O documento resume a origem e características dos répteis. Apresenta informações sobre quando e como os répteis surgiram, dominando a terra e dando origem aos dinossauros. Também descreve as principais ordens de répteis, incluindo seus traços e hábitos de reprodução.
3. • Os répteis surgiram aproximadamente há 300 milhões de anos, na era paleozoica , quando os vertebrados terrestres que
dominavam a terra eram os anfíbios, surgidos cerca de 50 milhões de anos antes. Ficando conhecida como a “idade dos
anfíbios”.
• Com o surgimento dos répteis, cada vez mais bem adaptados ao ambiente terrestre, os anfíbios passaram a sofrer com
a competição e chegaram quase a ser extintos ao longo dos anos, dando espaço para a idade dos répteis.
• No inicio da era mesozoica, a cerca de 210 milhões de anos, surgiram os dinossauros, que passaram a dominar o
ambiente terrestre, sendo os répteis mais numerosos naquela época.
• Os dinossauros eram répteis de vários tamanhos, aviam desde os menores de 1 metro de comprimento aos gigantescos
de 30 metros.
• Na era dos dinossauros também haviam répteis adaptados à vida no mar e outros possuíam características que os
permitiam realizar vôos.
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Os répteis constituem uma classe de animais vertebrados tetrápodes e ectotérmicos, ou seja, não possuem temperatura
corporal constante, a temperatura varia de acordo com a temperatura do ambiente. São todos aminiotas (animais cujos
embriões são rodeados por uma membrana amniótica), esta característica permitiu que os répteis ficassem independentes da
água para reprodução.
5. Revestimento dos répteis
• As células são ricas em queratina, substância que protege
o animal contra a desidratação.
• A pele é seca e impermeável.
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7. 04/04/2018 7
• A ordem dos rincocéfalos é representada, atualmente, por apenas duas espécies (Sphenodon
punctatus e Sphenodon guntheri), popularmente chamados de tuatara, que habitam a Nova
Zelândia. Tuataras são animais interessantes, que ainda mantêm muitas características dos
répteis primitivos, como um pequeno olho atrofiado na região superior do encéfalo (olho pineal)
e uma linha de escamas espinhosas, dorsais e eréteis.
A fêmea leva de três a quatro anos para produzir um grupo de 6 a 15 pequenos ovos.
O acasalamento ocorre no verão, mas a fêmea guarda o esperma no corpo durante dez
meses até fecundar seus ovos, que serão postos na primavera seguinte.
De início, os embriões desenvolvem-se depressa, mas esse desenvolvimento torna-se
lento e quase para durante o inverno. A ninhada irrompe os ovos no verão, cerca de
quinze meses depois de eles terem sido postos — a incubação mais longa que a de
qualquer outro réptil.
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Os quelônios, são répteis da ordem chelonia cujos representantes são as:
• Tartarugas, marinhas e de água-doce
• Cágados, que vivem em água-doce
• Jabutis, que são encontrados em terra firme.
Atualmente são conhecidas 260 espécies de quelônios, sendo que apenas sete
espécies são marinhas.
A reprodução é sexuada, o macho transfere os espermatozoides para dentro do
corpo da fêmea.
Por serem animais ovíparos, as fêmeas procuram um lugar para depositar os seus
ovos. O número de ovos varia de espécie para espécie. As espécies exclusivamente
aquáticas, vêm à superfície apenas nesse momento.
Os ovos são depositados em ninhos cavados no solo ou na areia. A determinação
do sexo pode ser genética ou pela temperatura de incubação do local onde os ovos
foram colocados. Temperaturas mais altas determinam o surgimento de indivíduos
do sexo feminino.
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Os crocodilianos são répteis da ordem Crocodilia de grande porte,
encontrados em várias regiões do planeta.
Possuem o corpo coberto por escamas e placas ósseas dérmicas.
Crocodilos
Os crocodilos vivem em regiões de margens de rios, lagos, mares e mangues. São
parecidos com os jacarés, porém se diferenciam em função do focinho mais estreito.
