Este documento discute a evolução da Terceira Tradição de Alcoólicos Anônimos, que estabelece que a única condição para se tornar membro é o desejo de parar de beber. Relata como no início o AA tinha muitas regras rígidas para aceitar novos membros, mas experiências mostraram que a abertura e inclusão eram essenciais para o sucesso do programa.
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LITERÁRIA - TERCEIRA TRADIÇÃO
1.
2.
3. PREÂMBULO DE AA
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS é uma irmandade de homens e
mulheres que compartilham suas experiências, forças e
esperanças a fim de resolver o seu problema comum e
ajudarem outros a se recuperarem do alcoolismo.
O único requisito para se tornar membro é o desejo de parar de
beber. Para ser membro de AA não há necessidade de se
pagar taxas nem mensalidades somos auto-suficientes graças
às nossas próprias contribuições.
AA não esta ligado a nenhuma seita ou religião, nenhum
movimento político, nenhuma organização ou instituição não
deseja entrar em qualquer controvérsia; não apóia nem
combate quaisquer causas.
Nosso propósito primordial é mantermo-nos sóbrios e ajudar
outros alcoólicos a alcançarem a sobriedade."
4. PRECE DA SERENIDADE
Concedei-nos, Senhor,
a Serenidade necessária
para aceitar as coisas
que não podemos modificar,
Coragem para modificar
aquelas que podemos,
e Sabedoria para distinguir
umas das outras.
5. Reflexão do dia 16 de Março
COMO NÓS O ENTENDEMOS
• Meu amigo, então, sugeriu o que me pareceu
uma idéia original ... "Por que não escolhes teu
próprio conceito de Deus?" Esta pergunta atingiu-
me fortemente. Derreteu a montanha de gelo
intelectual, à sombra da qual eu havia vivido
durante muitos anos. Enfim, ergueria o rosto para
o sol! Era só me dispor a crer em um Poder
Superior a mim. Para começar, aquilo bastava.
• ALCOÓLICOS ANÔNIMOS PG. 35
6. • Lembro-me das vezes que olhava para o céu e refletia
sobre quem e como começou tudo isso. Quando
cheguei em A.A., um entendimento da dimensão
espiritual tornou-se um auxilio necessário para uma
sobriedade estável. Após ler sobre a grande explosão
(big bang), optei para a simplicidade e supondo que o
Deus do meu entendimento foi o Grande Poder que
tornou a explosão possível. Com a vastidão do universo
sob Seu comando. Ele seria, sem dúvida, capaz de guiar
meu pensamento e ações se eu estivesse preparado
para aceitar a Sua orientação. Mas não posso esperar
ajuda, se virar as costas a esta ajuda e continuar à
minha própria maneira. Tornei-me disposto a acreditar
e já tenho 26 anos de sobriedade estável e satisfatória.
7. "Para ser membro de A.A., o único
requisito é o desejo de parar de beber. "
8. Nós sempre dizemos para aquele que chega
e que possa ter problema com a bebida:
• Você será um membro de AA se assim o quiser.
• Você pode declarar-se dentro da Irmandade; ninguém poderá
mantê-lo de fora.
• Quem quer que você seja, por mais baixo que tenha
chegado, por mais graves que sejam as suas complicações
emocionais - até mesmo os seus crimes - não poderemos
negar-lhe A.A.
• Não queremos que fique de fora.
• Não tememos nem um pouco que você nos faça mal, por
mais perverso e violento que você seja.
• Queremos apenas ter certeza de que você terá a mesma
oportunidade de chegar à sobriedade que nós tivemos.
• De modo que você será um membro de Alcoólicos Anônimos
no instante em que assim se declarar.
9. No começo o AA era muito frágil.
• Estabelecer esse princípio de filiação foi obra de muitos
anos de experiência sofrida.
• Dificilmente um alcoólico por nós abordado, dava-nos
qualquer atenção; aqueles que se juntavam a nós eram
como que velas resistindo aos ventos. Suas chamas
incertas se apagavam (recaiam) e não podiam mais ser
acesas. Nosso pensamento constante era: "Qual dentre
nós será o próximo?"
• Em dada época, cada grupo de AA tinha numerosas
regras de ingresso. Todos temiam que alguém ou
alguma coisa fizesse virar o barco, fazendo todos
voltarem a beber.
