1. Primeiramente o autor discute a personalidade hedonista (doutrina que afirmam constituir o prazer) que se encontra na base do culto ao corpo e da epidemia de atentados violentos a vida. Depois se aprofunda no consumismo de fato questionando a maneira imprecisa de sua significação (ora se refere ao habito de comprar, ora ao padrão de satisfação emocional) e periodização histórica (porque os autores não chegam a um acordo sobre a data em que surgiu) juntamente com o consumidor em diferentes séculos, por exemplo. É abordado o ponto de vista da autora Hannah Arendt onde ela afirma que a emergência histórica do consumo esteve relacionada a três fatores: desenvolvimento sociocultural na política/ aumento da produtividade/ conversão imaginaria do trabalho. O fato de a produtividade ter aumentado juntamente com o avanço tecnológico acabou obscurando o poder artesanal. É discutida também no texto a visão antagônica do consumidor e do vendedor, onde na visão de quem vende é lucrar e de quem consume é a satisfação pessoal. Ocorre no texto analise de duas hipóteses de insatisfação consumista, a de Lodziak e Haug. A primeira afirma os lados opostos de satisfação quando se é um vendedor ou quando se é comprador. Já no segundo questiona-se a utilização indevida para propósitos de auto realização pessoal. É relatado o resultado de estudos e pesquisa de Peter Gay referente a experiência burguesa e o seu valor, o sentido que o objeto pode vir a ter dependendo de sua relação com o mundo (comprismo). Baseado nesta idéia é inadmissível afirmarmos que o consumismo é apenas uma questão de futilidade narcisista, pois os objetos foram e são necessários em nossas vidas, seja na forma de emoções, expressões ou até mesmo necessidades. Em sua ultima proposição é questionado no texto se tudo é uma questão de prazer e felicidade refletida no comportamento e nível das classes sociais e se ideais morais e emocionais se sustentam sem os objetos. Em suma, o autor questiona a crise de valores que enfrentamos atualmente, partindo de idéias e situações reais, tais como, o culto ao corpo e a aparência, o consumismo e a preocupação com a imagem. O autor é imparcial quanto a sua opinião, não deixando transparecer nem criticas nem elogios referente a esses fenômenos culturais que enfrentamos atualmente.