1) O documento discute a teodiceia, que analisa como reconciliar a existência do mal com a bondade e onipotência de Deus. 2) Apresenta o problema do mal, sendo difícil sustentar a existência de Deus como totalmente bom e poderoso ao mesmo tempo em que o mal existe. 3) Aborda diferentes concepções teológicas sobre as causas do sofrimento e a relação de Deus com o mal.
1. 1. TEODICÉIA
•O termo foi criado em 1710 pelo filósofo Alemão
Gottfried Leibniz
•O sofrimento é uma realidade tão presente entre
pessoas boas e ruins que foi preciso cunhar uma
expressão chamada Teodicéia, a qual analisa e justifica a
aparente discrepância entre bondade de Deus e a
maldade presente na existência humana.
•Segundo define Champlin, a palavra Teodicéia vem do
grego theos (Deus) + dike (justiça). No uso comum a
palavra designa a controvérsia sobre como podemos
reconciliar a existência do mal com a bondade e a
onipotência de Deus.
•Leibniz é citado pelo mesmo Champlin como aquele que
usou o termo pela primeira vez em 1710. Assim, a
Teodicéia é a “Teoria para justificar a bondade de Deus
em vista da existência de maldade no mundo”. Na
Teodicéia examinamos e exploramos argumentos que
justificam a conduta de Deus no mundo 1
2. 1.1- O PROBLEMA DO MAL: O
mais sério obstáculo à fé cristã
• No que consiste o problema do mal? Pode-se apresentar o problema do
mal a partir da enorme dificuldade de se sustentar concomitantemente as
quatro proposições seguintes:
– Deus existe;
– Deus é totalmente bondoso;
– Deus é todo-poderoso;
– O mal existe.
• O problema do mal se baseia basicamente na impossibilidade de sustentar
as três primeiras afirmativas sem ter que negar ao mesmo tempo a quarta
afirmativa. Caso contrário conclui-se que:
– Se Deus existe, deseja todo o bem e é poderoso o suficiente para conseguir
tudo o que deseja; então não deveria haver mal.
– Se Deus existe e deseja apenas o bem, mas o mal existe então Deus não
consegue tudo o que deseja. Portanto ele não é Todo-poderoso.
– Se Deus existe e é Todo-poderoso, se o mal também existe; então, Deus deseja
que o mal exista. Portanto, ele não é totalmente bondoso.
– Finalmente, se Deus significa um Ser que ao mesmo tempo é totalmente
bondoso e Todo-poderoso, e ainda assim o mal existe; então Deus não existe.
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3. 1.2-A DIFÍCIL TAREFA DE COMPREENDER O MAL E
O SOFRIMENTO
• Um Sumário de Três Concepções Teológicas e de Diferentes Cosmovisões
Sobre o Tema
• Primeira Concepção: Deus Determina e
Controla Todas as Fatalidades;
• Segunda Concepção: O mal e sofrimento são
produzidos pela pessoa humana;
• Terceira Concepção: Teísmo aberto e Teologia
do Processo.
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4. 1.3-DEUS E A RELAÇÃO COM O MAL
• se o mal não é algo separado de Deus e ao mesmo
tempo não pode proceder de Deus, então o que é? O
problema pode ser exposto da seguinte forma:
– Deus é o autor de tudo que existe;
– O mal é algo que existe;
– Portanto, Deus é o autor do mal.
• Rejeitar a primeira premissa leva indubitavelmente ao
dualismo.
• Negar a segunda premissa leva a uma forma de
panteísmo e ambas as concepções não são aceitas pelo
teísmo clássico.
• Por outro lado, negar que Deus não criou todas as
coisas é minar a sua soberania, porém afirmar que é o
criador de tudo pode levar à conclusão que Deus é o
autor do mal. 4
5. 1.4- CAUSAS DO SOFRIMENTO
Nossa própria culpa;
Calamidades naturais;
Forças demoníacas;
Desejos maus ;
O próprio Deus?
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6. 2. O PROPÓSITO DIVINO
ACERCA DO SOFRIMENTO
• Segundo LEWIS CHAFER o sofrimento pode ser:
– PREVENTIVO ( 2Cor 12:1-10); cf. Rm 8:34;
– CORRETIVO (Hb 12:3-15), pois tem como resultados possíveis
tanto a santidade quanto o fruto pacífico da justiça (cf. também
Jo 15:2; 1 Co 11:29-32; 1 Jo 5:16).
– EDUCATIVO. Os cristãos podem ser ampliados em sua vida
espiritual pelo sofrimento. Ainda que Filho, Cristo aprendeu a
obediência pelas coisas que Ele sofreu (Hb 5:8).
• Contudo a Bíblia avança em alguns outros propósitos:
– Para pôr à prova o caráter, Jo 42:1-6; Rm 5:3-5;
– Para ajudar os outros em situações assemelhadas, II Cor 1:3-7;
– Para ensinar acerca da obediência, Hb 2:10,17,18; 5:8,9;
– Para provar o valor da fé, I Pedro 1.6-7;
– Para conduzir à dependência de Deus, II Co 12:7-10. ;
– Para a glória de Deus, Jo 9:1-3.
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7. 2.1- UMA CONCLUSÃO QUASE
CONCLUSIVA
• O maior sofredor que existiu: Jesus;
– Em plena tragédia da Segunda Guerra
Mundial, dizia Dietrich Bonhoeffer: “somente
um Deus que sofre pode nos ajudar”
• O céu como parte da resposta;
• A cabana em chamas e a borboleta.
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