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USO DA CARTOGRAFIA DIGITAL INTERATIVA PARA A PARTICIPAÇÃO
               POPULAR NA GESTÃO E PLANEJAMENTO URBANO




                                                                                Geisa Bugs
                                                                       geisabugs@gmail.com

                                                                    Alice Rauber Gonçalves
                                                                   alicerauber@hotmail.com

                                             Universidade Federal do Rio Grande do Sul
                            Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional




Resumo

O debate sobre a participação popular em processos de planejamento e gestão do espaço
urbano é de extrema relevância no contexto brasileiro. Este artigo tem por objetivo explorar
possibilidades de ampliar a participação através do uso da cartografia digital interativa e de
ferramentas SIG na Internet. O trabalho compreende uma descrição de avanços recentes nas
tecnologias da informação e da comunicação, os quais possuem alto potencial para subsidiar
políticas de planejamento e gestão participativos. Procurou-se evidenciar suas principais
vantagens em relação aos métodos tradicionais de participação popular, bem como algumas
limitações e dificuldades envolvidas no uso das ferramentas pesquisadas.

Palavras chave: participação popular, planejamento urbano, PP-SIG, cartografia digital



1. INTRODUÇAO

O Ministério das Cidades enfatiza amplamente a Gestão Democrática e determina que os
processos de planejamento urbano sejam participativos. Instrumentos introduzidos pelo
Estatuto das Cidades, como, por exemplo, as audiências e consultas públicas, objetivam
ampliar a participação dos cidadãos na tomada de decisão. No entanto, ainda que
gradualmente tenha havido uma ampliação dos canais de participação, a adesão por parte dos
cidadãos tem sido abaixo do esperado.

Atendendo a demanda por instrumentos e métodos participativos mais eficazes, este artigo
tem por objetivo explorar possibilidades de ampliar a participação popular na gestão e
planejamento urbano através do uso da cartografia digital interativa e de Sistemas de
Informações Geográficas (SIG) na Internet. Assim, compreende uma descrição dos recentes
                                                                                            1
avanços nas tecnologias da informação e da comunicação com amplo potencial para subsidiar
políticas de planejamento e gestão participativos.

Desde o final dos anos 90, a área de estudo denominada PP-SIG – Participação Pública em
SIG1 pesquisa e desenvolve um conjunto de aplicações SIG que visam ampliar o
envolvimento do público nos processos de planejamento e explorar as suas potencialidades no
sentido de promover objetivos comunitários (Sieber, 2006). Segundo Craig (1998) em pouco
tempo a Web se tornou a plataforma dominante para a PP-SIG.

Atualmente, com o advento da Web 2.02 (O'Reilly, 2005), informações geográficas e
ferramentas SIG, que antigamente eram exclusivamente utilizadas por expertos, estão ao
alcance de qualquer pessoa que navegue pela Web, como bem exemplificam o Google Earth e
Maps. Hudson-Smith e Crooks (2008) consideram este fenômeno uma revolução no mundo
das informações geográficas, pois possibilita que ferramentas SIG possam ser aprendidas
rapidamente e eficazmente sem imersão em atividades profissionais. Assim, a cartografia
digital interativa e as ferramentas SIG disponíveis na Internet hoje em dia, além de garantirem
acesso à informação geográfica em linguagem acessível, permitem o seu uso para criação de
conteúdo espacial pelo próprio usuário.

Este aspecto interativo-colaborativo da Web vai ao encontro do ideal participativo de
construção das decisões através de um processo democrático de formação de consenso
(colaboração) com intensiva comunicação e discussão (interação) entre os participantes
(Tang, 2005). Desse modo, se supõe que tais ferramentas têm potencial para promover uma
comunicação mais direta entre cidadãos e planejadores, e, eventualmente, capacitar os
cidadãos para a tomada de decisões.




2. A PARTICIPAÇAO POPULAR NO CONTEXTO BRASILEIRO

No contexto brasileiro, o debate a respeito da participação popular no planejamento urbano
ganhou amplo destaque nas últimas décadas, especialmente após a aprovação do Estatuto das


1
 Em inglês PPGIS - Public Participation Geographic Information System.
2
 A Web 1.0 teria sido a implantação e popularização da rede em si; a Web 2.0 é a que vivemos hoje, dos
mecanismos de busca e sites de colaboração; e a futura Web 3.0, por sua vez, seria a organização e o uso de
maneira mais inteligente de todo o conhecimento disponível na Internet. Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21656.shtml (acessado em 13 de julho de 2010).
                                                                                                              2
Cidades, lei que consolida instrumentos reivindicados pelo Movimento Nacional pela
Reforma Urbana (MNRU) desde os anos 1980. Por conta disso, o Ministério das Cidades
incentiva a participação popular em processos de planejamento e gestão do espaço urbano.

Villaça (2005), no entanto, considera a participação popular, no Brasil, ilusória. Argumenta
que o que deveria ser considerado “Participação Popular” seriam a atuação e as pressões
exercidas por diferentes setores da sociedade sobre os governantes, mas que para conseguir
isso seria preciso um mínimo de igualdade, algo muito difícil em um país com diferenças
abismais de poder político entre as classes sociais. O autor constata a falta de interesse da
maioria da população “menos favorecida”, em contraste com a participação bastante ativa de
uma minoria organizada, competente e informada da população.

