SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 85
Descargar para leer sin conexión
2
Gerson Jonas Schirmer
Marisa Dal’ Ongaro
(Organizadores)
ABORDAGEM E VALORIZAÇÃO DO
LUGAR NA ESCOLA DO CAMPO E NA
ESCOLA DA CIDADE
1ªEdição
Santa Maria-RS, Brasil.
2014
3
Organizadores
- Gerson Jonas Schirmer
Bacharel em Geografia (2010), Mestre em Geografia (2012), Licenciatura Plena em Geografia
(2013) e atualmente Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria.
Email: geogersonjs@gmail.com
- Marisa Dal’ Ongaro
Pedagogia (2014) pela Universidade Federal de Santa Maria. Email:
marisa.curso@hotmail.com
Prefixo Editorial: 66301
Número ISBN: 978-85-66301-31-1
4
Sumário
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................... 6
CAPÍTULO I
A VALORIZAÇÃO DO LUGAR A PARTIR DO ENSINO DE GEOGRAFIA NA
ESCOLA DO CAMPO E DA CIDADE: O CASO DO MUNICÍPIO DE AGUDO-RS.... 7
Discussão Teórica em Relação a Abordagem do Lugar em Sala de Aula ...12
O processo de aprendizagem e o estudo do lugar no ensino de geografia................................13
Inserção do estudo do lugar nas diversas temáticas discutidas em sala de aula .......................15
O ensino de Geografia na escola do campo e na escola da cidade ...........................................17
A preocupação ambiental no ensino de geografia ....................................................................18
Caracterização Geral da Rede de Ensino do Município de Agudo-RS.................................... 20
Caracterização geral de cada escola do município de Agudo-RS.............................................25
Resultados Pesquisa ..........................................................................................34
O caso da realidade da Escola Municipal de Educação fundamental Três de Maio: escola do
campo .....................................................................34
A visão dos professores e dos alunos quanto a escola e o processo de ensino-aprendizagem 36
As aulas de geografia: o caso da turma do 9º ano do ensino Fundamental ............................. 38
O caso da realidade da Escola de Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos: Escola
da cidade de Agudo .....................................................................41
Os professores, os alunos, a localização da escola e o processo de ensino-aprendizagem...... 43
As aulas de geografia: o caso da turma do 2º ano do ensino Médio........................................ 44
Síntese dos resultados .....................................................................50
Considerações Finais.........................................................................................52
Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 53
CAPÍTULO II
CONHECENDO AS SÉRIES INICIAIS DA ESCOLA DO CAMPO SANTO ANTÔNIO
DO MUNICÍPIO DE AGUDO-RS....................................................................................... 55
Aspectos gerais do município que influenciam nessa pesquisa.....................58
Histórico do município .....................................................................58
Cultura .....................................................................59
População .....................................................................60
Caracterização geral da história da criação das escolas em Agudo ..........................................61
A Relevância do Lugar no Ensino Fundamental do Campo.................................................... 64
Um pouco da História da educação do Campo no Brasil .........................................................65
5
Aprendizagem na escola do campo ....................................................................66
O professor crítico reflexivo: o aprender e o ensinar com a prática.........................................71
Análise dos Resultados......................................................................................74
Educandos - Observação e questionários ....................................................................74
Educadores – observação e questionários ....................................................................74
Reflexões dos resultados ....................................................................77
Considerações Finais.........................................................................................81
Referências ...............................................................................................................................83
6
APRESENTAÇÃO
A construção deste livro resultou do trabalho final de graduação como quesito
para formação em geografia licenciatura plena de Gerson Jonas Schirmer e do trabalho
final de graduação em pedagogia de Marisa Dal’ Ongaro. O intuito da elaboração deste
livro é apresentar uma discussão em relação à educação do campo e da cidade com
base na rede municipal de ensino de Agudo-RS. Neste livro tem-se como enfoque os
assuntos que envolvem a valorização do lugar através do ensino, ressaltando as
características socioambientais e socioeconômicos do espaço geográfico do município
de Agudo. Buscou-se abordar também aspectos singulares da educação do campo
deste município que possui sua formação a partir da imigração alemã e com o
predomínio de uma agricultura familiar com pequenas propriedades sustentadas pela
fumicultura.
Este livro poderá ser utilizado como recurso bibliográfico, pois apresenta
discussões que relacionam a teoria e prática na abordagem da valorização do lugar na
sala de aula. Traz também informações que englobam o cotidiano dos educandos,
esperando-se que ao conhecerem esta realidade pode-se também trabalhar em outros
locais temáticas que possibilitem os educandos valorizarem seu espaço. Trabalhar com
a escala local, ou seja, o lugar percebido e vivenciado pelo educando é fundamental,
pois permite despertar no aluno a correlação entre o que se constrói em sala de aula e o
seu espaço cotidiano. Além disso, torna-se uma ferramenta didático-pedagógica de
grande potencial, tornando – se base para entendimento de dinâmicas que acontecem
em outros espaços e escalas.
Com a edição deste livro, temos a convicção de que a população em geral e
instituições, cujas ações contribuem para o desenvolvimento do ensino, e que,
portanto, se baseiam no conhecimento contarão com um importante e amplo quadro de
apoio às suas atividades.
Além dos temas inseridos, torna-se essencial no processo de construção
conhecimento proveniente do trabalho conjunto entre professor e aluno, passando
assim, a figurar como peça articulada a outros elementos indispensáveis no processo
educativo e constituindo-se num instrumento decisivo para a melhoria da qualidade do
ensino, tanto na escola da cidade quanto nas escolas do campo.
Espera-se que a publicação deste trabalho cumpra com os seus objetivos e
contribua para qualificar a discussão sobre essa temática em sala de aula. Além disso,
que transmita informações sobre o município, relevante a comunidade como um todo.
7
CAPÍTULO I
A VALORIZAÇÃO DO LUGAR A PARTIR DO ENSINO DE
GEOGRAFIA NA ESCOLA DO CAMPO E DA CIDADE: O CASO DO
MUNICÍPIO DE AGUDO-RS
O Ensino da Geografia pauta-se em muitas vertentes não só teóricas, mas também
metodológicas que permitem enriquecer o processo de Ensino-aprendizagem dos
conhecimentos geográficos. Nesse sentido, os materiais didáticos escolhidos devem ser bem
planejados, pois são formas de tornar o trabalho pedagógico mais interessante. Antunes (2003.
p.14), escreve que o professor deve refletir sobre quais meios utilizar para transformar a aulas
de Geografia em instrumentos de aprendizagem significativa tanto para os alunos quanto para
a satisfação dos docentes, ou seja, “a aula de Geografia (...) deve percorrer diferentes temas,
encadeando-os, contextualizando-os com o aqui e o agora do corpo e do entorno do aluno,
(...)”.
Ao educador compete resgatar as experiências do educando, auxiliá-lo na identificação
de problemas, nas reflexões sobre eles e na concretização dessas reflexões em ações.
... um projeto prova ser bom se for suficientemente completo para exigir
uma variedade de respostas diferentes dos alunos e permitir, a cada um,
trazer uma contribuição que lhe seja própria e característica. Essas respostas
são resultado de uma aprendizagem significativa de conceitos, adquirida pelo
aluno durante o processo de ensino e aprendizagem. (MATOS, 2009 apud
GERIR, 2003).
A localização geográfica da escola pode assumir um papel de destaque na formação
escolar, sendo esta muitas vezes o elo entre o que o aluno vivencia no seu cotidiano e o que
este aprende dentro da sala de aula, tornando- se a janela pela qual o educando passa a
observar o mundo a partir do que aprende em sala de aula e começa a refletir sobre a
correlação entre o que este presencia no seu dia a dia e os conteúdos trabalhados pelo
professor.
Neste sentido, trabalhar com a escala local, ou seja, o lugar percebido e vivenciado
pelo educando é fundamental, pois permite despertar no aluno a correlação entre o que se
constrói em sala de aula e o seu espaço cotidiano e torna-se uma ferramenta didático-
pedagógica de grande potencial, tornando-se a base para entendimento de dinâmicas que
acontecem em outros espaços e escalas.
Com a política nacional brasileira de ampliar o ensino fundamental, anunciada na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de
1996, tornando obrigatória a matrícula para crianças a partir dos 6 anos, bem como a
qualificação dos profissionais da educação com ensino superior, os municípios brasileiros
foram forçados a nuclearizar as escolas para qualificar as estruturas físicas e a disponibilidade
de professores. Atualmente com um novo documento que ajusta a Lei nº 9.394, à Emenda
Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, torna obrigatória a oferta gratuita de
educação básica a partir dos 4 anos de idade. Para atingir estes objetivos, Agudo tem buscado,
através das “escolas núcleo”, concentrar maior número de alunos em determinadas escolas do
município. Com isso, busca-se diminuir as diferenças nas práticas de ensino das escolas do
meio rural e das escolas do meio urbano com mais acesso a informações, acesso a internet,
maior socialização entre os alunos de diferentes áreas. No entanto os alunos da escola do
8
campo, podem com isto estar sendo afastados de seu cotidiano, ou seja, tem-se uma
“urbanização” do ensino e diminuição do elo existente entre o aluno e o ambiente natural
onde vive, o campo, diminuindo também sua relação com o lugar, ou ainda ocorrendo uma
mudança nas relações em função dos seus objetos de consumo.
Há uma necessidade de se avaliar as vantagens e desvantagens existentes na prática de
ensino-aprendizagem, em virtude da localização geográfica das escolas, bem como verificar a
importância do ensino de geografia na valorização do lugar. Assim, este trabalho justifica-se
por trazer informações que produzam materiais que retratem a realidade espacial das escolas,
de forma que essas informações possam ser utilizadas na gestão do ensino das escolas deste
município, tanto urbanas quanto rurais, as quais a disponibilidade poderia ampliar o leque de
opções para o trabalho dentro e fora da sala de aula.
Desta forma, a presente proposta justifica-se por buscar uma aproximação do
conhecimento científico com a educação formal, ou seja, a formação acadêmica, científica
aliada à prática escolar e a produção de conhecimento. Portanto, pela sua aplicação prática é
uma investigação que resultará em uma formação acadêmica qualificada e em uma produção
de informações que beneficiarão o ensino-aprendizagem nas escolas do município de Agudo
valorizando e compreendendo a realidade local de cada aluno dentro do ambiente escolar.
Cabe ressaltar que para o desenvolvimento deste trabalho foram escolhidas uma escola
do campo e uma da cidade para obtenção de dados mais aprofundados e para caracterizar o
ensino geografia de cada uma dessas realidades. As referidas escolas, respectivamente, são:
Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio e Escola Estadual de Educação
Básica Professor Willy Roos.
Dessa forma, este trabalho tem como objetivo apresentar e analisar a realidade do
ensino de geografia e a valorização do lugar, na rede de ensino do município de Agudo,
localizado na Região Central do estado do Rio Grande do Sul.
Diante desta proposta tem-se como objetivos específicos:
-Apresentar as diferenças e as semelhanças existentes nas escolas do campo e da cidade no
município, quanto à estrutura física e a forma de abordar o ensino de geografia e a valorização
do lugar;
- Observar as temáticas e as metodologias utilizadas nas salas de aula, abordando a realidade
geográfica em que os alunos estão inseridos no cotidiano;
-Destacar as vantagens e desvantagens observadas em cada um destes espaços de ensino para
o aprendizado do educando;
-Verificar como o ensino de geografia vem abordando a valorização do lugar e se essa
valorização possui uma preocupação ambiental, aproximando o ensino de geografia como elo
para uma relação harmônica entre o homem e a natureza.
9
Figura 1: O município de Agudo-RS.
Fonte: SCHIRMER, G.J., 2010.
Este estudo foi realizado através da pesquisa qualitativa, que busca a compreensão
detalhada dos significados e características da educação na escola do campo e da cidade na
rede de ensino do município de Agudo - RS. Assim, busca-se através desta pesquisa a
realização de uma análise destes dois espaços de ensino.
Nesta perspectiva, a pesquisa qualitativa, que apresenta grande valor na avaliação dos
dados educacionais, é utilizada neste trabalho. Até mesmo porque incorporam aspectos
ideológicos para análise de uma abordagem crítica evitando generalizações impróprias que
segundo, Gatti (2006), trata a pesquisa como questionadora da ciência responsável pela
10
revolução de paradigmas que repercutem na elaboração de novos conhecimentos, ao mesmo
tempo, a saída das informações subsidiadas pelo senso comum revelando a necessidade de se
definir uma abordagem, um método, um caminho a ser percorrido.
Dessa forma, primeiramente buscou-se bibliografias sobre educação do campo e
educação do urbano. Posteriormente buscou-se junto à secretaria de educação, as escolas
existentes no município. Além disso, fez-se uma caracterização geral das demais escolas
existentes no município com dados fornecidos pela secretaria de educação do município.
Para espacialização das escolas e realização dos mapas de localização destas e de área
de abrangência foi utilizado o programa Arc Gis 10.1. A definição das áreas de abrangência
foi delimitada a partir de dados fornecidos pela prefeitura com os extremos de onde os alunos
de cada escola moram. Estes extremos normalmente acompanham divisores de águas e
também os locais onde o transporte escolar chega. A partir destes dados foi delimitado no Arc
Gis, aproximadamente, as áreas de abrangência de cada escola.
O levantamento bibliográfico acompanhou as várias etapas de desenvolvimento do
trabalho, sendo realizado através da consulta, leitura e seleção de uma série de bibliografias
relacionadas à temática de estudo. Pesquisas complementares, direcionadas no entendimento
de cada procedimento executado durante os levantamentos, possivelmente foram efetuadas no
decorrer de cada etapa até a finalização da pesquisa.
Foi necessário observar in loco as características das duas realidades do ensino de
geografia. Nesse sentido, de acordo com Sidnei (2006) a observação de campo é mais que
uma etapa preparatória constitui na realidade. O dinamismo da realidade estabelece o
pensamento crítico independente. No caso de pesquisas qualitativas, as observações de
campo, segundo Roberto Sidnei (2006), realizam uma verdadeira “garimpagem” de ações,
realizações e sentidos.
Escolha das escolas e das séries para a pesquisa
Para o desenvolvimento do trabalho foram escolhidas as escolas: Escola Estadual de
Educação Básica Professor Willy Roos e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de
Maio. A primeira escola foi escolhida por localizar-se na cidade e possuir alunos que vêm da
zona rural, vindos do interior do município e alunos que são da cidade e estudando juntos em
mesma turma, resultando em turmas heterogêneas. Já a segunda escola foi escolhida por
localizar-se na zona rural, com alunos com características semelhantes, todos da zona rural,
resultando em turmas homogêneas.
Na escola Willy Roos a série trabalhada foi o segundo ano do ensino médio. Esta
turma foi escolhida por ser uma turma do ensino médio heterogênea. Já no caso da escola Três
de Maio foi escolhida a turma do 9º ano, por esta ser uma turma que terão que deixar de
estudar em uma escola do meio rural para estudar em uma escola da cidade, por não tem
ensino médio nesta, pode gerar mudanças ou expectativas a estes alunos.
Aplicação de questionário
Entrou-se em contato com as escolas de interesse para entrevistar os professores, os
alunos e observar as aulas e o entorno da escola. Cabe ressaltar que os professores
entrevistados foram apenas os que dão aula para as turmas escolhidas para a pesquisa. Assim,
foram entrevistados 8 professores da escola Três de Maio, de um total de 29 professores
existentes na escola e 10 da escola Willy Roos, de um total de 44 professores.
11
Nas entrevistas realizadas com os professores buscou-se abordar a origem dos
professores, se são de origem urbana ou rural, se em suas aulas trazem atividades que
envolvam o cotidiano dos alunos ou apenas utilizam livros didáticos. O contato com os
professores foi realizado, com o intuito de melhorar relação em sala de aula entre educando e
educador, investigando quais os temas que merecem mais destaque e qual a melhor forma de
tratá-los, visando reforçar que professores recorram a exemplos cotidianos e locais como o
intuito de melhor explicarem os mais variados conteúdos de sala de aula.
Questionário para os Professores:
1 - Qual sua origem, urbana ou rural?
2 - O que levou você a dar aula nesta escola?
3 - Como você aborda o estudo do lugar no ensino de geografia?Para o professor de geografia.
4 - Você acredita que a localização da escola é importante para o processo de ensino-
aprendizagem?
5 - Como você aborda a valorização do lugar e as questões ambientais em suas aulas?
O contato com os alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 2º ano do ensino médio, deu-
se durante todo terceiro trimestre, além das atividade realizadas em sala de aula, nas aulas de
geografia, também foi aplicado um questionário na turma de 21 alunos do 9º ano e 23 alunos
do 2º ano.
Questionário aplicado aos alunos
1- Que atividades seus pais realizam?
2 - Você ajuda seus pais?Se sim é por que gosta?
3 - Você gosta de vir na escola?Por quê?
4 - Você pretende continuar estudando?
5 - O estudo tem contribuído para suas atividades?
6 - Específica para aluno do meio rural. Pretende continuar no meio rural? Se sim, fazendo o
quê?
7 - Como você vê as questões ambientais?
8 - O que você faz para ter uma boa relação com o meio ambiente?
9 - Específica para aluno do meio rural. O que você acha da cidade e das pessoas que vivem
nela?
10 - Específica para aluno do meio urbano. Você tem alguma relação com o meio rural ou
com alguém do meio rural? O que você acha do meio rural e das pessoas que vivem nesse
espaço?
Atividades Propostas
As atividades propostas aos alunos do 9º ano da escola Três de Maio foram realizadas
através dos conteúdos dos programáticos do terceiro trimestre. A partir destes conteúdos
foram feitas relações entre as temáticas estudadas e o cotidiano dos alunos, em alguns casos
relacionando as temáticas com a economia do lugar e em outros com a paisagem local. As
atividades desenvolvidas com os alunos do 2º ano na escola Willy Roos, foi instigado aos
alunos realizarem relações dos seus conteúdos com seu cotidiano. Os materiais utilizados no
desenvolvimento das atividades foi livro didático, vídeos sobre as temáticas, xérox com
atividades, Data show, quadro, giz e o programa Google Earth, este último para visualização
da paisagem local e geração de perfil topográfico.
12
Por fim foi realizada uma comparação entre as duas realidades de escolas para se
analisar as vantagens e desvantagens de se estudar em uma escola do campo ou em uma
escola cidade e a relação dessas com a valorização do lugar através do ensino de Geografia.
Discussão Teórica em Relação à Abordagem do Lugar em Sala de Aula
O estudo do município a partir do lugar é um excelente laboratório para a inserção do
aluno no cotidiano escolar. Para entender como o espaço é produzido, como as pessoas vivem
e trabalham, basta dar uma volta pelo entorno da escola com olhos atentos às manifestações e
materializações existentes e suas significações. No entanto, se faz necessário fazer relações
entre as realidades locais encontradas, com as globais, bem como a partir das realidades
globais compreender e inserir as realidade locais.
O estudo da localidade e do município mostra-se relevante para o aluno, na medida em
que o senso crítico-analítico deste é relacionado ao seu dia-a-dia, (MENEZES, 2011). O lugar
permite análises diversas e complexas que são verificadas através da vivência da realidade.
Não são apresentadas informações de acontecimentos distantes onde se procura ligações, mas
sim a proximidade dos elementos que expressam o mundo, presentes e perceptíveis na escala
local.
“Estudar o local é muito importante para o aluno, pois ali ele “conhece tudo”, ele
sabe o que existe, o que falta, como são as pessoas, como são organizadas as
atividades, como é o espaço. [...] como trabalhar o local sem considerá-lo como o
“único”, sem considerar que as explicações estão todas ali, sem cair no risco de
isolá-lo no espaço e no tempo”. (CALLAI e ZARTH, 1988, p.17).
O lugar permite a realização de análises em vários âmbitos abordados no ensino de
geografia e podem ser trabalhadas através da vivência da realidade de cada sujeito. A
compreensão do lugar onde os educandos vivem e ocorrem as suas mútuas trocas de relações
com a sociedade, os auxiliam a entenderem o que ocorre nesse espaço. Conforme destaca
Frigotto (2003) é importante salientar que os alunos ao trabalharem a sua realidade próxima,
estão conhecendo de modo mais sistemático o lugar onde vivem, construindo conceitos para
aprendizagens futuras e para sua própria formação como cidadão. Nesse sentido, o educador e
o educando precisam entender primeiramente, como elementos do espaço local é fundamental
para o entendimento de como estão sendo articulados os elementos de um espaço maior, seja
de uma região, país ou mesmo do mundo, por exemplo, a geologia local e sua relação com a
geologia planetária.
Callai (1999, p. 76) resgata que o estudo do lugar, comumente chamado de estudo do
meio, só será consistente se estabelecermos estas ligações com outros níveis. É o local onde
vivemos que nos oportuniza as bases concretas para encaminharmos a compreensão das
relações sociais, do acesso ao espaço para viver e das condições para tanto.
A educação contemporânea, não visa mais formar alunos que tenham apenas a
capacidade de decorar e memorizar conteúdos, como seres a par do mundo em que vivem. A
educação caminha com o intuito de formar cidadãos, formar indivíduos que tenham
capacidade de agir e pensar de forma crítica na sociedade.
Estudar o local é um facilitador para o educador na medida em que o educando se
identifica pelo conteúdo, sentindo-se instigado e assim tem mais interesse em participar e
13
dialogar com o educador e seus colegas. Entende-se que a troca de experiências é fundamental
para entender e compreender o espaço.
Partindo desses pressupostos, deve-se destacar que a localização da escola também
pode influenciar no processo de ensino e aprendizagem, pois a escola, em alguns casos, torna-
se reflexo da comunidade onde está inserida. Assim, estudar o contexto em que o aluno vive é
imprescindível para que haja um bom aprendizado. No entanto, se faz necessário também este
aluno conhecer outras realidades, sem ser afastado de seu espaço vivenciado.
Na busca de homogeneização da educação, na escola do campo, tem-se colocado o
modo de vida urbana. Esta vem sendo aceita como o modelo a ser vivido, no modo de falar,
no modo de se vestir, no modo de consumir. Com isto, em alguns casos, pode-se perde-se
valores e conhecimentos culturais locais, como por exemplo, traços linguísticos que
identificam determinadas comunidades, conhecimentos de antepassados em relação à forma
de lidar com a natureza e com isto formam-se cidadãos completamente afastados do seu
próprio cotidiano histórico. Por outro lado a escola urbana muitas vezes não permite nem que
o aluno saiba que existe a outra realidade, a do campo, onde são formados cidadãos
completamente afastados da natureza, que veem uma floresta como algo sujo e desprezível ou
intocada, veem o cidadão do campo como alguém alienado e ignorante, sem saber sequer a
origem de seus próprios alimentos do dia-a-dia. Nesse sentido, o educador possui um
importante papel de mostrar as diversas realidades existentes, porém sempre remeter-se ao
cotidiano real do lugar onde o aluno está inserido.
Sendo assim, esta pesquisa busca investigar as diferenças e semelhanças existentes
entre estas duas realidades de escolas no município de Agudo, enfocando a importância do
ensino de geografia na valorização do lugar, tanto na escola do campo quanto na escola da
cidade. Com esta investigação espera-se produzir informações úteis para a elaboração de
políticas educacionais, por parte da secretaria do município, que sejam capazes de favorecer o
ensino-aprendizagem tanto dos alunos da escola do meio rural quanto da escola da área
urbana. Onde de acordo com Wizniewski (2010), o papel dos educadores do campo, é de
possibilitar dinâmicas pedagógicas que resgatem a cultura e o significado de se viver no
campo com dignidade e de forma sustentável. Já na escola urbana busca-se o apoio teórico de
Henrique Leff (2009) onde destaca o saber ambiental como construção de sentidos coletivos e
identidades compartilhadas que formam significações culturais diversas na perspectiva de
uma complexidade emergente e de um futuro sustentável, aplicando-se a pedagogia que
consiste em aprender com o outro. Isto cabe não apenas para o urbano, mas também para o
rural, porém no urbano esta questão torna-se mais complexa envolvendo de forma mais
aprofundada os aspectos sociais.
Dessa forma, tanto escola rural quanto escola urbana tornam-se espaços de
aprendizagem que levam em consideração o cotidiano dos alunos e também um
fortalecimento da relação sociedade natureza.
O processo de aprendizagem e o estudo do lugar no ensino de geografia
A geografia é a ciência que se preocupa com a espacialização dos fenômenos que
ocorrem na superfície terrestre. Nesse sentido, sem dúvida o mapa é um instrumento muito
requisitado nas aulas devendo o seu uso ser estimulado, tanto para se explicar o Local quanto
o Global.
14
Neste contexto a cartografia também é fundamental para o ensino da geografia, sendo
relevante tanto para o aluno atender as necessidades do seu cotidiano, quanto para
compreender o ambiente em que vive. Onde a partir desta, aprende as características, físicas,
econômicas, sociais e humanas do ambiente, pode ainda compreender as transformações
causadas pela ação do homem e dos fenômenos naturais ao longo do tempo.
No que se refere à categoria de lugar, esta permite ao professor trabalhar em Geografia
o espaço cotidiano, cabendo a este estimular os conhecimentos empíricos, meios
significativos de aprendizagem na escala local, explorando como subsídio a sua prática
cotidiana e o espaço vivido dos educandos. Neste contexto Peres (2007) destaca a relevância
de se explorar o cotidiano no ensino de geografia apontando que:
A geografia é um instrumento importante para a compreensão do mundo, portanto,
pensar o ensino de geografia em sua função alfabetizadora é tomar as noções de
espaço, território, lugar e ambiente como conteúdos alfabetizadores. Nesta
perspectiva o cotidiano se constitui no eixo articulador de uma prática alfabetizadora
em que a aprendizagem da letra está intimamente vinculada à aprendizagem do
espaço e as experiências culturais locais da criança, (PERES, 2007).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) (1997) do ensino de
geografia é um dos objetivos para o educando: “Compreender a cidadania como participação
social e política, assim como o exercício dos direitos e deveres políticos, civis e sociais
adotando no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças,
respeitando o outro e exigindo de si mesmo respeito”.
Nesse sentido, segundo os PCNs (1997), a geografia da escolarização deve abordar
diferentes relações entre o campo e as cidades em suas dimensões sociais, culturais e
ambientais e considerando o papel do trabalho das tecnologias, da informação da
comunicação e do transporte.
O estudo do lugar constitui uma alternativa metodológica bastante específica do
ensino de Geografia, proporcionando a abordagem das questões ambientais, sociais,
econômicas, culturais, em que ganham destaque a observação, a representação, a
compreensão, a avaliação e a intervenção em processos físicos da natureza. De acordo com
Callai (2005),
(...) estudar e compreender o lugar em Geografia significa entender o que acontece
no espaço onde se vive para além de suas condições naturais ou humanas. Muitas
vezes as explicações podem estar fora, sendo necessário buscar motivos tanto
internos quanto externos para se compreender o que acontece em cada lugar.
(CALLAI, 2005, p.84).
O ensino da geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a
realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva.
Estudar o lugar significa conhecer a realidade em que o aluno vive, identificar o que
existe, quais os processos que são desencadeados e como se materializa a vida do conjunto da
sociedade no espaço concreto que se vislumbra. Olhar o lugar, entender o que acontece, exige
necessariamente que o aluno consiga interagir com esta realidade do lugar, aprendendo a
teorizar. Para Callai (2005),
Compreender o lugar em que se vive encaminha-nos a conhecer a história do lugar, e
assim, a procurar entender o que ali acontece. Nenhum lugar é neutro, pelo
contrário, os lugares são repletos de história e situam-se concretamente em um
tempo e em um espaço fisicamente delimitado. As pessoas que vivem em um lugar
15
estão historicamente situadas e contextualizadas no mundo. Assim, o lugar não pode
ser considerado/entendido isoladamente. O espaço em que vivemos é o resultado da
história de nossas vidas. Ao mesmo tempo em que ele é o palco onde se sucedem os
fenômenos, ele é também ator/autor, uma vez que oferece condições, põe limites,
cria possibilidades. (CALLAI, 2005, p.36).
Isto requer que o aluno abstraia e contextualize os fenômenos, construindo o quadro de
referencial mais amplo que lhe permita avançar para uma análise mais crítica, entendendo que
o lugar reflete o mundo globalizado. Ainda conforme Callai (2005),
Ao ler o espaço, desencadeia-se o processo de conhecimento da realidade que é
vivida cotidianamente. Constrói-se o conceito, que é uma abstração da realidade em
si, formada a partir da realidade em si, a partir da compreensão do lugar concreto, de
onde se extraem elementos para pensar o mundo (ao construir a nossa história e o
nosso espaço). Nesse caminho, ao observar o lugar específico e confrontá-lo com
outros lugares, tem início um processo de abstração que se assenta entre o real
aparente, visível, perceptível e o concreto pensado na elaboração do que está sendo
vivido. (CALLAI, 2005, p.241).
Para aprender a pensar o espaço é necessário aprender a ler o espaço, “que significa
criar condições para que a criança leia o espaço vivido” (CASTELAR, 2000, p. 30). Fazer
essa leitura demanda uma série de condições, que podem ser resumidas na necessidade de se
realizar uma alfabetização cartográfica, e esse “é um processo que se inicia quando a criança
reconhece os lugares, conseguindo identificar as paisagens” (idem, ibid.). Para tanto, ela
precisa saber olhar, observar, descrever, registrar e analisar. O aluno deve ser capaz de ler,
interpretar e representar o espaço por meio de mapas simples. Isso engloba entender os mapas
como constituídos de uma linguagem própria a partir de símbolos que tem seu significado, e
são concebidos com funções específicas como, orientação, localização, taxação, o que
significa que cada um representa o espaço geográfico com características específicas.
Como mostra os PCN’s (1997), já nos primeiros anos escolares, o aluno deve aprender
a utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar informações, observando a
