1. JOCENAIDE MARIA ROSSETTO SILVA
EDUCAÇÃO
PATRIMONIAL.
Rememorar para preservar,
um direito do Cidadão
Cuiabá, MT
NOVEMBRO 2011
2. Título original: Educação Patrimonial. Rememorar para Preservar, um direito do cidadão
Capa: Prédio Palácio da Instrução - sede da Biblioteca Pública Estadual Estevão
de Mendonça. Em Comemoração aos 100 anos de existência. Fotografia: Acervo
da Secretaria de Estado de Cultura.
Projeto Cultural: Oficina de Educação Patrimonial como instrumento de preservação do
patrimônio cultural. Aprovado pelo Conselho de Estado de Cultura da Secretaria de Estado de
Cultura, conforme Cultural nº 483/11, Resolução nº10/2011 de 26/04/2011. Proponente: Paulo
Almeida da Silva. Pesquisa: Maria Antulia Leventi.
E24
Educação patrimonial. Rememorar para preservar, um direito do cidadão. /
Jocenaide Maria Rosseto - Cuiabá : Secretaria Estadual de Cultura de Mato Grosso.
Conselho de Estado de Cultura, 2011.
40 p.
1. Educação patrimonial. 2. Patrimônio cultural - Mato Grosso 3.
Pa-
trimônio cultural - Preservação. I.Silva, Jocenaide Maria Rosseto. II. Título.
CDU 719(817.2)
2
3. JOCENAIDE MARIA ROSSETTO SILVA
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL. REMEMORAR PARA
PRESERVAR, UM DIREITO DO CIDADÃO
Secretaria Estadual de Cultura de Mato Grosso. Conselho de Estado de Cultura
Cuiabá, MT
NOVEMBRO 2011
4. Apresentação
Durante os últimos três anos tive e tenho o prazer de trabalhar
como
estagiário na área de arquitetura fazendo parte da equipe de preservação
patrimônio cultural da Secretaria de Estado de Cultura que por meio das
realizações de ações voltadas à preservação do patrimônio Cultural como:
tombamento, inventário, registro, recuperação, revitalização, cursos, oficinas,
palestras procura criar uma consciência de preservação e valorização do
patrimônio cultural no Estado, nas idas aos municípios têm demonstrado a
importância da preservação e revitalização dos espaços, marcos que
guardam as evidências de nossa ancestralidade, amostras de diferentes
períodos, desde o colonial, em adobe e telhas feitas nas coxas, aos
modernos prédios de aço e vidro. Maria José Couto Valle, que é gerente
Vejam-se as palavras de
de
Tombamento, Inventário e não são somente Secretaria de Estado de Cultura:
As edificações, Registro da abrigos são parte da história,
contam o
surgimento e o desenvolvimento das sociedades, são como livros que contam histórias
por meio das suas formas, materiais, técnicas de construção, locais de ocupação com
significados. Quando vemos um prédio, não o olhamos como um patrimônio
histórico/cultural, nem percebemos nas suas estruturas o saber de um povo, se é de
adobe é considerada uma casa velha, que deveria ser demolida para dar espaço a
uma construção nova, porém como podemos encarar uma casa antiga que se
mantém em pé por mais de cem anos memória preservada pelas famílias mais
Pequenas localidades têm sua dessa forma.
antigas, é
a casa dos avós, os retratos de família que mostram as diferentes gerações dentro dos
espaços construídos, sentados nas varandas ou dentro da casa em momentos solenes,
como casamentos, aniversários e atéequipe visita outras localidades mesmo as mais
Da mesma forma quando a falecimentos.
novas, pode-se observar parte da história pela sua arquitetura, seus estilos, formas e
estéticas. As técnicas de construção e tecnologia mudam dia a dia a funcionalidade
dos espaços, luzes que acendem com um simples toque quando antes tínhamos que
acender lampiões e lamparinas, pisos e telhas que podem aquecer ou resfriar, modos
de sustentabilidade como alternativa de reaproveitamento de água da chuva,
energia solar ou eólica e um cem número de outras opções de modos de construção.
4
5. Todos esses elementos contam histórias de épocas diferentes, como o traçado
das antigas ruas e os loteamentos atuais, que mostram a necessidade de passagem de
um número cada dia maior de veículos motorizados, quando antes só andavam
animais e carro de burros. Ao longo do tempo foram sendo tecidas fórmulas
urbanísticas que permitiram novas adequações capazes de transformar as vias e as
cidades em locais aonde inserir o novo não precisa destruir o antigo.
Todos nós somos profundamente marcados pelos locais onde nascemos ou
vivemos que nos acompanham através da memória. Por isso, devemos ser responsáveis
com aquilo que fazemos com nossas cidades, como cuidamos delas, como as
preparamos para as mudanças e o seu crescimento, somos todos responsáveis pelo
que queremos transmitir aos nossos filhos, alunos e até aos visitantes que procuram
conhecer nossa história quando de sua passagem em nosso território.
Assim, ao idealizar este projeto como instrumento educativo,
direciono-o aos educadores patrimoniais com o propósito de despertá-los,
ou melhor, contribuir para que estes e seus alunos, familiares e outros
indivíduos e grupos se sintam sensibilizados pela importância do Patrimônio
Cultural de Mato Grosso e do local onde vivem e trabalham. Em especial,
os Bens Tombados pelo Patrimônio Cultural dos municipios onde se
realizará o projeto das oficinas e se divulgará a cartilha: Acorizal, Rosário
Oeste, Poconé, Chapada dos Guimarães e Cuiabá.
Assim, espero que a metodologia de Educação Patrimonial aqui re-
apresentada e divulgada, torne-se subsídio para projetos criativos e
formadores de outros educadores patrimoniais, sem critérios excludentes
como idade, sexo, profissão, etc... visto que a história não é particular, é
social e metodologia proposta se caracteriza pela interdisciplinaridade,
visando em ultima instância a manutenção e disseminação dos saberes
contidos nas diferentes manifestações culturais, dos monumentos edificados
e das representações culturais de nossa população.
Cuiabá, 25 de outubro de 2011
PAULO ALMEIDA DA SILVA.
6. Índice
Apresentação
Introdução
PARTE 1
A METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Construir conhecimentos relacionados à preservação do Bem
Cultural 10
O que é Educação Patrimonial ? 11
Patrimônio Cultural 12
Como se faz? 13
Onde desenvolver Educação patrimonial 14
PARTE 2
ESCOLA E COMUNIDADE: PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA AÇÕES DE
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Abordagens Metodológicas 18
Proposta 1
Tema/local: Bem Cultural nas dimensões da família, da rua, do bairro, da
cidade 19
Proposta 2.
Tema/local: A Igreja, Um Bem cultural em estudo 23
Bens culturais Tombados pela Secretaria de Estado de Cultura de Mato
Grosso 26
PARTE 3
PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA AÇÕES DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E
MUSEOLÓGICA
Proposta 3.
Tema/local: Um Museu para experienciar a Metodologia de Educação
Patrimonial 30
Os Museus de mato Grosso 35
Considerações Finais 37
Fontes Consultadas 38
6
7. INTRODUÇÃO
Na introdução deste trabalho, faço inicialmente,
menção a
um escolha do título “EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Rememorar para bojo de
direito do Cidadão”, o qual em anos anteriores, foi pensado no preservar-
um projeto intitulado “Preservar para rememorar um direito do Cidadão” 1.
Tomando por referência as idéias de Cury(2006) sobre a
institucionalização das responsabilidades do museu e, nesta cartilha,
ampliando-as para a reflexão sobre as responsabilidades da equipe do
Patrimônio (Secretaria de Estado de Cultura), ressalto a complexidade
deste campo de trabalho. O qual, por lidar com as referências do Patrimônio
Cultural lida também, com a História e a Memória viva e sempre presente,
nas ações para a Preservação e sua respectiva Comunicação.
As responsabilidades são de natureza institucional:
Preserva-se
para rememorar e comunicar as relações sociais mediadas pela cultura
material, imaterial e musealizada, e, Rememora-se para preservar e
comunicar o patrimônio como vetor do conhecimento sobre estas relações
históricamente construídas.
Então, embora sejam duas abordagens que se complementam,
ainda assim, das leituras que fiz, concordo com Santos (2008) quando
afirma que a Educação Patrimonial é uma Prática Social (qualificada como
Patrimônio Cultural) para a apropriação-reapropriação do patrimônio
cultural pela comunidade (Processo museológico e/ou Patrimonial) para a
construção de uma nova prática social (Escola, comunidade - Patrimônio
cultural enriquecido na dinâmica do processo social) que retroalimenta a
própria Prática Social (qualificada como Patrimônio Cultural).