Villaça (2005) não nega que tenha havido um “aprimoramento democrático no debate público
de leis importantes”, mas alega que o avanço representado por esse aprimoramento é restrito a
uma parcela tão pequena da população que está longe de ser considerado democrático.
Constata que ainda não se conseguiu atrair a atenção da maioria, que não se interessa pelos
debates porque os assuntos tratados nas audiências não dizem respeito aos seus problemas
cotidianos. Contudo, reconhece que houve um importante acúmulo de experiências composto
inclusive por dificuldades, como, por exemplo, em divulgar as audiências públicas e em
apresentar mapas detalhados em escala adequada; sugerindo que a superação de tais
dificuldades poderia levar a um aumento de interesse por questões de planejamento urbano.

Sabe-se que a participação popular não é tarefa fácil, pois esbarra em dificuldades que vão
desde a falta de interesse dos cidadãos, até a falta de representação espacial das propostas em
linguagem acessível para a população. Como, então, conseguir aumentar o interesse dos
cidadãos e qualificar a participação em processos de gestão e planejamento urbano? A
próxima seção apresenta alguns conceitos relacionados a novas ferramentas que, de alguma
forma, podem contribuir para o debate sobre essas questões.




3. SIG NA INTERNET PARA A PARTICIPAÇÃO POPULAR

Para Hansen e Reinau (2006), a participação popular continuou de forma “tradicional” até que
três acontecimentos importantes aconteceram. Primeiro, os esforços para tornar os cidadãos
responsáveis pelo futuro sustentável (Rio'92). Na seqüência, o incomparável aumento da
                                                                                             3
quantidade de informações disponíveis e a velocidade com que são transmitidas na Internet. E
por último, os SIG tornaram-se uma tecnologia madura o suficiente para ser utilizada fora dos
ambientes técnicos.

O uso da Internet como plataforma de participação promete inúmeras melhorias em relação
aos métodos presenciais (Carver, 2001). Primeiramente, não existe restrição quanto à
localização geográfica ou ao horário, oportunizando que mais pessoas possam participar.
Quando comparado com as reuniões nas quais os participantes têm que fazer suas observações
na frente de um grupo de estranhos, o sistema online permite que o façam de uma forma
relativamente anônima. A Internet também poderia superar a atmosfera de confrontação e
evitar que o processo seja dominado por indivíduos cujas visões não necessariamente
representam a maioria.

O uso de SIG para a participação popular é conhecido como PP-SIG – Participação Pública
em SIG3. A PP-SIG conecta a capacidade técnica dos SIG ao conhecimento local. Longe de
serem usadas de forma convencional, como em análises espaciais, estas capacidades são
usadas pelo público para produção de mapas e historias que ajudam a caracterizar o espaço
em questão (Elwood, 2006). Para Sieber (2004) o objetivo não é transformar a participação
em SIG, mas sim apresentar e organizar informações relevantes que não se tornariam visíveis
através de outros métodos.

Alguns autores consideram a combinação de Internet com PP-SIG uma evolução dos
“métodos clássicos” de participação, pois traz mais liberdade para que as pessoas explorem o
problema e criem representações que refletem a sua percepção espacial. Os interessados
podem manusear informações, testar cenários e soluções, comparar idéias, e compartilhar a
sua visão de forma sistematizada (Carver, 2001). Segundo Elwood (2006) a chave está na
facilidade do público identificar locais de interesse que conectam o mapa mental ao mapa do
sistema, pois podem se basear em diferentes tipos de mídias, tais como fotos, vídeos, modelos
3D, etc. As ferramentas geralmente empregadas são simples, permitindo sobreposição de
camadas, seleção e busca de informações (Steinmann et al., 2004).

Somam-se ainda, as possibilidades dos SIG na Internet, as inovações da Web 2.0 que
fomentam (Jazayeri, 2007):



3
    Para informações sobre a história do PP-SIG ver Carver (2001).
                                                                                           4
i) A interação entre usuário e sistema – as pessoas não só consomem conteúdo
        (baixando), mas também contribuem e produzem novos conteúdos (carregando)
        (Vossen e Hagemann, 2007). Nos Blogs, por exemplo, o usuário faz postagens e
        outros usuários podem comentar estas postagens.

    ii) A cooperação entre indivíduos de todo o mundo – pessoas com interesses comuns
        partilham conhecimentos e dividem tarefas para construir um conteúdo. A Wikipédia,
        “a enciclopédia livre e gratuita”, é construída, continuamente, com a “sabedoria das
        multidões4”, através de um sistema de gerenciamento de conteúdo que cria um
        repositório de informações atualizáveis facilmente por seus usuários.

    iii) A transformação da Web em uma “plataforma programável” - a maioria dos serviços
        Web oferece Interface de Programação de Aplicações (API) aberta5. Essas APIs
        disponíveis (cerca de 1.500 de acordo com a Programable Web, 2009) permitem aos
        programadores combinar facilmente os serviços e recursos de origens remotas nos
        chamados mashups6.

    iv) A conexão de pessoas que partilham valores e/ou objetivos comuns - nas redes sociais
        (Facebook, Twitter, entre outras tantas) os usuários compartilham todo o tipo de
        informações sobre si e interagem com outras pessoas.