necessidade de indicações de direção, distância, orientação e proporção para garantir a
legibilidade da informação.
Inserção do estudo do lugar nas diversas temáticas discutidas em sala de aula
Inicialmente para a Geografia o lugar foi ligado à ideia de habitat, associando-o
também a localização, e a diferenciação de áreas, porém hoje esse conceito adquiriu outra
dimensão e passou a ser definido através dos gêneros de vida e muito potencializado com o
cotidiano. O lugar não é o particular, mas sim onde ocorre à produção humana, e as formas de
apropriação, é nele que se produz a identidade e materialização das relações sociais.
Conforme Damiani,
O lugar foi inicialmente o espaço dos antigos gêneros de vida, a especificidade,
singularidade desses gêneros. Hoje em contrapartida com o lugar no mundo se
produz o lugar do cotidiano: nivelamento das necessidades, alinhamento dos
desejos, um sobre os outros, cotidianidades análogas, senão idênticas. (DAMIANI,
1995, p. 6)
O lugar, como categoria de análise geográfica, por muito tempo foi abordado como a
expressão do espaço geográfico na escala local, posteriormente passou a ocupar uma posição
16
de destaque dentro da Geografia Humanística, sendo que esta categoria considera o lugar
juntamente com o espaço as categorias de análise mais importantes da Geografia.
A Geografia Humanística busca a valorização da experiência do homem, buscando
uma melhor compreensão das maneiras de ser, de agir e de sentir das pessoas em relação aos
lugares, preocupa-se em definir o lugar como base fundamental para a existência humana.
Desta forma, o lugar é visto como aquele em que o sujeito encontra-se integrado, e
ambientado, ou seja, aquele espaço que os indivíduos atribuem valores e significados.
Conhecer o lugar em que a escola do campo esta inserida é indispensável ao professor,
para que este possa realizar suas atividades educacionais voltadas à realidade do aluno, desta
forma poderá perceber o seu significado, o valor da história, das raízes campesinas, e a cultura
desde lugar. É a partir do lugar que nos identificamos no espaço e no mundo. Neste sentido, é
essencial que o aluno compreenda a realidade no qual está inserido, para que ele atue como
agente transformador de seu meio.
Nidelcoff (1989) acrescenta que o papel do professor juntamente com seus educandos
é de ver e compreender a realidade local para posteriormente poder expressar essa realidade,
descobrindo-a e principalmente dando aos educandos os instrumentos necessários pra que
possam analisar criticamente e promover ações sobre essa realidade a que estão
condicionados. Nesse processo de conhecimento e analise do lugar, o processo de
alfabetização e o descobrimento do novo, são elementos importantes na vida e de uma
criança.
Desta forma, é essencial que os conteúdos e os componentes curriculares sejam
capazes de reconhecer a história de cada um dos sujeitos integrantes deste grupo social, bem
como a sua história conjunta.
O importante para o docente é poder trabalhar no processo educacional com essa
capacidade da criança e da forma que os educandos veem este mundo para que possa daí
surgir o processo educacional. O docente tem a responsabilidade de incluir no processo
educacional a forma com que os discentes vêm e se relacionam com o mundo que os cerca,
considerando de maneira recíproca, o que acontece no dia-a-dia do lugar em que eles vivem e
o que passa em outros lugares do mundo.
O espaço em que vivemos resulta de nossas experiências e interação com o meio. Para
aprender e compreender o espaço é necessário aprender a ler este espaço, e este é um processo
que se inicia quando a criança passa a reconhecer os lugares e consegue identificar as
paisagens que fazem parte do seu cotidiano. Para tanto, ela precisa saber olhar, observar,
descrever, registrar e analisar o meio que a cerca. Enfim, a Geografia, como disciplina da
escolarização, pode, e deve contribuir com o aprendizado da alfabetização, uma vez que
auxilia na aprendizagem da leitura do mundo.
Assim, é preciso uma educação que leve em conta as especificidades dos lugares, uma
vez que, cada fragmento do espaço possui formas de vida diferenciadas, o que demanda um
olhar pedagógico que contemple essas diferenças, respeitando e valorizando o saber social da
comunidade que ali produz e reproduz seu espaço de vida. É através da vivencia do educador
na comunidade escolar que se constrói os saberes ligados à realidade do lugar no contexto da
vida das pessoas, e a forma de produção no espaço tempo, sendo de vital importância que o
professor conheça a realidade da comunidade escolar.
Portanto, para que se possa realmente promover e alcançar uma efetiva transformação
no processo de ensino-aprendizagem no âmbito das escolas rurais, é de grande importância o
entendimento e compreensão das dinâmicas do lugar onde essas escolas estão inseridas e da
17
realidade dos educando, devendo-se também conhecer a história e formação do espaço rural,
bem como de seus sujeitos sociais.
O ensino de Geografia na escola do campo e na escola da cidade
A educação do campo foi historicamente caracterizada como um espaço de
precariedade, de descaso especialmente pela falta de apoio das instituições governamentais e
pela ausência de políticas públicas para a população rural. De acordo com Moura (2009, p.
54) “A educação no meio rural, sempre esteve atrelada ao sistema de produção capitalista, que
tinha no latifúndio as suas bases. O camponês para trabalhar a terra não necessitava saber ler”.
Os problemas enfrentados pela educação não encontram-se apenas no campo, porém é ai que
a situação permanece mais critica, pois até então não levava-se em consideração a realidade
sócio econômica e ambiental onde cada escola do campo está inserida.
Ao buscar idealizar uma educação a partir do campo e para o campo, é necessário,
antes de qualquer coisa, analisar e revisar conceitos adotados pelo senso comum. É necessário
desconstruir preconceitos há muito tempo existentes e entranhado na sociedade a fim de
promover uma minimização das desigualdades educacionais entre o campo e a cidade. O
campo e a cidade possuem formas de vivência diferentes, cada uma de acordo com seu
ambiente, com a finalidade de promover o respeito, e a valorização ambos os espaços, cada
um com suas peculiaridades, busca-se que as práticas pedagógicas também venham a ser
diferenciadas, levando em consideração o cotidiano vivido por cada um.
De acordo com o caderno de Referências para uma Política Nacional de Educação do
Campo, lançado em 2003 pelo Ministério da Educação:
[...] não é preciso destituir a cidade para o campo existir, nem vice-versa. O campo
e a cidade são dois espaços que possuem lógicas e tempo próprio de produção
cultural, ambos com seus valores. Não existe um espaço melhor ou pior, existem
espaços diferentes que coexistem, pois muito do que é produzido na cidade está
presente no campo e vice-versa. (Brasil, Ministério da Educação, 2003, p.32).
A educação do campo tem o dever de assumir de fato a identidade do meio rural,
trazendo para dentro de si, e de suas praticas pedagógicas a cultura e a história do local onde
esta inserida, valorizando os saberes sociais passados de geração a geração. É através da
elaboração e aplicação de projetos realmente comprometidos com a realidade do meio rural,
que busca-se a aproximação do educando a realidade local, bem como a promover a
participação da comunidade no ambiente escolar, objetivando valorizar o conhecimento do
sujeito que vive no campo.
A escola tem papel fundamental na criação desta identidade do sujeito do campo, bem
como na mudança de paradigmas sociais que se busca construir, porém a escola sozinha não
concretiza o desenvolvimento, mas sem ela o desenvolvimento social e cultural dos alunos
não seria aprimorado. A escola do campo deve ter caráter de inclusão social, onde o
educando, filho de agricultor, se sinta valorizado e projete na sua vivência comunitária um
novo caminho para o desenvolvimento do campo, o desenvolvimento sustentável.
Nos últimos anos tem ocorrido um enorme avanço tecnológico tanto no meio rural
como no meio urbano. Esses avanços acabam por gerar novos arranjos sociais, que surtem
efeitos no modo de interação do homem com o meio natural.
18
Para a geografia é de grande relevância estudar estas questões, de modo desvendar
como novas tecnologias têm influenciado no ensino e como a escola, tanto do campo quanto
da cidade, vem tratando destes avanços tecnológicos, discutindo a importância de se conhecer
o e valorizar o lugar, com o uso destas.
Diante desta nova realidade gera-se uma integração do meio rural com o meio urbano
através dos meios técnico-científico-informacionais. Tem-se um significativo aumento de
ideologias e supervalorização do modo de vida urbano, maneira de se vestir, falar, usar as
tecnologias de informação, etc, sendo introduzido isto também ao meio rural. Por outro lado o
meio urbano tem a oportunidade também de conhecer melhor como é a vida do campo,
através destas tecnologias.
De acordo com Rua (2000), ocorre uma urbanização do campo através de todas as
manifestações do urbano, que vão desde a melhoria da infraestrutura, meios de comunicação
até formas de lazer. Assim percebe-se que meio rural não é mais em sua totalidade agrícola,
mas adquire novas atividades e opções de renda não agrícolas. Não se pode mais diferenciar
estes espaços como no passado por atividades distintas, pois na atualidade desenvolvem
atividades comuns.
Diante dessas novas abordagens o ensino deve ater-se para atender essas questões com
muita cautela, em especial no ensino de geografia. Nesse sentido o professor de geografia, ao
trabalhar a dinâmica produtiva do campo deve lembrar que o processo de transformação das
atividades produtivas, levando em consideração o desenvolvimento capitalista, gerou grandes
problemas. De acordo com De David (2010), o ensino de geografia oportuniza a compreensão
dos espaços onde estão as escolas. Nesse sentido, devem-se articular os conteúdos de
geografia e seus conceitos fundamentais de acordo com os espaços vividos nos cotidianos dos
alunos.
Ao mesmo tempo em que a escola é um espaço de socialização ela também deve ser
um ambiente de reflexão onde o ensino de geografia traz a tona discussões baseadas no
conhecimento do local, valorização do lugar e uma preocupação ambiental, onde se visa à
qualidade de vida e igualdade diante dos espaços rurais e urbanos onde estão inseridas as
escolas.
A preocupação ambiental no ensino de geografia
Em uma sociedade que visa o atender aos interesses de um sistema econômico,
embasado na obtenção do lucro a qualquer custo, a problemática ambiental foi por muito
tempo ignorada. A discussão existente sobre a temática ambiental tem nos últimos anos
envolvido as diversas áreas do conhecimento em debates buscando a melhor maneira de
abordar o tema.
As alterações ambientais, decorrentes dessa relação histórica “sociedade-natureza”,
têm gerado intensas discussões em todos os segmentos da sociedade. O marco dessas
inquietações do homem moderno com o meio ambiente, incorporando questões sociais,
políticas e econômicas, com o uso dos recursos deu-se em 1968, com o chamado Clube de
Roma, onde um grupo de grandes empresários capitalistas contratou uma equipe integrada por
especialistas de várias áreas para avaliar as condições ambientais do mundo e os limites do
crescimento econômico, Dias (2011).
19
Nos anos seguintes, os debates foram incentivados através da 1ª Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, no ano de (1972), com a
criação de políticas para gerenciar as atividades de proteção ambiental através do Programa
Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Apenas em 1983 foi realizado o segundo
grande evento organizado pela ONU, onde foi criado a Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) e formada a base para os eventos seguintes, como a
2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no
Rio de Janeiro, em 1992, que preconizou a crítica ambientalista ao modo de vida
contemporâneo. A terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, chamada de Rio+10, ocorreu na África do Sul em 2002, evento que
aprovou o Plano de Implementação da Agenda 21, Dias(..).
Dos resultados das conferências sobre meio ambiente, destaca-se o relatório “Nosso
futuro comum” (ou Relatório Brundtland) de 1987, que oficializa o termo desenvolvimento
sustentável, e a Agenda 21 de 1992, trazendo metas para atender as necessidades do presente,
sem comprometer o atendimento das gerações futuras, além de buscar a solução para os
problemas ambientais, Dias (...).
No ensino de geografia a questão ambiental começou a ter mais ênfase nas últimas
décadas. A temática ambiental deve ser uma prática educativa que vise produzir autonomia e
não a dependência, buscando a emancipação de sujeitos, tornando-se um instrumento de
transformação, visto que capacita o educador e o educando a intervir na transformação da
sociedade. Porém, para consolidar-se como prática, torna-se necessário, primeiramente,
ampliarmos o nosso olhar e reconhecer o meio ambiente como um espaço de inter-relações
existentes entre fatores químicos, físicos e sócios culturais.
A visão socioambiental orienta-se por uma racionalidade complexa e interdisciplinar
e pensa o meio ambiente não como sinônimo da natureza intocada, mas como um
campo de interações entre a cultura, sociedade e a base física e biológica dos
processos vitais, no qual todos os termos dessa relação se modificam dinâmica e
mutuamente (CARVALHO, 2006, p. 37).
Em uma abordagem crítica, entende-se que na geografia a questão ambiental como
uma prática reflexiva, proporcionando e estimulando uma leitura crítica da realidade e a
compreensão dos problemas e conflitos ambientais nela existentes, formando sujeitos capazes
de decidir e atuar como agentes transformadores, agindo e organizando-se individual e
coletivamente.
A escola nesse contexto ganha grande importância pois de acordo com Sauvé (1997
Apud Layrargues,2002b, p.137), A educação no meio ambiente: faz uso de atividades
educativas com ênfase no contato com o ambiente próximo a escola. O ambiente é o meio
pelo qual se dão aprendizado.
Assim, a preocupação ambiental no ensino de geografia deve enfatizar os aspectos
sociais, históricos e culturais do processo educacional, possui uma abordagem sociopolítica de
valorização do indivíduo no âmbito coletivo, de interdisciplinaridade na organização do
ensino, articulando o conhecimento com as questões sociais.
Dessa forma, ao cuidar dos temas relacionados ao meio ambiente, no ensino de
geografia, o professor poderá dar um tratamento mais aprofundado, abordando o campo da
ecologia política, discutindo temas tais como as mudanças ambientais globais, a questão do
desenvolvimento sustentável ou das formas de ocorrência e controle da poluição.
20
Caracterização Geral da Rede de Ensino do Município de Agudo-RS
A história da formação da rede de ensino no município de Agudo tem início com a
chegada dos imigrantes alemães. Não havia recursos públicos, porém as comunidades
organizavam-se em torno de um ideal maior, que era da Educação para seus filhos porque já
sabiam que educação era a maior herança que um pai podia passar seu filho, ideal este trazido
da Europa.
Porém tinha-se dificuldade para se ter escola e também professores. Nesse sentido,
segundo relato de pessoas mais velhas, escolhia-se dentre as pessoas da comunidade aquele
que possuía mais conhecimento para se tornar professor, sendo que as aulas eram dadas todas
no dialeto alemão. Isto prevaleceu até a era Vargas, onde o dialeto alemão foi reprimido na
região em virtude da segunda guerra mundial. Já o local da escola normalmente era escolhido
a casa do professor ou era construídas muitas vezes com ajuda de toda comunidade
interessada.
Porém, com a institucionalização da grande maioria das escolas e com o apoio do
governo do estado foram construídas diversas escolas entre a década de 60 e 70, as chamadas
“brizoletas”, escolas estas com pequenos número de alunos e de recursos, localizadas sempre
próximo aos locais com maior número de população no meio rural. Já a partir de 2000, tem-se
a criação de escolas núcleos com maior número de alunos e recursos, onde os alunos em
grande maioria são transportados para as escolas.
Nessa ótica, o município de Agudo tem buscado através das “escolas núcleo”,
concentrar maior número de alunos em determinadas escolas de uma região do município,
com isso, busca-se diminuir as diferenças nas práticas de ensino das escolas deste município.
Até o presente momento, o Município conta com 8 escolas municipais, 3 escolas estaduais e 2
escolas particulares, atendendo cerca de 3.209 alunos.São elas: E.M.E.F Alberto Pasqualini,
E.M.E.F Olavo Bilac, E.M.E.F 7 de Setembro, E.M.E.F Santos Reis, E.M.E.F Santo Antônio,
E.M.E.F Três de Maio, E.M.E.F Santos Dumont, E.M.E.I Paraíso da Criança, E.E.E.B Dom
Érico Ferrari, E.E.E.B. Professor Willy Roos, E.E.E.F. Luis Germano Pöetter, E. Dom Pedro
II e EEF Kinderwelt, figura 2.
Desse total de 13 escolas, 6 delas estão localizadas no campo, sendo que apenas 1
destas 6, apresenta ensino médio para atender os alunos da zona rural, a Escola de Educação
Básica Dom Érico Ferrari, os demais devem se deslocar para a área urbana. Cabe destacar a
Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Reis que mesmo sendo localizada na área
urbana, apresenta alunos provindos da zona rural, figura 2.
Dentre as demais escolas do meio urbano, a Escola Estadual de Educação Básica
Willy Roos é a que mais atende alunos do meio rural, por ser esta a escola que disponibiliza o
ensino médio.
O número total de alunos das escolas municipais de Agudo, em 2014 é de 1800
alunos. Deste total 368 alunos estão na educação infantil, 790 estão nos anos iniciais do
ensino fundamental e 641 estão nos anos finais do ensino fundamental.
Nas escolas estaduais o número de alunos é de 1279 em 2014. Destes 601 são do
ensino fundamental e 678 são do ensino médio.
Na escola particular o número de alunos é de 130 alunos que estão desde a educação
infantil até o ensino médio.
Quanto ao transporte escolar da rede de ensino, a prefeitura é responsável por transportar
os alunos que distanciam-se mais de 2 km da escola. Desta forma 1.448 alunos possuem
21
transporte gratuito na zona rural e 29 na área urbana. Cabe ressaltar que na área urbana há
alunos que pagam o transporte escolar até as escolas. Para estes alunos seria importante
receber transporte público, mesmo distando menos de 2 km, pois é perigoso estes andarem
sozinhos pelas ruas e estradas, assim há necessidade de ser transportado, o que deveria ser
garantido pela prefeitura.
A área de abrangência das escolas, de um modo geral acompanha além das localidades
do município, também porções do relevo que estão entre divisores de águas, além disso, esta
área é delimitada de acordo com os pontos extremos de onde o transporte dos alunos de cada
escola chega. Ou seja, a escola sempre busca atender a um raio de distância que não aumente
o tempo de trajeto dos alunos. No aspecto de área de abrangência das escolas segue-se a
hierarquia de acordo com o gráfico 1.
Gráfico com área de abrangência das escolas
Esta área de abrangência não está relacionada com o número de alunos das escolas,
pois as escolas localizadas na zona rural, que apresenta uma significativa área de abrangência,
não apresentam o maior número de alunos. No entanto as escolas localizadas na área urbana
apresentam a menor área de abrangência, porém o maior número de alunos. O número de
alunos está ligado a concentração populacional existente em determinada localidade. Já a área
de abrangência da escola é determinada pela área espacial em que estão localizados seus
alunos, assim se os alunos de uma determinada escola forem filhos de agricultores de médias
propriedades a escola poderá ter uma grande área de abrangência, porém baixo número de
alunos. Já se dentro da área de abrangência da escola tiver um elevado número de alunos, por
exemplo, predominância de pequenos agricultores com varias pessoas compondo as famílias,
a escola terá um elevado número de alunos, porém não necessariamente uma grande área de
abrangência.
0
20
40
60
80
100
120
Área de Abrangência (km²)
Área de Abrangência (km²)
22
Número de alunos por escola.
A localização da área de abrangência, pode ser observada na figura 4, onde percebe-se
as diferenças de paisagem nas quais estão localizadas as escolas e seus alunos. Sendo que das
escolas do campo, 4 estão ao norte da sede do município,onde o relevo apresenta declividades
acentuadas, com propriedades que produzem em sua grande maioria o fumo em pequenas
propriedades e 2 escolas ao sul da sede do município, onde se tem predominantemente o
cultivo do arroz. Sendo que a Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Reis embora
localizada na área urbana, também atende principalmente os alunos de porções arrozícolas.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Nº de Alunos/escolas
Nº de Alunos/escolas
23
Área de abrangência
A região norte onde se encontra a área de abrangência das escolas: Escola Municipal
de Ensino Fundamental Olavo Bilac, Escola Municipal de Ensino Fundamental Sete de
Setembro e Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio, no que diz respeito às
propriedades rurais, apresenta um perfil predominante de pequenos proprietários, em média
16 ha de terra. Devido ao pequeno tamanho dos estabelecimentos, a grande maioria dos
produtores é da categoria proprietários, havendo muito poucos exclusivamente arrendatários,
posseiros ou ocupantes. As atividades agrícolas desenvolvidas de um modo geral nesta região
24
estão ligadas ao cultivo do fumo. O cultivo de fumo desenvolve-se principalmente devido a
proximidade com as fumageiras, localizadas em Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, pois dão
ao produtor a garantia de compra do seu produto. A predominância de pequenas propriedades
neste local estão ligado ao processo histórico de formação e ocupação do município e das
características naturais, (Schirmer, 2010).
O município de Agudo, de uma forma geral, pode ser dividido em três principais
compartimentos: as porções sul e sudeste próximas do rio Jacuí o relevo apresenta extensas
planícies, estendendo-se em direção as nascentes dos arroios de maior extensão dentro dos
limites do município, onde é realizado o cultivo do arroz (exceto as áreas de interfluvios, onde
o relevo torna-se mais elevado); as porções centro e norte do município, onde começa a surgir
formas de entalhamento no substrato rochoso, como vales e paredões rochosos; e por fim a
porção nordeste caracterizada por colinas suavemente onduladas a onduladas.
Assim, as três escolas da região norte do município atende principalmente aos alunos que
vivem nos dois últimos compartimento, o que configura turmas homogêneas nestas escolas no
que diz respeito ao modo de vida cotidiana, com conhecimentos empíricos relacionados ao
cultivo do fumo.
Cabe destacar que as escolas do sul do município são as escolas: Escola Estadual de
Educação Básica Dom Érico Ferrari, localizada em Cerro Chato e Escola Estadual de Ensino
Fundamental Alberto Pasqualini, localizada em Pinhal Grande. Nesta porção as atividades
agrícolas desenvolvidas estão mais ligadas ao cultivo do arroz devido as condições da
geomorfologia do município, a qual está na primeira compartimentação, propiciar esta
atividade. Além disso, nas propriedades com plantio de arroz tem-se a produção de morango,
realizada principalmente pela mulher da família, essa atividade localiza-se na porção sul do
município, próximo da RS287, para realizar a comercialização do produto na beira do asfalto.
De um modo geral perfil da produção agropecuária do município é marcado pela
produção diversificada, principalmente de arroz, fumo, milho, soja, feijão, morango além de
outras culturas. A porção norte do município tem uma economia baseada na atividade agrí
com o cultivo do fumo como principal produto, com plantio de 6.000 ha. A porção sul baseia
se no cultivo do arroz, com plantio de 8.986 ha.
Tal diferenciação relaciona
composto, predominantemente,
acentuada. Essa porção é propicia para a fumicultura associada com outras atividades que não
utilizem grandes áreas de lavouras, concentrando
Caracterização geral de c
Escola Estadual de Educação Básic
Esta escola está localizada na área urbana do município, na Rua Germano Hentscke,
apresenta boa estrutura física com 2 prédios, 23 salas de aula, sala de vídeo e
informática. Possui o maior número de alunos dentre as escolas do município, isto ocorre
devido atender os alunos da maior parte do município com o ensino médio. O número total de
alunos da escola em 2013 foi
são do ensino médio e 96 são do EJA.
25
Relevo de Agudo partir a Imagem SRTM.
Fonte: SCHIRMER, G. J., 2010.
De um modo geral perfil da produção agropecuária do município é marcado pela
produção diversificada, principalmente de arroz, fumo, milho, soja, feijão, morango além de
outras culturas. A porção norte do município tem uma economia baseada na atividade agrí
com o cultivo do fumo como principal produto, com plantio de 6.000 ha. A porção sul baseia
se no cultivo do arroz, com plantio de 8.986 ha.
Tal diferenciação relaciona-se, em parte, ao relevo local: o norte do município é
composto, predominantemente, por morros e morrotes com vertentes de declividade
acentuada. Essa porção é propicia para a fumicultura associada com outras atividades que não
utilizem grandes áreas de lavouras, concentrando-se assim uma agricultura familiar.
Caracterização geral de cada escola do município de Agudo-RS
Escola Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos
Esta escola está localizada na área urbana do município, na Rua Germano Hentscke,
apresenta boa estrutura física com 2 prédios, 23 salas de aula, sala de vídeo e
informática. Possui o maior número de alunos dentre as escolas do município, isto ocorre
devido atender os alunos da maior parte do município com o ensino médio. O número total de
unos da escola em 2013 foi de 823 alunos, sendo que 286 são do ensino fundamental, 444
são do ensino médio e 96 são do EJA.
De um modo geral perfil da produção agropecuária do município é marcado pela
produção diversificada, principalmente de arroz, fumo, milho, soja, feijão, morango além de
outras culturas. A porção norte do município tem uma economia baseada na atividade agrícola
com o cultivo do fumo como principal produto, com plantio de 6.000 ha. A porção sul baseia-
se, em parte, ao relevo local: o norte do município é
por morros e morrotes com vertentes de declividade
acentuada. Essa porção é propicia para a fumicultura associada com outras atividades que não
se assim uma agricultura familiar.
Esta escola está localizada na área urbana do município, na Rua Germano Hentscke,
apresenta boa estrutura física com 2 prédios, 23 salas de aula, sala de vídeo e sala de
informática. Possui o maior número de alunos dentre as escolas do município, isto ocorre
devido atender os alunos da maior parte do município com o ensino médio. O número total de
sino fundamental, 444
Frente da Escola Estadual de Educação Básica Prof. Willy Roos.
A sua área de abrangência é de todo o município quando se fala em ensino médio,
porém no ensino fundamental atende apenas os
de alunos vindo meio rural tem-se o convívio de alunos com diferentes características, campo
e cidade. Os alunos vindo da zona rural possuem de um modo geral hábitos de linguagem um
pouco diferenciadas com caracte
palavras com a tonalidade de um “r” só. Muitas vezes, isto, pode causar alguns conflitos com
alunos da área que possuem um linguajar mais aceito socialmente.
Escola Municipal de Ensino Fundamental
A escola Santos Dumont está localizada na periferia da cidade de Agudo, na rua das
Acácias, mais precisamente na Vila Caiçara. Os alunos desta escola em sua grande maioria
são da referida Vila, sendo que as características desta população
de pessoas com origens do campo. No entanto as crianças, em sua grande maioria já são
nascidas na área urbana. Quanto ao número de alunos da escola em 2013 foi de 287 alunos da
educação infantil e do ensino fundamental.
Frente d
Escola de Educação Básica Dom Pedro II
A escola Dom Pedro II é uma das escolas mais antigas da cidade de Agudo. É a única
escola particular com educação Básica completa do município. Está localizada na área urbana
26
Frente da Escola Estadual de Educação Básica Prof. Willy Roos.
A sua área de abrangência é de todo o município quando se fala em ensino médio,
porém no ensino fundamental atende apenas os alunos da área urbana. Com o grande número
se o convívio de alunos com diferentes características, campo
e cidade. Os alunos vindo da zona rural possuem de um modo geral hábitos de linguagem um
pouco diferenciadas com características singulares, como por exemplo, falar quase todas as
palavras com a tonalidade de um “r” só. Muitas vezes, isto, pode causar alguns conflitos com
alunos da área que possuem um linguajar mais aceito socialmente.
Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Dumont
A escola Santos Dumont está localizada na periferia da cidade de Agudo, na rua das
Acácias, mais precisamente na Vila Caiçara. Os alunos desta escola em sua grande maioria
são da referida Vila, sendo que as características desta população são em sua grande maioria
de pessoas com origens do campo. No entanto as crianças, em sua grande maioria já são
nascidas na área urbana. Quanto ao número de alunos da escola em 2013 foi de 287 alunos da
educação infantil e do ensino fundamental.
Frente da escola Santos Dumont
Escola de Educação Básica Dom Pedro II –
A escola Dom Pedro II é uma das escolas mais antigas da cidade de Agudo. É a única
escola particular com educação Básica completa do município. Está localizada na área urbana
Frente da Escola Estadual de Educação Básica Prof. Willy Roos.
A sua área de abrangência é de todo o município quando se fala em ensino médio,
Com o grande número
se o convívio de alunos com diferentes características, campo
e cidade. Os alunos vindo da zona rural possuem de um modo geral hábitos de linguagem um
rísticas singulares, como por exemplo, falar quase todas as
palavras com a tonalidade de um “r” só. Muitas vezes, isto, pode causar alguns conflitos com
A escola Santos Dumont está localizada na periferia da cidade de Agudo, na rua das
Acácias, mais precisamente na Vila Caiçara. Os alunos desta escola em sua grande maioria
são em sua grande maioria
de pessoas com origens do campo. No entanto as crianças, em sua grande maioria já são
nascidas na área urbana. Quanto ao número de alunos da escola em 2013 foi de 287 alunos da
A escola Dom Pedro II é uma das escolas mais antigas da cidade de Agudo. É a única
escola particular com educação Básica completa do município. Está localizada na área urbana
27
do município, na Rua Rolf Pachaly. É uma escola que atende alunos filhos de pessoas com
maior poder aquisitivo. Número de alunos 99, distribuídos na educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio.
Frente da escola Dom Pedro II
Escola Estadual de Ensino Fundamental Luís Germano Pöetter –
A escola Luís Germano Pöetter foi uma das últimas escolas particulares do município
a se tornar pública. É a única escola estadual do município que possui apenas o ensino
fundamental. Está localizada na área urbana do município, na Avenida Borges de Medeiros.
Os alunos dessa escola são provenientes da área urbana do município, principalmente da área
central e sul da cidade. O número total de alunos da escola é de 265 alunos na educação
infantil e no ensino fundamental.
Frente da escola Luis Germano Pötter
28
Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Reis -
Esta escola localiza-se na extremidade oeste da área urbana do município, na rua Hugo
Karl Braüning. Das escolas municipais esta é uma das que apresentam maior diversidade de
alunos. Atende os alunos vindos do interior e da cidade, sendo que os alunos do interior uma
parcela são filhos de arrozeiros e outra de fumicultores. Assim, as turmas são mais
heterogêneas o que implica em um conhecimento mais abrangente por parte dos professores
para atender cada aluno com suas particularidades trazidas em sua bagagem de conhecimento.
O total de alunos da escola na educação infantil e do ensino médio é de 394 alunos.
Frente da escola Santos Reis
Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio
Esta escola localiza-se á aproximadamente 3 Km da cidade de Agudo na localidade de
Linha Teotônia Sul. Atende a alunos dos filhos de pequenos agricultores (fumicultores) da
Linha Teotônia, Linha Branca, Linha Travessão, e Linha Nova. É uma escola relativamente