1Fazendo menção ao Projeto: “Preservar para rememorar - Um Direito do Cidadão” - aprovado no Programa
do BNDES de autoria de Maria Antulia Leventi, Coordenadora do patrimônio Cultural, executado em 2006/2007,
com objetivo de equipar os 05 (cinco) Acervos: Artes Visuais, Audiovisual, Bibliográfico, Bens Tombados e
Museológico da Secretaria de Estado de Cultura.
8. Diante do título, agregador e ampliador de saberes, na Parte
1
da cartilha, se apresenta ao educador os princípios que norteiam a
Metodologia de Educação Patrimonial, e as propostas apresentadas nas
duas partesEspera-se que com este esforço de sistematização dos conceitos
que seguem.
e a apresentação da tecitura das propostas interdisciplinares, empreendidas
pela equipe de patrimônio da Secretaria de Estado de Cultura, os
educadores patrimoniais do Estado de Mato Grosso, possam se beneficiar e
ampliar suas experiênciasescolares, em outras instituições, grupos
organizados ou quiçá, se torne pretexto para movimentos em prol do
Patrimônio Histórico e Cultural deste estado.
Rondonópolis, 29 setembro de 2011
Jocenaide M. Rossetto Silva
8
9. Parte 1
A METODOLOGIA DE
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
i
10. CONSTRUIR CONHECIMENTOS
RELACIONADOS À PRESERVAÇÃO DO BEM CULTURAL
Esta é uma proposta de educação patrimonial com a finalidade
de instrumentalizar os educadores e instituições quanto à valorização do
patrimônio cultural de Mato Grosso, num processo de atividade permanente
onde oportuniza-se aos educadores a participação em ações patrimoniais
diversificadas para contribuir com seu ofício cotidiano de construir
conhecimentos relacionados a preservação do Bem Cultural.
Para viabilizar a proposta elaboramos esta Cartilha,
direcionada
aos educadores do ensino fundamental e médio, além de técnicos e
estagiários em museus, bibliotecas, centro culturais e interessados.
Sua importância desperta sentimentos e
conhecimentos
adormecidos que fortalecerão o senso de pertencimento e compreensão
dos indivíduos como elementos de um grupo, sociedade e lugar, usando
para esse Seu objetivo é sensibilizar educadores, educandos e a
fim, o acervo cultural.
sociedade
para uma mudança de atitude: de espectadores da proteção do patrimônio
cultural para atores desse processo. Pela educação a comunidade adquire
a educação patrimonial que visa: a compreensão e esta propiciará a
apreciação a diversidade cultural. trabalho se torne, de alguma forma,
Enfim, espera-se que este
um
roteiro para a elaboração dos trabalhos a serem desenvolvidos nas escolas,
comunidades e/ou espaços públicos como: praças, centro históricos, museus,
cinema e biblioteca.
10
11. O QUE É EDUCAÇÃO PATRIMONIAL?
A educação Patrimonial contribui para o processo de
identificação do individuo na sociedade, na medida em que permite que se
conheça os quadros de referência do passado percebendo as semelhanças
e diferenças na paisagem cultural, constantemente transformada.
Educação Patrimonial _
Processo permanente e sistemático
de trabalho educativo, que tem
como ponto de partida e centro o
Patrimônio Cultural com todas as
suas manifestações.[...] É com esse
Patrimônio, material, imaterial,
consagrado e não consagrado que
podemos trabalhar num processo
constante de conhecimento e
descoberta. (GRUNBERG, 2007, p.5 )
12. PATRIMÔNIO CULTURAL
São todas as manifestações e
expressões que a sociedade e os
homens criam e que, ao longo dos
anos, vão se acumulando com as
das gerações anteriores. Cada
geração as recebe, usufrui delas e
as modifica de acordo com sua
própria história e necessidades.
Cada geração dá a sua
contribuição, preservando ou
esquecendo essa herança.
Patrimônio Cultural não
são
somente aqueles bens que se
herdam dos nossos antepassados.
São também os que se produzem
no presente como expressão de
A preservação do Vivo”: geração, nossoutilização de
cada artesanatos, “Patrimônio
plantas como alimentos e
patrimônio cultural está
remédios, formas de trabalhar,
associada à cidadania, plantar, cultivar e colher, pescar,
construir moradias, meios de
condição primeira para a
transporte, culinária, folguedos,
transformação social. expressões artísticas e religiosas,
jogos etc. (GRUNBERG, 2007, p.5 )
12
13. COMO SE FAZ?
Observação
Registro
Pesquisa/Exploração
Apropriação
Observação - Nesta etapa, usamos exercícios de percepção sensorial
(visão, tato, olfato, paladar e audição) por meio de perguntas,
experimentações, provas, medições, jogos de adivinhação e descoberta
(detetive), etc., de forma que se explore, ao máximo, o bem cultural ou
tema observado.
Registro - Com desenhos, descrições verbais ou escritas, gráficos,
fotografias, maquetes, mapas, busca-se fixar o conhecimento percebido,
aprofundando a observação e o pensamento lógico e intuitivo.
Exploração - Análise do bem cultural com discussões, questionamentos,
avaliações, pesquisas em outros lugares(como bibliotecas, arquivos,
cartórios, jornais, revistas, entrevistas com familiares e pessoas da
comunidade), desenvolvendo as capacidades de análise e espírito crítico,
interpretando as evidências e os significados
Apropriação - Recriação do bem cultural, através de releitura,
dramatização, interpretação em diferentes meios de expressão (pintura,
escultura, teatro, dança, música, fotografia, poesia, textos, filmes, vídeos,
etc), provocando, nos participantes, uma atuação criativa e valorizando
assim o bem trabalhado.
Resultados da aplicação desta metodologia - desenvolver atividades que
levam os participantes à reflexão, descoberta e atitude favorável a respeito
da importância e valorização do nosso Patrimônio Cultural
Fonte: GRUNBERG (2007, P.6)
14. DETALHAMENTO DA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
OBSERVAÇÃO PESQUISA/ REGISTRO APROPRIAÇÃO
EXPLORAÇÃO
Observar o que se Discutir com os Descrever o O que cada um
vê e pensar a educadores ou grupo objeto, aprendeu com os
respeito. sobre conceitos e fotografar o trabalhos do projeto? O
O que é? É um dúvidas. objeto, que assimilou?
bem material ou Qual a sua idade? Registrar as Este é o momento que o
imaterial? Quem fabricou? caracteristicas grupo tem para
É imóvel ou Quem era seu físicas: medida, expressar, da maneira
móvel? De que proprietário? Quando peso, etc... que for mais conveniente
material é feito? deixou de ser usado? e informal, o significado
Por que é feito Por quê? Como vivia que ficou para cada um.
desse material? a sociedade que O envolvimento afetivo
Para que serve ou usava o objeto: com o objeto cultural, a
servia? Como era alimentação, apropriação do bem
utilizado? trabalho, lazer? Qual como patrimônio cultural
Existem objetos o papel da mulher e a valorização da
parecidos hoje? nesta sociedade? cultura local.
Como funcionam
EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS QUE PODEM SER REALIZADOS
Usar jogos de Desenvolver trabalhos Expressar por Desenhar o objeto,
memória, sobre o tema com meio de fazer uma redação sobre
desenhos, jogos entrevistas, pesquisas redação, o objeto,
dos sete erros, em livros, revistas, desenho, Elaborar uma poesia,
jogos de jornais e internet. poesia, uma paródia, etc... sobre
comparação Desenvolver a fotografia, o objeto e a sociedade
com fotos antigas capacidade de maquetes, que o utilizava.
e recentes, análise e de crítica. mapas, etc. O Fazer uma maquete ou
perguntas etc. Apreender a que eu achei um modelo em papelão
interpretar os fatos e do que vi?
acontecimentos e fixar o
descobrir significados. conhecimento
percebido e
desenvolver a
memória.
Fonte: Quadro elaborado por Levente, tomando por referência HORTA, Maria de Lourdes;
GRUMBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia Básico de Educação Patrimônial .
Brasilia: IPHAN; Rio de Janeiro: Museu Imperial, 1999.
14
15. ONDE DESENVOLVER EDUCAÇÃO PATRIMONIAL?
A metodologia da Educação Patrimonial pode ser
desenvolvida
no ambiente formal de ensino(escolas) ou informal(comunidade,
associações de bairro, museus, parques ambientais) e também se adequar
a qualquer tipologia de patrimônio, ou seja, “qualquer evidência material
ou manifestação da cultura” (HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999).