4. CARTORAFIA DIGITAL INTERATIVA

O número de Web sites que disponibilizam informações geográficas por meio de serviços de
cartografia digital cresce diariamente. Existem portais que apenas publicam informações
online - sem ocorrer troca de conteúdos entre usuário e sistema - como o Atlas do SOS Mata
Atlântica (SOS Mata Atlântica, 2010) (Figura 1). Passando pelos que prestam serviços a
população como o Ônibus Recife (Ônibus Recife, 2010), que traça rotas com o melhor




4
  The Wisdom of Crowds (2004) é um livro escrito por James Surowiecki sobre a agregação de informação em
grupos, resultando em decisões que, como ele argumenta, são quase sempre melhores do que as que poderiam
ser feitas por qualquer membro do grupo (Wikipédia, 2010).
5
  Em ingles open API - Application Programming Interface.
6
  Um mashup é uma Web site ou uma aplicação Web que usa conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo
serviço completo. (Wikipédia, 2010).
                                                                                                       5
custo/benefício de uma viagem (Figura 2). Até aplicações interativas que se propõem a
“mapear o mundo” colaborativamente, como o Wikimapia e o Wikicrimes.




                             Figura 1: Interface do Atlas do SOS Mata Atlântica.




                                    Figura 2: Interface do Ônibus Recife.


O Wikimapia (Wikimapia, 2006) é uma aplicação que combina o Google Maps com a Wiki7,
cujo objetivo é descrever feições geográficas de todo o mundo. Lançado em 2006, em
Outubro de 2008 já possuía mais de 8.5 milhões de lugares marcados. Qualquer pessoa pode
desenhar um polígono em torno de objetos geográficos e descrever sua categoria (rodovia,
escola, parque, etc.), atribuir um nome, e adicionar dados complementares tais como links,
imagens e vídeos. Usuários registrados podem acessar determinadas informações e usar
ferramentas mais avançadas como trocar mensagens pessoais. O Wikimapia contabiliza votos
que os usuários atribuem uns aos outros como meio de assegurar a confiabilidade das
informações produzidas (Figura 3).




7
 Tipo de coleção de documentos ou software colaborativo que permite a edição coletiva dos documentos usando
um sistema que não necessita que o conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publicação (Wikipédia, 2010).
                                                                                                             6
Figura 3: Interface do Wikimapia mostrando a Região Metropolitana de Porto Alegre.


O WikiCrimes (WikiCrimes, 2009) também utiliza a API do Google Maps. Permite que os
usuários visualizem e pesquisem eventos criminais no mapa. Usuários cadastrados podem
inserir marcadores no local dos crimes e fornecer detalhes, além de classificar os crimes por
categorias. A página exibe automaticamente estatísticas sobre as contribuições. A
preocupação de seus criadores era a de que as vítimas nem sempre registram ocorrências e a
polícia monopoliza os dados. Portanto, com as informações criadas, de forma colaborativa,
torna-se uma ferramenta contra a criminalidade (Figura 4).




                         Figura 4: Interface do WikiCrimes (WikiCrimes, 2009).


O Virtual Slaithewaite (Virtual Slaithewaite, 2008) (KINGSTON et al., 2000) foi um dos
primeiros PP-SIG a utilizar a Web para o planejamento urbano. O mapa online permite ao
usuário selecionar objetos e ver sua descrição, em diferentes níveis de aproximação, além de
                                                                                                7
poder enviar comentários na forma de texto (Figura 5). Os comentários são armazenados em
uma base de dados comunitária para análise futura dos padrões, porem não está vinculado ao
objeto geográfico no mapa.




                             Figura 5: Interface do Virtual Slaithewaite.


Projetos PP-SIG mais recentes já tiram partido da Web 2.0, da cartografia digital, e dos API
abertos. O protótipo Canela PPGIS (Canela PPGIS, 2009) (BUGS et al., 2009), por exemplo,
permite ao usuário interagir com dados espaciais da cidade organizados por temas de
planejamento urbano (Figura 6). A cidadania poderia colaborar com o planejamento e a
gestão ao enviar um comentário de texto referenciado ao objeto geográfico de seu interesse
(escola, rua, etc.); classificar como sugestão, reclamação, a favor ou contra; e ainda ver todas
as contrições postadas no mapa por outros usuários.

O sistema armazena os comentários em um banco de dados (Figura 7) que, uma vez
consultado por técnicos e planejadores, poderá subsidiar análises espaciais que,
eventualmente, revelarão padrões e/ou tendências de acordo com o ponto de vista
comunitário. Os comentários são salvos juntamente com o seu “contexto” (coordenadas, nível
de zoom, camadas acionadas, e assim por diante), o que permite ao especialista ter uma
melhor compreensão da “emoção do usuário”.

Atores locais realizaram um teste de usabilidade do protótipo. Os resultados demonstraram,
segundo os autores, que existe interesse do público em utilizar uma aplicação Web como esta
para a participação no planejamento e gestão urbana. O público salientou muito a facilidade

                                                                                              8
de acesso a informações sobre a sua cidade. Os comentários postados se mostraram
pertinentes a questões de planejamento e os usuários não tiveram grandes dificuldades em
utilizar a ferramenta.