pequena, mas com um nível de desenvolvimento educacional de boa qualidade. No ano de
2013 tornou-se a única escola bicampeã de vôlei do Rio Grande do Sul nos jogos da JERGS
(Jogos escolares do Rio Grande do Sul), na 47ª edição. Cabe destacar que todas as atletas são
filhas de agricultores, o que valoriza ainda mais o título, pois estas além de estudarem também
já auxiliam na atividades da lavoura, embora sejam adolescentes de entre 13 e 16 anos. Além
disso, apresenta bom índices de ensino nas avaliações feitas pelo município. A escola possui
um total de 197 alunos na educação infantil e ensino médio.
29
Entrada da Escola Três de Maio
Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio
A escola Santo Antônio está localizada na Linha dos Pomeranos, interior do município
de Agudo. É uma escola localizada na porção mais elevada do município, já pertencente ao
início do Planalto Serra Geral. Os alunos dessa escola são filhos de pequenos agricultores
(fumicultores). Cabe destacar que esta escola permite que os alunos possam estudar próximos
de sua casa, mesmo estando longe da sede 32 Km. Além disso, nesta escola, nas séries iniciais
é possível identificar alunos que chegam na escola sem saber falar o português corretamente,
apenas o dialeto alemão falado em casa, o que traria dificuldades na aprendizagem se fossem
deslocadas de seu ambiente, pois se sentiriam retraídos. A escola possui 185 alunos
distribuídos na educação infantil e no ensino fundamental.
Pátio Escola Santo Antônio
30
Escola Municipal de Ensino Fundamental Olavo Bilac
Esta escola localiza-se na região norte do município, porém ainda na porção de baixa
elevação, próxima ao rio Jacuí. A localidade de Nova Boêmia, onde se encontra a escola
Olavo Bilac, é composta por pequenos agricultores (fumicultores) que vivem na porção do
rebordo do planalto, cultivando terras com declividades acentuadas. È uma escola que
apresenta um grande número de alunos, mesmo localizando-se longe da sede. Este fato se dá
não apenas por sua área de abrangência ser grande, mas também pelas características da
população local,que de um modo geral possui maior número de filhos por casal, em média 3 a
4 filhos, enquanto no restante do município á média é de 1 ou dois filhos por casal. Assim
como a escola Santo Antônio, esta escola é de grande importância para atender os alunos
próximos de suas casas, uma vez que o deslocamento até a área urbana se torna cansativo.
Porém após os alunos terminarem o ensino fundamental, o deslocamento até a área urbana se
torna inevitável, sendo este um fator que causa grande abandono dos estudos por grande
maioria dos alunos destas localidades mais distantes. A escola possuía em 2013 um total de
285 alunos na educação infantil e ensino fundamental, cabe ressaltar que a grande maioria
está na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental, totalizando nestas séries
147 alunos do total de alunos da escola.
Pátio da escola Olavo Bilac
Escola Municipal de Ensino Fundamental Sete de Setembro
Em 07 de março de 1964 foi criada a Escola Rural Isolada de Picada do Rio Central, o
número do decreto de criação é 16.501. Em 1968 a escola passou para o município com o
nome Escola Rural Picada do Rio Central. A partir de 1972 pela portaria nº 30350 a escola
passou a ser estadual com o nome Escola Rural de Picada do Rio Central. A partir de 1983 a
escola muda o nome para Escola Estadual de 1º Grau Incompleto 7 de Setembro. A partir de
24/04/2006 a Escola Estadual de Ensino Fundamental 7 de Setembro foi municipalizada
passando a denominar-se Escola Municipal de Ensino Fundamental 7 de Setembro. Esta se
localiza na localidade de Picada do Rio a 13 Km da sede do município de Agudo.
Esta escola atende os alunos do vale formado pela bacia hidrográfica do arroio
Corupá, que abrange as localidades de Picada do Rio, Linha Boêmia, Picada São Pedro e
31
Novo São Paulo. Os alunos que estudam nesta escola são em grande maioria filhos de
pequenos agricultores fumicultores, os provenientes das porções mais elevadas da área de
abrangência, e filhos de pequenos agricultores arrozicultores das porções mais baixas da área
de abrangência. Assim a escola possui crianças de diferentes realidades mesmo sendo de
origem rural, pois de um modo geral os filhos de fumicultores, a partir dos 10 anos já
começas a participar da lida no campo junto com os pais por ser uma atividade mais braçal
artesanal. Já os filhos de arrozicultores a participação nas atividades da lavoura é mais tardia
em torno dos 15 anos de idade e somente os meninos, isso acontece por esta atividade ser
mais mecanizada, não necessitando de tanto trabalho braçal. O total de alunos da escola é de
222 alunos que estão na educação infantil e no ensino fundamental.
Lado oeste da Escola 7 de Setembro
Escola Estadual de Educação Básica Dom Érico Ferrarri
As primeiras aulas tiveram início em 1922, não havia prédio e eram ministradas em
residências. Em 1932 constitui-se o 1º prédio particular. Data de 13 de março de 1941 foi sua
criação como escola pública. Em 1975 foram implantadas todas as séries do 1º Grau e em
1977 concluiu os estudos a 1ª turma de 1º Grau com festas, pois foi uma grande conquista. A
escola passa a contar, a partir de 2001, com a Educação Infantil – antigo anseio da
comunidade.
A partir de 18/02/2002 implantou-se a Educação de Jovens e Adultos – EJA Ensino
Fundamental – a escola passa a funcionar em 3 turnos. Em 29 de janeiro de 2004 conseguiu-
se a transformação em Escola Estadual de Ensino Médio Dom Érico Ferrari, e em 14 de abril
do mesmo ano, a autorização de funcionamento do Ensino Médio – 1º ano, com isso a escola
passa a contar com todos os níveis da Educação Básica. Aconteceu em 12/07/2006 a
autorização para funcionamento da Educação Infantil, realizando assim um sonho antigo da
comunidade, de ter regulamento a pré-escola.
Encaminhou-se logo após processo de alteração do nome da escola, e em 25/09/2006 a
escola passa a se denominar Escola Estadual de Educação Básica Dom Érico Ferrari,
32
chegando assim ao que se pode chamar de plenitude, uma vez que passa a oferecer todos os
níveis da Educação Básica.
Esta escola está localizada na localidade de Cerro Chato, distando em torno de 6 km
da cidade. Os alunos desta escola são em grande maioria filhos de pequenos e médios
agricultores arrozeiros. Há presença de alguns filhos de fumicultores da localidade de Rincão
do Pinhal, onde o relevo é composto por colinas arenosas, com solos bem permeáveis o que
dificulta o cultivo de arroz. Está é a única escola da zona rural do município que possibilita
aos alunos cursar o ensino médio próximo de suas casas consequentemente de suas realidades.
Esta escola possui um total de 202 alunos, dos quais 134 são do ensino fundamental e 68 são
do ensino médio.
Frente da escola Dom Érico Ferrari
Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Pasqualini.
Está localizada no sul do município de agudo, na localidade de Rincão do Pinhal,
distando aproximadamente 13 km da cidade de Agudo. Assim como a Escola Dom Érico
Ferrari, esta escola apresenta muitos filhos de arrozeiro, porém possui filhos de fumicultores
também. Embora tenha uma significativa área de abrangência, possui o mais baixo número de
alunos das escolas municipais, com apenas 130 alunos. Isto se dá por esta região a população
além de possuir em média 1 filho por família, as propriedades rurais possuem um tamanho
maior (50 ha) que as demais do município, o que reduz o número de população localizada
nessa região.
33
Frente da Escola Aberto Pasqualine.
Escola Municipal de Educação Infantil Paraíso da Criança
Localizada na Vila Caiçara, cidade de Agudo possui 85 alunos na educação infantil.
Atende principalmente filhos de trabalhadores da fábrica de calçados Botero. Esta creche
possibilita que as mães possam trabalhar enquanto seus filhos são cuidados por educadoras
infantil.
Frente da Escola de Educação Infantil Paraíso da Criança.
Escola de Educação Infantil Kinderwelt
È uma creche particular localizada na avenida concórdia. Suas vagas são preenchidas
principalmente por filhos de pessoas que possuem maior poder aquisitivo no município, com
condições de pagar suas mensalidades.
34
Entrada da Escola de Educação Infantil Kinderwelt
Resultados Pesquisa
O estudo do espaço geográfico pressupõe uma série de conhecimentos e informações
sobre o lugar, permitindo compreender como as sociedades, em diferentes momentos da
história, buscaram superar seus problemas cotidianos, de sobrevivência, transformando a
natureza, criando novas formas de organização social, política, econômica e construindo
paisagens urbanas e rurais.
É importante promover situações nas quais os alunos percebam e compreendam a
tecnologia em seu próprio cotidiano, pela observação e comparação da presença dela em seu
meio familiar e em seu dia a dia de forma geral.
Dessa forma, são abordadas as experiências em sala de aula com os alunos das
escolas: Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio, uma escola do campo e
Escola Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos, uma escola da cidade. São
abordados exemplos de atividades realizadas em sala de aula de como inserir o estudo do
lugar no ensino de geografia trazendo maior valorização deste e da disciplina de geografia nos
cotidianos escolares.
O caso da realidade da Escola Municipal de Educação fundamental Três de
Maio: escola do campo
A escola fundada em 1925, com o nome de Aula Três de Maio, era particular e
mantida pelas famílias que colaboravam com o "Caixa Escolar". Este mantinha o salário da
professora e custeava as demais despesas da Escola. Além do “Caixa Escolar”, também eram
feitas festas escolares, para angariar fundos para a manutenção do Educandário. Mais tarde a
Escola passou a chamar-se Escola Particular Três de Maio. Em 06 de março de 1972, pelo
Decreto de Criação 251/78 e pela Lei Municipal N°. 340, a Escola passou a ser Municipal e
mantida pela Prefeitura Municipal com a denominação de Escola Municipal Três de Maio e
posteriormente Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Três de Maio.
Com o fechamento das Escolas menores das localidades
necessidade da ampliação desta Escola. Com isso foi proposta pelo Poder Público do estado a
nuclearização, que se realizou no ano de 2000 com a implantação gradativa das séries finais
do Ensino Fundamental e também da Educação Infanti
chamar-se Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio.
A partir de então a escola,
agricultores(fumicultores) da Linha Teotônia, Linha Branca, Linha Travessão, e Linha Nova.
Os alunos da E. M. E. F. Três de Maio, caracterizam
que se refere à etnia e credo. As diferenças sócio
caracterizando-se pela presença de crianças e adolescentes oriundos da classe média baixa e
da zona rural na sua maioria.
As crianças e os adolescentes apresentam relativa facilidade de integração ao ambiente
da Escola. Isso deve-se principalmente por ser
ambiente de vivência, uma vez que, além da escol
áreas livres com gramados e horta escolar, o que reproduz o cotidiano do educandos. Assim,
os alunos sentem-se fazendo parte
35
Com o fechamento das Escolas menores das localidades
necessidade da ampliação desta Escola. Com isso foi proposta pelo Poder Público do estado a
nuclearização, que se realizou no ano de 2000 com a implantação gradativa das séries finais
do Ensino Fundamental e também da Educação Infantil. Por isso o educandário passou a
se Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio.
rtir de então a escola, passou a atender os filhos de pequenos
agricultores(fumicultores) da Linha Teotônia, Linha Branca, Linha Travessão, e Linha Nova.
Corpo docente em frente à escola.
Fonte: Secretaria da escola Três de Maio.
Os alunos da E. M. E. F. Três de Maio, caracterizam-se por apresentar diversidade no
que se refere à etnia e credo. As diferenças sócio-econômicas são menos acentuadas,
se pela presença de crianças e adolescentes oriundos da classe média baixa e
da zona rural na sua maioria.
As crianças e os adolescentes apresentam relativa facilidade de integração ao ambiente
se principalmente por ser uma escola que não os desvincula de seu
ambiente de vivência, uma vez que, além da escola estar no meio rural,
áreas livres com gramados e horta escolar, o que reproduz o cotidiano do educandos. Assim,
se fazendo parte deste ambiente.
Com o fechamento das Escolas menores das localidades vizinhas, sentiu-se a
necessidade da ampliação desta Escola. Com isso foi proposta pelo Poder Público do estado a
nuclearização, que se realizou no ano de 2000 com a implantação gradativa das séries finais
l. Por isso o educandário passou a
passou a atender os filhos de pequenos
agricultores(fumicultores) da Linha Teotônia, Linha Branca, Linha Travessão, e Linha Nova.
se por apresentar diversidade no
econômicas são menos acentuadas,
se pela presença de crianças e adolescentes oriundos da classe média baixa e
As crianças e os adolescentes apresentam relativa facilidade de integração ao ambiente
uma escola que não os desvincula de seu
rural, ela também apresenta
áreas livres com gramados e horta escolar, o que reproduz o cotidiano do educandos. Assim,
Localização da E. M.de E. F. Três de Maio, Linha Teotônia, Agudo
Como pode-se perceber na figura anterior
a visão, in loco, que os alunos tem da janela de sua escola
fumo e vegetação nativa, o que não os desvincula da realidade vivida em suas casas. Nesse
sentido, a escola do campo traz uma maior proximidade do aluno com a natureza, mesmo que
o aluno viesse da área urbana para estudar e
este contanto mais próximo dos diversos elementos naturais que são abordados no ensino de
geografia como: Hidrografia, solo, vegetação, rochas.
Para os alunos não terem somente esta mesma visão a escola dispõe d
informática, com internet disponível para os alunos fazerem suas pesquisas, e conhecer outras
realidades também. No entanto, nesse aspecto esta escola, bem como as observações feitas
nas outras escolas do município, há uma carência tanto de i
como por exemplo, mais tempo para os alunos fazerem uso deste meio de obter comunicação,
informação e relações sociais, pois a grande maioria dos alunos das escolas do campo não
possuem internet disponível em suas casas, s
esta tecnologia.
Assim, há um ponto positivo de se ter estas escolas núcleo do campo para não
desvincular os alunos de sua relação com a natureza e atividades cotidianas, porém falta
incentivo e acesso a novas tecnologias.
A visão dos professores e dos alunos quanto
aprendizagem
Este subcapítulo aborda as respostas obtidas nas entrevistas realizadas aos professores
do 9º ano da escola Três de Maio de acordo como foi descrito ac
metodológicos deste trabalho.
Quanto a primeira pergunta, a grande maioria, 7 dos 8 professores que lecionam para o
9º ano na escola Três de Maio, possui origem rural, porém alguns destes
residência na área urbana. O qu
professora, é a proximidade com a escola. Por serem de origem do meio rural não é de grande
36
Localização da E. M.de E. F. Três de Maio, Linha Teotônia, Agudo
Fonte: Google Earth.
se perceber na figura anterior, a escola encontra-se no meio rural. Assim,
, que os alunos tem da janela de sua escola são lavouras, principalmente de
fumo e vegetação nativa, o que não os desvincula da realidade vivida em suas casas. Nesse
sentido, a escola do campo traz uma maior proximidade do aluno com a natureza, mesmo que
o aluno viesse da área urbana para estudar em uma escola do campo, desde criança tem
este contanto mais próximo dos diversos elementos naturais que são abordados no ensino de
geografia como: Hidrografia, solo, vegetação, rochas.
Para os alunos não terem somente esta mesma visão a escola dispõe d
informática, com internet disponível para os alunos fazerem suas pesquisas, e conhecer outras
realidades também. No entanto, nesse aspecto esta escola, bem como as observações feitas
nas outras escolas do município, há uma carência tanto de incentivo a pesquisa na internet ,
como por exemplo, mais tempo para os alunos fazerem uso deste meio de obter comunicação,
informação e relações sociais, pois a grande maioria dos alunos das escolas do campo não
possuem internet disponível em suas casas, sendo a escola o primeiro e único contato com
Assim, há um ponto positivo de se ter estas escolas núcleo do campo para não
desvincular os alunos de sua relação com a natureza e atividades cotidianas, porém falta
tecnologias.
A visão dos professores e dos alunos quanto à escola e o processo de ensino
Este subcapítulo aborda as respostas obtidas nas entrevistas realizadas aos professores
do 9º ano da escola Três de Maio de acordo como foi descrito acima, nos procedimentos
Quanto a primeira pergunta, a grande maioria, 7 dos 8 professores que lecionam para o
9º ano na escola Três de Maio, possui origem rural, porém alguns destes
residência na área urbana. O que os levou lecionar nessa escola, com exceção de uma
professora, é a proximidade com a escola. Por serem de origem do meio rural não é de grande
Localização da E. M.de E. F. Três de Maio, Linha Teotônia, Agudo-RS.
se no meio rural. Assim,
são lavouras, principalmente de
fumo e vegetação nativa, o que não os desvincula da realidade vivida em suas casas. Nesse
sentido, a escola do campo traz uma maior proximidade do aluno com a natureza, mesmo que
m uma escola do campo, desde criança tem-se
este contanto mais próximo dos diversos elementos naturais que são abordados no ensino de
Para os alunos não terem somente esta mesma visão a escola dispõe de uma sala de
informática, com internet disponível para os alunos fazerem suas pesquisas, e conhecer outras
realidades também. No entanto, nesse aspecto esta escola, bem como as observações feitas
ncentivo a pesquisa na internet ,
como por exemplo, mais tempo para os alunos fazerem uso deste meio de obter comunicação,
informação e relações sociais, pois a grande maioria dos alunos das escolas do campo não
endo a escola o primeiro e único contato com
Assim, há um ponto positivo de se ter estas escolas núcleo do campo para não
desvincular os alunos de sua relação com a natureza e atividades cotidianas, porém falta
escola e o processo de ensino-
Este subcapítulo aborda as respostas obtidas nas entrevistas realizadas aos professores
ima, nos procedimentos
Quanto a primeira pergunta, a grande maioria, 7 dos 8 professores que lecionam para o
9º ano na escola Três de Maio, possui origem rural, porém alguns destes têm sua atual
e os levou lecionar nessa escola, com exceção de uma
professora, é a proximidade com a escola. Por serem de origem do meio rural não é de grande
37
dificuldade relacionar questões do cotidiano dos alunos. No entanto, um dos professores de
geografia desta escola possui formação em história, o professor do 9º ano, o que dificulta
trabalhar com os aspetos naturais, como geologia hidrografia e relevo, na disciplina. Esta não
é uma realidade apenas desta escola.
Com a nova reforma curricular de ensino professores de sociologia, de história e de
geografia podem dar as mesmas disciplinas, porém quando são abordados conteúdos
referentes aos aspectos físico-naturais, há uma grande dificuldade dos professores de
sociologia de história trabalhar os conteúdos, bem como fazer relações deste com o cotidiano
dos alunos. Nesse sentido, o educador fazer parte da realidade do educando auxilia e facilita
relacionar os conteúdos com o cotidiano dos alunos.
Os professores entrevistados nesta escola consideram importante a localização da
escola próximo das residências dos alunos no meio rural, pois torna-se um ambiente mais
tranquilo facilitando o processo de ensino aprendizagem. Assim, a valorização do lugar e as
questões ambientais são de grande relevância ser trabalhadas nas aulas de geografia, buscando
maior interação com os alunos.
Entrevista com os alunos do 9º ano
Dos pais dos 21 alunos do 9º ano, 20 trabalham na lavoura com cultivo do fumo e
apenas de uma aluna o pai é pedreiro.
Os alunos, como são de famílias que praticam agricultura familiar, a maioria, 17 dos
21 alunos, ajudam seus pais nas atividades da lavoura desde cedo, desde os 11/12 anos de
idade. Os que ajudam a família disseram que normalmente ajudam com entusiasmo, pois há
um incentivo para trabalharem, por exemplo, dar uma bicicleta, uma moto ou mesmo dinheiro
no final da safra. Por conhecimento empírico, sabe-se que há algumas exceções onde os
adolescentes são pressionados a trabalhar sem incentivo no município, porém tem diminuído
significativamente nos últimos anos devido à legislação e fiscalização não permitir presença
de crianças e adolescentes na lavoura. No entanto, isto também tem ajudado no
“desenraizamento” do jovem com a lavoura. Por vezes, também há um desapego dos
adolescentes pelas atividades realizadas no campo, visando o trabalho na cidade como mais
fácil e mais remunerado.
A prática de participar efetivamente nas atividades do campo junto com seus pais,
divide a opinião dos alunos quanto ao gostar de ir na escola e estudar. Isso se deve em grande
maioria pela falta de relacionar os conteúdos escolares com o seu cotidiano, dando significado
prático das matérias para as atividades realizadas em casa, tornando assim necessário estudar
para viver no campo com maior conhecimento e maior qualidade de vida. Nesse sentido,
percebe-se que os alunos nessa fase de ensino tem dúvida quanto à contribuição do estudo
para a realização de suas atividades.
Alguns desses alunos já estão convencidos de que querem continuar no meio rural
trabalhando na lavoura, 8 dos 21 alunos questionados, porém tem-se 9 dos 21, que não
querem mais ficar neste ambiente, por ser uma vida muito difícil, onde sofrem com o calor do
sol e trabalham no pesado e 4 disseram que tanto faz se for na cidade ou no campo para viver.
Quanto às questões ambientais possuem consciência da importância de se ter uma
relação harmônica com o meio ambiente, em unanimidade. Todos disseram que cuidam para
não soltar lixo no meio ambiente. Nesse sentido, eles procuram discutir a importância de
cuidar do meio ambiente para ter uma melhor qualidade de vida.
38
Quando se pergunta a eles sua opinião sobre o que acham da cidade a grande maioria
gosta, por se ter acesso a mercadorias e maior relação com as pessoas, 19 dos 21 dos alunos
questionados. Porém acham as pessoas que vivem na cidade são muito “delicadas” e que seus
trabalhos são muito mais “fácil” de ser realizado, sem necessidade de se esforçar,
braçalmente. Está intrínseco nesses jovens, que o trabalhar é o braçal e não o intelectual. Essa
distinção é difícil de ser compreendida por eles, de que o trabalho intelectual realizado na
cidade também é um trabalho e que é necessário para toda a sociedade.
As aulas de geografia: o caso da turma do 9º ano do ensino Fundamental
No ano de 2013, os alunos do 9º ano da E. M. E. F. Três de Maio, na qual foi realizada
a pesquisa durante o terceiro trimestre, caracteriza-se por apresentar-se em turma única. Esta,
é composta atualmente por 21 educandos, destes, 13 meninas e 8 meninos.A é turma
participativa, os alunos fazem perguntas e dão contribuição quando questionados sobre algum
tipo de conteúdo. Esta turma de alunos apresenta poucos problemas no que envolve
comportamento e aprendizagem, pois é homogênea, por conter educandos provindos da
mesma realidade cotidiana, de famílias de agricultores.
No decorrer desta pesquisa, percebeu-se que a turma exige do professor de geografia a
problematização dos conteúdos fazendo comparações com sua realidade, despertando mais
interesse. Portanto, se faz necessário compreender mais sobre a realidade do trabalho no
campo para chamar a atenção e o interesse dos alunos. Ao utilizar-se o método dialógico, a
aula se torna interessante e participativa, perante as atividades desenvolvidas. Ao questioná-
los, por exemplo, sobre conteúdos que permitem comparar aquilo presente no livro didático
com realidades de seu cotidiano, buscam a resposta com mais entusiasmo e facilidade.
Atividades desenvolvidas nas aulas de geografia
O primeiro exemplo de atividade aplicada com os alunos refere-se ao conhecimento de
sua própria história, através da genealogia articulada a didática pela pesquisa sobre as diversas
etnias existentes no Brasil: índios, africanos, Italianos, portugueses e alemães, abordando seus
modos de vida, religião, culinária, vestimentas, músicas e danças. Primeiramente a pesquisa
foi realizada na internet depois discutida com os grupos. Na discussão os alunos apresentavam
os resultados encontrados nas pesquisas da internet, sendo instigados a fazer relações com o
seu conhecimento prévio.
Ao se realizar uma pesquisa sobre as diversas etnias existentes percebe-se que os
alunos apresentam maior interesse e conhecimento sobre a origem étnica que eles mais se
identificam. No entanto, é de grande importância trazer conhecimento sobre as relações
históricas e culturais das diversas etnias para que se tenha uma relação harmoniosa, de
respeito e de união, necessárias para que haja paz e desenvolvimento em suas comunidades,
no município, no país e no mundo inteiro. Dentro do conhecimento prévio sobre as diversas
etnias eles demonstraram maior conhecimento sobre os alemães e italianos. Isso se deve a
colonização feita por estes na região, sendo vividas experiências no seu, através de meios de
comunicação local, através seus familiares e comunidade. Assim, eles demonstraram
conhecimento sobre as características desses dois povos, principalmente sobre sua culinária,
músicas e religião.
Ao se trabalhar com outros países, como por exemplo
de grande importância conhecer melhor este país devido
consequentemente com seu cotidiano. Por exemplo,
baseada na fumicultura depende diretamente dos contratos feitos nos últimos anos entre Brasil
e China, onde o tabaco é exportado para a China e com isso não foi inserido ainda o processo
de erradicação do cultivo de fum
suas comunidades e para o município que depende dessa atividade. Assim, conseguiram
perceber suas atividades cotidianas possui relação com a economia global, dando
maior importância ao seu lugar.
Durante as atividades realizadas sobre a China foram realizadas ainda comparações
entre as atividades econômicas existentes lá com o Brasil. Nesse sentido, pode
características da agricultura da China e fazer comparações com a agr
município de Agudo, principalmente envolvendo o cultivo do arroz, a forma de cultivo da
China e a forma de cultivo realizada aqui, apresentando as figuras
figuras pode-se destacar para os alunos que enquan
também ser realizada de forma braçal e além de ser cultivado em várzeas, também é cultivado
em relevos de encosta através de curvas de nível, aqui somente é cultivada de forma
mecanizada e em planícies de inundação, c
comparações os alunos conseguem se familiarizar mais com o conteúdo, pois já tem
conhecimento prévio da realidade local, além disso, percebem a importância da agricultura do
seu lugar.
Pessoas trabalhando no
Cultivo de arroz de forma mecanizada no Brasil
39
Ao se trabalhar com outros países, como por exemplo, a China, pode
de grande importância conhecer melhor este país devido às relações existente com o Brasil e
consequentemente com seu cotidiano. Por exemplo, a realidade da economia local que é
baseada na fumicultura depende diretamente dos contratos feitos nos últimos anos entre Brasil
e China, onde o tabaco é exportado para a China e com isso não foi inserido ainda o processo
de erradicação do cultivo de fumo, o que traria graves problemas para as suas famílias, para
suas comunidades e para o município que depende dessa atividade. Assim, conseguiram
perceber suas atividades cotidianas possui relação com a economia global, dando
eu lugar.
Durante as atividades realizadas sobre a China foram realizadas ainda comparações
entre as atividades econômicas existentes lá com o Brasil. Nesse sentido, pode
características da agricultura da China e fazer comparações com a agricultura desenvolvida no
município de Agudo, principalmente envolvendo o cultivo do arroz, a forma de cultivo da
China e a forma de cultivo realizada aqui, apresentando as figuras a seguir
se destacar para os alunos que enquanto na China essa atividade é possível
também ser realizada de forma braçal e além de ser cultivado em várzeas, também é cultivado
em relevos de encosta através de curvas de nível, aqui somente é cultivada de forma
mecanizada e em planícies de inundação, como é o caso do município de Agudo. Nessas
comparações os alunos conseguem se familiarizar mais com o conteúdo, pois já tem
conhecimento prévio da realidade local, além disso, percebem a importância da agricultura do
Pessoas trabalhando no cultivo do arroz e cultivo d e arroz em curvas de nível na encosta
Fonte: Google Imagens.
Cultivo de arroz de forma mecanizada no Brasil
Fonte: Google Imagens.
a China, pode-se abordar que é
relações existente com o Brasil e
a realidade da economia local que é
baseada na fumicultura depende diretamente dos contratos feitos nos últimos anos entre Brasil
e China, onde o tabaco é exportado para a China e com isso não foi inserido ainda o processo
o, o que traria graves problemas para as suas famílias, para
suas comunidades e para o município que depende dessa atividade. Assim, conseguiram
perceber suas atividades cotidianas possui relação com a economia global, dando-se assim
Durante as atividades realizadas sobre a China foram realizadas ainda comparações
entre as atividades econômicas existentes lá com o Brasil. Nesse sentido, pode-se abordar as
icultura desenvolvida no
município de Agudo, principalmente envolvendo o cultivo do arroz, a forma de cultivo da
a seguir. A partir destas
to na China essa atividade é possível
também ser realizada de forma braçal e além de ser cultivado em várzeas, também é cultivado
em relevos de encosta através de curvas de nível, aqui somente é cultivada de forma
omo é o caso do município de Agudo. Nessas
comparações os alunos conseguem se familiarizar mais com o conteúdo, pois já tem
conhecimento prévio da realidade local, além disso, percebem a importância da agricultura do
cultivo do arroz e cultivo d e arroz em curvas de nível na encosta.
Nas atividades em que se estudou sobre o continente Africano buscou
primeiramente relações com as paisagens existentes no Brasil, para trabalhar os aspectos
físicos. Foram feitas comparações dos tipos de vegetação existentes na África com os tipo
vegetação existente no Brasil. Além disso, destacou
Africano e sua separação do continente Sul
entre os dois lugares devido já terem sido um só. A partir do relevo loc
com mais clareza para os alunos, figuras 12 e 13, obtidas com o Google
que as figuras foram captadas em latitudes semelhantes. Os alunos foram questionados sobre
o que viam nas imagens, como era o relevo em cada
consegue-se ter maior interesse dos alunos pelos conteúdos, pois eles veem outros locais e os
comparam com o seu.
Paisagem vista no sudeste África do Sul
Paisagem vista em Agudo no Brasil.
40
Nas atividades em que se estudou sobre o continente Africano buscou
primeiramente relações com as paisagens existentes no Brasil, para trabalhar os aspectos
físicos. Foram feitas comparações dos tipos de vegetação existentes na África com os tipo
vegetação existente no Brasil. Além disso, destacou-se o processo de formação do continente
Africano e sua separação do continente Sul-Americano, e que existem muitas semelhanças
entre os dois lugares devido já terem sido um só. A partir do relevo local pôde
com mais clareza para os alunos, figuras 12 e 13, obtidas com o Google Earth
que as figuras foram captadas em latitudes semelhantes. Os alunos foram questionados sobre
o que viam nas imagens, como era o relevo em cada lugar, e a cobertura vegetal. Assim,
se ter maior interesse dos alunos pelos conteúdos, pois eles veem outros locais e os
Paisagem vista no sudeste África do Sul
Fonte: Google Earth.
Paisagem vista em Agudo no Brasil.
Fonte: Google Earth.
Nas atividades em que se estudou sobre o continente Africano buscou-se trazer
primeiramente relações com as paisagens existentes no Brasil, para trabalhar os aspectos
físicos. Foram feitas comparações dos tipos de vegetação existentes na África com os tipos de
se o processo de formação do continente
Americano, e que existem muitas semelhanças
al pôde-se explicar
arth. Cabe ressaltar
que as figuras foram captadas em latitudes semelhantes. Os alunos foram questionados sobre
lugar, e a cobertura vegetal. Assim,
se ter maior interesse dos alunos pelos conteúdos, pois eles veem outros locais e os
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.
Livro educação do campo e da cidade.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
SimoneHelenDrumond
 