OS BENS CULTURAIS DE MATO GROSSO ESTÃO EM TODOS OS MUNICÍPIOS ...
Em Acorizal o CENTRO HISTÓRICO da cidade já está tombado
pela Secretaria Estadual de Cultura de Mato Grosso. Bem como, em
Poconé, município onde além do CENTRO HISTÓRICO também foi
tombado o CASARÃO COTIA. O mesmo se sucedeu com o CASARÃO DA
FUNDAÇÃO DE CULTURA E TURISMO em Rosário Oeste
Em Chapada dos Guimarães, são 13 (treze) os Bens
Tombados: a IGREJA NOSSA SENHORA DE SANTANA o MURO DO
CEMITÉRIO; o CHALÉ DOS GOVERNADORES E a USINA DA CASCA I; o
MIRANTE DA CHAPADA DOS GUIMARÃES o COMPLEXO DA CACHOEIRA DA
MARTINHA; a FAZENDA BURITI; e, as trilhas: DA MATA FRIA, TOPE DE FITA,
DO MATÃO, DO CARRETÃO, DO MAGESSI, do QUEBRA GAMELA e a DO
XAVIER
Em Cuiabá são 36 (trinta e seis) os Bens Tombados, dos quais
destacamos o Palácio da Instrução, em comemoração aos centenário da
Biblioteca Estevão de Mendonça, no próximo ano (2012). Veja a capa da
cartilha!
Sendo que em outros municípios do Estado de Mato Grosso
somam-se mais 47 (quarenta e sete) tombamentos.
QUAIS SÃO OS BENS CULTURAIS DO LOCAL ONDE VOCÊ VIVE?
16. Como toda ação educativa, esta também requer um
planejamento ou projeto, prioritariamente integrando profissionais de
diferentes áreas do conhecimento, estudantes e a comunidade.
Um roteiro de projeto para você!
1. TEMA (O que fazer? Defina o tema a ser trabalhado. É um tema geral? Tem
um enfoque específico?)
2. OBJETIVOS (Para que? Objetivos a serem alcançados)
3. A QUEM SE DESTINA (Onde - Local? Escolas? Quais as turmas? Bairro?
Comunidade rural? Comunidades em geral? Praça? Museu? Biblioteca?
Centro de convivência etc... ou seja, com quem fará? Qual é o público a
ser atingido? Qual a idade? Qual a escolaridade? Qual a categoria
profissional? Lembrando que uma ação patrimonial envolve o grupo
consuzido por voc~e e a comunidade que os recebe)
4. CRONOGRAMA (Quando fará?)
5. METODOLOGIA (Como? defina a metodologia de trabalho, dos estudos, da
avaliação. Outros itens relevantes e imprescindíveis da ação didática ou
pedagógica)
6. RECURSOS (como se deslocarão para a visita? Equipamentos para
fotografias e outros registros de campo, recusos para elaboração das
atividades criativas, recursos para a extroversão dos resultados ou
socialização que devem integrar exposições, cartazes, folders e outros...)
16
17. Parte 2
ESCOLA E
COMUNIDADE:
PROPOSTAS DE
ATIVIDADES
PARA AÇÕES DE
EDUCAÇÃO
PATRIMONIAL
NA SOMA DAS
DIFERENÇAS
CONQUISTAREMOS
MAIORES APRENDIZAGENS!
18. ABORDAGENS METODOLÓGICAS
Na maioria dos currículos escolares Na abordagem interdisciplinar se
predomina a organização observa um esforçodo grupo, para que
multidisciplinar ou pluridisciplinar haja uma integraçao teórica e de
por grandes áreas do conteúdo na prática pedagógica. Os
conhecimento. Como mostra integrantes da proposta buscam a
Nogueira,“não existe nenhuma cooperação mutua, a troca de
relação entre as disciplinas, assim informações, reforçam o diálogo e a
como todas estariam no mesmo elaboração de planejamentos
nível sem a prática de um trabalho coletivos.
cooperativo”. (NOGUEIRA apud.
SILVA, Ítalo Batista (2001). Veja-se que FRIGOTTO (1995a) defende
que a Interdisciplinaridade é“uma
necessidade relacionada à realidade
concreta, histórica e cultural,
constituindo-se assim como um
problema ético-político, econômico,
cultural e epistemológico”.
A
HISTÓRIA
Transdisciplinaridade,
PORTUGUE GEOGRAFIA
está diretamente S
ligada à uma forma
de pensamento EDUCAÇÃO FILOSOFIA
ARTISTICA
complexo, uma
interação entre as
disciplinas sem
qualquer fronteira. BIOLOGIA SOCIOLOGI
A
Insere-se na busca
atual de um novo
QUÍMICA FÍSICA
paradigma para as
OUTRAS
ciências da
educação,
buscando como referenciais teóricos a teoria da complexidade, com a idéia
de rede, ou de comunicação entre os diferentes campos disciplinares.
18
19. Proposta 1.
TEMA/LOCAL: BEM CULTURAL NAS DIMENSÕES DA FAMÍLIA, DA RUA,
DO BAIRRO, DA CIDADE
O que é um bem?
Quais são os seus bens?
E os bens de sua família? Por que eles são importantes?
Quais são os objetos mais antigos da sua família?
Quando foram comprados ou produzidos?
A quem pertenceram e a quem pertencem atualmente?
Serviam ou servem para quê?
Você sabe o que é cultura?
O que será um bem cultural? Porque eles são importantes?
Dê exemplos de bens culturais?
Você sabe dizer quais os bens culturais de sua cidade?
Estes bens culturais estão protegidos? Como?
O BEM MAIS IMPORTANTE É A VIDA HUMANA E
TODAS AS ESPÉCIES DE VIDA DO PLANETA
20. O que é bem cultural?
Bem cultural, em seu sentido amplo,
compreende todo testemunho do
homem e seu meio, apreciado em si
mesmo, sem estabelecer limitações
derivadas de sua propriedade, uso,
antiguidade, ou valor econômico. Os
bens culturais podem ser divididos em
três grandes categorias:
Bens naturais - rios, cachoeiras, matas,
florestas, grutas, climas, etc. (patrimônio
natural);
Bens materiais - sítios e achados
arqueológicos (patrimônio
arqueológico); formações rurais e
urbanas (patrimônio urbanístico);
agenciamentos paisagísticos (patrimônio
paisagístico); bens móveis, como objetos
de arte, objetos utilitários, documentos
arquivísticos e iconográficos; bens
imóveis, como edificações rurais e
urbanas (patrimônio artístico e
arquitetônico); e
Bens imateriais - tradições e técnicas “do
fazer” e “do saber fazer” humanos, como
polir, esculpir, construir, cozinhar, tecer,
pintar, etc.(patrimônio intelectual); as
expressões do sentimento individual ou
coletivo,como as manifestações
folclóricas e religiosas, a música, a
literatura, a dança, o teatro, etc.
(patrimônio emocional).(Disponível em
http://www.cultura.mg.gov.br/?
task=interna&sec
=3&con=368. Acesso em 28 set. 2011)
20
21. SUGESTÕES PARA ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
SOBRE O TEMA: BEM CULTURAL (MATERIAL, IMATERIAL, MÓVEL, IMÓVEL)
PRODUÇÃO INDIVIDUAL PRODUÇÃO EM GRUPO
Descrição: realizar trabalho de pesquisa Descrição: Realizar trabalho de pesquisa
buscando o reconhecimento de sua buscando o reconhecimento da cidade e
própria casa e de sua vizinhança. de seus espaços culturais.
1. Entrevistar o morador mais antigo
1. Dados gerais: do seu quarteirão:
Onde você mora? Nome, endereço, há quanto tempo
Há quanto tempo mora no local? mora na rua?
Quantas pessoas moram na e quem O que ele considera mais importante
é? na rua/quarteirão e por quê?
---------------------------------------------------------- Pergunte se ele tem fotos antigas da
2. Entrevistas cada um dos rua ou tiradas na rua. Peça
membros da sua família. emprestada para fazer cópia.
Quais as mudanças mais importantes
Pergunte quais os bens mais que ocorreram na rua? O que ele
importantes de sua familia e achou delas?
porquê? Você conhece a história da sua
cidade? Como ela nasceu?