Outra forma de diferenciar estas duas espécies é a visualização do quarto dente
inferior de cada lado da boca (fechada). Nos crocodilos está visualização ocorre,
enquanto nos jacarés não.
Os crocodilos são encontrados, principalmente, na África, América Central e sul da
Ásia.
Jacarés
São répteis típicos de água doce que habitam, principalmente, margens de lagos e
rios. Aqui no Brasil são muito comuns na região do Pantanal Mato-grossense. Vivem,
principalmente, em regiões do México e América do Sul.
O focinho dos jacarés é mais largo do que o dos crocodilos.
Gaviais
São crocodilianos encontrados nas áreas de rios e lagos do território indiano e
nepalês. Estes répteis possuem focinho alongado e estreito.
Curiosidades
Os crocodilianos surgiram no planeta Terra há, aproximadamente, 80 milhões de
anos atrás.
Infelizmente, os gaviais são uma das espécies de répteis que corre grande perigo
de extinção na atualidade. Existem apenas cerca de 300 animais vivendo em habitat
natural.
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A postura é de 20-50 ovos e período de incubação é de três messes.
A maturidade sexual de um crocodilo depende mais do tamanho do que sua idade.
Ao contrario do ser humano, os crocodilianos não possuem cromossomos sexuais, os
filhotes terão o sexo determinado não pela concepção, mas pela temperatura na qual os
ovos foram incubados.
Abaixo de 30ºC produzem fêmeas, acima de 30ºC produzem machos e se a
temperatura for fixada em 30ºC pode nascer ambos os sexos.
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Squamata ou escamos são animais que fazem parte da classe dos répteis (Reptilia) que apresentam como
principal característica a presença de escamas no corpo. Fazem parte desta ordem os anfisbenas, serpentes
e lacertílios.
Principais características:
• Presença de escamas no corpo.
• Troca, de tempos em tempos, da parte externa da epiderme.
• Presença de pálpebras móveis (exceto as serpentes).
• Grande parte dos animais escamados excreta ácido úrico.
• Presença de hemipênis nos machos.
Os amphisbaenídeos são os representantes da ordem
Squamata menos conhecidos e considerados os mais
estranhos por alguns. São animais com hábitos
subterrâneos, que apresentam aspecto vermiforme,
olhos pequenos e pouca visão. Podem atingir até 80
cm de comprimento e são muito conhecidos como
cobras-cegas ou cobras-de-duas-cabeças por
apresentarem a cabeça tão grossa quanto a cauda.
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Os ofídios são representados pelas serpentes, que são animais que evoluíram ao longo do tempo.
Atualmente, as serpentes podem ser encontradas em quase todas as regiões do planeta, sendo
conhecidas aproximadamente 3.000 espécies desses animais. Com o corpo alongado e sem patas, as
serpentes possuem adaptações que lhes permitem capturar presas muito maiores do que seu próprio
corpo; e seu tamanho pode variar de 75 cm a 10 metros de comprimento. São animais carnívoros que
trocam a pele durante toda a vida, e muitas espécies apresentam peçonha e dentes específicos para a
inoculação do veneno.
São conhecidas aproximadamente 4.300 espécies de lacertílios, que se encontram
presentes em quase todas as regiões do planeta, exceto na Antártica e em regiões frias
da América do Norte, Europa e Ásia. Alguns lagartos têm a capacidade de autotomia,
que significa cortar espontaneamente a cauda quando o animal se sente ameaçado por
algum predador. Ao perder a cauda, esta continua se movimentando por algum tempo, o
que distrai o predador e faz com que o lagarto ganhe tempo para fugir. Mas perder a
cauda pode sair muito caro para o animal, pois é nela que ocorre a deposição de gordura
no seu corpo.