10. • O escritório da nossa Fundação “pediu a cada
grupo que enviasse sua lista de regras
'protetoras’. A lista total era quilométrica. Se
todas aquelas regras vigorassem realmente em
toda parte, ninguém teria conseguido ingressar
em AA, tamanha era a nossa ansiedade e os
nossos temores.”
• Estávamos decididos a admitir a entrada em AA
de apenas aquelas pessoas a quem chamávamos
"alcoólicos puros" que bebem exageradamente
com suas lamentáveis consequências, não
podiam os alcoólicos ter outras complicações.
11. “Construímos uma cerca de malha fina
em torno de AA.”
• De modo então que os
mendigos, vadios, débeis
mentais, encarcerados, homossexuais, adoida
dos e as mulheres decaídas, decididamente
não tinham lugar em AA.
• Sim, senhores, cuidávamos apenas dos
alcoólicos puros e respeitáveis! Quaisquer
outros seriam destruição certa para nós.
Ademais, se admitíssemos essa gente
indefinida, que diriam de nós as pessoas de
bem?
12. Isto agora talvez pareça cômico.
• "Talvez pensem que nós, os velhos, éramos
deveras intolerantes. Garanto-
lhes, porém, que naquele tempo a situação
não era nada engraçada. Éramos impiedosos
porque percebíamos que nossas vidas e
nossos lares estavam ameaçados.
Intolerantes, dirão? Bem, tínhamos medo.
Naturalmente começáramos a agir como a
maior parte das pessoas quando têm medo.
Afinal, não será o temor a verdadeira base da
intolerância?
13. A visão do futuro
• Como poderíamos então adivinhar que todos
aqueles temores não teriam fundamentos?
• Como poderíamos saber que milhares daquelas
pessoas por vezes assustadoras teriam espantosas
recuperações e se transformariam em nossos
maiores colaboradores e mais íntimos amigos?
• Seria acreditável que A.A. fosse apresentar uma
incidência de divórcios bem abaixo da média?
(reestabelecimento da família)
• Poderíamos àquela altura prever que indivíduos
perturbadores se tornariam nossos principais
mestres na arte da paciência e da tolerância?
14. • Poderia então alguém imaginar uma sociedade
incluindo todos os tipos possíveis de pessoas e
superando todas as barreiras raciais, religiosas, políticas
e linguísticas com facilidade?
• Por que terá afinal AA abandonado todas as suas regras
de afiliação?
• Por que deixamos a cada recém-chegado a tarefa de
decidir por si mesmo se era um alcoólico e deveria
juntar-se a nós?
• Por que ousamos dizer que não puniríamos nem
cancelaríamos a inscrição de qualquer membro de AA?
• Que jamais deveríamos obrigar alguém a pagar o que
quer que seja, acreditar no que quer que seja ou
aceitar o que quer que seja?
15. A resposta, evidenciada agora na Terceira
Tradição, é a simplicidade propriamente dita.
• A experiência ensinou-nos afinal que privar o alcoólico
de uma plena oportunidade, equivale por vezes a
pronunciar a sua sentença de morte e, amiúde, a
condená-lo a um estado de interminável miséria.
• Quem se atreveria a ser o juiz, o júri e o carrasco do seu
irmão doente?
• Enquanto cada vez mais grupos foram dando-se conta
destas possibilidades, as regras de ingresso foram
deixadas de lado. Sucessivas experiências dramáticas
firmaram tal resolução até que ela se transformou em
nossa tradição universal.
16. Primeira história
• No segundo ano de AA. um estranho apareceu
num dos grupos (existiam dois), bateu à porta e
pediu para entrar. Falou francamente ao membro
mais velho daquele grupo. Provou que o seu caso
era desesperador e que, acima de tudo, queria
ficar bom. Mas, perguntou ele, "o senhor
permitirá que eu faça parte do seu grupo? Sou
vítima de outra dependência ainda mais
estigmatizante do que o próprio alcoolismo e o
senhor poderá não me querer entre os seus."
17. Lá estava o dilema. O que deveria fazer o
grupo?
• O membro mais antigo convocou dois colegas
(consciência coletiva)
e, confidencialmente, colocou-lhes nas mãos
aquela carga explosiva, dizendo: "Bem, e
agora? Se recusarmos este homem, ele cedo
morrerá. Se permitirmos que entre, só Deus
sabe os problemas que irá criar. Que resposta
lhe daremos - sim ou não?"
