O documento apresenta um teste de avaliação de Geografia do 10o ano sobre o ciclo hidrológico, sistemas frontais e pressão atmosférica. Contém questões sobre identificação de elementos em imagens meteorológicas, definições de conceitos como ciclo hidrológico e anticiclone, e explicações sobre diferenças de precipitação em Portugal.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Teste de Geografia da Escola Secundária de Ermesinde
1. Escola Secundária de Ermesinde
Geografia A‐ 10º Ano – Teste de Avaliação
Ano Letivo 2011/2012 15 de março de 2012
Nome: _________________________________________________________ Nº: _________ Turma: I
Encarregado de Educação: ____________________________________________________________
Classificação: _____________________
O Professor: ______________________
TESTE A
Recomendações
‐ Leia atentamente todo o enunciado.
‐ O teste é constituído por seis páginas, divididas em quatro grupos I, II, III e IV.
‐ Identifique claramente todas as respostas. Na sua elaboração deve ter em conta:
‐ a objectividade e a capacidade de síntese;
‐ a coerência e a relevância das ideias;
‐ a correcção linguística (ortografia, pontuação, acentuação e construção frásica) e científica.
‐ nos itens de resposta aberta com cotação igual ou superior a 15 pontos, cerca de 10% da
cotação é atribuída à comunicação em língua portuguesa.
‐ Durante o teste de avaliação deverá haver silêncio absoluto.
‐ Este teste terá a duração de sessenta minutos.
Cotações:
Grupo I Grupo II Grupo III Grupo II
1.1 10 pontos 1 25 pontos 3.2 25 pontos 1.1 10 pontos
1.2 10 pontos
(1.1, 1.2, 1.3, 1.4 e 1.5) (1.1, 1.2, 1.3, 1.4 e 1.5) 1.2 10 pontos
2.1 10 pontos 1.3 10 pontos
2.2 10 pontos 1.4 10 pontos
2.3 10 pontos 2.1 10 pontos
2.4 10 pontos
3. 10 pontos
4. 10 pontos Total 200 pontos
4.1 5 pontos
5 15 pontos
1
(5.1, 5.2, 5.3) Bom trabalho
2. Grupo I
1. Observe a imagem 1.
Imagem 1
1.1 Complete os espaços em branco de forma correta.
1.2 Apresente uma definição de ciclo hidrológico.
Processo de circulação contínua da água entre os oceanos, a atmosfera e os continentes, por efeito
da energia solar, que permite a passagem da água de um estado físico a outro.
2. Observe as figuras 1 e 2. A Figura 1 representa a carta sinóptica de superfície de parte do Atlântico e da
Europa, no dia 16 de Fevereiro de 2009. A Figura 2 reproduz uma imagem de satélite do mesmo dia.
A
B
D
C
Açore
Açores
Fig. 2 – Imagem de satélite, 16 de Fevereiro de 2009
Fig. 1– Carta sinóptica de superfície, 16 de Fevereiro de 2009.
2
3.
2.1 Identifique o conjunto formado pelas letras A, B e C, e cada um dos elementos desse conjunto,
fazendo legenda.
O conjunto representa uma perturbação frontal.
A – Depressão ou Baixa pressão
B – Frente Fria
C – Frente Quente
2.2 Identifique o centro barométrico assinalado pela letra D. Justifique a resposta.
Anticiclone ou alta pressão. Os valores da pressão atmosférica são mais altos no centro do que na
periferia. Na imagem de satélite pode‐se observar a atmosfera sem nuvens e é uma situação comum
no inverno a influência de anticiclones térmicos formados sobre a Europa Ocidental e sobre a
Península Ibérica.
2.3 Apresente duas das razões explicativas da fraca nebulosidade originada pelo centro barométrico
que, no dia 16 de Fevereiro de 2009, influenciava o estado do tempo em Portugal Continental.
A resposta deve apresentar duas das seguintes razões explicativas da fraca nebulosidade originada
pelo centro barométrico que, no dia 16 de fevereiro de 2009, influenciava o estado do tempo em
Portugal continental, ou outras consideradas relevantes:
• movimento descendente do ar num anticiclone;
• ocorrência de aquecimento adiabático da massa de ar descendente;
• redução da humidade relativa da massa de ar à medida que desce;
• baixa humidade relativa da massa de ar.
2.4 Mencione duas características do estado do tempo associadas à passagem de uma frente fria,
como a que, no dia 16 de Fevereiro de 2009, se está a aproximar do arquipélago dos Açores.
