O documento descreve como a chuva transforma a paisagem urbana, deixando as ruas molhadas e as pessoas correndo para se proteger com guarda-chuvas e toldos. Fala também sobre uma idéia que assombra a mente do autor e sobre como ele observa as pessoas pela janela, percebendo sua superficialidade em relação à aparência.

1. Olha de Novo beto renzo

2. Olha o que há pra ver, A calçada borbulha onde se deita a chuva.

3. Com sua rota que desrespeita a avenida engasgada de carros, Com sua falta de licença ao trânsito das pessoas que se curvam... encurtam

4. Fazendo desabrochar os guarda-chuvas. Esticando os toldos, Lavando os telhados, Deixando mais ruidosas as salas do aeroporto fechado.

5. Minha idéia, essa pequena... Gigantesca que assombra a vizinhança da minha cabeça Com sua branca sombra.

6. Deixo-a minha, enquanto olha pela janela dos meus olhos... Essa que não vê graça ao adorno “marquetado” e caro

7. Mas que é só carinho ao simples, Que hoje jaz desapercebido desses apressados.

8. Olha o que há pra se ver, A moça ondula desafortunada de graça, Pois escolheu o salto divorciado do pé que exibem as páginas,

9. Pois se fez a senhora de ferro, de aço, de mármore... e nada de carne. O moço, coitado... já nem sabe se é rosa sincera ou brilhante gelado

10. Minha idéia, essa pequena... Sabe que a feiúra anda se esnobando pela cidade

11. Mas a beleza é amiga antiga E deixa o meu queixo mole quando vem me dizer boa tarde. [email_address]