Relatório de estágio
Relatório de estágioRelatório de estágio
Relatório de estágio
Leilany Campos
 
Portfólio estágio supervisionado ii 1º n5_viliane muniz
Portfólio estágio supervisionado ii 1º n5_viliane munizPortfólio estágio supervisionado ii 1º n5_viliane muniz
Portfólio estágio supervisionado ii 1º n5_viliane muniz
familiaestagio
 
Trabalho por projectos na Educação de infância: mapear aprendizagens/integrar...
Trabalho por projectos na Educação de infância: mapear aprendizagens/integrar...Trabalho por projectos na Educação de infância: mapear aprendizagens/integrar...
Trabalho por projectos na Educação de infância: mapear aprendizagens/integrar...
Maria Leonor
 

La actualidad más candente (20)

O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
 
PCG 2'17
PCG 2'17PCG 2'17
PCG 2'17
 
Pcg blogue
Pcg bloguePcg blogue
Pcg blogue
 
Relatório de estágio
Relatório de estágioRelatório de estágio
Relatório de estágio
 
01 estudos orientados eo 2022
01 estudos orientados   eo 202201 estudos orientados   eo 2022
01 estudos orientados eo 2022
 
Lzo. relatorio de estagio
Lzo. relatorio de estagioLzo. relatorio de estagio
Lzo. relatorio de estagio
 
Estágio em Educação Infantil
Estágio em Educação InfantilEstágio em Educação Infantil
Estágio em Educação Infantil
 
Relatório de Estágio Supervisonado IV em Matemática: Participação e Regência ...
Relatório de Estágio Supervisonado IV em Matemática: Participação e Regência ...Relatório de Estágio Supervisonado IV em Matemática: Participação e Regência ...
Relatório de Estágio Supervisonado IV em Matemática: Participação e Regência ...
 
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.
 
Relatorio 3periodo sala-amarela-2012-2013
Relatorio 3periodo sala-amarela-2012-2013Relatorio 3periodo sala-amarela-2012-2013
Relatorio 3periodo sala-amarela-2012-2013
 
O uso do jogo da memória no ensino da geografia
O uso do jogo da memória no ensino da geografiaO uso do jogo da memória no ensino da geografia
O uso do jogo da memória no ensino da geografia
 
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciais
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries IniciaisRelatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciais
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciais
 
Plano de Turma 2014-2015
Plano de Turma 2014-2015Plano de Turma 2014-2015
Plano de Turma 2014-2015
 
O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
O currículo e práticas pedagógicas do cmei madre elísia simone helen drumond ...
 
Relatorio de Auto-avaliação 2017
Relatorio de Auto-avaliação 2017Relatorio de Auto-avaliação 2017
Relatorio de Auto-avaliação 2017
 
Portfólio estágio supervisionado ii 1º n5_viliane muniz
Portfólio estágio supervisionado ii 1º n5_viliane munizPortfólio estágio supervisionado ii 1º n5_viliane muniz
Portfólio estágio supervisionado ii 1º n5_viliane muniz
 
Rel auto avaliacao-2013_henrique_santos
Rel auto avaliacao-2013_henrique_santosRel auto avaliacao-2013_henrique_santos
Rel auto avaliacao-2013_henrique_santos
 
Resumo de Estágio
Resumo de EstágioResumo de Estágio
Resumo de Estágio
 
Trabalho por projectos na Educação de infância: mapear aprendizagens/integrar...
Trabalho por projectos na Educação de infância: mapear aprendizagens/integrar...Trabalho por projectos na Educação de infância: mapear aprendizagens/integrar...
Trabalho por projectos na Educação de infância: mapear aprendizagens/integrar...
 