Qual o bem (objeto) mais -------------------------------------------------------------
importante da cozinha? Qual o 2. Desenhar a planta da sua cidade
bem (objeto) mais importante de localizando os lugares e os prédios
cada cômodo de sua casa? Por ou casas mais importantes:
quê? A Sua casa
Escolas, cinemas, igrejas e praças
Pergunte a seus pais o que (bem existem na sua cidade.
cultual material ou imaterial, móvel lugares de diversão que você mais
ou imóvel) que eles consideram freqüenta.
mais importante na rua/quarteirão. Desenhe o caminho que você
Por quê? percorre para chegar à escola
identificando as casas mais
Que objeto/imóvel ou lugar você antigas.
considera mais importante na sua -------------------------------------------------------------
rua/quarteirão? Por quê? 3. Desenhar o rio da cidade
3. Desenhos Você sabe onde nasce o rio que
Faça um desenho de todos os passa por sua cidade?
membros da sua família que moram Qual a origem do nome do rio?
na sua casa Faça um desenho do rio desde a sua
Faça um desenho da casa nascente até chegar a sua cidade,
identificando os cômodos identificando os lugares por onde
Faça um desenho da sua rua passa.
localizando a sua casa, o comércio
e a padaria se houver o prédio mais
alto, a casa mais antiga
22. Você viu quanta geografia e história há por ai? Então busquemos
mais possibilidades INTERDISCIPLINARES E TRANSDISCIPLINARES
Matemática, História, Artes, Ciências...
Fotografar janelas e portas, ladrilhos, detalhes diversos para serem
identificados pelos educadores.
Montar um gráfico referente a antiguidades ou tipos das edificações
do município, identificar formas geométricas nas construções e
restauração de um prédio.
Para tanto, sugere-se pesquisar:
Quantas casas do século XVIII? Quantas do século XIX? Quantas
do século XX?
Quantas igrejas? Quantos prédios públicos? Quantas casas
terras? Quantos prédios? O professor poderá elaborar problemas
sobre números de edificações e seus usos no quarteirão da
escola. Usar uma edificação para que os alunos identifiquem as
formas. Quanto a restauração o professor/educador poderá
elaborar problemas utilizando elementos da restauração do
prédio. Como:
Quantas latas de tinta serão usadas para a pintura?
Quantos sacos de cimento?
Como é feito o calculo para se chegar ao número exato?
Ciências, Lingua Portuguesa, Artes...
Pesquisar as plantas e os animais encontrados na escola e
seu entorno (no bairro)
Fotografar
Fazer cartazes com informações, desenhos e fotos dos
animais identificando os locais onde se encontram.
Organizar uma exposição com a participação dos
moradores onde se indentificou os animais.
Convidar a comunidade escolar (estudantes, professores e
pais dos alunos) além dos mordores do entorno da escola para
apreciar os trabalhos.
22
23. Proposta 2.
TEMA/LOCAL: A IGREJA, UM BEM CULTURAL EM ESTUDO
DADOS DO BEM CULTURAL MATERIAL
Onde se localiza a Igreja? Quais são os Bens culturais de seu entorno
(uma praça? A rua? Quais?)
Como é chamada a Igreja? Como é o altar principal da igreja?
Descreva o elemento decorativo que mais lhe chamou atenção.
Quando foi construída e por quem? Qual o material utilizado para sua
construção?
Faça um desenho do interior da
O que é registro de bem imaterial?
Igreja, identificando as principais
imagens e onde estão localizadas.
Os Livros de Registros do
Instituto do Patrimônio Histórico
DADOS DO BEM CULTURAL EM SUA e Artístico Nacional-IPHAN são:
DIMENSÃO IMATERIAL 1. Celebração, 2. Saber,
3. Ofícios e Modo de fazer,
Quais são as festas realizadas na
4. Forma de Expressão e
Igreja pelos fiéis?
5. Lugar.
Função na festa?
Quais são os ritos Como se faz?
realizados? No Programa Nacional do
Quais hinos surgiu a festa? Por
Quando são cantados? Patrimônio Imaterial (PNPI)
que existem linhas de ação
acontece a festa?
Quem financia? específicas e metodologias
Quem são os condutoras dos processos que
principais pleiteam os Registros.
participantes?
Como acontece a festa: 1. Pesquisa, documentação e
inicio, informação
Se forecatólica, qual o santo de
meio fim? 2. Sustentabilidade
devoção? Pesquise sobre a vida do 3. Promoção
santo: como viveu, o que fez, 4. Capacitação
como morreu. Identifique os O MODO DE FAZER A
atributos da imagem. De onde veio VIOLA DE COCHO
a imagem? Quem produziu? Como
ESTÁ REGISTRADO COMO
foi adquirida? Existe uma festa em
homenagem ao santo? Quando, CULTURA IMATERIAL DO
onde e como acontece? Descreva ESTADO DE MATO
a festa. GROSSO
24. DADOS SOBRE A RESTAURAÇÃO (caso tenha sido) ou REFORMA DE UMA
EDIFICAÇÃO TOMBADA PELO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE MATO GROSSO
Descrição: seguindo um questionário, realizar em grupos visando à
compreensão dos trabalhos de restauro e
recuperação de um bem cultural.
Quais os elementos químicos que
compõem os materiais usados na
O que é Salvaguarda? construção?
De que é composta a massa
“ ... ações de apoio e fomento que serve de ordenamento
vinculadas aos bens culturais e da fachada?
aos membros das Qual a composição da tinta
comunidades produtoras[...] e das massas usadas no
estas __ implicam em ações prédio para fazer
muito particulares, que a
dependem das características restauração
de cada bem cultural em Entrevistando um
foco.” (TOJI, 2009, p.20) restaurador, ou
antigos
professores e alunos, para
investigar quais eram as cores
utilidade... do por que foi restaurado?
antigas E prédio, a fachada, a
O que é Restauração?
É o ato de renovar algo já desgastado. A restauração é implementada
quando temos informações sobre a substância do bem, ou seja, quando
possuímos elementos que testemunham seu estado original sempre levando
em conta a importância da significação cultural.
Uma obra de restauração em um prédio histórico, por exemplo, é um
trabalho interdisciplinar que envolve arquitetos, engenheiros, historiadores e
uma mão-de-obra especializada em determinada técnicas construtivas.
A restauração pode ser feita em qualquer bem cultural que esteja em
degradação, mas sempre implica um conhecimento técnico extremamente
especializado. Restaurar tecido, porcelanas, objetos em madeira e metal ou
obras de arte requer a contratação de especialista em cada uma dessas
áreas. (MACHADO, 2004)
24
25. Como Preservar?
A educação patrimonial é a
O que é conservação?
forma mais eficaz de
preservação do patrimônio
Conservação é o conjunto de medidas
destinado a conter as deteriorações de um cultural.
objeto ou resguardá-lo de danos. De
De nada valem as leis de
maneira geral, é sinônimo de preservação,
tombamento se a
mas, dentro do universo dos museus,
diferencia-se pelo caráter mais específico, comunidade local não
pressupondo-se uma materialidade. estiver envolvida no
Identifica-se com os trabalhos de processo.
intervenções técnicas e científicas,
periódicas ou permanentes, repetidos e É importante que a própria
continuados, aplicados diretamente sobre população saiba o que
uma obra ou seu entorno, com o objetivo representa a igreja, a casa, a
de prolongar sua vida útil e sua comida, a dança, e a
integridade. (Disponível em
http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3 música e por que elas devem
&con=368. Acesso em 28 set. 2011) ser preservadas.
A ruína de uma igreja ou
uma dança como o siriri, por
O que é preservação? exemplo, passam a ser vistas
não somente como uma
Em geral quer dizer livrar de algum mal, ruína ou apenas uma dança
manter livre de perigo ou dano, defender, “dos mais velhos”, mas como
resguardar e está associado à história viva da cultura
conservação. (KOHLSDORF, 2005, p.02) matogrossense.
Por que Preservar?
A preservação garante a continuidade
das manifestações culturais e a melhoria da qualidade de vida da
comunidade, implicando em seu bem estar material e espiritual e na
garantia do exercício da memória e da cidadania. Dessa forma preservar o
patrimônio cultural é contribuir para o enriquecimento cultural do nosso país.
26. O que é um inventário?
Um inventário é a metodologia de pesquisa que constitui o primeiro passo na
atividade de conhecimento, de salvaguarda e de valorização dos bens
culturais de um acervo, consistindo na sua descrição individual, padronizada
e completa, para fins de identificação, classificação, análise e conservação.
(Disponível em http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&con=368. Acesso em 28
set. 2011)
O que é Tombamento?
Tombar é arrolar, inventariar, registrar os bens culturais,
reconhecendo-os
como integrantes do patrimônio nacional, estadual ou municipal.
A palavra tombar é uma herança do direito português, que tem como
sinônimo demarcar.
O termo tombo, segundo Pies (1999, p.75), “foi assimilado como designando
o registro, o arquivo e a catalogação de documentos públicos ou históricos”.