                               Figura 6: Interface do Canela PPGIS.




                            Figura 7: Banco de dados do Canela PPGIS.




5. DISCUSSÃO

Um dos principais instrumentos de participação estabelecido pelo Estatuto das Cidades é a
audiência pública, obrigatória no processo de elaboração de planos diretores; cuja finalidade é
informar, colher subsídios, debater, rever e analisar o conteúdo de tais planos. O Ministério
das Cidades orienta ainda que todo o material utilizado para este fim deve ser em linguagem
acessível e divulgado em meios de comunicação social em massa.



                                                                                             9
A Internet vem se consolidando, nos últimos anos, como um poderoso meio de comunicação,
visto que o acesso à banda larga tem crescido enormemente, fazendo parte inclusive de
políticas públicas de inclusão digital. É crescente também o número de iniciativas de
disponibilização de mapas em portais na Internet por parte dos órgãos públicos. No atual
contexto brasileiro, tanto político quanto tecnológico, percebe-se, portanto, que existem
condições e tentativas relativamente efetivas de implantação de plataformas digitais de
comunicação e participação na Internet. Com base no exposto acima, o que se sugere é a
utilização destas plataformas como instrumento complementar a audiências públicas na tarefa
de informar e colher subsídios ao planejamento urbano.

As vantagens, em relação aos instrumentos tradicionais, são muitas: (i) possibilidade de
organizar e tornar visível o conhecimento local; (ii) utilização de salas de chat pode funcionar
como o equivalente eletrônico de uma reunião; (iii) maior quantidade de dados pode ser
manipulada com menos custo ou tempo; (iv) permite aos cidadãos entender melhor as
conseqüências espaciais de propostas; e (v) permite que a participação seja realizada a
qualquer momento. Além disso, o uso da cartografia digital é extremamente vantajoso para
tornar a comunicação mais democrática, haja vista que, como diz o famoso ditado “uma
imagem vale mais que mil palavras”. Portanto, estes aspectos podem levar a um aumento do
interesse por assuntos de planejamento por parte do público, inclusive encorajando
comunidades a desenvolver suas próprias agendas.

No entanto, apesar das vantagens citadas, o uso institucionalizado de PP-SIG ainda é
incomum no planejamento e gestão urbana, especialmente em países como o Brasil. A seguir
resume-se algumas das limitações e dificuldades de implantação de uma plataforma PP-SIG
online:

   i) No presente, a PP-SIG utiliza ferramentas SIG de forma bastante limitada;

   ii) É muito difícil captar a informação criada em um processo de participação. A menos
          que seja um projeto focado, a quantidade e subjetividade de sugestões, opiniões,
          comentários, e assim por diante, cria problemas para incorporar em um SIG;

   iii) A desigualdade de acesso à Internet pode ser um problema. Uma solução poderia ser a
          facilitação, por parte dos governos, de pontos públicos de acessos à Internet em locais
          comumente freqüentados pela comunidade;

                                                                                              10
iv) A falta de definição conceitual e vocabulário dificultam a comparação e avaliação dos
        diferentes projetos;

    v) Há também que se lidar com a falta de dados espaciais de qualidade nas prefeituras
        municipais.

Portanto, com base neste estudo, especialmente nas potencialidades apontadas, pode-se
afirmar que PP-SIG é uma alternativa necessária às formas tradicionais de participação
popular no planejamento e gestão urbana. A tecnologia permite a criação de técnicas de
participação mais interativas, e assim sendo, possivelmente, poderão fortalecer as
comunidades para tomar as suas decisões de forma estruturada e autônoma.



REFERÊNCIAS

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Spoleto, 2001.

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Environment and Urban Systems, 22 (4) p. 393-404, 1998.

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                                                                                                    11
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Maio de 2008).

VILLAÇA, Flávio. As Ilusões do Plano Diretor. São Paulo: 2005, 94 p. Disponível em:
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VOSSEN, G.; HAGEMANN, S. Unleashing Web 2.0: From Concepts to Creativity. Morgan
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Uso da Cartografia Digital Interativa para Participação Popular na Gestão e no Planejamento Urbano, Sig-Sul 2010