Relatorio 2º Periodo
Relatorio 2º Periodo Relatorio 2º Periodo
Relatorio 2º Periodo
 

Destacado

Adolescnciaejuventude 120131193213-phpapp01 (1)
Adolescnciaejuventude 120131193213-phpapp01 (1)Adolescnciaejuventude 120131193213-phpapp01 (1)
Adolescnciaejuventude 120131193213-phpapp01 (1)
Marcia Panzarin
 
O caipira chico bento
O caipira chico bentoO caipira chico bento
O caipira chico bento
UNIOESTE
 
Comedia dell’arte
Comedia dell’arteComedia dell’arte
Comedia dell’arte
profar
 
Slide Escrevendo Crônica
Slide Escrevendo CrônicaSlide Escrevendo Crônica
Slide Escrevendo Crônica
Jomari
 
Crónica literária
Crónica literáriaCrónica literária
Crónica literária
1103sancho
 
Crônica jornalística slides
Crônica jornalística slidesCrônica jornalística slides
Crônica jornalística slides
fernandaluzia12
 
Comedia
ComediaComedia
Comedia
jadico
 

Destacado (20)

A vida no campo 1
A vida no campo 1A vida no campo 1
A vida no campo 1
 
Chico bento roda
Chico bento rodaChico bento roda
Chico bento roda
 
Adolescnciaejuventude 120131193213-phpapp01 (1)
Adolescnciaejuventude 120131193213-phpapp01 (1)Adolescnciaejuventude 120131193213-phpapp01 (1)
Adolescnciaejuventude 120131193213-phpapp01 (1)
 
Episodio do chico bento na roça é diferente
Episodio do chico bento na roça é diferenteEpisodio do chico bento na roça é diferente
Episodio do chico bento na roça é diferente
 
O caipira chico bento
O caipira chico bentoO caipira chico bento
O caipira chico bento
 
Comedia dell’arte
Comedia dell’arteComedia dell’arte
Comedia dell’arte
 
A Vida No Campo
A Vida No CampoA Vida No Campo
A Vida No Campo
 
Crônicas - Português
Crônicas - PortuguêsCrônicas - Português
Crônicas - Português
 
Slide Escrevendo Crônica
Slide Escrevendo CrônicaSlide Escrevendo Crônica
Slide Escrevendo Crônica
 
CrôNicas
CrôNicasCrôNicas
CrôNicas
 
Chico bento roda
Chico bento rodaChico bento roda
Chico bento roda
 
A Crônica
A CrônicaA Crônica
A Crônica
 
H.Q. Chico Bento
H.Q. Chico BentoH.Q. Chico Bento
H.Q. Chico Bento
 
Literatura de Cordel
Literatura de CordelLiteratura de Cordel
Literatura de Cordel
 
Crónica literária
Crónica literáriaCrónica literária
Crónica literária
 
Crônicas
CrônicasCrônicas
Crônicas
 
Crônica jornalística slides
Crônica jornalística slidesCrônica jornalística slides
Crônica jornalística slides
 
Comedia
ComediaComedia
Comedia
 
Crônica
CrônicaCrônica
Crônica
 
Cordel adolescente, ô xente!
Cordel adolescente, ô xente!Cordel adolescente, ô xente!
Cordel adolescente, ô xente!
 

Similar a Livro educação do campo e da cidade.

Cbc 6º ao 9º ano geografia
Cbc 6º ao 9º ano geografiaCbc 6º ao 9º ano geografia
Cbc 6º ao 9º ano geografia
gtallitag
 
Didaticageoaula1
Didaticageoaula1Didaticageoaula1
Didaticageoaula1
Ana Beatriz
 
geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza
Polyana Artilha
 

Similar a Livro educação do campo e da cidade. (20)

Cbc 6º ao 9º ano geografia
Cbc 6º ao 9º ano geografiaCbc 6º ao 9º ano geografia
Cbc 6º ao 9º ano geografia
 
Dinâmicas para o ensino da geografia
Dinâmicas para o ensino da geografiaDinâmicas para o ensino da geografia
Dinâmicas para o ensino da geografia
 
Caderno do professor geografia vol 02 1as séries 2014
Caderno do professor geografia vol 02 1as séries 2014Caderno do professor geografia vol 02 1as séries 2014
Caderno do professor geografia vol 02 1as séries 2014
 
Caderno do professor 2014_2017_vol2_baixa_ch_geografia_em_1s
Caderno do professor 2014_2017_vol2_baixa_ch_geografia_em_1sCaderno do professor 2014_2017_vol2_baixa_ch_geografia_em_1s
Caderno do professor 2014_2017_vol2_baixa_ch_geografia_em_1s
 
Caderno do professor geografia vol 02 2as séries 2014
Caderno do professor geografia vol 02 2as séries 2014Caderno do professor geografia vol 02 2as séries 2014
Caderno do professor geografia vol 02 2as séries 2014
 
Caderno do professor 2014_2017_vol2_baixa_ch_geografia_em_2s-
Caderno do professor 2014_2017_vol2_baixa_ch_geografia_em_2s-Caderno do professor 2014_2017_vol2_baixa_ch_geografia_em_2s-
Caderno do professor 2014_2017_vol2_baixa_ch_geografia_em_2s-
 
Caderno do professor 2014_vol1_baixa_ch_geografia_em_2s
Caderno do professor 2014_vol1_baixa_ch_geografia_em_2sCaderno do professor 2014_vol1_baixa_ch_geografia_em_2s
Caderno do professor 2014_vol1_baixa_ch_geografia_em_2s
 
Caderno do professor geografia vol 01 2as séries 2014
Caderno do professor geografia vol 01 2as séries 2014Caderno do professor geografia vol 01 2as séries 2014
Caderno do professor geografia vol 01 2as séries 2014
 
Anais do Ciclo de Debates e Palestras sobre Reformulação Curricular e Ensino ...
Anais do Ciclo de Debates e Palestras sobre Reformulação Curricular e Ensino ...Anais do Ciclo de Debates e Palestras sobre Reformulação Curricular e Ensino ...
Anais do Ciclo de Debates e Palestras sobre Reformulação Curricular e Ensino ...
 
Caderno 3 2ª etapa pacto
Caderno 3   2ª etapa pactoCaderno 3   2ª etapa pacto
Caderno 3 2ª etapa pacto
 
LIVRO EDUCAÇÃO AMBIENTAL EBOOK.pdf
LIVRO EDUCAÇÃO AMBIENTAL EBOOK.pdfLIVRO EDUCAÇÃO AMBIENTAL EBOOK.pdf
LIVRO EDUCAÇÃO AMBIENTAL EBOOK.pdf
 
Didaticageoaula1
Didaticageoaula1Didaticageoaula1
Didaticageoaula1
 
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade EscolarLana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
Lana de Souza Cavalcanti - Realidade Escolar
 
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdfARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
ARTIGO ESTAGIO GEO ENSINO FUNDAMENTAL.pdf
 
geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza geografia realidade_escolar_lana_souza
geografia realidade_escolar_lana_souza
 
Livro formação de professores relexões atuais do atual cenário sobre-o-ensino...
Livro formação de professores relexões atuais do atual cenário sobre-o-ensino...Livro formação de professores relexões atuais do atual cenário sobre-o-ensino...
Livro formação de professores relexões atuais do atual cenário sobre-o-ensino...
 
Caderno do professor 2014_vol1_baixa_ch_geografia_ef_5s_6a (1)
Caderno do professor 2014_vol1_baixa_ch_geografia_ef_5s_6a (1)Caderno do professor 2014_vol1_baixa_ch_geografia_ef_5s_6a (1)
Caderno do professor 2014_vol1_baixa_ch_geografia_ef_5s_6a (1)
 
Sem título 1
Sem título 1Sem título 1
Sem título 1
 
Monografia Jacira Pedagogia 2012
Monografia Jacira Pedagogia 2012Monografia Jacira Pedagogia 2012
Monografia Jacira Pedagogia 2012
 
Pratica de ensino oportunizando vivências da realidade escolar
Pratica de ensino oportunizando vivências da realidade escolarPratica de ensino oportunizando vivências da realidade escolar
Pratica de ensino oportunizando vivências da realidade escolar
 

Último

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 

Último (20)

LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 

Livro educação do campo e da cidade.