O processo de tombamento de um bem cultural poder ser solicitado por
qualquer cidadão, observando-se as exigências constantes na legislação,
porém a sua efetivação é um ato administrativo que pode ser realizado pela
União, pelos Estados ou Municípios.
O processo de tombamento é um instrumento jurídico que identifica os bens
culturais que serão obrigatoriamente protegidos. (MACHADO, 2004).
VAMOS VERIFICAR QUAIS SÃO OS
BENS CULTURAIS TOMBADOS PELA SECRETARIA DE ESTADO DE
CULTURA DE MATO GROSSO?
26
27. CUIABÁ - 36 BENS TOMBADOS PELA SECRETARIA ESTADUAL DE CULTURA PORTARIA PUBL. D.O.
IGREJA NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO - Praça do Seminário. 47/77 13/10/77
SEMINÁRIO DA CONCEIÇÃO - Praça do Seminário 47/77 13/10/77
CHAFARIZ DO MUNDÉU - Praça Bispo Dom José. 32/79 07/01/80
PALÁCIO DA INSTRUÇÃO - Rua Antônio Maria, 151, Centro. 03/83 02/05/83
THESOURO DO ESTADO - Praça da República - Centro 03/83 02/05/83
MERCADO DO PEIXE - Bairro do Porto 26/83 13/06/83
CASA CUIABANA - Rua General Vale, n° 181 -. 27/83 13/06/83
RESIDÊNCIA DOS GOVERNADORES - Rua Barão de Melgaço, 3.565 Centro. 53/83 09/01/84
CADEIA PÚBLICA - Rua Joaquim Murtinho, Porto 55/83 09/01/84
GRUPO ESCOLAR SENADOR AZEREDO - Av. Senador Metelo, Porto. 57/83 09/01/84
LICEU CUIABANO - Praça General Mallet 59/83 09/01/84
GRANDE HOTEL - Av. Getúlio Vargas, 247 - Centro. 61/83 01/01/84
ARSENAL DE GUERRA - Rua 13 de Junho, Porto 61/83 01/01/84
PONTE DE FERRO - Coxipó 26/84 10/09/84
CINE TEATRO - Av. Getúlio Vargas, Centro 31/84 10/09/84
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA - Rua Pedro Celestino, 160 - Centro. 38/84 10/09/84
IGREJA SÃO GONÇALO - Av. 15 de Novembro 74/87 04/11/87
IGREJA BOA MORTE - Rua Cândido Mariano, Centro 75/87 04/11/87
IGREJA DO ROSÁRIO - Av. Coronel Escolástico- Centro 76/87 04/11/87
CASA DOS FRADES - Rua Cândido Mariano - Centro 77/87 04/11/87
CASA DOM AQUINO - Av. Beira Rio S/Nº, Bairro Antigo Terceiro 08/97 24/07/97
PALÁCIO EPISCOPAL - Residência do Bispo 08/98 08/06/98
IOMAT (Imprensa Oficial de Mato Grosso) 12/98 08/06/98
CASARÃO DE NHÔ - NHÔ DE MANDUCA ( Casa de Bem Bem ) 10/98 08/06/98
CASA BARÃO DE MELGAÇO - Rua Barão de Melgaço, 3.684 - Centro 13/98 08/06/98
FACHADA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA - Praça do Seminário, 141 14/98 08/06/98
FACHADA DO CEMITÉRIO DA PIEDADE - Rua Batista das Neves 15/98 08/06/98
PALÁCIO DA JUSTIÇA - Av. Getulio Vargas, 450 - Centro 05/00 28/04/00
SECRETARIA GERAL - Av. Getulio Vargas Centro 07/00 28/04/00
FACHADA DO 1º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR - Av. XV de Novembro, Porto 032/2004 27/12/2004
ANTIGA CASA DA RUA JOAQUIM MURTINHO - Cuiabá - MT 045/2006 19/09/2006
CONJUNTO ARQUITETÔNICO DO ANTIGO DISTRITO D.PEDRO II - PORTO - Cuiabá -MT 035/2007 22/08/2007
44º BATALHÃO DE INFANTARIA MOTORIZADA - BATALHÃO LAGUNA - Cuiabá - MT 052/2007 05/11/2007
FÁBRICA DE POLVORA - Coxipó do Ouro 027/2008 13/06/2008
IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA - Distrito do Coxipó do Ouro 032/2010 19/07/2010
ARRAIAL DOS FREITAS - Distrito do Coxipó do Ouro 033/2010 19/07/2010
Fonte: Maria Antulia Leventi. Entrevista concedida a pesquisadora, na Secretária de Estado
de Cultura, Cuiabá, MT, dia 20 set. 2011.
28. MUNICÍPIO BENS IMÓVEIS TOMBADOS NOS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO PORTARIA PUBL. D.O.
ACORIZAL CENTRO HISTÓRICO DE ACORIZAL - Acorizal - MT 047/2006 25/09/2006
ÁGUA BOA IGREJINHA DE SANTA BÁRBARA- Água Boa 033/2009 01/09/2009
ALTO TAQUARI REGISTRO DE LUGAR HISTÓRICO “FAZENDA TAQUARI” - ALTO 003/2010 13/01/2010
TAQUARI
BARÃO DE CASAS HISTÓRICAS DA COMUNIDADE DE PIÚVA - Barão de Melgaço 027/2007 03/07/2007
MELGAÇO - MT
BARÃO DE TRINCHEIRAS DE MELGAÇO- Barão de Melgaço 022/2009 09/07/2009
MELGAÇO
BARÃO DE CASARÃO DA FAMILIA DAMASCENO - Barão de Melgaço 026/2009 05/08/2009
MELGAÇO
BARRA DO BUGRES IGREJA DE SANTA CRUZ - Barra do Bugres 035/2008 29/10/2008
BARRA DO BUGRES CASAS HISTÓRICAS DA ALDEIA DE UMUTINA - Barra do Bugres 036/2008 29/10/2008
BARRA DO POSTO TELEGRÁFICO DE VOADEIRA -Distrito de Voadeira - Barra do 038/2008 03/12/2008