  • 1. USO DA CARTOGRAFIA DIGITAL INTERATIVA PARA A PARTICIPAÇÃO POPULAR NA GESTÃO E PLANEJAMENTO URBANO Geisa Bugs geisabugs@gmail.com Alice Rauber Gonçalves alicerauber@hotmail.com Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional Resumo O debate sobre a participação popular em processos de planejamento e gestão do espaço urbano é de extrema relevância no contexto brasileiro. Este artigo tem por objetivo explorar possibilidades de ampliar a participação através do uso da cartografia digital interativa e de ferramentas SIG na Internet. O trabalho compreende uma descrição de avanços recentes nas tecnologias da informação e da comunicação, os quais possuem alto potencial para subsidiar políticas de planejamento e gestão participativos. Procurou-se evidenciar suas principais vantagens em relação aos métodos tradicionais de participação popular, bem como algumas limitações e dificuldades envolvidas no uso das ferramentas pesquisadas. Palavras chave: participação popular, planejamento urbano, PP-SIG, cartografia digital 1. INTRODUÇAO O Ministério das Cidades enfatiza amplamente a Gestão Democrática e determina que os processos de planejamento urbano sejam participativos. Instrumentos introduzidos pelo Estatuto das Cidades, como, por exemplo, as audiências e consultas públicas, objetivam ampliar a participação dos cidadãos na tomada de decisão. No entanto, ainda que gradualmente tenha havido uma ampliação dos canais de participação, a adesão por parte dos cidadãos tem sido abaixo do esperado. Atendendo a demanda por instrumentos e métodos participativos mais eficazes, este artigo tem por objetivo explorar possibilidades de ampliar a participação popular na gestão e planejamento urbano através do uso da cartografia digital interativa e de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) na Internet. Assim, compreende uma descrição dos recentes 1
  • 2. avanços nas tecnologias da informação e da comunicação com amplo potencial para subsidiar políticas de planejamento e gestão participativos. Desde o final dos anos 90, a área de estudo denominada PP-SIG – Participação Pública em SIG1 pesquisa e desenvolve um conjunto de aplicações SIG que visam ampliar o envolvimento do público nos processos de planejamento e explorar as suas potencialidades no sentido de promover objetivos comunitários (Sieber, 2006). Segundo Craig (1998) em pouco tempo a Web se tornou a plataforma dominante para a PP-SIG. Atualmente, com o advento da Web 2.02 (O'Reilly, 2005), informações geográficas e ferramentas SIG, que antigamente eram exclusivamente utilizadas por expertos, estão ao alcance de qualquer pessoa que navegue pela Web, como bem exemplificam o Google Earth e Maps. Hudson-Smith e Crooks (2008) consideram este fenômeno uma revolução no mundo das informações geográficas, pois possibilita que ferramentas SIG possam ser aprendidas rapidamente e eficazmente sem imersão em atividades profissionais. Assim, a cartografia digital interativa e as ferramentas SIG disponíveis na Internet hoje em dia, além de garantirem acesso à informação geográfica em linguagem acessível, permitem o seu uso para criação de conteúdo espacial pelo próprio usuário. Este aspecto interativo-colaborativo da Web vai ao encontro do ideal participativo de construção das decisões através de um processo democrático de formação de consenso (colaboração) com intensiva comunicação e discussão (interação) entre os participantes (Tang, 2005). Desse modo, se supõe que tais ferramentas têm potencial para promover uma comunicação mais direta entre cidadãos e planejadores, e, eventualmente, capacitar os cidadãos para a tomada de decisões. 2. A PARTICIPAÇAO POPULAR NO CONTEXTO BRASILEIRO No contexto brasileiro, o debate a respeito da participação popular no planejamento urbano ganhou amplo destaque nas últimas décadas, especialmente após a aprovação do Estatuto das 1 Em inglês PPGIS - Public Participation Geographic Information System. 2 A Web 1.0 teria sido a implantação e popularização da rede em si; a Web 2.0 é a que vivemos hoje, dos mecanismos de busca e sites de colaboração; e a futura Web 3.0, por sua vez, seria a organização e o uso de maneira mais inteligente de todo o conhecimento disponível na Internet. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21656.shtml (acessado em 13 de julho de 2010). 2
  • 3. Cidades, lei que consolida instrumentos reivindicados pelo Movimento Nacional pela Reforma Urbana (MNRU) desde os anos 1980. Por conta disso, o Ministério das Cidades incentiva a participação popular em processos de planejamento e gestão do espaço urbano. Villaça (2005), no entanto, considera a participação popular, no Brasil, ilusória. Argumenta que o que deveria ser considerado “Participação Popular” seriam a atuação e as pressões exercidas por diferentes setores da sociedade sobre os governantes, mas que para conseguir isso seria preciso um mínimo de igualdade, algo muito difícil em um país com diferenças abismais de poder político entre as classes sociais. O autor constata a falta de interesse da maioria da população “menos favorecida”, em contraste com a participação bastante ativa de uma minoria organizada, competente e informada da população. Villaça (2005) não nega que tenha havido um “aprimoramento democrático no debate público de leis importantes”, mas alega que o avanço representado por esse aprimoramento é restrito a uma parcela tão pequena da população que está longe de ser considerado democrático. Constata que ainda não se conseguiu atrair a atenção da