18. • A princípio os veteranos só viam objeções. disseram
eles: "Só lidamos com alcoólicos. Não seria o caso de
sacrificarmos esta pessoa em benefício das demais?"
E a discussão se prolongava enquanto o destino do
recém-chegado ficava pendente na balança.
Afinal, um dos três falou com entonação
diferente, disse: "Aquilo que realmente tememos é a
perda da nossa reputação. Temos muito mais receio
dos comentários que poderiam surgir do que dos
problemas que este bêbado poderá trazer. Ao longo
desta nossa conversa, quatro palavrinhas me
passaram pela mente. Algo não cessa de repetir para
mim: 'O que faria o Mestre?' Não se disse mais
nada. Na verdade, o que mais se poderia dizer?
19. • Exultante, o recém-chegado entregou-se às
tarefas do Décimo Segundo Passo.
Incansavelmente, apresentou a mensagem de
AA a dezenas de pessoas. Como se tratava de
um grupo bem antigo, essas dezenas de
pessoas hoje ascendem à casa dos milhares.
Ele jamais incomodou quem quer que fosse
com o seu outro problema. AA tinha dado o
primeiro passo no sentido da formulação da
Terceira Tradição.
20. Segunda história
• Um grupo recebeu em seu seio um vendedor que aqui
chamaremos de Ed. Tratava-se de um indivíduo ativo e
petulante, como costumam ser os vendedores. Ele
tinha pelo menos uma ideia por minuto de como
“melhorar” o AA. Tais ideias ele as vendia aos colegas
com o mesmo entusiasmo que punha na venda de cera
para polimento de automóveis. Mas uma de suas ideias
não era muito vendável. Ed era ateu. Sua obsessão
predileta era a de que A.A. poderia funcionar muito
melhor sem aquela "tolice de Deus". Ele incomodava a
todos e a expectativa geral era de que logo se
embebedaria pois na ocasião, entenda-se, A.A. era um
antro de carolice. Deveria haver, dizia-se, um pesado
castigo para os blasfemos. Para decepção geral, Ed
manteve-se sóbrio.
21. • Chegou afinal o momento em que deveria falar
numa reunião. Trememos todos, pois sabíamos o
que estava por vir. Ed rendeu tributo à
Irmandade, contou como a sua família se havia
reencontrado, exaltou a virtude da
honestidade, relembrou os prazeres do trabalho
do Décimo Segundo Passo e, por fim, soltou em
altos brados: "Não tolero essa história de Deus!
Não passa de uma tolice de gente fraca. Nosso
grupo não precisa disso. Não quero saber dessa
história! Chega dessa bobagem!"
• Uma grande onda de revolta apossou-se dos
presentes e todos foram levados conjuntamente
a esta resolução: "Fora com ele!"
22. • Os veteranos disseram-lhe reservadamente com firmeza:
"Você não pode falar dessa maneira à nossa gente. Pare ou vá
embora." Com grande sarcasmo, Ed voltou à carga:
"Bem, digam-me: É assim mesmo?" Esticou o braço e
apanhou numa prateleira um maço de papéis. No topo estava
o prólogo do livro Alcoólicos Anônimos, então em
preparação. A seguir leu em voz alta: "A única exigência para
o ingresso em A.A. é o desejo de parar de beber." Sem dar
tréguas, prosseguiu: "Quando escreveram essa frase, vocês
estavam ou não sendo sinceros?"
• Desanimados, os mentores se entreolharam, pois sabiam ter
sido apanhados desprevenidos. O resultado é que Ed ficou.
• Ed não apenas ficou, mas permaneceu sóbrio durante longos
meses. Quanto mais tempo ficava a seco, tanto mais
vociferava contra Deus. O grupo ficou de tal forma angustiado
que toda a caridade fraterna desapareceu. Comentavam
entre si os homens: "Quando, meu Deus, quando, esse sujeito
irá encher a cara?"