GARÇAS Garças
CÁCERES FAZENDA DESCALVADOS - Cáceres - MT 01/01 20/04/01
CÁCERES CENTRO HISTÓRICO DE CÁCERES - Cáceres - MT 027/02 12/07/02
CÁCERES FAZENDA JACOBINA - Cáceres 010/2007 02/05/2007
CAMPO NOVO DO CASA DE MEMÓRIA - Campo Novo do Parecis 057/2011 20/10/2011
PARECIS
CANARANA AVIÃO DOS PIONEIROS - VACA- Canarana 035/2009 01/09/2009
CANARANA MONUMENTO DA CUIA E DA CHALEIRA - Canarana 036/2009 01/09/2009
CHAPADA DOS COMPLEXO DA CACHOEIRA DA MARTINHA 019/2007 22/05/2007
GUIMARÃES
TRILHA DA MATA FRIA, TRILHA TOPE DE FITA, TRILHA DO MATÃO, 007/2009 15/04/2009
TRILHA DO CARRETÃO, TRILHA DO MAGESSI, TRILHA QUEBRA
GAMELA, TRILHA DO XAVIER
FAZENDA BURITI 006/2009 15/04/2009
CHALÉ DOS GOVERNADORES E USINA DA CASCA I 008/2009 15/04/2009
MURO DO CEMITÉRIO 019/2009 01/07/2009
IGREJA NOSSA SENHORA DE SANTANA 021/ 2009 09/07/2009
MIRANTE DA CHAPADA DOS GUIMARÃES 014/2010 15/03/2010
CHAPADA DO
TAHIANTESU / PEQUISAL - Vale do Guaporé - Chapada do Pareci 41/90 17/01/91
PARECI
IGREJA MATRIZ E CASA CANÔNICA DE DIAMANTINO - Município de
DIAMANTINO 013/2003 09/09/2003
Diamantino - MT
DIAMANTINO CENTRO HISTÓRICO DE DIAMANTINO - Diamantino - MT 046/2006 25/09/2006
DOM AQUINO FACHADA DO CASARÃO DO CENTRO CULTURAL WILSON FURTADO 038/2010 13/08/2010
DE MENDONÇA E O ACERVO DO MUSEU DO MUSEU HISTORICO -
Dom Aquino
JANGADA SÍTIO ARQUEOLÓGICO SANTA ELINA - Jangada 055/2011 14/10/2011
MIRASSOL D’ OESTE CLUBE RECREATIVO BANDEIRANTES - Mirassol D’ Oeste - MT 060/2007 12/11/2007
N. SENHORA DA
IGREJA NOSSA SENHORA DA GUIA - Município da Guia 012/2003 09/09/2003
GUIA
N. SRA. DA GUIA PONTE DE FERRO DA GUIA - Distrito de Nossa Senhora da Guia 06/00 28/04/00
N. SRA.
RELÓGIO DA FONTE PÚBLICA DE LIVRAMENTO - Av. Cel. Botelho 06/02 12/07/02
LIVRAMENTO
NOBRES CACHOEIRA DO TOMBADOR - Rodovia BR 364 056/2006 25/10/2006
NOVA POSTO TELEGRÁFICO MARIA JOANA - Nova Marilândia 056/2011 17/10/2011
MARILÂNDIA
NOVA XAVANTINA CAPELA DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA- Nova Xavantina 018/2011 12/04/2011
NOVA XAVANTINA CASA DOS IRMÃOS VILLAS BOAS - Nova Xavantina 022/2011 31/05/2011
NOVA XAVANTINA FACHADA DA CASA DO SENHOR VENÂNCIO - Nova Xavantina 023/2011 31/05/2011
NOVA XAVANTINA CASA DO CORONEL VANIQUE - Nova Xavantina 024/2011 31/05/2011
NOVA XAVANTINA TEATRO MUNICIPAL HEITOR VILLA LOBOS - Nova Xavantina 025/2011 31/05/2011
28
29. MUNICÍPIO (CONT...) BENS IMÓVEIS TOMBADOS NOS MUNICÍPIOS PORTARIA PUBL. D.O.
DE MATO GROSSO
POSTO DE TELÉGRAFOS DE PORTO ESPERIDIÃO -
P. ESPERIDIÃO 65/83 09/01/84
Porto
POXORÉU Esperidião - MT SÃO PEDRO - Poxoréu - MT
FARMÁCIA 013/2007 16/05/2007
POXORÉU CENTRO HISTÓRICO DE POXORÉU - Poxoréu - MT 015/2007 17/05/2007
ROSÁRIO OESTE CASARÃO DA FUNDAÇÃO DE CULTURA E TURISMO - 037/2010 13/08/2010
Rosário Oeste
PAINÉIS DOS MURAIS DA LIBERTAÇÃO - PRELAZIA DE
S.FELIX DO ARAGUAIA 021/2005 30/08/2005
SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA
SANTO ANTONIO DE LEVERGER CASARÃO DA FAMILIA PINHEIRO - Santo Antonio de 023/2010 31/05/2010
Leverge
STO. ANT. DE LEVERGER USINA DE ITAICY - Santo Antônio do Leverger - MT 55/84 08/01/84
STO. ANT. DE LEVERGER CADEIA PÚBLICA - Santo Antônio do Leverger - MT 13/00 21/07/00
TERRA NOVA DO NORTE CRUZEIRO - Terra Nova do Norte 032/2009 01/09/2009
TERRA NOVA DO NORTE SITIO ARQUEOLOGICO DE SANTA TEREZINHA -Terra 034/2009 01/09/2009
Nova do Norte
VÁRZEA GRANDE IGREJA NOSSA SENHORA DA GUIA - Praça Urbanizada 09/98 08/06/98
VARZEA GRANDE - PASSAGEM IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - 054/2006 17/10/2006
DA CONCEIÇÃO - Passagem da Conceição - Várzea Grande - MT
VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE - (Centro
VILA BELA S. TRINDADE 22/84 10/09/84
Histórico)
VILA BELA S. TRINDADE ARRAIAL SÃO FRANCISCO XAVIER - Vila Bela 030/2007 18/07/2007
da
MATO GROSSO REGISTRO DO MODO DEMT
Santíssima Trindade - FAZER A “CANOA 016/2010 24/03/2010
PANTANEIRA” - MATO GROSSO
MORRO DE SANTO ANTONIO (A Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso dispondo do artigo 42 da Constituição
Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte Lei 7.381)
VIOLA -DE -COCHO / GANZÁ E O MOCHO (A Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso dispondo do artigo 42 da
Constituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte Lei 6.772), publicada no D.O de 10/06/96
MORRO GRANDE - ( A Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso tendo em vista o que dispõe o Artigo 42 da
Constituição Estadual aprovada e o Governo do Estado sanciona a seguinte Lei 8.482 de 15/05/2006. Ver com a SEMA)
Fonte: Maria Antulia Leventi. Entrevista concedida a pesquisadora, na Secretária de Estado
de Cultura, Cuiabá, MT, dia 20 set. 2011.
30. Parte 3
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
PARA AÇÕES DE
EDUCAÇÃO
PATRIMONIAL E
MUSEOLÓGICA
“... Conceitos
são palavras grávidas de mundo”.
(FREIRE, Paulo, 1996)
30
31. Proposta 3.
TEMA/LOCAL: UM MUSEU PARA EXPERIENCIAR A
METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
O que é musealização?
A musealização é uma das formas de preservar o patrimônio
cultural, realizada pelo museu. Constitui a ação, orientada por
determinados critérios e valores, de recolher, conservar e difundir
objetos como testemunhos do homem e do seu meio. Processo que
pressupõe a atribuição de significado aos artefatos, capaz de
conferir-lhes um valor documental ou representacional (Disponível
em http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&con=368.
Acesso em 28 set. 2011)
Quadro 1. Os primeiros Museus em Mato Grosso
Responsáveis pela Acervo Local de
Instituiçã criação funcionament
o o
Museu General Barão de três reinos da natureza: Cuiabá
Cuyaba Maracaju natural, vegetal e mineral
no Funcionamento:
1880/1881
Museu Sr. Euphrásio da Cunha documentos manuscritos Cuiabá
Dom Cavalcante e assinados, objetos de
José Funcionamento: 1916 a prisão e tortura, objetos
1941 usados nos ritos sacros,
coleções de moedas e
jornais, fósseis, minérios e
amostras da fauna e da
flora, além de objetos
indígenas e da cultura
popular como das
touradas
Museu Sr. Euphrásio da Cunha objetos históricos, Cuiabá
do Cavalcante, Raimundo documentos relativos à
Instituto Hosterno, Estevão de história de Mato Grosso e
Histórico Mendonça, D. Aquino objetos de artes sacras
de Mato Correia Funcionamento:
Grosso 1932 a atualidade
Fonte: Jocenaide Maria Rossetto Silva (2009, p. 19)
32. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
... é uma Prática Social (qualificada
como Patrimônio Cultural) para a
apropriação-reapropriação do
patrimônio cultural pela comunidade
(Processo museológico e/ou Patrimonial)
para a construção de uma nova prática
social (Escola, comunidade - Patrimônio
cultural enriquecido na dinâmica do
processo social) que retroalimenta a
própria Prática Social (qualificada como
Patrimônio Cultural).(SANTOS, 2008, P. 38)
O que é Processo Museológico?
... A socialização das ações museológicas de preservação, pesquisa e
comunicação, aceitando-se que não é necessária a existência de uma
coleção para ques seja instalado o museu.
Nesse sentido a concepção de museu é a seguinte: análise e reflexão sobre o
patrimônio cultural, na dinâmica do processo social __ produção do
conhecimento __ musealização do conhecimento produzido pelos técnicos,
com a participação dos sujeitos envolvidos no processo. (SANTOS, 2008, p.37-
38.)
Em outras palavras, processos museológicos são desenvolvidos por
educadores patrimoniais em comunidades, mesmo quando não há uma
casa/museu já constituído, cuja metodologia, embasamento teórico e de
ação patrimonial podem, por exemplo, pautar-se nos pressupostos
apresentados nesta cartilha.
32
33. SUGESTÕES PARA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM UM MUSEU
A EDIFICAÇÃO
Podemos OBSERVAR todos os detalhes (números de portas, janelas e
pavimentos: tipo de material; estado de conservação; cor; decoração;
etc).
INVESTIGAR E REGISTRAR:
Como se apresenta? Como é a sua construção? Quantos andares têm?
Quantas salas ou habitações têm e como são?
Como os espaços estão distribuídos e organizados?
Quais as atividades realizadas neles?
Qual é o estado de conservação e limpeza ...: dos móveis das salas, das
janelas, das portas e do telhado? ... das áreas externas, dos pátios (se
tiver)?
... das salas de visita, dos quartos? ... dos banheiros? ... do jardim ou da
área externa? ... da rua por aonde se chega a ele?
O que foi que lhe chamou mais a atenção?
Qual a sua função? Quando
foi construído? Quando foi inaugurado (se for público)? Durante que
governo? Algum fato importante aconteceu nele? Foi construído para a
função que tem ou foi posteriormente adaptado? O que funcionava nele
antes?