maioria, que não se interessa pelos debates porque os assuntos tratados nas audiências não dizem respeito aos seus problemas cotidianos. Contudo, reconhece que houve um importante acúmulo de experiências composto inclusive por dificuldades, como, por exemplo, em divulgar as audiências públicas e em apresentar mapas detalhados em escala adequada; sugerindo que a superação de tais dificuldades poderia levar a um aumento de interesse por questões de planejamento urbano. Sabe-se que a participação popular não é tarefa fácil, pois esbarra em dificuldades que vão desde a falta de interesse dos cidadãos, até a falta de representação espacial das propostas em linguagem acessível para a população. Como, então, conseguir aumentar o interesse dos cidadãos e qualificar a participação em processos de gestão e planejamento urbano? A próxima seção apresenta alguns conceitos relacionados a novas ferramentas que, de alguma forma, podem contribuir para o debate sobre essas questões. 3. SIG NA INTERNET PARA A PARTICIPAÇÃO POPULAR Para Hansen e Reinau (2006), a participação popular continuou de forma “tradicional” até que três acontecimentos importantes aconteceram. Primeiro, os esforços para tornar os cidadãos responsáveis pelo futuro sustentável (Rio'92). Na seqüência, o incomparável aumento da 3
  • 4. quantidade de informações disponíveis e a velocidade com que são transmitidas na Internet. E por último, os SIG tornaram-se uma tecnologia madura o suficiente para ser utilizada fora dos ambientes técnicos. O uso da Internet como plataforma de participação promete inúmeras melhorias em relação aos métodos presenciais (Carver, 2001). Primeiramente, não existe restrição quanto à localização geográfica ou ao horário, oportunizando que mais pessoas possam participar. Quando comparado com as reuniões nas quais os participantes têm que fazer suas observações na frente de um grupo de estranhos, o sistema online permite que o façam de uma forma relativamente anônima. A Internet também poderia superar a atmosfera de confrontação e evitar que o processo seja dominado por indivíduos cujas visões não necessariamente representam a maioria. O uso de SIG para a participação popular é conhecido como PP-SIG – Participação Pública em SIG3. A PP-SIG conecta a capacidade técnica dos SIG ao conhecimento local. Longe de serem usadas de forma convencional, como em análises espaciais, estas capacidades são usadas pelo público para produção de mapas e historias que ajudam a caracterizar o espaço em questão (Elwood, 2006). Para Sieber (2004) o objetivo não é transformar a participação em SIG, mas sim apresentar e organizar informações relevantes que não se tornariam visíveis através de outros métodos. Alguns autores consideram a combinação de Internet com PP-SIG uma evolução dos “métodos clássicos” de participação, pois traz mais liberdade para que as pessoas explorem o problema e criem representações que refletem a sua percepção espacial. Os interessados podem manusear informações, testar cenários e soluções, comparar idéias, e compartilhar a sua visão de forma sistematizada (Carver, 2001). Segundo Elwood (2006) a chave está na facilidade do público identificar locais de interesse que conectam o mapa mental ao mapa do sistema, pois podem se basear em diferentes tipos de mídias, tais como fotos, vídeos, modelos 3D, etc. As ferramentas geralmente empregadas são simples, permitindo sobreposição de camadas, seleção e busca de informações (Steinmann et al., 2004). Somam-se ainda, as possibilidades dos SIG na Internet, as inovações da Web 2.0 que fomentam (Jazayeri, 2007): 3 Para informações sobre a história do PP-SIG ver Carver (2001). 4
  • 5. i) A interação entre usuário e sistema – as pessoas não só consomem conteúdo (baixando), mas também contribuem e produzem novos conteúdos (carregando) (Vossen e Hagemann, 2007). Nos Blogs, por exemplo, o usuário faz postagens e outros usuários podem comentar estas postagens. ii) A cooperação entre indivíduos de todo o mundo – pessoas com interesses comuns partilham conhecimentos e dividem tarefas para construir um conteúdo. A Wikipédia, “a enciclopédia livre e gratuita”, é construída, continuamente, com a “sabedoria das multidões4”, através de um sistema de gerenciamento de conteúdo que cria um repositório de informações atualizáveis facilmente por seus usuários. iii) A transformação da Web em uma “plataforma programável” - a maioria dos serviços Web oferece Interface de Programação de Aplicações (API) aberta5. Essas APIs disponíveis (cerca de 1.500 de acordo com a Programable Web, 2009) permitem aos programadores combinar facilmente os serviços e recursos de origens remotas nos chamados mashups6. iv) A conexão de pessoas que partilham valores e/ou objetivos comuns - nas redes sociais (Facebook, Twitter, entre outras tantas) os usuários compartilham todo o tipo de informações sobre si e interagem com outras pessoas. 4. CARTORAFIA DIGITAL INTERATIVA O número de Web sites que disponibilizam informações geográficas por meio de serviços de cartografia digital cresce diariamente. Existem portais que apenas publicam informações online - sem ocorrer troca de conteúdos entre usuário e sistema - como o Atlas do SOS Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica, 2010) (Figura 1). Passando pelos que prestam serviços a população como o Ônibus Recife (Ônibus Recife, 2010), que traça rotas com o melhor 4 The Wisdom of Crowds (2004) é um livro escrito por James Surowiecki sobre a agregação de informação em grupos, resultando em decisões que, como ele argumenta, são quase sempre melhores do que as que poderiam ser feitas por qualquer membro do grupo (Wikipédia, 2010). 5 Em ingles open API - Application Programming Interface. 6 Um mashup é uma Web site ou uma aplicação Web que usa conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo serviço completo. (Wikipédia, 2010). 5