A resposta deve mencionar duas das seguintes características do estado do tempo geralmente
associadas à passagem de uma frente fria, como a que, no dia 16 de fevereiro de 2009, influenciava
o estado do tempo no arquipélago dos Açores, ou outras consideradas relevantes:
• existência de céu nublado;
• formação de nuvens de desenvolvimento vertical;
• ocorrência de aguaceiros;
• descida da temperatura.
3
4.
3. Explique a diferença entre os totais anuais de precipitação que, em Portugal Continental, se
registam no Norte litoral e no Alentejo, considerando:
a) a influência da latitude;
b) as características do relevo.
A resposta deve explicar a diferença entre os totais anuais de precipitação que, em Portugal
continental, se registam no Norte litoral e no Alentejo litoral, considerando:
• a influência da latitude, mais elevada no Norte litoral do que no Alentejo litoral, faz com que
aquela região esteja um maior número de vezes sob a influência das perturbações da frente polar.
Assim, devido à localização de Portugal continental na faixa de oscilação dessas perturbações,
registam‐se maiores quantidades de precipitação e maior número de dias de precipitação no Norte
litoral do que no Alentejo litoral. Por sua vez, esta região, localizada mais a sul, não é tão
frequentemente afetada pelas perturbações da frente polar, registando, por isso, um número
menor de dias com precipitação e menores quantidades de precipitação, o que origina menores
totais anuais;
• as características do relevo que, por apresentar maiores altitudes, vales abertos orientados SW‐
NE e ser mais acidentado no Norte litoral do que no Alentejo litoral, favorecem a penetração das
massas de ar e a formação de chuvas orográficas. A existência da chamada «barreira de
condensação», conjunto de serras, como a de Montemuro, Marão e Alvão, que se dispõem com
orientação SSW‐NNE, obriga à subida do ar marítimo, o que origina a ocorrência de precipitação
orográfica. No Alentejo litoral, as baixas altitudes e o relevo pouco acidentado não favorecem a
ocorrência deste tipo de chuvas, e serras, como a de Grândola, não atingem altitude
suficientemente elevada para se criarem condições propícias a um significativo reforço orográfico
das precipitações.
4. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as seguintes afirmações.
1. F ‐ Num centro barométrico de altas pressões o ar é descendente e divergente.
2. V ‐ A pressão atmosférica considerada normal é igual a 1013 mbar.
3. F ‐ A representação da pressão atmosférica faz‐se através de linhas isobáricas ou isóbaras.
4. F ‐ A pressão atmosférica varia na razão inversa da altitude.
5. V ‐ O anticiclone dos Açores é de origem dinâmica.
6. V ‐ Os centros de baixas pressões associam‐se a céu nublado e a precipitação.
7. F ‐ Os ventos de oeste sopram das altas pressões subtropicais para as baixas pressões subpolares.
8. V ‐ Os grandes desertos do Mundo localizam‐se numa cintura em torno dos trópicos.
9. F ‐ No Inverno, no hemisfério norte, as massas de ar têm tendência a deslocar‐se para sul.
10. V ‐ As massas de ar que se deslocam no hemisfério norte sofrem um desvio para a direita.
4.1 Corrija as afirmações falsas.
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5. Na zona temperada do norte formam‐se, na frente polar, perturbações que dão origem a famílias de
depressões barométricas que, no inverno, afetam, com frequência, o estado do tempo em Portugal.
A figura 1 representa, em corte vertical, a posição relativa dos diferentes setores de uma perturbação
da frente polar.
5.1 A passagem das superfícies frontais, em Portugal, na situação que a figura 1 representa, é
acompanhada, em regra, por precipitação com características diferentes. Assim,...
A. a superfície frontal quente origina queda de neve e a superfície frontal fria origina queda de
saraiva e de granizo.
B. a superfície frontal quente origina chuva miudinha e a superfície frontal fria origina aguaceiros
mais ou menos intensos.
C. a superfície frontal quente origina aguaceiros mais ou menos intensos e a superfície frontal fria
origina chuva miudinha.
D. a superfície frontal quente origina queda de saraiva e de granizo e a superfície frontal fria origina
queda de neve.
5.2 A costa ocidental de Portugal continental, em regra, é atingida em primeiro lugar pelo setor
anterior das perturbações da frente polar porque a progressão das depressões barométricas se faz de
A. este para oeste, por a atmosfera não acompanhar o movimento de rotação da Terra.
B. norte para sul, devido à diferente inclinação dos raios solares ao longo do ano.
C. sul para norte, devido ao défice de energia solar das regiões equatoriais.
D. oeste para este, em consequência do movimento de rotação da Terra.
5.3 O esquema que
representa a variação
mais frequente da
temperatura num lugar
sujeito à passagem de
uma perturbação da
frente polar é o que se
encontra identificado
pela letra...