Fonte: Quadro adaptado por Jocenaide M. Rossetto Silva, tomando por referência
GRUNBERG (2007, P.9-13)
O MUSEU
Podemos INVESTIGAR E REGISTRAR
Quem o criou? Por que? Quando foi criado? Quando foi inaugurado? Se
for público durante que governo? Qual é a sua missão?
Por que tem esse nome? Caso tenha o nome de alguém, quem foi essa
pessoa? Por que foi homenageada? Qual a sua profissão? É viva ainda ou
já morreu? Quando nasceu?
Qual a sua atuação? Quantas pessoas trabalham nele? Que fazem?
Como elas são? Quantas atividades se desenvolvem?
Quem mantém o Museu?
Tem Associação de Amigos?
Quem são os “Amigos” e o que fazem pelo Museu?
Como funciona? Quando? Quem o visita? Qual a importância para a
cidade?
Como se constituiram os acervos? Como são planejadas as exposições?
Quais dificuldades enfrenta?
Como é a segurança? A climatização? A iluminação? O Museu está
informatizado?
Quais são os setores do Museu?
Quais são os setores da exposição?
O Museu desenvolve ações de Educação Patrimônial e Educação Museal?
34. Fonte: Idem Quadro anterior.
OS OBJETOS MUSEALIZADOS
Podemos OBSERVAR todos os detalhes:
Qual a cor, a forma e a textura? Tem cheiro, gosto? Faz barulho?
Está completo ou falta alguma parte? Já foi consertado ou adaptado?
Está usado ou é novo? Foi feito à mão ou à máquina? Numa peça única
ou em partes separadas? São montáveis (parafusos, encaixes, cola)? Com
molde ou a mão? É decorado ou ornamentado?
Podemos INVESTIGAR E REGISTRAR
Quem o fez? Para que fim? Quem o usou? Como foi ou é usado? O uso
inicial foi mudado?
Que valor tem para as pessoas que o usaram ou usam? Para quem o
fabricou? Para quem o guardou? Para quem o vendeu? Para você? Para
o museu?
Se você o encontrasse na rua, o que faria com ele?
Gosta da sua aparência?
Faz parte do acervo do Museu e pertence a alguma coleção?
Fonte: Quadro adaptado por Jocenaide M. Rossetto Silva, tomando por referência
GRUNBERG (2007, P.9-13)
O que é uma coleção?
...um conjunto de objetos naturais e artificiais - reunidos por pessoas
ou
instituições- que perderam seu valor de uso, mantidos fora do circuito
econômico, sujeitos à proteção especial, em local reservado para esse fim.
Mas o que, de fato, caracteriza e distingue os objetos de coleções de outros
conjuntos de objetos é o papel de representarem determinadas realidades
ou entidades, constituindo-se em intermediários entre aqueles que olham os
espectadores, e o mundo não visível - passado, eternidade, mortos, etc. -
que representam. Essa função das coleções pode ser exemplificada pela
Coleção de artefatos indígenas mantidos no Museu Rondon/UFMT, que
reúne objetos de 36 etnias indígenas de Mato Grosso desde meados do
século XIX. Materializando o passado e o presente, essa coleção expõe,
aos homens, mulheres e crianças do presente, objetos aos quais se atribui o
papel de representar as sociedades indígena marcadas pelas dores da
exclusão social e outras mazelas do capitalismo.
34
35. O que é um acervo museológico?
O acervo museológico se constitui de bens culturais, de caráter material
ou imaterial, móvel ou imóvel, que compõem o campo documental de
possível interesse de um museu.
É o conjunto de objetos/documentos que corresponde ao interesse e
objetivo de preservação, pesquisa e comunicação de um museu.
(Disponível em http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&con=368. Acesso em
28 set. 2011)
[O que é
A título de exemplo, todo documento
que ateste a vida e obra do Marechal documentação
Rondon apresenta interesse para o museológica ?
Memorial Rondon, em contrução no
município de Mimoso; e/ou memorial A documentação em
Marechal Rondon em processo de museus trabalha com o
criação em Rondonópolis, considerando tratamento informacional
uma parceria entre a UFMT e os Correios. das coleções, desde o
registro até a disseminação
da informação, cabendo a
O que é reserva técnica?
ela gerir um sistema que
atenda a demanda
É o espaço físico utilizado para o
informacional de seu
armazenamento das peças do acervo de um
público. [..] No âmbito da
museu, quando essas peças não estão em
exposição. A guarda de um acervo documentação
demanda uma reserva técnica, com museológica, a pesquisa
condições físicas adequadas, condições enfoca a catalogação de
climáticas estáveis e condições de objetos de museus como
segurança apropriadas à conservação das ação mediadora entre o
obras. (Disponível em
público e o acervo,
http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&c
on=368. Acesso em 28 set. 2011) contribuindo na construção
do conhecimento e
O que é curadoria? preservação da
memória.(YASSUDA,2009,
Curadoria é a designação genérica do P.10)
processo de concepção, organização e
montagem da exposição pública.
Inclui todos os passos necessários à exposição de um acervo, quais sejam:
conceituação, documentação e seleção do acervo, produção de textos,
publicações e planejamento da disposição física dos objetos.
36. Refere-se também ao cargo ou função exercida por aquele que é
responsável por zelar pelo acervo de um museu.(Disponível em
http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&con=368. Acesso em 28 set. 2011)
O que é exposição?
Uma exposição é a exibição pública de objetos organizados e dispostos com
o objetivo de comunicar um conceito ou uma interpretação da realidade.
Pode ser de caráter permanente ou temporário, fixa ou itinerante. (Disponível
em http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&con=368. Acesso em 28 set. 2011)
OS MUSEUS DE MATO GROSSO
Quadro . Museus em Cuiabá (2009)
MUSEUS ENDEREÇO
*Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT Rua Alziro Zarur- Bairro Boa Esperança-fone (65)36158353
*Museu da PNMTCEL PM RR Ubaldo Av. 15 de novembro n. 669 - fone (65)39018290
Monteiro da Silva
*Museu das Bonecas e Brinquedos Rua G, qd 5, casa 3- Jdm Flamboyant- (65) 36264186
*Parque Nacional do Pantanal Av. Historiador Rubens de Mendonça, s/n -CPA -78055-500
Matogrossense parnapantanal@hotmai.com;
*Museu Hyd Alfredo Scaff - Rio Cuiabá Pça Coronel Moreira - Porto-78025300 (65) 30273269;
*Museu de História Natural e Antropologia Fechado/sem endereço
*Museu Rondon Avenida Fernando Corrêa da Costa - UFMT
65) 3615-8479 / 3615-8476- Departamento de Antropologia
*Museu da Imagem e do Som de Cuiabá R. Voluntários da Pátria, s/n (esq/ R.7 de Setembro). Centro.
Lázaro Papazian Chau CEP- 78005-180. (65) 3025-4109
*Museu de Pré-História Casa Dom Aquino- Avenida Beira Rio, 2.000. cep 78000-000.
MCDA 65- 3613-9290;museudeprehistoria@terra.com.br
*Museu Homem Brasileiro -MHB Av. Alziro Zarur, 1.695. Boa Esperança. 78068-635.
museuhomembrasileiro@gmail.com (65) 3664-2407
*Museu de Pedras Ramis Bucair R. Galdino Pimentel 195- Centro
(65)3322-5054; (65-36237353)
*Museu de Artesanato de Mato Grosso Bairro Porto
*Museu de Arte Sacra Praça do Seminário, s/n. Centro. Cuiabá. MT. 78015-325(65)
3613-9210 / 8409-9631
16º Batalhão de Caçadores Laguna Av. 31 de Março, 171 - Cuiabá
*Museu do Morro da Caixa D'Água Velha Av. Presidente Marques; Complexo central da Sanecap,
Memorial da Água Engenheiro José Luiz Centro - Cuiabá, MT.
de Borges Garcia
*Memorial João Paulo II Bairro Morada do Ouro II
Museu do SESC Arsenal Bairro Porto - Cuiabá
*Museu Histórico de Mato Grosso Praça da Republica - Centro - Cuiabá, MT
*Aquário Municipal de Cuiabá Bairro Porto -
*Museus cadastrados no Sistema Nacional de Museus/Cadastro Nacional de Museus;
mapeados por UF- Regiões Norte e Centro-Oeste. Disponível em: http://www.museus.gov.br.