  • 1.
  • 2. 2 Gerson Jonas Schirmer Marisa Dal’ Ongaro (Organizadores) ABORDAGEM E VALORIZAÇÃO DO LUGAR NA ESCOLA DO CAMPO E NA ESCOLA DA CIDADE 1ªEdição Santa Maria-RS, Brasil. 2014
  • 3. 3 Organizadores - Gerson Jonas Schirmer Bacharel em Geografia (2010), Mestre em Geografia (2012), Licenciatura Plena em Geografia (2013) e atualmente Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria. Email: geogersonjs@gmail.com - Marisa Dal’ Ongaro Pedagogia (2014) pela Universidade Federal de Santa Maria. Email: marisa.curso@hotmail.com Prefixo Editorial: 66301 Número ISBN: 978-85-66301-31-1
  • 4. 4 Sumário APRESENTAÇÃO.................................................................................................................... 6 CAPÍTULO I A VALORIZAÇÃO DO LUGAR A PARTIR DO ENSINO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA DO CAMPO E DA CIDADE: O CASO DO MUNICÍPIO DE AGUDO-RS.... 7 Discussão Teórica em Relação a Abordagem do Lugar em Sala de Aula ...12 O processo de aprendizagem e o estudo do lugar no ensino de geografia................................13 Inserção do estudo do lugar nas diversas temáticas discutidas em sala de aula .......................15 O ensino de Geografia na escola do campo e na escola da cidade ...........................................17 A preocupação ambiental no ensino de geografia ....................................................................18 Caracterização Geral da Rede de Ensino do Município de Agudo-RS.................................... 20 Caracterização geral de cada escola do município de Agudo-RS.............................................25 Resultados Pesquisa ..........................................................................................34 O caso da realidade da Escola Municipal de Educação fundamental Três de Maio: escola do campo .....................................................................34 A visão dos professores e dos alunos quanto a escola e o processo de ensino-aprendizagem 36 As aulas de geografia: o caso da turma do 9º ano do ensino Fundamental ............................. 38 O caso da realidade da Escola de Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos: Escola da cidade de Agudo .....................................................................41 Os professores, os alunos, a localização da escola e o processo de ensino-aprendizagem...... 43 As aulas de geografia: o caso da turma do 2º ano do ensino Médio........................................ 44 Síntese dos resultados .....................................................................50 Considerações Finais.........................................................................................52 Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 53 CAPÍTULO II CONHECENDO AS SÉRIES INICIAIS DA ESCOLA DO CAMPO SANTO ANTÔNIO DO MUNICÍPIO DE AGUDO-RS....................................................................................... 55 Aspectos gerais do município que influenciam nessa pesquisa.....................58 Histórico do município .....................................................................58 Cultura .....................................................................59 População .....................................................................60 Caracterização geral da história da criação das escolas em Agudo ..........................................61 A Relevância do Lugar no Ensino Fundamental do Campo.................................................... 64 Um pouco da História da educação do Campo no Brasil .........................................................65
  • 5. 5 Aprendizagem na escola do campo ....................................................................66 O professor crítico reflexivo: o aprender e o ensinar com a prática.........................................71 Análise dos Resultados......................................................................................74 Educandos - Observação e questionários ....................................................................74 Educadores – observação e questionários ....................................................................74 Reflexões dos resultados ....................................................................77 Considerações Finais.........................................................................................81 Referências ...............................................................................................................................83
  • 6. 6 APRESENTAÇÃO A construção deste livro resultou do trabalho final de graduação como quesito para formação em geografia licenciatura plena de Gerson Jonas Schirmer e do trabalho final de graduação em pedagogia de Marisa Dal’ Ongaro. O intuito da elaboração deste livro é apresentar uma discussão em relação à educação do campo e da cidade com base na rede municipal de ensino de Agudo-RS. Neste livro tem-se como enfoque os assuntos que envolvem a valorização do lugar através do ensino, ressaltando as características socioambientais e socioeconômicos do espaço geográfico do município de Agudo. Buscou-se abordar também aspectos singulares da educação do campo deste município que possui sua formação a partir da imigração alemã e com o predomínio de uma agricultura familiar com pequenas propriedades sustentadas pela fumicultura. Este livro poderá ser utilizado como recurso bibliográfico, pois apresenta discussões que relacionam a teoria e prática na abordagem da valorização do lugar na sala de aula. Traz também informações que englobam o cotidiano dos educandos, esperando-se que ao conhecerem esta realidade pode-se também trabalhar em outros locais temáticas que possibilitem os educandos valorizarem seu espaço. Trabalhar com a escala local, ou seja, o lugar percebido e vivenciado pelo educando é fundamental, pois permite despertar no aluno a correlação entre o que se constrói em sala de aula e o seu espaço cotidiano. Além disso, torna-se uma ferramenta didático-pedagógica de grande potencial, tornando – se base para entendimento de dinâmicas que acontecem em outros espaços e escalas. Com a edição deste livro, temos a convicção de que a população em geral e instituições, cujas ações contribuem para o desenvolvimento do ensino, e que, portanto, se baseiam no conhecimento contarão com um importante e amplo quadro de apoio às suas atividades. Além dos temas inseridos, torna-se essencial no processo de construção conhecimento proveniente do trabalho conjunto entre professor e aluno, passando assim, a figurar como peça articulada a outros elementos indispensáveis no processo educativo e constituindo-se num instrumento decisivo para a melhoria da qualidade do ensino, tanto na escola da cidade quanto nas escolas do campo. Espera-se que a publicação deste trabalho cumpra com os seus objetivos e contribua para qualificar a discussão sobre essa temática em sala de aula. Além disso, que transmita informações sobre o município, relevante a comunidade como um todo.
  • 7. 7 CAPÍTULO I A VALORIZAÇÃO DO LUGAR A PARTIR DO ENSINO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA DO CAMPO E DA CIDADE: O CASO DO MUNICÍPIO DE AGUDO-RS O Ensino da Geografia pauta-se em muitas vertentes não só teóricas, mas também metodológicas que permitem enriquecer o processo de Ensino-aprendizagem dos conhecimentos geográficos. Nesse sentido, os materiais didáticos escolhidos devem ser bem planejados, pois são formas de tornar o trabalho pedagógico mais interessante. Antunes (2003. p.14), escreve que o professor deve refletir sobre quais meios utilizar para transformar a aulas de Geografia em instrumentos de aprendizagem significativa tanto para os alunos quanto para a satisfação dos docentes, ou seja, “a aula de Geografia (...) deve percorrer diferentes temas, encadeando-os, contextualizando-os com o aqui e o agora do corpo e do entorno do aluno, (...)”. Ao educador compete resgatar as experiências do educando, auxiliá-lo na identificação de problemas, nas reflexões sobre eles e na concretização dessas reflexões em ações. ... um projeto prova ser bom se for suficientemente completo para exigir uma variedade de respostas diferentes dos alunos e permitir, a cada um, trazer uma contribuição que lhe seja própria e característica. Essas respostas são resultado de uma aprendizagem significativa de conceitos, adquirida pelo aluno durante o processo de ensino e aprendizagem. (MATOS, 2009 apud GERIR, 2003). A localização geográfica da escola pode assumir um papel de destaque na formação escolar, sendo esta muitas vezes o elo entre o que o aluno vivencia no seu cotidiano e o que este aprende dentro da sala de aula, tornando- se a janela pela qual o educando passa a observar o mundo a partir do que aprende em sala de aula e começa a refletir sobre a correlação entre o que este presencia no seu dia a dia e os conteúdos trabalhados pelo professor. Neste sentido, trabalhar com a escala local, ou seja, o lugar percebido e vivenciado pelo educando é fundamental, pois permite despertar no aluno a correlação entre o que se constrói em sala de aula e o seu espaço cotidiano e torna-se uma ferramenta didático- pedagógica de grande potencial, tornando-se a base para entendimento de dinâmicas que acontecem em outros espaços e escalas. Com a política nacional brasileira de ampliar o ensino fundamental, anunciada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996, tornando obrigatória a matrícula para crianças a partir dos 6 anos, bem como a qualificação dos profissionais da educação com ensino superior, os municípios brasileiros foram forçados a nuclearizar as escolas para qualificar as estruturas físicas e a disponibilidade de professores. Atualmente com um novo documento que ajusta a Lei nº 9.394, à Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, torna obrigatória a oferta gratuita de educação básica a partir dos 4 anos de idade. Para atingir estes objetivos, Agudo tem buscado, através das “escolas núcleo”, concentrar maior número de alunos em determinadas escolas do município. Com isso, busca-se diminuir as diferenças nas práticas de ensino das escolas do meio rural e das escolas do meio urbano com mais acesso a informações, acesso a internet, maior socialização entre os alunos de diferentes áreas. No entanto os alunos da escola do
  • 8. 8 campo, podem com isto estar sendo afastados de seu cotidiano, ou seja, tem-se uma “urbanização” do ensino e diminuição do elo existente entre o aluno e o ambiente natural onde vive, o campo, diminuindo também sua relação com o lugar, ou ainda ocorrendo uma mudança nas relações em função dos seus objetos de consumo. Há uma necessidade de se avaliar as vantagens e desvantagens existentes na prática de ensino-aprendizagem, em virtude da localização geográfica das escolas, bem como verificar a importância do ensino de geografia na valorização do lugar. Assim, este trabalho justifica-se por trazer informações que produzam materiais que retratem a realidade espacial das escolas, de forma que essas informações possam ser utilizadas na gestão do ensino das escolas deste município, tanto urbanas quanto rurais, as quais a disponibilidade poderia ampliar o leque de opções para o trabalho dentro e fora da sala de aula. Desta forma, a presente proposta justifica-se por buscar uma aproximação do conhecimento científico com a educação formal, ou seja, a formação acadêmica, científica aliada à prática escolar e a produção de conhecimento. Portanto, pela sua aplicação prática é uma investigação que resultará em uma formação acadêmica qualificada e em uma produção de informações que beneficiarão o ensino-aprendizagem nas escolas do município de Agudo valorizando e compreendendo a realidade local de cada aluno dentro do ambiente escolar. Cabe ressaltar que para o desenvolvimento deste trabalho foram escolhidas uma escola do campo e uma da cidade para obtenção de dados mais aprofundados e para caracterizar o ensino geografia de cada uma dessas realidades. As referidas escolas, respectivamente, são: Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio e Escola Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo apresentar e analisar a realidade do ensino de geografia e a valorização do lugar, na rede de ensino do município de Agudo, localizado na Região Central do estado do Rio Grande do Sul. Diante desta proposta tem-se como objetivos específicos: -Apresentar as diferenças e as semelhanças existentes nas escolas do campo e da cidade no município, quanto à estrutura física e a forma de abordar o ensino de geografia e a valorização do lugar; - Observar as temáticas e as metodologias utilizadas nas salas de aula, abordando a realidade geográfica em que os alunos estão inseridos no cotidiano; -Destacar as vantagens e desvantagens observadas em cada um destes espaços de ensino para o aprendizado do educando; -Verificar como o ensino de geografia vem abordando a valorização do lugar e se essa valorização possui uma preocupação ambiental, aproximando o ensino de geografia como elo para uma relação harmônica entre o homem e a natureza.
  • 9. 9 Figura 1: O município de Agudo-RS. Fonte: SCHIRMER, G.J., 2010. Este estudo foi realizado através da pesquisa qualitativa, que busca a compreensão detalhada dos significados e características da educação na escola do campo e da cidade na rede de ensino do município de Agudo - RS. Assim, busca-se através desta pesquisa a realização de uma análise destes dois espaços de ensino. Nesta perspectiva, a pesquisa qualitativa, que apresenta grande valor na avaliação dos dados educacionais, é utilizada neste trabalho. Até mesmo porque incorporam aspectos ideológicos para análise de uma abordagem crítica evitando generalizações impróprias que segundo, Gatti (2006), trata a pesquisa como questionadora da ciência responsável pela
  • 10. 10 revolução de paradigmas que repercutem na elaboração de novos conhecimentos, ao mesmo tempo, a saída das informações subsidiadas pelo senso comum revelando a necessidade de se definir uma abordagem, um método, um caminho a ser percorrido. Dessa forma, primeiramente buscou-se bibliografias sobre educação do campo e educação do urbano. Posteriormente buscou-se junto à secretaria de educação, as escolas existentes no município. Além disso, fez-se uma caracterização geral das demais escolas existentes no município com dados fornecidos pela secretaria de educação do município. Para espacialização das escolas e realização dos mapas de localização destas e de área de abrangência foi utilizado o programa Arc Gis 10.1. A definição das áreas de abrangência foi delimitada a partir de dados fornecidos pela prefeitura com os extremos de onde os alunos de cada escola moram. Estes extremos normalmente acompanham divisores de águas e também os locais onde o transporte escolar chega. A partir destes dados foi delimitado no Arc Gis, aproximadamente, as áreas de abrangência de cada escola. O levantamento bibliográfico acompanhou as várias etapas de desenvolvimento do trabalho, sendo realizado através da consulta, leitura e seleção de uma série de bibliografias relacionadas à temática de estudo. Pesquisas complementares, direcionadas no entendimento de cada procedimento executado durante os levantamentos, possivelmente foram efetuadas no decorrer de cada etapa até a finalização da pesquisa. Foi necessário observar in loco as características das duas realidades do ensino de geografia. Nesse sentido, de acordo com Sidnei (2006) a observação de campo é mais que uma etapa preparatória constitui na realidade. O dinamismo da realidade estabelece o pensamento crítico independente. No caso de pesquisas qualitativas, as observações de campo, segundo Roberto Sidnei (2006), realizam uma verdadeira “garimpagem” de ações, realizações e sentidos. Escolha das escolas e das séries para a pesquisa Para o desenvolvimento do trabalho foram escolhidas as escolas: Escola Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio. A primeira escola foi escolhida por localizar-se na cidade e possuir alunos que vêm da zona rural, vindos do interior do município e alunos que são da cidade e estudando juntos em mesma turma, resultando em turmas heterogêneas. Já a segunda escola foi escolhida por localizar-se na zona rural, com alunos com características semelhantes, todos da zona rural, resultando em turmas homogêneas. Na escola Willy Roos a série trabalhada foi o segundo ano do ensino médio. Esta turma foi escolhida por ser uma turma do ensino médio heterogênea. Já no caso da escola Três de Maio foi escolhida a turma do 9º ano, por esta ser uma turma que terão que deixar de estudar em uma escola do meio rural para estudar em uma escola da cidade, por não tem ensino médio nesta, pode gerar mudanças ou expectativas a estes alunos. Aplicação de questionário Entrou-se em contato com as escolas de interesse para entrevistar os professores, os alunos e observar as aulas e o entorno da escola. Cabe ressaltar que os professores entrevistados foram apenas os que dão aula para as turmas escolhidas para a pesquisa. Assim, foram entrevistados 8 professores da escola Três de Maio, de um total de 29 professores existentes na escola e 10 da escola Willy Roos, de um total de 44 professores.
  • 11. 11 Nas entrevistas realizadas com os professores buscou-se abordar a origem dos professores, se são de origem urbana ou rural, se em suas aulas trazem atividades que envolvam o cotidiano dos alunos ou apenas utilizam livros didáticos. O contato com os professores foi realizado, com o intuito de melhorar relação em sala de aula entre educando e educador, investigando quais os temas que merecem mais destaque e qual a melhor forma de tratá-los, visando reforçar que professores recorram a exemplos cotidianos e locais como o intuito de melhor explicarem os mais variados conteúdos de sala de aula. Questionário para os Professores: 1 - Qual sua origem, urbana ou rural? 2 - O que levou você a dar aula nesta escola? 3 - Como você aborda o estudo do lugar no ensino de geografia?Para o professor de geografia. 4 - Você acredita que a localização da escola é importante para o processo de ensino- aprendizagem? 5 - Como você aborda a valorização do lugar e as questões ambientais em suas aulas? O contato com os alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 2º ano do ensino médio, deu- se durante todo terceiro trimestre, além das atividade realizadas em sala de aula, nas aulas de geografia, também foi aplicado um questionário na turma de 21 alunos do 9º ano e 23 alunos do 2º ano. Questionário aplicado aos alunos 1- Que atividades seus pais realizam? 2 - Você ajuda seus pais?Se sim é por que gosta? 3 - Você gosta de vir na escola?Por quê? 4 - Você pretende continuar estudando? 5 - O estudo tem contribuído para suas atividades? 6 - Específica para aluno do meio rural. Pretende continuar no meio rural? Se sim, fazendo o quê? 7 - Como você vê as questões ambientais? 8 - O que você faz para ter uma boa relação com o meio ambiente? 9 - Específica para aluno do meio rural. O que você acha da cidade e das pessoas que vivem nela? 10 - Específica para aluno do meio urbano. Você tem alguma relação com o meio rural ou com alguém do meio rural? O que você acha do meio rural e das pessoas que vivem nesse espaço? Atividades Propostas As atividades propostas aos alunos do 9º ano da escola Três de Maio foram realizadas através dos conteúdos dos programáticos do terceiro trimestre. A partir destes conteúdos foram feitas relações entre as temáticas estudadas e o cotidiano dos alunos, em alguns casos relacionando as temáticas com a economia do lugar e em outros com a paisagem local. As atividades desenvolvidas com os alunos do 2º ano na escola Willy Roos, foi instigado aos alunos realizarem relações dos seus conteúdos com seu cotidiano. Os materiais utilizados no desenvolvimento das atividades foi livro didático, vídeos sobre as temáticas, xérox com atividades, Data show, quadro, giz e o programa Google Earth, este último para visualização da paisagem local e geração de perfil topográfico.
  • 12. 12 Por fim foi realizada uma comparação entre as duas realidades de escolas para se analisar as vantagens e desvantagens de se estudar em uma escola do campo ou em uma escola cidade e a relação dessas com a valorização do lugar através do ensino de Geografia. Discussão Teórica em Relação à Abordagem do Lugar em Sala de Aula O estudo do município a partir do lugar é um excelente laboratório para a inserção do aluno no cotidiano escolar. Para entender como o espaço é produzido, como as pessoas vivem e trabalham, basta dar uma volta pelo entorno da escola com olhos atentos às manifestações e materializações existentes e suas significações. No entanto, se faz necessário fazer relações entre as realidades locais encontradas, com as globais, bem como a partir das realidades globais compreender e inserir as realidade locais. O estudo da localidade e do município mostra-se relevante para o aluno, na medida em que o senso crítico-analítico deste é relacionado ao seu dia-a-dia, (MENEZES, 2011). O lugar permite análises diversas e complexas que são verificadas através da vivência da realidade. Não são apresentadas informações de acontecimentos distantes onde se procura ligações, mas sim a proximidade dos elementos que expressam o mundo, presentes e perceptíveis na escala local. “Estudar o local é muito importante para o aluno, pois ali ele “conhece tudo”, ele sabe o que existe, o que falta, como são as pessoas, como são organizadas as atividades, como é o espaço. [...] como trabalhar o local sem considerá-lo como o “único”, sem considerar que as explicações estão todas ali, sem cair no risco de isolá-lo no espaço e no tempo”. (CALLAI e ZARTH, 1988, p.17). O lugar permite a realização de análises em vários âmbitos abordados no ensino de geografia e podem ser trabalhadas através da vivência da realidade de cada sujeito. A compreensão do lugar onde os educandos vivem e ocorrem as suas mútuas trocas de relações com a sociedade, os auxiliam a entenderem o que ocorre nesse espaço. Conforme destaca Frigotto (2003) é importante salientar que os alunos ao trabalharem a sua realidade próxima, estão conhecendo de modo mais sistemático o lugar onde vivem, construindo conceitos para aprendizagens futuras e para sua própria formação como cidadão. Nesse sentido, o educador e o educando precisam entender primeiramente, como elementos do espaço local é fundamental para o entendimento de como estão sendo articulados os elementos de um espaço maior, seja de uma região, país ou mesmo do mundo, por exemplo, a geologia local e sua relação com a geologia planetária. Callai (1999, p. 76) resgata que o estudo do lugar, comumente chamado de estudo do meio, só será consistente se estabelecermos estas ligações com outros níveis. É o local onde vivemos que nos oportuniza as bases concretas para encaminharmos a compreensão das relações sociais, do acesso ao espaço para viver e das condições para tanto. A educação contemporânea, não visa mais formar alunos que tenham apenas a capacidade de decorar e memorizar conteúdos, como seres a par do mundo em que vivem. A educação caminha com o intuito de formar cidadãos, formar indivíduos que tenham capacidade de agir e pensar de forma crítica na sociedade. Estudar o local é um facilitador para o educador na medida em que o educando se identifica pelo conteúdo, sentindo-se instigado e assim tem mais interesse em participar e
  • 13. 13 dialogar com o educador e seus colegas. Entende-se que a troca de experiências é fundamental para entender e compreender o espaço. Partindo desses pressupostos, deve-se destacar que a localização da escola também pode influenciar no processo de ensino e aprendizagem, pois a escola, em alguns casos, torna- se reflexo da comunidade onde está inserida. Assim, estudar o contexto em que o aluno vive é imprescindível para que haja um bom aprendizado. No entanto, se faz necessário também este aluno conhecer outras realidades, sem ser afastado de seu espaço vivenciado. Na busca de homogeneização da educação, na escola do campo, tem-se colocado o modo de vida urbana. Esta vem sendo aceita como o modelo a ser vivido, no modo de falar, no modo de se vestir, no modo de consumir. Com isto, em alguns casos, pode-se perde-se valores e conhecimentos culturais locais, como por exemplo, traços linguísticos que identificam determinadas comunidades, conhecimentos de antepassados em relação à forma de lidar com a natureza e com isto formam-se cidadãos completamente afastados do seu próprio cotidiano histórico. Por outro lado a escola urbana muitas vezes não permite nem que o aluno saiba que existe a outra realidade, a do campo, onde são formados cidadãos completamente afastados da natureza, que veem uma floresta como algo sujo e desprezível ou intocada, veem o cidadão do campo como alguém alienado e ignorante, sem saber sequer a origem de seus próprios alimentos do dia-a-dia. Nesse sentido, o educador possui um importante papel de mostrar as diversas realidades existentes, porém sempre remeter-se ao cotidiano real do lugar onde o aluno está inserido. Sendo assim, esta pesquisa busca investigar as diferenças e semelhanças existentes entre estas duas realidades de escolas no município de Agudo, enfocando a importância do ensino de geografia na valorização do lugar, tanto na escola do campo quanto na escola da cidade. Com esta investigação espera-se produzir informações úteis para a elaboração de políticas educacionais, por parte da secretaria do município, que sejam capazes de favorecer o ensino-aprendizagem tanto dos alunos da escola do meio rural quanto da escola da área urbana. Onde de acordo com Wizniewski (2010), o papel dos educadores do campo, é de possibilitar dinâmicas pedagógicas que resgatem a cultura e o significado de se viver no campo com dignidade e de forma sustentável. Já na escola urbana busca-se o apoio teórico de Henrique Leff (2009) onde destaca o saber ambiental como construção de sentidos coletivos e identidades compartilhadas que formam significações culturais diversas na perspectiva de uma complexidade emergente e de um futuro sustentável, aplicando-se a pedagogia que consiste em aprender com o outro. Isto cabe não apenas para o urbano, mas também para o rural, porém no urbano esta questão torna-se mais complexa envolvendo de forma mais aprofundada os aspectos sociais. Dessa forma, tanto escola rural quanto escola urbana tornam-se espaços de aprendizagem que levam em consideração o cotidiano dos alunos e também um fortalecimento da relação sociedade natureza. O processo de aprendizagem e o estudo do lugar no ensino de geografia A geografia é a ciência que se preocupa com a espacialização dos fenômenos que ocorrem na superfície terrestre. Nesse sentido, sem dúvida o mapa é um instrumento muito requisitado nas aulas devendo o seu uso ser estimulado, tanto para se explicar o Local quanto o Global.
  • 14. 14 Neste contexto a cartografia também é fundamental para o ensino da geografia, sendo relevante tanto para o aluno atender as necessidades do seu cotidiano, quanto para compreender o ambiente em que vive. Onde a partir desta, aprende as características, físicas, econômicas, sociais e humanas do ambiente, pode ainda compreender as transformações causadas pela ação do homem e dos fenômenos naturais ao longo do tempo. No que se refere à categoria de lugar, esta permite ao professor trabalhar em Geografia o espaço cotidiano, cabendo a este estimular os conhecimentos empíricos, meios significativos de aprendizagem na escala local, explorando como subsídio a sua prática cotidiana e o espaço vivido dos educandos. Neste contexto Peres (2007) destaca a relevância de se explorar o cotidiano no ensino de geografia apontando que: A geografia é um instrumento importante para a compreensão do mundo, portanto, pensar o ensino de geografia em sua função alfabetizadora é tomar as noções de espaço, território, lugar e ambiente como conteúdos alfabetizadores. Nesta perspectiva o cotidiano se constitui no eixo articulador de uma prática alfabetizadora em que a aprendizagem da letra está intimamente vinculada à aprendizagem do espaço e as experiências culturais locais da criança, (PERES, 2007). De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) (1997) do ensino de geografia é um dos objetivos para o educando: “Compreender a cidadania como participação social e política, assim como o exercício dos direitos e deveres políticos, civis e sociais adotando no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo de si mesmo respeito”. Nesse sentido, segundo os PCNs (1997), a geografia da escolarização deve abordar diferentes relações entre o campo e as cidades em suas dimensões sociais, culturais e ambientais e considerando o papel do trabalho das tecnologias, da informação da comunicação e do transporte. O estudo do lugar constitui uma alternativa metodológica bastante específica do ensino de Geografia, proporcionando a abordagem das questões ambientais, sociais, econômicas, culturais, em que ganham destaque a observação, a representação, a compreensão, a avaliação e a intervenção em processos físicos da natureza. De acordo com Callai (2005), (...) estudar e compreender o lugar em Geografia significa entender o que acontece no espaço onde se vive para além de suas condições naturais ou humanas. Muitas vezes as explicações podem estar fora, sendo necessário buscar motivos tanto internos quanto externos para se compreender o que acontece em cada lugar. (CALLAI, 2005, p.84). O ensino da geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva. Estudar o lugar significa conhecer a realidade em que o aluno vive, identificar o que existe, quais os processos que são desencadeados e como se materializa a vida do conjunto da sociedade no espaço concreto que se vislumbra. Olhar o lugar, entender o que acontece, exige necessariamente que o aluno consiga interagir com esta realidade do lugar, aprendendo a teorizar. Para Callai (2005), Compreender o lugar em que se vive encaminha-nos a conhecer a história do lugar, e assim, a procurar entender o que ali acontece. Nenhum lugar é neutro, pelo contrário, os lugares são repletos de história e situam-se concretamente em um tempo e em um espaço fisicamente delimitado. As pessoas que vivem em um lugar
  • 15. 15 estão historicamente situadas e contextualizadas no mundo. Assim, o lugar não pode ser considerado/entendido isoladamente. O espaço em que vivemos é o resultado da história de nossas vidas. Ao mesmo tempo em que ele é o palco onde se sucedem os fenômenos, ele é também ator/autor, uma vez que oferece condições, põe limites, cria possibilidades. (CALLAI, 2005, p.36). Isto requer que o aluno abstraia e contextualize os fenômenos, construindo o quadro de referencial mais amplo que lhe permita avançar para uma análise mais crítica, entendendo que o lugar reflete o mundo globalizado. Ainda conforme Callai (2005), Ao ler o espaço, desencadeia-se o processo de conhecimento da realidade que é vivida cotidianamente. Constrói-se o conceito, que é uma abstração da realidade em si, formada a partir da realidade em si, a partir da compreensão do lugar concreto, de onde se extraem elementos para pensar o mundo (ao construir a nossa história e o nosso espaço). Nesse caminho, ao observar o lugar específico e confrontá-lo com outros lugares, tem início um processo de abstração que se assenta entre o real aparente, visível, perceptível e o concreto pensado na elaboração do que está sendo vivido. (CALLAI, 2005, p.241). Para aprender a pensar o espaço é necessário aprender a ler o espaço, “que significa criar condições para que a criança leia o espaço vivido” (CASTELAR, 2000, p. 30). Fazer essa leitura demanda uma série de condições, que podem ser resumidas na necessidade de se realizar uma alfabetização cartográfica, e esse “é um processo que se inicia quando a criança reconhece os lugares, conseguindo identificar as paisagens” (idem, ibid.). Para tanto, ela precisa saber olhar, observar, descrever, registrar e analisar. O aluno deve ser capaz de ler, interpretar e representar o espaço por meio de mapas simples. Isso engloba entender os mapas como constituídos de uma linguagem própria a partir de símbolos que tem seu significado, e são concebidos com funções específicas como, orientação, localização, taxação, o que significa que cada um representa o espaço geográfico com características específicas. Como mostra os PCN’s (1997), já nos primeiros anos escolares, o aluno deve aprender a utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar informações, observando a necessidade de indicações de direção, distância, orientação e proporção para garantir a legibilidade da informação. Inserção do estudo do lugar nas diversas temáticas discutidas em sala de aula Inicialmente para a Geografia o lugar foi ligado à ideia de habitat, associando-o também a localização, e a diferenciação de áreas, porém hoje esse conceito adquiriu outra dimensão e passou a ser definido através dos gêneros de vida e muito potencializado com o cotidiano. O lugar não é o particular, mas sim onde ocorre à produção humana, e as formas de apropriação, é nele que se produz a identidade e materialização das relações sociais. Conforme Damiani, O lugar foi inicialmente o espaço dos antigos gêneros de vida, a especificidade, singularidade desses gêneros. Hoje em contrapartida com o lugar no mundo se produz o lugar do cotidiano: nivelamento das necessidades, alinhamento dos desejos, um sobre os outros, cotidianidades análogas, senão idênticas. (DAMIANI, 1995, p. 6) O lugar, como categoria de análise geográfica, por muito tempo foi abordado como a expressão do espaço geográfico na escala local, posteriormente passou a ocupar uma posição