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A AUDIÇÃO DAS SERPENTES
As serpentes não possuem ouvido externo, médio e
nem tímpano. São praticamente surdas. Não são
capazes de ouvir sons mas sim vibrações físicas
(mecânicas) fortes, como passos, queda de objetos, que
chegam ao cérebro do animal por um pequeno osso
(chamado columela) que une a base da mandíbula à
caixa craniana
Se a columela vibrar, a serpente percebe o som sem,
contudo, precisar corretamente a direção
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O principal órgão de orientação, capaz de suprir as deficiências visuais e auditivas é o olfato
Todo o sistema de captação de partículas dispersas no ar, que constituem o odor, é realizado
pela língua
Quando em movimento, as serpentes agitam constantemente a sua língua bífida (com duas
pontas). Cada vez que a língua é projetada para fora da boca, uma secreção grudenta faz com que
as partículas dispersas no ar fiquem aderidas às duas pontas, razão pela qual ela vibra
rapidamente para que a maior quantidade possível de elementos fiquem aderidos às extremidades
Quando a língua é retraída, antes de ser limpa e banhada novamente com a secreção, cada
ponta , com a secreção contendo as partículas coletadas no ar, é introduzida em um orifício
localizado no 'céu da boca' onde as partículas são depositadas e analisadas. A ponta que estava
mais próxima da fonte de odor terá mais partículas e isto é o suficiente para fornecer com precisão
a direção
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As serpentes são carnívoras e caçadoras por natureza. Todos os animais de 'sangue quente' (aves e mamíferos),
corretamente denominados de homeotérmicos, emitem raios de calor do tipo infravermelho, formando uma
espécie de aura invisível
As serpentes noturnas, que alimentam-se de animais homeotérmicos, possuem, de cada lado da cabeça,
um orifício entre o olho e a narina, chamado de Fosseta Loreal
Estas aberturas possuem uma membrana ricamente enervada com terminações nervosas capazes de
perceber variações de calor de até 0,5 graus Celsius num raio de 5 metros de distância
As emissões de calor, emanadas pelo animal homeotérmico, atingem a membrana e criam uma 'imagem
térmica altamente precisa, fornecendo o tamanho do animal (através das concentrações dos raios
infravermelhos), a distância (através da variação de temperatura) e os movimentos (pelo deslocamento da
'imagem térmica).
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Bothrops Jararacas. Apresentam cauda lisa
Crotalus Cascavéis. Apresentam cauda com chocalho
Lachesis Surucucus. Apresentam cauda com escamas arrepiadas
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Corais: Apesar de terem o veneno mais tóxico, entre as serpentes brasileiras, não possuem
fosseta loreal, uma vez que, apesar de noturnas, não se alimentam de roedores (comem outras
serpentes), não necessitando de um órgão térmico para localizar a presa
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Serpente não peçonhenta. Não possui presas inoculadoras de peçonha. Pode morder, mas sua
mordida não apresenta perigo algum. Algumas espécies matam suas presas por constrição.
Exemplos: Jibóia, Sucuri e alguns colubrídeos
Serpente peçonhenta. Possui presas inoculadoras de peçonha, mas sua peçonha é pouco tóxica, ou
suas presas inoculadoras são localizadas posteriormente. Podem causar acidentes de pouca
gravidade, geralmente não-fatais.
Exemplos: alguns colubrídeos e falsas-corais
Serpente muito peçonhenta. Possui presas inoculadoras de peçonha localizadas anteriormente. Sua
peçonha é muito tóxica, podendo ser fatal, se não utilizada a soroterapia. Os casos não fatais podem
deixar seqüelas.
