Acompanhar os familiares nos horários de visitas;
38. • Permanecer junto ao paciente durante seu horário de trabalho,
ausentando-se apenas quando necessário e após avisar o
colega;
• Comunicar ao Enfermeiro quando tiver que se ausentar;
• Colaborar na manutenção da ordem e limpeza da unidade;
• Admitir pacientes;
• Acompanhar pacientes nas altas, transferências, exames, etc.;
• Fazer preparo do corpo pós óbito;
• Preparar material e auxiliar em procedimentos invasivos e de
alta complexidade;
• Fazer desinfecção terminal da unidade, incluindo equipamentos
utilizados;
• Manter-se em prontidão em caso de PCR, internaçoes e outras
eventualidades;
39. • Participar de reuniões quando convocado;
• Controlar materiais esterilizadas, como datas, estocagem,
quantidade;
• Participar de atividades de treinamento;
• Trocar sacos de hamper;
• Zelar pelo material do setor;
• Atender as solicitações do Enfermeiro;
• Conferir e completar carro de emergência;
• Cumprir regulamentos do hospital e rotinas do setor;
• Levar o material usado para ser esterilizado, conforme rotinas e
horários estabelecidos;
• Limpar carro de emergência, ECG, carro de curativo/banho,
maca, cadeira de rodas e de banho, suporte de soro,
escadinhas e outros equipamentos;
40. • Guardar roupas e manter em ordem o armário;
• Encaminhar o material colhido como: sangue, urina, fezes,
secreções, em caráter de urgência;
• Administrar hemoderivados;
• Utilizar os EPIs;
• Acatar e respeitar a hierarquia funcional;
• Manter o posto de enfermagem em ordem;
• Evitar comentários, emitindo juízo depressivo ou inoportunos
frente ao paciente;
• Agilidade, iniciativa, trabalho em equipe;
• Manter leitos quando vagos, adequados para receber os
pacientes;
• Cuidado no manuseio de pacientes com cateteres, para que
não ocorra acidentes;
• Executar tarefas afins.
42. Aspecto Emocional
A doença é um estado físico e
emocional, que gera angústia não só
na pessoa que sofre, mas também
naqueles que estão ao seu redor:
profissionais, familiares e amigos
43. UTI x Morte
• Para muitas pessoas a UTI é sinônimo de morte;
• As unidades de cuidados intensivos apresentam
a sociedade as duas faces de uma mesma
moeda, onde alguns ficam com o verso, porque
desfrutam da UTI em esperança de vida e
retornam aos lares e outros com o reverso da
moeda onde de fronte com a morte e com o
desgosto emocional de todos.
44. Influência da Doença no Comportamento do Paciente
• Crise de agitação e rebeldia emocional
É a resposta mais esperada – as crises de agitação podem ser
acompanhadas de condutas que levam a sentimento de culpa ou
frustração, podendo desenvolver depressão, angústia ou apatia por
parte do paciente.
• Transtornos Mentais
Algumas patologias/medicações podem levar a transtornos
mentais.
Pacientes idosos desenvolvem demências mais acentuadas
devido ao seu estado natural de velhice.
A privação de sono, uso de medidas terapêuticas ou preparo de
exames podem desenvolver alterações mentais transitórias.
45. • Angústia e Medo
O paciente transmite seu sofrimento, medo, angústia,
incerteza, tensão emocional, através de condutas
dominantes como agressividade e dependência total
alternando entre si, logo convertidos em impotência e
sensação de fragilidade.
• O Paciente Inconsciente
Com o paciente em coma, deve-se existir um cuidado
especial, já que não se sabe até que ponto o paciente
ouve ou não. Deve-se agir como se o paciente ouvisse ,
falhando-lhe, explicando-lhe o que se vai fazer,
minimizando os impactos ao despertar.
48. Fatores Ambientais
• O paciente espera que a UTI seja
silenciosa e discreta, a realidade é bem
diferente. O ambiente de UTI afeta
diretamente na estabilidade emocional
do paciente.