23. • Bem mais tarde, Ed conseguiu um emprego de vendedor
que o obrigou a sair da cidade. Depois de poucos dias surgiu
a novidade. Ele tinha mandado um telegrama pedindo
dinheiro e todos sabiam o que aquilo significava! A seguir
fez um chamado telefônico. Naquela época, costumávamos
ir onde quer que fosse para executar um trabalho do
Décimo Segundo Passo, por piores que fossem as
perspectivas. Desta vez, porém, ninguém se mexeu. "Que
fique sozinho! Que tente fazer as coisas por si; talvez
aprenda uma lição!"
• Cerca de duas semanas mais tarde, Ed penetrou, à noite, na
casa de um dos membros de A.A. e, sem que a família
soubesse, meteu-se na cama. Ao amanhecer o dono da casa
e outro amigo estavam a tomar o café matinal. Ouviu-se um
barulho nas escadas. Para consternação de ambos, Ed
apareceu. Com um sorriso enigmático nos lábios ele
perguntou: "Vocês já fizeram a sua meditação desta
manhã?" Súbito, os dois deram-se conta de que ele falava
sério. Em fragmentos, a história lhes foi contada.
24. • Ed havia permanecido num hotel barato de um Estado
vizinho. Ignorados todos os seus pedidos de ajuda, estas
palavras começaram a assaltar-lhe a mente febril: "Eles me
abandonaram. Fui abandonado pelos meus iguais. É o fim ...
nada mais resta." Ao virar-se na cama, batera com a mão na
escrivaninha ao lado e tocara num livro. Ed abriu e leu o livro.
Era uma Bíblia de Gedeão. Nunca mais ele tornou a confessar
o que viu e sentiu naquele quarto de hotel. Foi no ano de
1938. Jamais Ed voltou a beber. Hoje em dia, quando os
membros antigos que conhecem Ed. se reúnem, eles
exclamam:
• “Se tivéssemos conseguido expulsar Ed por causa de suas
blasfêmias, que teria sucedido a ele e a todos que ele ajudou
posteriormente?"
• Foi assim que a mão da Providência muito cedo nos deu a
entender que qualquer alcoólico é um membro da nossa
Irmandade, desde o momento em que ele assim o afirme.
25.
26. PARA REFLEXÃO
O que dizer hoje de nossas ações e
conduta, seja como membro de AA
individual ou em Grupo?
• Quais formas de peneirar (selecionar) os alcoólicos?
• Quando acontece a seleção?
• Usamos qualquer espécie de peneira?
• Que tipo de alcoólico queremos em nosso meio?
• Estamos discriminando algum tipo alcoólico?
• Quanto à sua origem, ele nos incomoda?
• Qual a importância dele para nós?
• Teríamos sobrevivido 77 anos se usássemos algum tipo de peneira?
• O que dizer das futuras gerações?
27. • Pela discriminação- aparência física, sexo, saúde e
higiene
• Cor
• Etnia
• Condição sócio cultural
• Condição sócio financeira
• Atuação/crença Religiosa
• Idade
• outros problemas além do álcool
28. • Lá fora
• Na chegada
• Aqui dentro
• E depois
29. • Não usamos filtro.
• Muito pelo contrário, nos empenhamos em
esclarecer toda dúvida que exista na mente do
alcoólico e estabelecer uma relação de confiança.
• Procuramos fazer da vinda dele aqui uma
verdadeira oportunidade de pratica dos nossos
princípios
• É importante salientar que não forçamos
ninguém a nada!
36. Qual a importância dele para nós?
• Se estivéssemos Lá fora, poderíamos estar
igual ou pior que ele.
• Isso se ainda estivéssemos lá fora!
• Se descuidarmos do programa de ação
podemos se juntar a eles de novo.
38. • O AA não é só para nós, o AA é para o outro
também.
• Aquele que vai chegar, é aquele que vai abrir a
porta do Grupo amanhã.
• Confiaremos a ele a chave e a manutenção do
Grupo.
• Apadrinharemos ele como se fosse nosso filho
querido.
39.
40.
41. Entre em contato conosco e venha nos visitar.
grupodeaaaracas@gmail.com
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GRUPO ALCOÓLICOS ANÔNIMOS EM ARAÇÁS
RUA: CARACAS, 103 - ARAÇAS, VILA VELHA – ES
CEP: 29103-019
(PRÓXIMO AO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO MADERAUTO)
REUNIÕES: SEGUNDA, TERÇA, QUARTA E SEXTA ÀS 19:30h.