Exemplos: Cascavéis, Jararacas, Surucucus e Corais-Verdadeiras
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São 4 os tipos de dentição existentes
ÁGLIFA
Dentição que apresenta os dentes iguais, não apresenta
nenhum sulco ou canal para inoculação de veneno. Não apresentam
perigo algum. Serpentes com esse tipo de dentição não são
peçonhentas e matam suas presas por meio de constricção. Esses
dentes são especializados para segurar a presa para que não escape
na hora que vai se alimentar
OPISTÓGLIFA
Tipo de dentição que apresenta o dente inoculador posicionado na região posterior do
maxilar superior. O dente não possui um canal interno e sim uma parte escavada, como uma
calha por onde o veneno escorre penetrando na vitima ou presa. Este tipo de serpente com
este tipo de dentição é chamada de semi-peçonhenta. Em caso de acidentes elas provocam
uma sintomatologia semelhante ao da jararaca, apresentando edema importante, porém o
Tempo de Coagulação não se altera
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PROTERÓGLIFA
Dentição não muito eficiente, o dente inoculador não
possui um orifício bem definido, e assemelha-se a uma
agulha hipodérmica. Está localizado na parte anterior do
maxilar superior sendo pequeno e fixo
SOLENÓGLIFA
Tipo de dentição de serpente peçonhenta sendo altamente
especializado. O mais eficiente dos dentes das peçonhentas. O dente
inoculador possui um canal interno por onde o veneno passa, sendo
introduzido para dentro da vitima, como uma injeção intra-muscular.
Esse dente é projetado para frente na hora do bote devido a sua
estrutura craniana, onde em alguns ossos existe articulações que
direcionam a presa para frente, sendo retraído quando o animal volta à
sua posição normal
26. Tipos de soros
antiofídicos
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Anti-Botrópico = contra acidentes de jararacas .
Anti-Crotálico = contra acidentes de cascavel .
Anti-Laquésico = contra acidentes de surucucu .
Anti-Elapídico = contra acidentes de cobra-coral .
Anti-Crotálico/Botrópico = contra acidentes com cascavéis e
jararacas.
Anti-Botrópico/Laquésico = contra acidentes com jararacas e
surucucus.
Tipos de soros antiofídicos
27. 04/04/2018 27
GÊNERO AÇÕES DO VENENO SINTOMAS E SINAIS
(ATÉ 6 HORAS APÓS
O ACIDENTE)
SINTOMAS E SINAIS
(12 HORAS APÓS
O ACIDENTE)
Bothrops
Jararaca
Proteolítica
Coagulante
Alterações
locais
evidentes
Dor, edema, calor e rubor
imediatos e no local da
picada; Hemorragias,
choque, nos casos
graves
Bolhas, equimoses,
necrose, levando à
insuficiência renal
aguda
Lachesis
surucucu
Proteolítica
Coagulante
Neurotóxica
Alterações
locais
evidentes
Poucos casos estudados, manifestações clínicas
semelhantes ao acidente por Bothrops, com sinais
de respiração mais lenta, pressão baixa e
diarréia.
Micrurus
Coral
Neurotóxica Alterações
locais pouco
evidentes
Queda palpebral (olhar de peixe morto, pois o
indivíduo não consegue manter os olhos
totalmente abertos),dificuldade de deglutição
(saliva grossa) e insuficiência respiratória aguda.
Crotalus
Cascavél
Coagulante
Neurotóxica
Nefrotóxica
Alterações
locais pouco
evidentes
Aumento do tempo
de coagulação;
Alterações visuais:
queda palpebral,dores
musculares (fácies
neurotóxico)
Urina: cor de "água de
carne". Evolui com
insuficiência renal
aguda
28. 04/04/2018 28
PRODUÇÃO DO SORO ANTIOFÍDICO
•O soro antiofídico é obtido a partir do sangue do cavalo através da injeção de
veneno de um animal peçonhento. Em seguido ele sofre liofilização (remoção
de água ) e é armazenado.
•O processo de produção do soro antiofídico consiste na aplicação de
pequenas doses de veneno no animal. Neste período, o organismo do cavalo
produz anticorpos contra o veneno. Depois de um determinado período sofre
sangria. Os anticorpos são separados por centrifugação do sangue.
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Maiores Serpentes Venenosas do Mundo
Naja Rei
5,50
metros
7 ml
De veneno
Mamba
Negra
4,50
metros
20 Km/h
Surucucu
4,00
metros
Mais
Pesada