2. +
Comentário de Kardec: A inteligência é uma
faculdade especial, própria de certas classes de
seres orgânicos aos quais dá, com o
pensamento: ---- a vontade de agir,
a consciência de sua existência e de sua
individualidade MORAL,
assim como os meios de estabelecer relações
com o mundo exterior e de prover às suas
necessidades.
3. +
Podemos fazer a seguinte distinção:
l.°) os seres inanimados, formados somente de matéria sem
vitalidade nem inteligência: são os corpos brutos;
2.°) os seres animados não-pensantes, formados de matéria e
dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência;
3.°) os seres animados pensantes, formados de matéria,
dotados de vitalidade e tendo ainda um princípio inteligente que
lhes dá a faculdade de pensar.
4. +OS ANIMAIS AGEM POR INSTINTO
OU TÊM TAMBÉM INTELIGÊNCIA?
Há neles uma espécie de inteligência, mas cujo
exercício é mais precisamente concentrado sobre
os meios de satisfazer às suas necessidades
físicas e prover à conservação;
Os animais não têm senão a inteligência da
vida material;ex: A GÊNESE: o animal carnívoro é
impelido pelo instinto a se alimentar de carne, mas
as precauções que toma para segurar a presa e a
sua previdência das eventualidades são atos da
inteligência.
Nos homens, a inteligência produz a vida moral.
5. +
73. O instinto é independente da
inteligência?
— Precisamente, não, porque é uma espécie de
inteligência. O instinto é uma inteligência não
racional; é por ele que todos os seres provêm
às suas necessidades.
INSTINTOS: manifestação automática,
dominação, desarmonia, preservação do
corpo;
INTELIGÊNCIA: pensamento lúcido,
argumentos lógicos(expõe), bem-estar,
conquistas.
6. +
74. Pode-se assinalar um limite entre o
instinto e a inteligência, ou seja, precisar
onde acaba um e onde começa o outro?
—Não, porque eles freqüentemente se
confundem; mas podemos muito bem distinguir
os atos que pertencem ao instinto dos que
pertencem à inteligência.
7. +
Kardec: ensina que a paixão é como um cavalo; se
o dominarmos ele pode ser muito útil, mas se ele
for selvagem e insubmisso ele se tornará muito
perigoso.
Quando um indivíduo governa sua força sexual, ela
é um instrumento da providência para manutenção
da espécie humana e para harmonização das
relações conjugais, mas se esta força controlar o
homem ela será grande instrumento de
perturbação.
9. +
75. É acertado dizer que as faculdades instintivas
diminuem, a medida que crescem as intelectuais?
— Não. O instinto existe sempre, mas o homem o
negligencia. O instinto pode também conduzir ao
bem; ele nos guia quase sempre, e às vezes mais
seguramente que a razão; ele nunca se engana.
75. a) Por que a razão não é sempre um guia
infalível?
— Ela seria infalível se não existisse falseada pela
má educação, pelo orgulho e egoísmo. O instinto
não raciocina; a razão permite ao homem escolher,
dando-lhe o livre-arbítrio.
11. +
NASCENDO A RAZÃO, O INSTINTO SE
ATROFIA? Comentário de Miramez
O alicerce de uma obra aparentemente
desaparece quando o prédio está pronto; no
entanto, passa a existir com muito mais
segurança do que antes, pela sua solidez no
seio da terra.
O instinto não atrofia ao surgir a razão. Ele
perde o comando mais visível, como existe
no animal, entretanto, ajuda a inteligência
nas suas difíceis soluções, no silêncio da
própria vida, inerente ao seu estado.
12. +
Compete a cada Espírito compreender a ordem e
trabalhar para que no mundo da consciência se
estabeleça a harmonia, com todas as suas diretrizes
de amor ;
O instinto é a base da conscientização de todo o
saber; é como que um livro invisível, porém real, onde
estão escritas todas as leis reguladas pelo tempo.
A razão é esse mesmo instinto na feição de
maturidade;
é o alicerce da inteligência, que se apóia neste
princípio divino, ordenado e estabelecido por Deus,
como sol da vida.
13. +
Podemos comparar o instinto aos pés dos
homens e a inteligência ao exército da razão.
Apesar dos meios de transportes sofisticados da
época, eles sempre precisam dos pés para tudo
o que fazem.
Mesmo que se lembrem pouco deles, eles são a
base da locomoção dos encarnados.
A Doutrina dos Espíritos, no seu conjunto
doutrinário, nos oferece muitos meios e métodos
agradáveis, para exercitarmos todos os nossos
dons, de maneira a que eles possam crescer
ampliando seus valores.