O documento discute a influência dos espíritos nos pensamentos e ações humanas de acordo com o livro Espíritos de Allan Kardec. Os espíritos podem conhecer nossos pensamentos secretos e sugerir ideias, mas cabe ao homem distinguir entre bons e maus conselhos. A distinção entre pensamentos próprios e sugeridos nem sempre é clara.
2. 457. Os Espíritos podem conhecer nossos
mais secretos pensamentos?
– Frequentemente conhecem o que
gostaríeis de esconder de vós mesmos.
Nem atos, nem pensamentos lhes podem
ser ocultados.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 457.
3. 459. Os Espíritos influem sobre nossos
pensamentos e ações?
– A esse respeito, sua influência é maior do
que podeis imaginar. Muitas vezes são eles
que vos dirigem.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 459.
4. 460. Temos pensamentos próprios e
outros que são sugeridos?
– Vossa alma é um Espírito que pensa;
não ignorais que muitos pensamentos vos
ocorrem às vezes ao mesmo tempo sobre
um mesmo assunto e frequentemente
bastante contrários uns aos outros; pois
bem, nesses pensamentos há sempre os
vossos e os nossos.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - Parte
Segunda Capítulo 9 – item 460.
5. Isso vos coloca na
incerteza, porque, então, tendes duas
ideias que se combatem.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - Parte
Segunda Capítulo 9 – item 460.
6. 461. Como distinguir os pensamentos
próprios daqueles que são sugeridos?
– Quando um pensamento é sugerido, é
como uma voz falando. Os pensamentos
próprios são em geral os do primeiro
momento.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 461.
7. Além de tudo, não há para vós um
grande interesse nessa distinção e
muitas vezes é útil não sabê-lo: o
homem age mais livremente. Se decidir
pelo bem, o faz voluntariamente; se
tomar o mau caminho, há nisso apenas
maior responsabilidade.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 461.
8. 462. Os homens de inteligência e de
gênio tiram suas ideias de sua natureza
íntima?
– Algumas vezes as ideias vêm de seu
próprio Espírito, mas frequentemente
são sugeridas por outros Espíritos que os
julgam capazes de compreendê-las e
dignos de transmiti-las
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 462.
9. Quando não as encontram em si, apelam
à inspiração. Fazem, assim, uma
evocação sem o suspeitar.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 462.
10. ☼ Se nos fosse útil distinguir
claramente nossos próprios pensamentos
dos que nos são sugeridos, Deus nos
teria dado o meio de o fazer, como nos
deu o de distinguir o dia da noite.
Quando uma coisa é vaga, é porque
convém que assim seja.
Comentário de Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 462.
11. 464. Como distinguir se um
pensamento sugerido vem de um bom
ou de um mau Espírito?
– Estudai o caso. Os bons Espíritos
apenas aconselham o bem; cabe a vós
fazer a distinção.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 464.
12. 472. Os Espíritos que querem nos induzir
ao mal apenas se aproveitam das
circunstâncias ou podem também criá-las?
– Aproveitam as circunstâncias, mas
frequentemente as provocam, oferecendo-
vos ou levando-vos inconscientemente ao
objeto de vossa cobiça.
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos -
Parte Segunda Capítulo 9 – item 472.
13. Assim, por exemplo, um homem encontra
no caminho uma quantia de dinheiro;
não acrediteis que os Espíritos levaram o
dinheiro para esse lugar, mas podem dar
ao homem o pensamento de se dirigir a
esse ponto e, então, sugerir o pensamento
de se apoderar dele, enquanto outros lhe
sugerem o de restituir o dinheiro a quem
pertence. O mesmo acontece com todas as
outras tentações. Allan Kardec - O Livro dos Espíritos
Parte Segunda Capítulo 9 – item 472.
14. 1.Os Espíritos não são iguais nem em
poder, nem em conhecimento, nem em
sabedoria.
Allan Kardec – Revista Espírita - outubro
de 1858. Obsidiados e Subjugados
15. Nada mais sendo que as almas dos
homens, desembaraçadas de seu invólucro
corporal, apresentam variedade ainda
maior do que as encontradas entre os
homens na Terra, visto procederem de
todos os mundos e porque entre os
mundos o nosso planeta não é o mais
atrasado, nem o mais avançado.
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16. Há, pois, Espíritos muito superiores, e
outros bastante inferiores; muito bons e
muito maus, muito sábios e muito
ignorantes; há os
levianos, malévolos, mentirosos, astucioso
s, hipócritas, engraçados, espirituosos, zo
mbeteiros, etc.
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de 1858. Obsidiados e Subjugados
17. 2. Estamos incessantemente cercados por
uma multidão de Espíritos que, por
serem invisíveis aos nossos olhos
materiais, nem por isso deixam de estar
no espaço, ao redor de nós, ao nosso
lado, espiando nossas ações, lendo os
nossos pensamentos, uns para nos
fazerem o bem, outros para nos
induzirem ao mal, conforme sejam bons
ou maus. Allan Kardec – Revista Espírita - outubro
de 1858. Obsidiados e Subjugados
18. 3. Pela inferioridade física e moral de
nosso globo na hierarquia dos mundos,
os Espíritos inferiores são aqui mais
numerosos que os superiores.
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19. 4. Entre os Espíritos que nos
rodeiam, há os que se vinculam a
nós, que agem mais particularmente
sobre o nosso pensamento, aconselham-
nos, e cujo impulso seguimos sem o
saber. Felizes se escutarmos somente a
voz dos bons.Allan Kardec – Revista Espírita - outubro
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20. 5. Os Espíritos inferiores não se ligam
senão aos que os ouvem, junto aos quais
têm acesso e aos quais se prendem. Caso
consigam estabelecer domínio sobre
alguém, identificam-se com o seu próprio
Espírito, fascinam-no, obsidiam-
no, subjugam-no e o conduzem como se
fosse uma verdadeira criança.
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de 1858. Obsidiados e Subjugados
21. 6. A obsessão jamais se dá senão pelos
Espíritos inferiores. Os Espíritos bons
não causam nenhum constrangimento;
aconselham, combatem a influência dos
maus e, se não são ouvidos, afastam-se.
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de 1858. Obsidiados e Subjugados
22. 7. O grau de constrangimento e a
natureza dos efeitos que produz
marcam a diferença entre a obsessão, a
subjugação e a fascinação.
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de 1858. Obsidiados e Subjugados
23. A obsessão é a ação quase permanente de
um Espírito estranho, que faz com que a
vítima seja induzida, por uma
necessidade incessante, a agir nesse ou
naquele sentido, a fazer tal ou qual
coisa.
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24. A subjugação é uma opressão moral que
paralisa a vontade daquele que a
sofre, impelindo-o às mais
despropositadas ações
e, frequentemente, àquelas que mais
contrariam os seus interesses.
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de 1858. Obsidiados e Subjugados
25. A fascinação é uma espécie de
ilusão, ora produzida pela ação direta
de um Espírito estranho, ora por seus
raciocínios capciosos, ilusão que altera o
senso moral, falseia o julgamento e faz
tomar o mal pelo bem.
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26. 8. Por sua vontade, pode o homem
livrar-se sempre do jugo dos Espíritos
imperfeitos, porque, em virtude de seu
livre arbítrio, tem a escolha entre o bem
e o mal. Se o constrangimento chegou a
ponto de paralisar a vontade, e se a
fascinação é bastante grande para
obliterar a razão, a vontade de uma
outra pessoa pode substituí-la.
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de 1858. Obsidiados e Subjugados