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6. Grupo II
Na figura 1 está representada a distribuição da precipitação total registada em Portugal continental
durante o mês de janeiro de 2008.
1.1 As maiores quantidades de precipitação
registaram‐se, de acordo com a figura 1, na
área que se localiza entre os...
A. 41º N a 42º N e os 7º 30’ O a 9º O.
B. 40º N a 41º N e os 7º 30’ O a 9º O.
C. 40º N a 41º N e os 6º30’ O a 8º O.
D. 41º N a 42º N e os 6º30’ O a 8º O.
1.2 A diferença de precipitação entre o
extremo norte e o extremo sul de Portugal
continental, em janeiro de 2008, foi...
A. igual ou inferior a 100 mm.
B. entre 101 mm e 150 mm.
C. entre 151 mm e 199 mm.
D. igual ou superior a 200 mm.
1.3 Os valores de precipitação registados
no mês de janeiro em Portugal continental
devem‐se, sobretudo, à ocorrência de
chuvas...
A. ciclónicas e convectivas.
B. orográficas e ciclónicas.
C. convectivas e frontais.
D. frontais e orográficas.
1.4 A diferença entre os valores de precipitação registados no noroeste e no nordeste de Portugal
continental deve‐se, entre outras razões, à...
A. maior ocorrência de chuvas orográficas nas montanhas localizadas a noroeste.
B. menor profundidade dos vales da bacia do rio Douro, na região nordeste.
C. maior frequência da passagem das perturbações da frente polar, no nordeste.
D. menor penetração dos ventos de norte, na região noroeste.
1.5 A produção de eletricidade, em Portugal continental, a partir de recursos hídricos está muito
condicionada pelas condições climáticas, na medida em que...
A. o aumento do número de dias sem sol faz diminuir a produção de energia solar.
B. a redução da velocidade do vento reduz a produção de energia eólica.
C. a variação inter e intra‐anual da precipitação afeta a produção de energia elétrica.
D. a variação da temperatura ao longo do ano faz diminuir a quantidade de precipitação.
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8. Grupo IV
1. Observe o mapa da figura 1, que representa a divisão climática para Portugal. Observe ainda os
gráficos termopluviométricos 1, 2 e 3.
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Fig.1 Gráfico 1 Gráfico 2 Gráfico 3
1.1 Compare os gráficos 1 e 2, quanto à variação das temperaturas registadas durante o ano.
No que diz respeito ao gráfico 1, podemos afirmar que as temperaturas ao longo de todo o
ano são mais elevadas do que no gráfico 2, apresentam‐se amenas no Inverno e no Verão
quentes, logo, uma Amplitude Térmica Anual é moderada.
Já em relação ao gráfico 2 a temperatura média é mais baixa que no gráfico 1. As
temperaturas apresentam‐se amenas no Verão e no Inverno, logo uma pequena Amplitude
Térmica Anual.
1.2 Indique qual dos dois gráficos corresponde ao Sul. Justifique a sua resposta.
Gráfico 1, devido aos valores de precipitação ao longo do ano que são mais baixos e os valores da
temperatura mais elevados ocorrendo mesmo 5 meses secos.
1.3 Indique, relativamente aos gráficos 2 e 3, o que apresenta menor amplitude térmica anual.
Gráfico 3
1.4 Identifique o domínio climático correspondente, respetivamente, às regiões dos gráficos 2 e 3.
Gráfico 2 ‐ Clima temperado mediterrâneo, com grande influência atlântica:
Gráfico 3 ‐ Clima de montanha
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9. 2 “O regime de precipitação do clima português carateriza‐se por apresentar mais chuvas no período
frio.”
2.1 Indique, quanto ao regime de precipitação, a característica mediterrânea que mais se evidencia,
em todo o território português.
Em Portugal a precipitação ocorre por influência dos centros de baixas pressões associadas à
frente polar (chuvas frontais), do relevo (chuvas orográficas) e dos centros de baixas pressões
formados sobre a Península Ibérica (chuvas convectivas). A distribuição da precipitação anualmente
é irregular, verificando‐se um período seco estival, de maior duração no sul. Para além disso há
meses com maior concentração da precipitação, nomeadamente nos meses de inverno.
Bom Trabalho O professor Carlos Ferreira
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