  • 6. custo/benefício de uma viagem (Figura 2). Até aplicações interativas que se propõem a “mapear o mundo” colaborativamente, como o Wikimapia e o Wikicrimes. Figura 1: Interface do Atlas do SOS Mata Atlântica. Figura 2: Interface do Ônibus Recife. O Wikimapia (Wikimapia, 2006) é uma aplicação que combina o Google Maps com a Wiki7, cujo objetivo é descrever feições geográficas de todo o mundo. Lançado em 2006, em Outubro de 2008 já possuía mais de 8.5 milhões de lugares marcados. Qualquer pessoa pode desenhar um polígono em torno de objetos geográficos e descrever sua categoria (rodovia, escola, parque, etc.), atribuir um nome, e adicionar dados complementares tais como links, imagens e vídeos. Usuários registrados podem acessar determinadas informações e usar ferramentas mais avançadas como trocar mensagens pessoais. O Wikimapia contabiliza votos que os usuários atribuem uns aos outros como meio de assegurar a confiabilidade das informações produzidas (Figura 3). 7 Tipo de coleção de documentos ou software colaborativo que permite a edição coletiva dos documentos usando um sistema que não necessita que o conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publicação (Wikipédia, 2010). 6
  • 7. Figura 3: Interface do Wikimapia mostrando a Região Metropolitana de Porto Alegre. O WikiCrimes (WikiCrimes, 2009) também utiliza a API do Google Maps. Permite que os usuários visualizem e pesquisem eventos criminais no mapa. Usuários cadastrados podem inserir marcadores no local dos crimes e fornecer detalhes, além de classificar os crimes por categorias. A página exibe automaticamente estatísticas sobre as contribuições. A preocupação de seus criadores era a de que as vítimas nem sempre registram ocorrências e a polícia monopoliza os dados. Portanto, com as informações criadas, de forma colaborativa, torna-se uma ferramenta contra a criminalidade (Figura 4). Figura 4: Interface do WikiCrimes (WikiCrimes, 2009). O Virtual Slaithewaite (Virtual Slaithewaite, 2008) (KINGSTON et al., 2000) foi um dos primeiros PP-SIG a utilizar a Web para o planejamento urbano. O mapa online permite ao usuário selecionar objetos e ver sua descrição, em diferentes níveis de aproximação, além de 7
  • 8. poder enviar comentários na forma de texto (Figura 5). Os comentários são armazenados em uma base de dados comunitária para análise futura dos padrões, porem não está vinculado ao objeto geográfico no mapa. Figura 5: Interface do Virtual Slaithewaite. Projetos PP-SIG mais recentes já tiram partido da Web 2.0, da cartografia digital, e dos API abertos. O protótipo Canela PPGIS (Canela PPGIS, 2009) (BUGS et al., 2009), por exemplo, permite ao usuário interagir com dados espaciais da cidade organizados por temas de planejamento urbano (Figura 6). A cidadania poderia colaborar com o planejamento e a gestão ao enviar um comentário de texto referenciado ao objeto geográfico de seu interesse (escola, rua, etc.); classificar como sugestão, reclamação, a favor ou contra; e ainda ver todas as contrições postadas no mapa por outros usuários. O sistema armazena os comentários em um banco de dados (Figura 7) que, uma vez consultado por técnicos e planejadores, poderá subsidiar análises espaciais que, eventualmente, revelarão padrões e/ou tendências de acordo com o ponto de vista comunitário. Os comentários são salvos juntamente com o seu “contexto” (coordenadas, nível de zoom, camadas acionadas, e assim por diante), o que permite ao especialista ter uma melhor compreensão da “emoção do usuário”. Atores locais realizaram um teste de usabilidade do protótipo. Os resultados demonstraram, segundo os autores, que existe interesse do público em utilizar uma aplicação Web como esta para a participação no planejamento e gestão urbana. O público salientou muito a facilidade 8
  • 9. de acesso a informações sobre a sua cidade. Os comentários postados se mostraram pertinentes a questões de planejamento e os usuários não tiveram grandes dificuldades em utilizar a ferramenta. Figura 6: Interface do Canela PPGIS. Figura 7: Banco de dados do Canela PPGIS. 5. DISCUSSÃO Um dos principais instrumentos de participação estabelecido pelo Estatuto das Cidades é a audiência pública, obrigatória no processo de elaboração de planos diretores; cuja finalidade é informar, colher subsídios, debater, rever e analisar o conteúdo de tais planos. O Ministério das Cidades orienta ainda que todo o material utilizado para este fim deve ser em linguagem acessível e divulgado em meios de comunicação social em massa. 9