  • 16. 16 de destaque dentro da Geografia Humanística, sendo que esta categoria considera o lugar juntamente com o espaço as categorias de análise mais importantes da Geografia. A Geografia Humanística busca a valorização da experiência do homem, buscando uma melhor compreensão das maneiras de ser, de agir e de sentir das pessoas em relação aos lugares, preocupa-se em definir o lugar como base fundamental para a existência humana. Desta forma, o lugar é visto como aquele em que o sujeito encontra-se integrado, e ambientado, ou seja, aquele espaço que os indivíduos atribuem valores e significados. Conhecer o lugar em que a escola do campo esta inserida é indispensável ao professor, para que este possa realizar suas atividades educacionais voltadas à realidade do aluno, desta forma poderá perceber o seu significado, o valor da história, das raízes campesinas, e a cultura desde lugar. É a partir do lugar que nos identificamos no espaço e no mundo. Neste sentido, é essencial que o aluno compreenda a realidade no qual está inserido, para que ele atue como agente transformador de seu meio. Nidelcoff (1989) acrescenta que o papel do professor juntamente com seus educandos é de ver e compreender a realidade local para posteriormente poder expressar essa realidade, descobrindo-a e principalmente dando aos educandos os instrumentos necessários pra que possam analisar criticamente e promover ações sobre essa realidade a que estão condicionados. Nesse processo de conhecimento e analise do lugar, o processo de alfabetização e o descobrimento do novo, são elementos importantes na vida e de uma criança. Desta forma, é essencial que os conteúdos e os componentes curriculares sejam capazes de reconhecer a história de cada um dos sujeitos integrantes deste grupo social, bem como a sua história conjunta. O importante para o docente é poder trabalhar no processo educacional com essa capacidade da criança e da forma que os educandos veem este mundo para que possa daí surgir o processo educacional. O docente tem a responsabilidade de incluir no processo educacional a forma com que os discentes vêm e se relacionam com o mundo que os cerca, considerando de maneira recíproca, o que acontece no dia-a-dia do lugar em que eles vivem e o que passa em outros lugares do mundo. O espaço em que vivemos resulta de nossas experiências e interação com o meio. Para aprender e compreender o espaço é necessário aprender a ler este espaço, e este é um processo que se inicia quando a criança passa a reconhecer os lugares e consegue identificar as paisagens que fazem parte do seu cotidiano. Para tanto, ela precisa saber olhar, observar, descrever, registrar e analisar o meio que a cerca. Enfim, a Geografia, como disciplina da escolarização, pode, e deve contribuir com o aprendizado da alfabetização, uma vez que auxilia na aprendizagem da leitura do mundo. Assim, é preciso uma educação que leve em conta as especificidades dos lugares, uma vez que, cada fragmento do espaço possui formas de vida diferenciadas, o que demanda um olhar pedagógico que contemple essas diferenças, respeitando e valorizando o saber social da comunidade que ali produz e reproduz seu espaço de vida. É através da vivencia do educador na comunidade escolar que se constrói os saberes ligados à realidade do lugar no contexto da vida das pessoas, e a forma de produção no espaço tempo, sendo de vital importância que o professor conheça a realidade da comunidade escolar. Portanto, para que se possa realmente promover e alcançar uma efetiva transformação no processo de ensino-aprendizagem no âmbito das escolas rurais, é de grande importância o entendimento e compreensão das dinâmicas do lugar onde essas escolas estão inseridas e da
  • 17. 17 realidade dos educando, devendo-se também conhecer a história e formação do espaço rural, bem como de seus sujeitos sociais. O ensino de Geografia na escola do campo e na escola da cidade A educação do campo foi historicamente caracterizada como um espaço de precariedade, de descaso especialmente pela falta de apoio das instituições governamentais e pela ausência de políticas públicas para a população rural. De acordo com Moura (2009, p. 54) “A educação no meio rural, sempre esteve atrelada ao sistema de produção capitalista, que tinha no latifúndio as suas bases. O camponês para trabalhar a terra não necessitava saber ler”. Os problemas enfrentados pela educação não encontram-se apenas no campo, porém é ai que a situação permanece mais critica, pois até então não levava-se em consideração a realidade sócio econômica e ambiental onde cada escola do campo está inserida. Ao buscar idealizar uma educação a partir do campo e para o campo, é necessário, antes de qualquer coisa, analisar e revisar conceitos adotados pelo senso comum. É necessário desconstruir preconceitos há muito tempo existentes e entranhado na sociedade a fim de promover uma minimização das desigualdades educacionais entre o campo e a cidade. O campo e a cidade possuem formas de vivência diferentes, cada uma de acordo com seu ambiente, com a finalidade de promover o respeito, e a valorização ambos os espaços, cada um com suas peculiaridades, busca-se que as práticas pedagógicas também venham a ser diferenciadas, levando em consideração o cotidiano vivido por cada um. De acordo com o caderno de Referências para uma Política Nacional de Educação do Campo, lançado em 2003 pelo Ministério da Educação: [...] não é preciso destituir a cidade para o campo existir, nem vice-versa. O campo e a cidade são dois espaços que possuem lógicas e tempo próprio de produção cultural, ambos com seus valores. Não existe um espaço melhor ou pior, existem espaços diferentes que coexistem, pois muito do que é produzido na cidade está presente no campo e vice-versa. (Brasil, Ministério da Educação, 2003, p.32). A educação do campo tem o dever de assumir de fato a identidade do meio rural, trazendo para dentro de si, e de suas praticas pedagógicas a cultura e a história do local onde esta inserida, valorizando os saberes sociais passados de geração a geração. É através da elaboração e aplicação de projetos realmente comprometidos com a realidade do meio rural, que busca-se a aproximação do educando a realidade local, bem como a promover a participação da comunidade no ambiente escolar, objetivando valorizar o conhecimento do sujeito que vive no campo. A escola tem papel fundamental na criação desta identidade do sujeito do campo, bem como na mudança de paradigmas sociais que se busca construir, porém a escola sozinha não concretiza o desenvolvimento, mas sem ela o desenvolvimento social e cultural dos alunos não seria aprimorado. A escola do campo deve ter caráter de inclusão social, onde o educando, filho de agricultor, se sinta valorizado e projete na sua vivência comunitária um novo caminho para o desenvolvimento do campo, o desenvolvimento sustentável. Nos últimos anos tem ocorrido um enorme avanço tecnológico tanto no meio rural como no meio urbano. Esses avanços acabam por gerar novos arranjos sociais, que surtem efeitos no modo de interação do homem com o meio natural.
  • 18. 18 Para a geografia é de grande relevância estudar estas questões, de modo desvendar como novas tecnologias têm influenciado no ensino e como a escola, tanto do campo quanto da cidade, vem tratando destes avanços tecnológicos, discutindo a importância de se conhecer o e valorizar o lugar, com o uso destas. Diante desta nova realidade gera-se uma integração do meio rural com o meio urbano através dos meios técnico-científico-informacionais. Tem-se um significativo aumento de ideologias e supervalorização do modo de vida urbano, maneira de se vestir, falar, usar as tecnologias de informação, etc, sendo introduzido isto também ao meio rural. Por outro lado o meio urbano tem a oportunidade também de conhecer melhor como é a vida do campo, através destas tecnologias. De acordo com Rua (2000), ocorre uma urbanização do campo através de todas as manifestações do urbano, que vão desde a melhoria da infraestrutura, meios de comunicação até formas de lazer. Assim percebe-se que meio rural não é mais em sua totalidade agrícola, mas adquire novas atividades e opções de renda não agrícolas. Não se pode mais diferenciar estes espaços como no passado por atividades distintas, pois na atualidade desenvolvem atividades comuns. Diante dessas novas abordagens o ensino deve ater-se para atender essas questões com muita cautela, em especial no ensino de geografia. Nesse sentido o professor de geografia, ao trabalhar a dinâmica produtiva do campo deve lembrar que o processo de transformação das atividades produtivas, levando em consideração o desenvolvimento capitalista, gerou grandes problemas. De acordo com De David (2010), o ensino de geografia oportuniza a compreensão dos espaços onde estão as escolas. Nesse sentido, devem-se articular os conteúdos de geografia e seus conceitos fundamentais de acordo com os espaços vividos nos cotidianos dos alunos. Ao mesmo tempo em que a escola é um espaço de socialização ela também deve ser um ambiente de reflexão onde o ensino de geografia traz a tona discussões baseadas no conhecimento do local, valorização do lugar e uma preocupação ambiental, onde se visa à qualidade de vida e igualdade diante dos espaços rurais e urbanos onde estão inseridas as escolas. A preocupação ambiental no ensino de geografia Em uma sociedade que visa o atender aos interesses de um sistema econômico, embasado na obtenção do lucro a qualquer custo, a problemática ambiental foi por muito tempo ignorada. A discussão existente sobre a temática ambiental tem nos últimos anos envolvido as diversas áreas do conhecimento em debates buscando a melhor maneira de abordar o tema. As alterações ambientais, decorrentes dessa relação histórica “sociedade-natureza”, têm gerado intensas discussões em todos os segmentos da sociedade. O marco dessas inquietações do homem moderno com o meio ambiente, incorporando questões sociais, políticas e econômicas, com o uso dos recursos deu-se em 1968, com o chamado Clube de Roma, onde um grupo de grandes empresários capitalistas contratou uma equipe integrada por especialistas de várias áreas para avaliar as condições ambientais do mundo e os limites do crescimento econômico, Dias (2011).
  • 19. 19 Nos anos seguintes, os debates foram incentivados através da 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, no ano de (1972), com a criação de políticas para gerenciar as atividades de proteção ambiental através do Programa Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Apenas em 1983 foi realizado o segundo grande evento organizado pela ONU, onde foi criado a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) e formada a base para os eventos seguintes, como a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro, em 1992, que preconizou a crítica ambientalista ao modo de vida contemporâneo. A terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, chamada de Rio+10, ocorreu na África do Sul em 2002, evento que aprovou o Plano de Implementação da Agenda 21, Dias(..). Dos resultados das conferências sobre meio ambiente, destaca-se o relatório “Nosso futuro comum” (ou Relatório Brundtland) de 1987, que oficializa o termo desenvolvimento sustentável, e a Agenda 21 de 1992, trazendo metas para atender as necessidades do presente, sem comprometer o atendimento das gerações futuras, além de buscar a solução para os problemas ambientais, Dias (...). No ensino de geografia a questão ambiental começou a ter mais ênfase nas últimas décadas. A temática ambiental deve ser uma prática educativa que vise produzir autonomia e não a dependência, buscando a emancipação de sujeitos, tornando-se um instrumento de transformação, visto que capacita o educador e o educando a intervir na transformação da sociedade. Porém, para consolidar-se como prática, torna-se necessário, primeiramente, ampliarmos o nosso olhar e reconhecer o meio ambiente como um espaço de inter-relações existentes entre fatores químicos, físicos e sócios culturais. A visão socioambiental orienta-se por uma racionalidade complexa e interdisciplinar e pensa o meio ambiente não como sinônimo da natureza intocada, mas como um campo de interações entre a cultura, sociedade e a base física e biológica dos processos vitais, no qual todos os termos dessa relação se modificam dinâmica e mutuamente (CARVALHO, 2006, p. 37). Em uma abordagem crítica, entende-se que na geografia a questão ambiental como uma prática reflexiva, proporcionando e estimulando uma leitura crítica da realidade e a compreensão dos problemas e conflitos ambientais nela existentes, formando sujeitos capazes de decidir e atuar como agentes transformadores, agindo e organizando-se individual e coletivamente. A escola nesse contexto ganha grande importância pois de acordo com Sauvé (1997 Apud Layrargues,2002b, p.137), A educação no meio ambiente: faz uso de atividades educativas com ênfase no contato com o ambiente próximo a escola. O ambiente é o meio pelo qual se dão aprendizado. Assim, a preocupação ambiental no ensino de geografia deve enfatizar os aspectos sociais, históricos e culturais do processo educacional, possui uma abordagem sociopolítica de valorização do indivíduo no âmbito coletivo, de interdisciplinaridade na organização do ensino, articulando o conhecimento com as questões sociais. Dessa forma, ao cuidar dos temas relacionados ao meio ambiente, no ensino de geografia, o professor poderá dar um tratamento mais aprofundado, abordando o campo da ecologia política, discutindo temas tais como as mudanças ambientais globais, a questão do desenvolvimento sustentável ou das formas de ocorrência e controle da poluição.
  • 20. 20 Caracterização Geral da Rede de Ensino do Município de Agudo-RS A história da formação da rede de ensino no município de Agudo tem início com a chegada dos imigrantes alemães. Não havia recursos públicos, porém as comunidades organizavam-se em torno de um ideal maior, que era da Educação para seus filhos porque já sabiam que educação era a maior herança que um pai podia passar seu filho, ideal este trazido da Europa. Porém tinha-se dificuldade para se ter escola e também professores. Nesse sentido, segundo relato de pessoas mais velhas, escolhia-se dentre as pessoas da comunidade aquele que possuía mais conhecimento para se tornar professor, sendo que as aulas eram dadas todas no dialeto alemão. Isto prevaleceu até a era Vargas, onde o dialeto alemão foi reprimido na região em virtude da segunda guerra mundial. Já o local da escola normalmente era escolhido a casa do professor ou era construídas muitas vezes com ajuda de toda comunidade interessada. Porém, com a institucionalização da grande maioria das escolas e com o apoio do governo do estado foram construídas diversas escolas entre a década de 60 e 70, as chamadas “brizoletas”, escolas estas com pequenos número de alunos e de recursos, localizadas sempre próximo aos locais com maior número de população no meio rural. Já a partir de 2000, tem-se a criação de escolas núcleos com maior número de alunos e recursos, onde os alunos em grande maioria são transportados para as escolas. Nessa ótica, o município de Agudo tem buscado através das “escolas núcleo”, concentrar maior número de alunos em determinadas escolas de uma região do município, com isso, busca-se diminuir as diferenças nas práticas de ensino das escolas deste município. Até o presente momento, o Município conta com 8 escolas municipais, 3 escolas estaduais e 2 escolas particulares, atendendo cerca de 3.209 alunos.São elas: E.M.E.F Alberto Pasqualini, E.M.E.F Olavo Bilac, E.M.E.F 7 de Setembro, E.M.E.F Santos Reis, E.M.E.F Santo Antônio, E.M.E.F Três de Maio, E.M.E.F Santos Dumont, E.M.E.I Paraíso da Criança, E.E.E.B Dom Érico Ferrari, E.E.E.B. Professor Willy Roos, E.E.E.F. Luis Germano Pöetter, E. Dom Pedro II e EEF Kinderwelt, figura 2. Desse total de 13 escolas, 6 delas estão localizadas no campo, sendo que apenas 1 destas 6, apresenta ensino médio para atender os alunos da zona rural, a Escola de Educação Básica Dom Érico Ferrari, os demais devem se deslocar para a área urbana. Cabe destacar a Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Reis que mesmo sendo localizada na área urbana, apresenta alunos provindos da zona rural, figura 2. Dentre as demais escolas do meio urbano, a Escola Estadual de Educação Básica Willy Roos é a que mais atende alunos do meio rural, por ser esta a escola que disponibiliza o ensino médio. O número total de alunos das escolas municipais de Agudo, em 2014 é de 1800 alunos. Deste total 368 alunos estão na educação infantil, 790 estão nos anos iniciais do ensino fundamental e 641 estão nos anos finais do ensino fundamental. Nas escolas estaduais o número de alunos é de 1279 em 2014. Destes 601 são do ensino fundamental e 678 são do ensino médio. Na escola particular o número de alunos é de 130 alunos que estão desde a educação infantil até o ensino médio. Quanto ao transporte escolar da rede de ensino, a prefeitura é responsável por transportar os alunos que distanciam-se mais de 2 km da escola. Desta forma 1.448 alunos possuem
  • 21. 21 transporte gratuito na zona rural e 29 na área urbana. Cabe ressaltar que na área urbana há alunos que pagam o transporte escolar até as escolas. Para estes alunos seria importante receber transporte público, mesmo distando menos de 2 km, pois é perigoso estes andarem sozinhos pelas ruas e estradas, assim há necessidade de ser transportado, o que deveria ser garantido pela prefeitura. A área de abrangência das escolas, de um modo geral acompanha além das localidades do município, também porções do relevo que estão entre divisores de águas, além disso, esta área é delimitada de acordo com os pontos extremos de onde o transporte dos alunos de cada escola chega. Ou seja, a escola sempre busca atender a um raio de distância que não aumente o tempo de trajeto dos alunos. No aspecto de área de abrangência das escolas segue-se a hierarquia de acordo com o gráfico 1. Gráfico com área de abrangência das escolas Esta área de abrangência não está relacionada com o número de alunos das escolas, pois as escolas localizadas na zona rural, que apresenta uma significativa área de abrangência, não apresentam o maior número de alunos. No entanto as escolas localizadas na área urbana apresentam a menor área de abrangência, porém o maior número de alunos. O número de alunos está ligado a concentração populacional existente em determinada localidade. Já a área de abrangência da escola é determinada pela área espacial em que estão localizados seus alunos, assim se os alunos de uma determinada escola forem filhos de agricultores de médias propriedades a escola poderá ter uma grande área de abrangência, porém baixo número de alunos. Já se dentro da área de abrangência da escola tiver um elevado número de alunos, por exemplo, predominância de pequenos agricultores com varias pessoas compondo as famílias, a escola terá um elevado número de alunos, porém não necessariamente uma grande área de abrangência. 0 20 40 60 80 100 120 Área de Abrangência (km²) Área de Abrangência (km²)
  • 22. 22 Número de alunos por escola. A localização da área de abrangência, pode ser observada na figura 4, onde percebe-se as diferenças de paisagem nas quais estão localizadas as escolas e seus alunos. Sendo que das escolas do campo, 4 estão ao norte da sede do município,onde o relevo apresenta declividades acentuadas, com propriedades que produzem em sua grande maioria o fumo em pequenas propriedades e 2 escolas ao sul da sede do município, onde se tem predominantemente o cultivo do arroz. Sendo que a Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Reis embora localizada na área urbana, também atende principalmente os alunos de porções arrozícolas. 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 Nº de Alunos/escolas Nº de Alunos/escolas
  • 23. 23 Área de abrangência A região norte onde se encontra a área de abrangência das escolas: Escola Municipal de Ensino Fundamental Olavo Bilac, Escola Municipal de Ensino Fundamental Sete de Setembro e Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio, no que diz respeito às propriedades rurais, apresenta um perfil predominante de pequenos proprietários, em média 16 ha de terra. Devido ao pequeno tamanho dos estabelecimentos, a grande maioria dos produtores é da categoria proprietários, havendo muito poucos exclusivamente arrendatários, posseiros ou ocupantes. As atividades agrícolas desenvolvidas de um modo geral nesta região
  • 24. 24 estão ligadas ao cultivo do fumo. O cultivo de fumo desenvolve-se principalmente devido a proximidade com as fumageiras, localizadas em Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, pois dão ao produtor a garantia de compra do seu produto. A predominância de pequenas propriedades neste local estão ligado ao processo histórico de formação e ocupação do município e das características naturais, (Schirmer, 2010). O município de Agudo, de uma forma geral, pode ser dividido em três principais compartimentos: as porções sul e sudeste próximas do rio Jacuí o relevo apresenta extensas planícies, estendendo-se em direção as nascentes dos arroios de maior extensão dentro dos limites do município, onde é realizado o cultivo do arroz (exceto as áreas de interfluvios, onde o relevo torna-se mais elevado); as porções centro e norte do município, onde começa a surgir formas de entalhamento no substrato rochoso, como vales e paredões rochosos; e por fim a porção nordeste caracterizada por colinas suavemente onduladas a onduladas. Assim, as três escolas da região norte do município atende principalmente aos alunos que vivem nos dois últimos compartimento, o que configura turmas homogêneas nestas escolas no que diz respeito ao modo de vida cotidiana, com conhecimentos empíricos relacionados ao cultivo do fumo. Cabe destacar que as escolas do sul do município são as escolas: Escola Estadual de Educação Básica Dom Érico Ferrari, localizada em Cerro Chato e Escola Estadual de Ensino Fundamental Alberto Pasqualini, localizada em Pinhal Grande. Nesta porção as atividades agrícolas desenvolvidas estão mais ligadas ao cultivo do arroz devido as condições da geomorfologia do município, a qual está na primeira compartimentação, propiciar esta atividade. Além disso, nas propriedades com plantio de arroz tem-se a produção de morango, realizada principalmente pela mulher da família, essa atividade localiza-se na porção sul do município, próximo da RS287, para realizar a comercialização do produto na beira do asfalto.
  • 25. De um modo geral perfil da produção agropecuária do município é marcado pela produção diversificada, principalmente de arroz, fumo, milho, soja, feijão, morango além de outras culturas. A porção norte do município tem uma economia baseada na atividade agrí com o cultivo do fumo como principal produto, com plantio de 6.000 ha. A porção sul baseia se no cultivo do arroz, com plantio de 8.986 ha. Tal diferenciação relaciona composto, predominantemente, acentuada. Essa porção é propicia para a fumicultura associada com outras atividades que não utilizem grandes áreas de lavouras, concentrando Caracterização geral de c Escola Estadual de Educação Básic Esta escola está localizada na área urbana do município, na Rua Germano Hentscke, apresenta boa estrutura física com 2 prédios, 23 salas de aula, sala de vídeo e informática. Possui o maior número de alunos dentre as escolas do município, isto ocorre devido atender os alunos da maior parte do município com o ensino médio. O número total de alunos da escola em 2013 foi são do ensino médio e 96 são do EJA. 25 Relevo de Agudo partir a Imagem SRTM. Fonte: SCHIRMER, G. J., 2010. De um modo geral perfil da produção agropecuária do município é marcado pela produção diversificada, principalmente de arroz, fumo, milho, soja, feijão, morango além de outras culturas. A porção norte do município tem uma economia baseada na atividade agrí com o cultivo do fumo como principal produto, com plantio de 6.000 ha. A porção sul baseia se no cultivo do arroz, com plantio de 8.986 ha. Tal diferenciação relaciona-se, em parte, ao relevo local: o norte do município é composto, predominantemente, por morros e morrotes com vertentes de declividade acentuada. Essa porção é propicia para a fumicultura associada com outras atividades que não utilizem grandes áreas de lavouras, concentrando-se assim uma agricultura familiar. Caracterização geral de cada escola do município de Agudo-RS Escola Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos Esta escola está localizada na área urbana do município, na Rua Germano Hentscke, apresenta boa estrutura física com 2 prédios, 23 salas de aula, sala de vídeo e informática. Possui o maior número de alunos dentre as escolas do município, isto ocorre devido atender os alunos da maior parte do município com o ensino médio. O número total de unos da escola em 2013 foi de 823 alunos, sendo que 286 são do ensino fundamental, 444 são do ensino médio e 96 são do EJA. De um modo geral perfil da produção agropecuária do município é marcado pela produção diversificada, principalmente de arroz, fumo, milho, soja, feijão, morango além de outras culturas. A porção norte do município tem uma economia baseada na atividade agrícola com o cultivo do fumo como principal produto, com plantio de 6.000 ha. A porção sul baseia- se, em parte, ao relevo local: o norte do município é por morros e morrotes com vertentes de declividade acentuada. Essa porção é propicia para a fumicultura associada com outras atividades que não se assim uma agricultura familiar. Esta escola está localizada na área urbana do município, na Rua Germano Hentscke, apresenta boa estrutura física com 2 prédios, 23 salas de aula, sala de vídeo e sala de informática. Possui o maior número de alunos dentre as escolas do município, isto ocorre devido atender os alunos da maior parte do município com o ensino médio. O número total de sino fundamental, 444
  • 26. Frente da Escola Estadual de Educação Básica Prof. Willy Roos. A sua área de abrangência é de todo o município quando se fala em ensino médio, porém no ensino fundamental atende apenas os de alunos vindo meio rural tem-se o convívio de alunos com diferentes características, campo e cidade. Os alunos vindo da zona rural possuem de um modo geral hábitos de linguagem um pouco diferenciadas com caracte palavras com a tonalidade de um “r” só. Muitas vezes, isto, pode causar alguns conflitos com alunos da área que possuem um linguajar mais aceito socialmente. Escola Municipal de Ensino Fundamental A escola Santos Dumont está localizada na periferia da cidade de Agudo, na rua das Acácias, mais precisamente na Vila Caiçara. Os alunos desta escola em sua grande maioria são da referida Vila, sendo que as características desta população de pessoas com origens do campo. No entanto as crianças, em sua grande maioria já são nascidas na área urbana. Quanto ao número de alunos da escola em 2013 foi de 287 alunos da educação infantil e do ensino fundamental. Frente d Escola de Educação Básica Dom Pedro II A escola Dom Pedro II é uma das escolas mais antigas da cidade de Agudo. É a única escola particular com educação Básica completa do município. Está localizada na área urbana 26 Frente da Escola Estadual de Educação Básica Prof. Willy Roos. A sua área de abrangência é de todo o município quando se fala em ensino médio, porém no ensino fundamental atende apenas os alunos da área urbana. Com o grande número se o convívio de alunos com diferentes características, campo e cidade. Os alunos vindo da zona rural possuem de um modo geral hábitos de linguagem um pouco diferenciadas com características singulares, como por exemplo, falar quase todas as palavras com a tonalidade de um “r” só. Muitas vezes, isto, pode causar alguns conflitos com alunos da área que possuem um linguajar mais aceito socialmente. Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Dumont A escola Santos Dumont está localizada na periferia da cidade de Agudo, na rua das Acácias, mais precisamente na Vila Caiçara. Os alunos desta escola em sua grande maioria são da referida Vila, sendo que as características desta população são em sua grande maioria de pessoas com origens do campo. No entanto as crianças, em sua grande maioria já são nascidas na área urbana. Quanto ao número de alunos da escola em 2013 foi de 287 alunos da educação infantil e do ensino fundamental. Frente da escola Santos Dumont Escola de Educação Básica Dom Pedro II – A escola Dom Pedro II é uma das escolas mais antigas da cidade de Agudo. É a única escola particular com educação Básica completa do município. Está localizada na área urbana Frente da Escola Estadual de Educação Básica Prof. Willy Roos. A sua área de abrangência é de todo o município quando se fala em ensino médio, Com o grande número se o convívio de alunos com diferentes características, campo e cidade. Os alunos vindo da zona rural possuem de um modo geral hábitos de linguagem um rísticas singulares, como por exemplo, falar quase todas as palavras com a tonalidade de um “r” só. Muitas vezes, isto, pode causar alguns conflitos com A escola Santos Dumont está localizada na periferia da cidade de Agudo, na rua das Acácias, mais precisamente na Vila Caiçara. Os alunos desta escola em sua grande maioria são em sua grande maioria de pessoas com origens do campo. No entanto as crianças, em sua grande maioria já são nascidas na área urbana. Quanto ao número de alunos da escola em 2013 foi de 287 alunos da A escola Dom Pedro II é uma das escolas mais antigas da cidade de Agudo. É a única escola particular com educação Básica completa do município. Está localizada na área urbana
  • 27. 27 do município, na Rua Rolf Pachaly. É uma escola que atende alunos filhos de pessoas com maior poder aquisitivo. Número de alunos 99, distribuídos na educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Frente da escola Dom Pedro II Escola Estadual de Ensino Fundamental Luís Germano Pöetter – A escola Luís Germano Pöetter foi uma das últimas escolas particulares do município a se tornar pública. É a única escola estadual do município que possui apenas o ensino fundamental. Está localizada na área urbana do município, na Avenida Borges de Medeiros. Os alunos dessa escola são provenientes da área urbana do município, principalmente da área central e sul da cidade. O número total de alunos da escola é de 265 alunos na educação infantil e no ensino fundamental. Frente da escola Luis Germano Pötter
  • 28. 28 Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Reis - Esta escola localiza-se na extremidade oeste da área urbana do município, na rua Hugo Karl Braüning. Das escolas municipais esta é uma das que apresentam maior diversidade de alunos. Atende os alunos vindos do interior e da cidade, sendo que os alunos do interior uma parcela são filhos de arrozeiros e outra de fumicultores. Assim, as turmas são mais heterogêneas o que implica em um conhecimento mais abrangente por parte dos professores para atender cada aluno com suas particularidades trazidas em sua bagagem de conhecimento. O total de alunos da escola na educação infantil e do ensino médio é de 394 alunos. Frente da escola Santos Reis Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio Esta escola localiza-se á aproximadamente 3 Km da cidade de Agudo na localidade de Linha Teotônia Sul. Atende a alunos dos filhos de pequenos agricultores (fumicultores) da Linha Teotônia, Linha Branca, Linha Travessão, e Linha Nova. É uma escola relativamente pequena, mas com um nível de desenvolvimento educacional de boa qualidade. No ano de 2013 tornou-se a única escola bicampeã de vôlei do Rio Grande do Sul nos jogos da JERGS (Jogos escolares do Rio Grande do Sul), na 47ª edição. Cabe destacar que todas as atletas são filhas de agricultores, o que valoriza ainda mais o título, pois estas além de estudarem também já auxiliam na atividades da lavoura, embora sejam adolescentes de entre 13 e 16 anos. Além disso, apresenta bom índices de ensino nas avaliações feitas pelo município. A escola possui um total de 197 alunos na educação infantil e ensino médio.