Acesso em 26 jun 2009. Organizado por: Jocenaide Maria Rossetto Silva (2009, p.36)
36
37. Quadro 6. Museus nos Municípios do interior de Mato Grosso (2009)
MUSEUS LOCALIZAÇÃO POR MUNICÍPIO
Museu Estadual de Paleontologia, arqueologia e Alta Floresta
Hist. Natural de Alta Floresta
Museu de Voadeira Barra do Garças - dist. de Voadeira
Museu Memória e identidade indígena Cáceres
Museu de Cáceres - Histórico
Centro de Pesquisa e Museu de Antropologia,
Etnografia, Arqueologia, Paleontologia e
Espeleologia de Cáceres
Casa de Memória de C. Novo dos Parecis Campo Novo dos Parecis
Fundação Pró-Memória Canarana
Sala de Memória Chapada dos Guimarães Chapada dos Guimarães
Parque Nacional Chapada dos Guimarães
De Arte Sacra de Chapada dos Guimarães
Museu Casa Memorial dos Viajantes Diamantino
Museu da Diocese
Centro de cultura Bororo de Meruri Gen. Carneiro - Aldeia de Meruri
ligado ao MCDB/UCDB Campo Grande,MS
Museu Comunitário e Centro de Cultura Xavantes Gen. Carneiro - Aldeia de Sangradouro
de Sangradouro- ligado ao MCDB/UCDB Campo
Grande,MS
Museu Histórico de Itiquira Itiquira
Museu Salesiano dos Povos da Floresta Juína
Casa de Mem. “Frei Salvador Rouquette” Nossa Senhora do Livramento
Museu do Índio Paranatinga
Museu “Prof. Nenézio Quintino Silva” Poconé
Cantinho da Vovó Bem
Museu de Pedra “Marinho Kaba”
Museu de Poconé
Casa de Memória Amarilio B. de Brito -Museu da Poxoréu
Farmacia
Instituto Memória “Profa. Nivia Dinart” Primavera do Leste
Sala da Memória Japonesa Rondonópolis
Museu Rosa Bororo
Museu Municipal Histórico e Indígena de Rosário Rosário Oeste
Oeste
Museu Histórico do Centro Oeste São Felix do Araguaia
Museu da Cadeia Pública - Artes plásticas,
Etnografia, arqueologia, história
Museu da Usina Itaici Santo Antonio de Leverger
Museu da Cadeia Publica “Marize R. Vitório”
Memorial Rondon Santo Ant. do Leverger - dist. Mimoso
Museu Histórico de Sinop Sinop
Museu do Palácio dos Capitães Generais Vila Bela da Santissima Trindade
Museu Histórico e Arqueológico Joaquim Marcelo P.
da Cruz
Museu Anatomo-patologico e de inspeção de Várzea Grande
produtos de origem animal Chico Costa
Museu Ubaldo Monteiro da Silva
Sala de Memória Julio Campos
Museu “Dona Sinharinha de passagem da
Conceição”
Jocenaide Maria Rossetto Silva (2009, p.9)
38. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O contexto apresentado pelas práticas socias com o Patrimônio
Cultural que originaram esta cartilha, que foram se construíndo sobre bases
teoricas e práticas, fornece a equipe técnica da Secretaria de Estado de
Cultura, subsídios para discussões e trabalhos mais ampliados sobre o próprio
conceito de Educação Patrimonial. Lembrando sempre das palavras de
Canguilhem:
A história de um conceito não é, de forma alguma, a de seu
refinamento progressivo, de sua racionalidade continuamente
crescente, de seu gradiente de abstração, mas a de seus diversos
campos de constituição e de validade, a de suas regras sucessivas de
uso, a dos meios teóricos múltiplos em que foi realizada e concluída a
sua elaboração. (Georges Canguilhem, 1990)
Assim, encerra-se este trabalho com a sensação de que uma
parte
foi cumprida, àquela de apresentar a metodologia de Educação Patrimonial
aos interessados, cujos conceitos podem contribuir para a ampliação dos
saberes e proposituras de projetos a serem elaborados e executados,
seguindo ou não, as sugestões propostas. Mesmo porquê, a metodologia de
Educação Patrimonial se caracteriza como tema/contexto gerador de
experiências diversas de processos baseados em “referências patrimoniais”
construídas e re-construídas no ambitodesta metodologia, a própria ação
Ou seja, torna-se no contexto das práticas sociais.
educacional patrimonial e seus desdobramentos uma prática social
resignificada nas praças, ruas, feiras-livres, museus, igrejas, quintais, roças,
escolas e todos os ambientes habitados pelo ser humano que este exercício
qualifica-o como Patrimônio Cultural, portando confere-lhe a importância
devida no contexto do grupo, da comunidade, da cidade, do estado, do
país e do planeta.
A educação patrimonial é local, mas o seu campo de
atuação pode
ser global. Bom trabalho!
38
39. FONTES CONSULTADAS
CANGUILHEM, Georges. La santé: concept vulgaire et question philosophique.
Toulouse: Sables,1999.
CURY, Marília Xavier. Marcos teóricos e metodológicos para recepção de
museus e Exposições. UNIrevista. Vol. 1, n° 3 : julho 2006. Disponível em
http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Cury.PDF Acesso em 13 jul 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Sã
Paulo: Paz e. Terra, 1996. (Coleção Leitura)
FRIGOTTO, G. A Interdisciplinaridade como necessidade e como problema
nas ciências sociais. In: BIANCHETTI. L. , JANTSCH. A. Interdisciplinaridade: para
além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes. 1995a. p. 20- 62.
GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação
patrimonial. Brasília, DF : IPHAN, 2007. 24 p. Disponível em
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HERNÀNDEZ e VENTURA, Fernando e Monteserrat.In: A organização do
currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre : Artes Médicas, 1998. p. 45-60.
HORTA, Maria de Lourdes; GRUMBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Queiroz.
Guia Básico de Educação Patrimônial . Brasilia: IPHAN; Rio de Janeiro: Museu
Imperial, 1999. (59p.)
MACHADO, Maria Beatriz Pinheiro. Educação patrimonial: orientações para
professores do ensino fundamental e médio. Caxias do Sul: Maneco Livr. &
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MINAS GERAIS. Superintendência de Museus e Artes Visuais. Duvidas
Frequentes. Disponível em
http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=3&con=368)
MORIN, Edgar. Educação e Complexidade: Os setes saberes e outros
ensaios/. São Paulo: Cortez, 2002. p.132
KOHLSDORF, Maria Elaine. Patrimônio cultural e preservação da identidade
dos lugares. In. Arquitetura revista. v. 1 n° 2, jul-dez 2005. Disponível em
http://www.arquiteturarevista.unisinos.br/index.php?e=2&s=9&a=7. Acesso
em 24 set. 2011.
40. NOGUEIRA, Nildo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: uma jornada
Interdisciplinar rumo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. São
Paulo. Érica, 2001. p.189
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Programas
escolares e competências. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 1999. p. 35-52.
SANTOS, Maria Célia Teixeira Moura. Encontros museológicos: reflexões sobre
museologia, a educação e o museu. N. 4. Rio de Janeiro: MinC, IPHAN, DEMU,
2008. (Coleção Museu, Memória e Cidadania).
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Ciencias Afins/HIS/CUR/UFMT,2011.(Texto digitado). Disponível em
http://museuememoriaroo.blogspot.com
SILVA, Jocenaide Maria Rossetto. História da preservação do patrimônio
cultural: as políticas públicas e os museus de Mato Grosso(2003 a 2009).1°
Edital de Seleção de Pesquisas - A Preservação do Patrimônio Cultural no
Brasil- Coordenação Geral de Pesquisa, Documentação e Referência -
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ensino/aprendizagem da física. Disponível em
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tratamento descritivo do objeto no Museu Paulista. Marília, SP.2009.
(Dissertação de Mestrado em Ciência da Informação, Faculdade de Filosofia
e Ciências, Universidade Estadual Paulista). Disponível em
http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-
Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/yassuda_sn_me_mar.pdf.
ENTREVISTAS
LAURO VICTOR MARQUES GONÇALVES - GERENTE DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL
MARIA ANTÚLIA LEVENTI - COORDENADORA DO PATRIMÔNIO CULTURAL
MARIA JOSÉ COUTO VALLE - GERENTE DE TOMBAMENTO, INVENTÁRIO E REGISTRO
ANTONIO HELIO CASPISTRANO DA SILVA - EQUIPE DA COORDENAÇÃO DE PRESERVAÇÃO DO
PATRIMÔNIO CULTURAL
PAULO DE ALMEIDA - ESTAGIÁRIO EM ARQUITETURA
SILE NASCIMENTO - DESENHO ARTÍSTICO/PROJETISTA
SILVANIA WEISEMANN - GERENTE DO SISTEMA ESTADUAL DE MUSEUS
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