  • 10. A Internet vem se consolidando, nos últimos anos, como um poderoso meio de comunicação, visto que o acesso à banda larga tem crescido enormemente, fazendo parte inclusive de políticas públicas de inclusão digital. É crescente também o número de iniciativas de disponibilização de mapas em portais na Internet por parte dos órgãos públicos. No atual contexto brasileiro, tanto político quanto tecnológico, percebe-se, portanto, que existem condições e tentativas relativamente efetivas de implantação de plataformas digitais de comunicação e participação na Internet. Com base no exposto acima, o que se sugere é a utilização destas plataformas como instrumento complementar a audiências públicas na tarefa de informar e colher subsídios ao planejamento urbano. As vantagens, em relação aos instrumentos tradicionais, são muitas: (i) possibilidade de organizar e tornar visível o conhecimento local; (ii) utilização de salas de chat pode funcionar como o equivalente eletrônico de uma reunião; (iii) maior quantidade de dados pode ser manipulada com menos custo ou tempo; (iv) permite aos cidadãos entender melhor as conseqüências espaciais de propostas; e (v) permite que a participação seja realizada a qualquer momento. Além disso, o uso da cartografia digital é extremamente vantajoso para tornar a comunicação mais democrática, haja vista que, como diz o famoso ditado “uma imagem vale mais que mil palavras”. Portanto, estes aspectos podem levar a um aumento do interesse por assuntos de planejamento por parte do público, inclusive encorajando comunidades a desenvolver suas próprias agendas. No entanto, apesar das vantagens citadas, o uso institucionalizado de PP-SIG ainda é incomum no planejamento e gestão urbana, especialmente em países como o Brasil. A seguir resume-se algumas das limitações e dificuldades de implantação de uma plataforma PP-SIG online: i) No presente, a PP-SIG utiliza ferramentas SIG de forma bastante limitada; ii) É muito difícil captar a informação criada em um processo de participação. A menos que seja um projeto focado, a quantidade e subjetividade de sugestões, opiniões, comentários, e assim por diante, cria problemas para incorporar em um SIG; iii) A desigualdade de acesso à Internet pode ser um problema. Uma solução poderia ser a facilitação, por parte dos governos, de pontos públicos de acessos à Internet em locais comumente freqüentados pela comunidade; 10
  • 11. iv) A falta de definição conceitual e vocabulário dificultam a comparação e avaliação dos diferentes projetos; v) Há também que se lidar com a falta de dados espaciais de qualidade nas prefeituras municipais. Portanto, com base neste estudo, especialmente nas potencialidades apontadas, pode-se afirmar que PP-SIG é uma alternativa necessária às formas tradicionais de participação popular no planejamento e gestão urbana. A tecnologia permite a criação de técnicas de participação mais interativas, e assim sendo, possivelmente, poderão fortalecer as comunidades para tomar as suas decisões de forma estruturada e autônoma. REFERÊNCIAS BUGS, G.; GRANELL, C.; FONTS, O.; HUERTA, J.; PAINHO, M. An assessment of Public Participation GIS and Web 2.0 technologies in urban planning practice in Canela, Brazil. Cities, 2010. CANELA PPGIS (2009). <geoportal.dlsi.uji.es/pSIG/> CARVER, S. Participation and Geographical Information: a position paper. ESF-NSF Workshop on Access to Geographic Information and Participatory Approaches Using Geographic Information, Spoleto, 2001. CRAIG, W. J. The Internet aids community participation in the planning process. Computers, Environment and Urban Systems, 22 (4) p. 393-404, 1998. ELWOOD, S. Critical Issues in Participatory GIS: Deconstructions, Reconstructions, and New Research Directions. Transactions in GIS, 10 (5), p. 693-708, 2006. HANSEN, H. S.; REINAU, K. H. The Citizens in E-Participation. In WIMMER M. A. et al. (Ed.): EGOV 2006, LNCS, Vol. 4084. Springer-Verlag, Berlin Heidelberg New York, 2006, pp. 70-82. HUDSON-SMITH, A.; CROOKS, A. The Renaissance of Geographic Information: Neogeography, Gaming and Second Life. UCL Working Papers 142, 2008. JAZAYERI, M., Some Trends in Web Application Development. Future of Software Engineering, 2007 (FOSE '07) pp. 199-213. KINGSTON, R.; CARVER, S.; EVANS, A.; TURTON I. Web-based public participation geographical information systems: an aid to local environmental decision-making. Computers, Environment and Urban Systems 24 (2) p. 109-125, 2000. ÔNIBUS RECIFE (2010). < www.onibusrecife.com.br> O'REILLY, T. What is web 2.0: Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software. Disponível em: http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web- 20.HTML (acessado em 20 de Setembro de 2008), 2005. 11
  • 12. PROGRAMMABLE WEB (2009). <http://www.programmableweb.com/> SIEBER R. E., 2004. Rewiring for a GIS/2. Cartographica: The International Journal for Geographic Information and Geovisualization 39 (1) pp. 25-39. SIEBER, R., 2006. Public Participation and Geographic Information Systems: A Literature Review and Framework. Annals of the American Association of Geographers, 96(3) pp. 491-507. SOS MATA ATLANTICA (2010). <www.sosmatatlantica.org.br> STEINMANN, R.; KREK, A.; BLASCHKE T., 2004. Analysis of Online Public Participatory GIS Applications with Respect to the Differences between the US and Europe. Proceedings of the Urban Data Management Symposium, 2004. TANG, T.; ZHAO, J.; COLEMAN, D. J. Design of a GIS-enabled Online Discussion Forum for Participatory Planning. Proceedings of the 4th Annual Public Participation GIS Conference, 2005. Available at: http://downloads2.esri.com/campus/uploads/library/pdfs/60734.pdf (acessado em 22 de Maio de 2008). VILLAÇA, Flávio. As Ilusões do Plano Diretor. São Paulo: 2005, 94 p. Disponível em: http://www.flaviovillaca.arq.br/pdf/ilusao_pd.pdf. Acesso em 20 de agosto de 2010. VIRTUAL SLAITHWAITE (2000). <www.ccg.leeds.ac.uk/projects/slaithwaite/ppSIG> VOSSEN, G.; HAGEMANN, S. Unleashing Web 2.0: From Concepts to Creativity. Morgan Kaufmann, Burlington, MA, 2007. WIKICRIMES (2010). < www.wikicrimes.org/> WIKIMAPIA (2006). <http://wikimapia.org/> WIKIPÉDIA (2010). < http://pt.wikipedia.org/> 12