  • 29. 29 Entrada da Escola Três de Maio Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio A escola Santo Antônio está localizada na Linha dos Pomeranos, interior do município de Agudo. É uma escola localizada na porção mais elevada do município, já pertencente ao início do Planalto Serra Geral. Os alunos dessa escola são filhos de pequenos agricultores (fumicultores). Cabe destacar que esta escola permite que os alunos possam estudar próximos de sua casa, mesmo estando longe da sede 32 Km. Além disso, nesta escola, nas séries iniciais é possível identificar alunos que chegam na escola sem saber falar o português corretamente, apenas o dialeto alemão falado em casa, o que traria dificuldades na aprendizagem se fossem deslocadas de seu ambiente, pois se sentiriam retraídos. A escola possui 185 alunos distribuídos na educação infantil e no ensino fundamental. Pátio Escola Santo Antônio
  • 30. 30 Escola Municipal de Ensino Fundamental Olavo Bilac Esta escola localiza-se na região norte do município, porém ainda na porção de baixa elevação, próxima ao rio Jacuí. A localidade de Nova Boêmia, onde se encontra a escola Olavo Bilac, é composta por pequenos agricultores (fumicultores) que vivem na porção do rebordo do planalto, cultivando terras com declividades acentuadas. È uma escola que apresenta um grande número de alunos, mesmo localizando-se longe da sede. Este fato se dá não apenas por sua área de abrangência ser grande, mas também pelas características da população local,que de um modo geral possui maior número de filhos por casal, em média 3 a 4 filhos, enquanto no restante do município á média é de 1 ou dois filhos por casal. Assim como a escola Santo Antônio, esta escola é de grande importância para atender os alunos próximos de suas casas, uma vez que o deslocamento até a área urbana se torna cansativo. Porém após os alunos terminarem o ensino fundamental, o deslocamento até a área urbana se torna inevitável, sendo este um fator que causa grande abandono dos estudos por grande maioria dos alunos destas localidades mais distantes. A escola possuía em 2013 um total de 285 alunos na educação infantil e ensino fundamental, cabe ressaltar que a grande maioria está na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental, totalizando nestas séries 147 alunos do total de alunos da escola. Pátio da escola Olavo Bilac Escola Municipal de Ensino Fundamental Sete de Setembro Em 07 de março de 1964 foi criada a Escola Rural Isolada de Picada do Rio Central, o número do decreto de criação é 16.501. Em 1968 a escola passou para o município com o nome Escola Rural Picada do Rio Central. A partir de 1972 pela portaria nº 30350 a escola passou a ser estadual com o nome Escola Rural de Picada do Rio Central. A partir de 1983 a escola muda o nome para Escola Estadual de 1º Grau Incompleto 7 de Setembro. A partir de 24/04/2006 a Escola Estadual de Ensino Fundamental 7 de Setembro foi municipalizada passando a denominar-se Escola Municipal de Ensino Fundamental 7 de Setembro. Esta se localiza na localidade de Picada do Rio a 13 Km da sede do município de Agudo. Esta escola atende os alunos do vale formado pela bacia hidrográfica do arroio Corupá, que abrange as localidades de Picada do Rio, Linha Boêmia, Picada São Pedro e
  • 31. 31 Novo São Paulo. Os alunos que estudam nesta escola são em grande maioria filhos de pequenos agricultores fumicultores, os provenientes das porções mais elevadas da área de abrangência, e filhos de pequenos agricultores arrozicultores das porções mais baixas da área de abrangência. Assim a escola possui crianças de diferentes realidades mesmo sendo de origem rural, pois de um modo geral os filhos de fumicultores, a partir dos 10 anos já começas a participar da lida no campo junto com os pais por ser uma atividade mais braçal artesanal. Já os filhos de arrozicultores a participação nas atividades da lavoura é mais tardia em torno dos 15 anos de idade e somente os meninos, isso acontece por esta atividade ser mais mecanizada, não necessitando de tanto trabalho braçal. O total de alunos da escola é de 222 alunos que estão na educação infantil e no ensino fundamental. Lado oeste da Escola 7 de Setembro Escola Estadual de Educação Básica Dom Érico Ferrarri As primeiras aulas tiveram início em 1922, não havia prédio e eram ministradas em residências. Em 1932 constitui-se o 1º prédio particular. Data de 13 de março de 1941 foi sua criação como escola pública. Em 1975 foram implantadas todas as séries do 1º Grau e em 1977 concluiu os estudos a 1ª turma de 1º Grau com festas, pois foi uma grande conquista. A escola passa a contar, a partir de 2001, com a Educação Infantil – antigo anseio da comunidade. A partir de 18/02/2002 implantou-se a Educação de Jovens e Adultos – EJA Ensino Fundamental – a escola passa a funcionar em 3 turnos. Em 29 de janeiro de 2004 conseguiu- se a transformação em Escola Estadual de Ensino Médio Dom Érico Ferrari, e em 14 de abril do mesmo ano, a autorização de funcionamento do Ensino Médio – 1º ano, com isso a escola passa a contar com todos os níveis da Educação Básica. Aconteceu em 12/07/2006 a autorização para funcionamento da Educação Infantil, realizando assim um sonho antigo da comunidade, de ter regulamento a pré-escola. Encaminhou-se logo após processo de alteração do nome da escola, e em 25/09/2006 a escola passa a se denominar Escola Estadual de Educação Básica Dom Érico Ferrari,
  • 32. 32 chegando assim ao que se pode chamar de plenitude, uma vez que passa a oferecer todos os níveis da Educação Básica. Esta escola está localizada na localidade de Cerro Chato, distando em torno de 6 km da cidade. Os alunos desta escola são em grande maioria filhos de pequenos e médios agricultores arrozeiros. Há presença de alguns filhos de fumicultores da localidade de Rincão do Pinhal, onde o relevo é composto por colinas arenosas, com solos bem permeáveis o que dificulta o cultivo de arroz. Está é a única escola da zona rural do município que possibilita aos alunos cursar o ensino médio próximo de suas casas consequentemente de suas realidades. Esta escola possui um total de 202 alunos, dos quais 134 são do ensino fundamental e 68 são do ensino médio. Frente da escola Dom Érico Ferrari Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Pasqualini. Está localizada no sul do município de agudo, na localidade de Rincão do Pinhal, distando aproximadamente 13 km da cidade de Agudo. Assim como a Escola Dom Érico Ferrari, esta escola apresenta muitos filhos de arrozeiro, porém possui filhos de fumicultores também. Embora tenha uma significativa área de abrangência, possui o mais baixo número de alunos das escolas municipais, com apenas 130 alunos. Isto se dá por esta região a população além de possuir em média 1 filho por família, as propriedades rurais possuem um tamanho maior (50 ha) que as demais do município, o que reduz o número de população localizada nessa região.
  • 33. 33 Frente da Escola Aberto Pasqualine. Escola Municipal de Educação Infantil Paraíso da Criança Localizada na Vila Caiçara, cidade de Agudo possui 85 alunos na educação infantil. Atende principalmente filhos de trabalhadores da fábrica de calçados Botero. Esta creche possibilita que as mães possam trabalhar enquanto seus filhos são cuidados por educadoras infantil. Frente da Escola de Educação Infantil Paraíso da Criança. Escola de Educação Infantil Kinderwelt È uma creche particular localizada na avenida concórdia. Suas vagas são preenchidas principalmente por filhos de pessoas que possuem maior poder aquisitivo no município, com condições de pagar suas mensalidades.
  • 34. 34 Entrada da Escola de Educação Infantil Kinderwelt Resultados Pesquisa O estudo do espaço geográfico pressupõe uma série de conhecimentos e informações sobre o lugar, permitindo compreender como as sociedades, em diferentes momentos da história, buscaram superar seus problemas cotidianos, de sobrevivência, transformando a natureza, criando novas formas de organização social, política, econômica e construindo paisagens urbanas e rurais. É importante promover situações nas quais os alunos percebam e compreendam a tecnologia em seu próprio cotidiano, pela observação e comparação da presença dela em seu meio familiar e em seu dia a dia de forma geral. Dessa forma, são abordadas as experiências em sala de aula com os alunos das escolas: Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio, uma escola do campo e Escola Estadual de Educação Básica Professor Willy Roos, uma escola da cidade. São abordados exemplos de atividades realizadas em sala de aula de como inserir o estudo do lugar no ensino de geografia trazendo maior valorização deste e da disciplina de geografia nos cotidianos escolares. O caso da realidade da Escola Municipal de Educação fundamental Três de Maio: escola do campo A escola fundada em 1925, com o nome de Aula Três de Maio, era particular e mantida pelas famílias que colaboravam com o "Caixa Escolar". Este mantinha o salário da professora e custeava as demais despesas da Escola. Além do “Caixa Escolar”, também eram feitas festas escolares, para angariar fundos para a manutenção do Educandário. Mais tarde a Escola passou a chamar-se Escola Particular Três de Maio. Em 06 de março de 1972, pelo Decreto de Criação 251/78 e pela Lei Municipal N°. 340, a Escola passou a ser Municipal e mantida pela Prefeitura Municipal com a denominação de Escola Municipal Três de Maio e posteriormente Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Três de Maio.
  • 35. Com o fechamento das Escolas menores das localidades necessidade da ampliação desta Escola. Com isso foi proposta pelo Poder Público do estado a nuclearização, que se realizou no ano de 2000 com a implantação gradativa das séries finais do Ensino Fundamental e também da Educação Infanti chamar-se Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio. A partir de então a escola, agricultores(fumicultores) da Linha Teotônia, Linha Branca, Linha Travessão, e Linha Nova. Os alunos da E. M. E. F. Três de Maio, caracterizam que se refere à etnia e credo. As diferenças sócio caracterizando-se pela presença de crianças e adolescentes oriundos da classe média baixa e da zona rural na sua maioria. As crianças e os adolescentes apresentam relativa facilidade de integração ao ambiente da Escola. Isso deve-se principalmente por ser ambiente de vivência, uma vez que, além da escol áreas livres com gramados e horta escolar, o que reproduz o cotidiano do educandos. Assim, os alunos sentem-se fazendo parte 35 Com o fechamento das Escolas menores das localidades necessidade da ampliação desta Escola. Com isso foi proposta pelo Poder Público do estado a nuclearização, que se realizou no ano de 2000 com a implantação gradativa das séries finais do Ensino Fundamental e também da Educação Infantil. Por isso o educandário passou a se Escola Municipal de Ensino Fundamental Três de Maio. rtir de então a escola, passou a atender os filhos de pequenos agricultores(fumicultores) da Linha Teotônia, Linha Branca, Linha Travessão, e Linha Nova. Corpo docente em frente à escola. Fonte: Secretaria da escola Três de Maio. Os alunos da E. M. E. F. Três de Maio, caracterizam-se por apresentar diversidade no que se refere à etnia e credo. As diferenças sócio-econômicas são menos acentuadas, se pela presença de crianças e adolescentes oriundos da classe média baixa e da zona rural na sua maioria. As crianças e os adolescentes apresentam relativa facilidade de integração ao ambiente se principalmente por ser uma escola que não os desvincula de seu ambiente de vivência, uma vez que, além da escola estar no meio rural, áreas livres com gramados e horta escolar, o que reproduz o cotidiano do educandos. Assim, se fazendo parte deste ambiente. Com o fechamento das Escolas menores das localidades vizinhas, sentiu-se a necessidade da ampliação desta Escola. Com isso foi proposta pelo Poder Público do estado a nuclearização, que se realizou no ano de 2000 com a implantação gradativa das séries finais l. Por isso o educandário passou a passou a atender os filhos de pequenos agricultores(fumicultores) da Linha Teotônia, Linha Branca, Linha Travessão, e Linha Nova. se por apresentar diversidade no econômicas são menos acentuadas, se pela presença de crianças e adolescentes oriundos da classe média baixa e As crianças e os adolescentes apresentam relativa facilidade de integração ao ambiente uma escola que não os desvincula de seu rural, ela também apresenta áreas livres com gramados e horta escolar, o que reproduz o cotidiano do educandos. Assim,
  • 36. Localização da E. M.de E. F. Três de Maio, Linha Teotônia, Agudo Como pode-se perceber na figura anterior a visão, in loco, que os alunos tem da janela de sua escola fumo e vegetação nativa, o que não os desvincula da realidade vivida em suas casas. Nesse sentido, a escola do campo traz uma maior proximidade do aluno com a natureza, mesmo que o aluno viesse da área urbana para estudar e este contanto mais próximo dos diversos elementos naturais que são abordados no ensino de geografia como: Hidrografia, solo, vegetação, rochas. Para os alunos não terem somente esta mesma visão a escola dispõe d informática, com internet disponível para os alunos fazerem suas pesquisas, e conhecer outras realidades também. No entanto, nesse aspecto esta escola, bem como as observações feitas nas outras escolas do município, há uma carência tanto de i como por exemplo, mais tempo para os alunos fazerem uso deste meio de obter comunicação, informação e relações sociais, pois a grande maioria dos alunos das escolas do campo não possuem internet disponível em suas casas, s esta tecnologia. Assim, há um ponto positivo de se ter estas escolas núcleo do campo para não desvincular os alunos de sua relação com a natureza e atividades cotidianas, porém falta incentivo e acesso a novas tecnologias. A visão dos professores e dos alunos quanto aprendizagem Este subcapítulo aborda as respostas obtidas nas entrevistas realizadas aos professores do 9º ano da escola Três de Maio de acordo como foi descrito ac metodológicos deste trabalho. Quanto a primeira pergunta, a grande maioria, 7 dos 8 professores que lecionam para o 9º ano na escola Três de Maio, possui origem rural, porém alguns destes residência na área urbana. O qu professora, é a proximidade com a escola. Por serem de origem do meio rural não é de grande 36 Localização da E. M.de E. F. Três de Maio, Linha Teotônia, Agudo Fonte: Google Earth. se perceber na figura anterior, a escola encontra-se no meio rural. Assim, , que os alunos tem da janela de sua escola são lavouras, principalmente de fumo e vegetação nativa, o que não os desvincula da realidade vivida em suas casas. Nesse sentido, a escola do campo traz uma maior proximidade do aluno com a natureza, mesmo que o aluno viesse da área urbana para estudar em uma escola do campo, desde criança tem este contanto mais próximo dos diversos elementos naturais que são abordados no ensino de geografia como: Hidrografia, solo, vegetação, rochas. Para os alunos não terem somente esta mesma visão a escola dispõe d informática, com internet disponível para os alunos fazerem suas pesquisas, e conhecer outras realidades também. No entanto, nesse aspecto esta escola, bem como as observações feitas nas outras escolas do município, há uma carência tanto de incentivo a pesquisa na internet , como por exemplo, mais tempo para os alunos fazerem uso deste meio de obter comunicação, informação e relações sociais, pois a grande maioria dos alunos das escolas do campo não possuem internet disponível em suas casas, sendo a escola o primeiro e único contato com Assim, há um ponto positivo de se ter estas escolas núcleo do campo para não desvincular os alunos de sua relação com a natureza e atividades cotidianas, porém falta tecnologias. A visão dos professores e dos alunos quanto à escola e o processo de ensino Este subcapítulo aborda as respostas obtidas nas entrevistas realizadas aos professores do 9º ano da escola Três de Maio de acordo como foi descrito acima, nos procedimentos Quanto a primeira pergunta, a grande maioria, 7 dos 8 professores que lecionam para o 9º ano na escola Três de Maio, possui origem rural, porém alguns destes residência na área urbana. O que os levou lecionar nessa escola, com exceção de uma professora, é a proximidade com a escola. Por serem de origem do meio rural não é de grande Localização da E. M.de E. F. Três de Maio, Linha Teotônia, Agudo-RS. se no meio rural. Assim, são lavouras, principalmente de fumo e vegetação nativa, o que não os desvincula da realidade vivida em suas casas. Nesse sentido, a escola do campo traz uma maior proximidade do aluno com a natureza, mesmo que m uma escola do campo, desde criança tem-se este contanto mais próximo dos diversos elementos naturais que são abordados no ensino de Para os alunos não terem somente esta mesma visão a escola dispõe de uma sala de informática, com internet disponível para os alunos fazerem suas pesquisas, e conhecer outras realidades também. No entanto, nesse aspecto esta escola, bem como as observações feitas ncentivo a pesquisa na internet , como por exemplo, mais tempo para os alunos fazerem uso deste meio de obter comunicação, informação e relações sociais, pois a grande maioria dos alunos das escolas do campo não endo a escola o primeiro e único contato com Assim, há um ponto positivo de se ter estas escolas núcleo do campo para não desvincular os alunos de sua relação com a natureza e atividades cotidianas, porém falta escola e o processo de ensino- Este subcapítulo aborda as respostas obtidas nas entrevistas realizadas aos professores ima, nos procedimentos Quanto a primeira pergunta, a grande maioria, 7 dos 8 professores que lecionam para o 9º ano na escola Três de Maio, possui origem rural, porém alguns destes têm sua atual e os levou lecionar nessa escola, com exceção de uma professora, é a proximidade com a escola. Por serem de origem do meio rural não é de grande
  • 37. 37 dificuldade relacionar questões do cotidiano dos alunos. No entanto, um dos professores de geografia desta escola possui formação em história, o professor do 9º ano, o que dificulta trabalhar com os aspetos naturais, como geologia hidrografia e relevo, na disciplina. Esta não é uma realidade apenas desta escola. Com a nova reforma curricular de ensino professores de sociologia, de história e de geografia podem dar as mesmas disciplinas, porém quando são abordados conteúdos referentes aos aspectos físico-naturais, há uma grande dificuldade dos professores de sociologia de história trabalhar os conteúdos, bem como fazer relações deste com o cotidiano dos alunos. Nesse sentido, o educador fazer parte da realidade do educando auxilia e facilita relacionar os conteúdos com o cotidiano dos alunos. Os professores entrevistados nesta escola consideram importante a localização da escola próximo das residências dos alunos no meio rural, pois torna-se um ambiente mais tranquilo facilitando o processo de ensino aprendizagem. Assim, a valorização do lugar e as questões ambientais são de grande relevância ser trabalhadas nas aulas de geografia, buscando maior interação com os alunos. Entrevista com os alunos do 9º ano Dos pais dos 21 alunos do 9º ano, 20 trabalham na lavoura com cultivo do fumo e apenas de uma aluna o pai é pedreiro. Os alunos, como são de famílias que praticam agricultura familiar, a maioria, 17 dos 21 alunos, ajudam seus pais nas atividades da lavoura desde cedo, desde os 11/12 anos de idade. Os que ajudam a família disseram que normalmente ajudam com entusiasmo, pois há um incentivo para trabalharem, por exemplo, dar uma bicicleta, uma moto ou mesmo dinheiro no final da safra. Por conhecimento empírico, sabe-se que há algumas exceções onde os adolescentes são pressionados a trabalhar sem incentivo no município, porém tem diminuído significativamente nos últimos anos devido à legislação e fiscalização não permitir presença de crianças e adolescentes na lavoura. No entanto, isto também tem ajudado no “desenraizamento” do jovem com a lavoura. Por vezes, também há um desapego dos adolescentes pelas atividades realizadas no campo, visando o trabalho na cidade como mais fácil e mais remunerado. A prática de participar efetivamente nas atividades do campo junto com seus pais, divide a opinião dos alunos quanto ao gostar de ir na escola e estudar. Isso se deve em grande maioria pela falta de relacionar os conteúdos escolares com o seu cotidiano, dando significado prático das matérias para as atividades realizadas em casa, tornando assim necessário estudar para viver no campo com maior conhecimento e maior qualidade de vida. Nesse sentido, percebe-se que os alunos nessa fase de ensino tem dúvida quanto à contribuição do estudo para a realização de suas atividades. Alguns desses alunos já estão convencidos de que querem continuar no meio rural trabalhando na lavoura, 8 dos 21 alunos questionados, porém tem-se 9 dos 21, que não querem mais ficar neste ambiente, por ser uma vida muito difícil, onde sofrem com o calor do sol e trabalham no pesado e 4 disseram que tanto faz se for na cidade ou no campo para viver. Quanto às questões ambientais possuem consciência da importância de se ter uma relação harmônica com o meio ambiente, em unanimidade. Todos disseram que cuidam para não soltar lixo no meio ambiente. Nesse sentido, eles procuram discutir a importância de cuidar do meio ambiente para ter uma melhor qualidade de vida.
  • 38. 38 Quando se pergunta a eles sua opinião sobre o que acham da cidade a grande maioria gosta, por se ter acesso a mercadorias e maior relação com as pessoas, 19 dos 21 dos alunos questionados. Porém acham as pessoas que vivem na cidade são muito “delicadas” e que seus trabalhos são muito mais “fácil” de ser realizado, sem necessidade de se esforçar, braçalmente. Está intrínseco nesses jovens, que o trabalhar é o braçal e não o intelectual. Essa distinção é difícil de ser compreendida por eles, de que o trabalho intelectual realizado na cidade também é um trabalho e que é necessário para toda a sociedade. As aulas de geografia: o caso da turma do 9º ano do ensino Fundamental No ano de 2013, os alunos do 9º ano da E. M. E. F. Três de Maio, na qual foi realizada a pesquisa durante o terceiro trimestre, caracteriza-se por apresentar-se em turma única. Esta, é composta atualmente por 21 educandos, destes, 13 meninas e 8 meninos.A é turma participativa, os alunos fazem perguntas e dão contribuição quando questionados sobre algum tipo de conteúdo. Esta turma de alunos apresenta poucos problemas no que envolve comportamento e aprendizagem, pois é homogênea, por conter educandos provindos da mesma realidade cotidiana, de famílias de agricultores. No decorrer desta pesquisa, percebeu-se que a turma exige do professor de geografia a problematização dos conteúdos fazendo comparações com sua realidade, despertando mais interesse. Portanto, se faz necessário compreender mais sobre a realidade do trabalho no campo para chamar a atenção e o interesse dos alunos. Ao utilizar-se o método dialógico, a aula se torna interessante e participativa, perante as atividades desenvolvidas. Ao questioná- los, por exemplo, sobre conteúdos que permitem comparar aquilo presente no livro didático com realidades de seu cotidiano, buscam a resposta com mais entusiasmo e facilidade. Atividades desenvolvidas nas aulas de geografia O primeiro exemplo de atividade aplicada com os alunos refere-se ao conhecimento de sua própria história, através da genealogia articulada a didática pela pesquisa sobre as diversas etnias existentes no Brasil: índios, africanos, Italianos, portugueses e alemães, abordando seus modos de vida, religião, culinária, vestimentas, músicas e danças. Primeiramente a pesquisa foi realizada na internet depois discutida com os grupos. Na discussão os alunos apresentavam os resultados encontrados nas pesquisas da internet, sendo instigados a fazer relações com o seu conhecimento prévio. Ao se realizar uma pesquisa sobre as diversas etnias existentes percebe-se que os alunos apresentam maior interesse e conhecimento sobre a origem étnica que eles mais se identificam. No entanto, é de grande importância trazer conhecimento sobre as relações históricas e culturais das diversas etnias para que se tenha uma relação harmoniosa, de respeito e de união, necessárias para que haja paz e desenvolvimento em suas comunidades, no município, no país e no mundo inteiro. Dentro do conhecimento prévio sobre as diversas etnias eles demonstraram maior conhecimento sobre os alemães e italianos. Isso se deve a colonização feita por estes na região, sendo vividas experiências no seu, através de meios de comunicação local, através seus familiares e comunidade. Assim, eles demonstraram conhecimento sobre as características desses dois povos, principalmente sobre sua culinária, músicas e religião.
  • 39. Ao se trabalhar com outros países, como por exemplo de grande importância conhecer melhor este país devido consequentemente com seu cotidiano. Por exemplo, baseada na fumicultura depende diretamente dos contratos feitos nos últimos anos entre Brasil e China, onde o tabaco é exportado para a China e com isso não foi inserido ainda o processo de erradicação do cultivo de fum suas comunidades e para o município que depende dessa atividade. Assim, conseguiram perceber suas atividades cotidianas possui relação com a economia global, dando maior importância ao seu lugar. Durante as atividades realizadas sobre a China foram realizadas ainda comparações entre as atividades econômicas existentes lá com o Brasil. Nesse sentido, pode características da agricultura da China e fazer comparações com a agr município de Agudo, principalmente envolvendo o cultivo do arroz, a forma de cultivo da China e a forma de cultivo realizada aqui, apresentando as figuras figuras pode-se destacar para os alunos que enquan também ser realizada de forma braçal e além de ser cultivado em várzeas, também é cultivado em relevos de encosta através de curvas de nível, aqui somente é cultivada de forma mecanizada e em planícies de inundação, c comparações os alunos conseguem se familiarizar mais com o conteúdo, pois já tem conhecimento prévio da realidade local, além disso, percebem a importância da agricultura do seu lugar. Pessoas trabalhando no Cultivo de arroz de forma mecanizada no Brasil 39 Ao se trabalhar com outros países, como por exemplo, a China, pode de grande importância conhecer melhor este país devido às relações existente com o Brasil e consequentemente com seu cotidiano. Por exemplo, a realidade da economia local que é baseada na fumicultura depende diretamente dos contratos feitos nos últimos anos entre Brasil e China, onde o tabaco é exportado para a China e com isso não foi inserido ainda o processo de erradicação do cultivo de fumo, o que traria graves problemas para as suas famílias, para suas comunidades e para o município que depende dessa atividade. Assim, conseguiram perceber suas atividades cotidianas possui relação com a economia global, dando eu lugar. Durante as atividades realizadas sobre a China foram realizadas ainda comparações entre as atividades econômicas existentes lá com o Brasil. Nesse sentido, pode características da agricultura da China e fazer comparações com a agricultura desenvolvida no município de Agudo, principalmente envolvendo o cultivo do arroz, a forma de cultivo da China e a forma de cultivo realizada aqui, apresentando as figuras a seguir se destacar para os alunos que enquanto na China essa atividade é possível também ser realizada de forma braçal e além de ser cultivado em várzeas, também é cultivado em relevos de encosta através de curvas de nível, aqui somente é cultivada de forma mecanizada e em planícies de inundação, como é o caso do município de Agudo. Nessas comparações os alunos conseguem se familiarizar mais com o conteúdo, pois já tem conhecimento prévio da realidade local, além disso, percebem a importância da agricultura do Pessoas trabalhando no cultivo do arroz e cultivo d e arroz em curvas de nível na encosta Fonte: Google Imagens. Cultivo de arroz de forma mecanizada no Brasil Fonte: Google Imagens. a China, pode-se abordar que é relações existente com o Brasil e a realidade da economia local que é baseada na fumicultura depende diretamente dos contratos feitos nos últimos anos entre Brasil e China, onde o tabaco é exportado para a China e com isso não foi inserido ainda o processo o, o que traria graves problemas para as suas famílias, para suas comunidades e para o município que depende dessa atividade. Assim, conseguiram perceber suas atividades cotidianas possui relação com a economia global, dando-se assim Durante as atividades realizadas sobre a China foram realizadas ainda comparações entre as atividades econômicas existentes lá com o Brasil. Nesse sentido, pode-se abordar as icultura desenvolvida no município de Agudo, principalmente envolvendo o cultivo do arroz, a forma de cultivo da a seguir. A partir destas to na China essa atividade é possível também ser realizada de forma braçal e além de ser cultivado em várzeas, também é cultivado em relevos de encosta através de curvas de nível, aqui somente é cultivada de forma omo é o caso do município de Agudo. Nessas comparações os alunos conseguem se familiarizar mais com o conteúdo, pois já tem conhecimento prévio da realidade local, além disso, percebem a importância da agricultura do cultivo do arroz e cultivo d e arroz em curvas de nível na encosta.
  • 40. Nas atividades em que se estudou sobre o continente Africano buscou primeiramente relações com as paisagens existentes no Brasil, para trabalhar os aspectos físicos. Foram feitas comparações dos tipos de vegetação existentes na África com os tipo vegetação existente no Brasil. Além disso, destacou Africano e sua separação do continente Sul entre os dois lugares devido já terem sido um só. A partir do relevo loc com mais clareza para os alunos, figuras 12 e 13, obtidas com o Google que as figuras foram captadas em latitudes semelhantes. Os alunos foram questionados sobre o que viam nas imagens, como era o relevo em cada consegue-se ter maior interesse dos alunos pelos conteúdos, pois eles veem outros locais e os comparam com o seu. Paisagem vista no sudeste África do Sul Paisagem vista em Agudo no Brasil. 40 Nas atividades em que se estudou sobre o continente Africano buscou primeiramente relações com as paisagens existentes no Brasil, para trabalhar os aspectos físicos. Foram feitas comparações dos tipos de vegetação existentes na África com os tipo vegetação existente no Brasil. Além disso, destacou-se o processo de formação do continente Africano e sua separação do continente Sul-Americano, e que existem muitas semelhanças entre os dois lugares devido já terem sido um só. A partir do relevo local pôde com mais clareza para os alunos, figuras 12 e 13, obtidas com o Google Earth que as figuras foram captadas em latitudes semelhantes. Os alunos foram questionados sobre o que viam nas imagens, como era o relevo em cada lugar, e a cobertura vegetal. Assim, se ter maior interesse dos alunos pelos conteúdos, pois eles veem outros locais e os Paisagem vista no sudeste África do Sul Fonte: Google Earth. Paisagem vista em Agudo no Brasil. Fonte: Google Earth. Nas atividades em que se estudou sobre o continente Africano buscou-se trazer primeiramente relações com as paisagens existentes no Brasil, para trabalhar os aspectos físicos. Foram feitas comparações dos tipos de vegetação existentes na África com os tipos de se o processo de formação do continente Americano, e que existem muitas semelhanças al pôde-se explicar arth. Cabe ressaltar que as figuras foram captadas em latitudes semelhantes. Os alunos foram questionados sobre lugar, e a cobertura vegetal. Assim, se ter maior interesse dos alunos pelos conteúdos, pois eles veem outros locais e os