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O termo quot;chuva ácidaquot; refere-se à
precipitação acidificada sob a forma de
chuva, neve ou granizo. Este termo foi pela
primeira vez utilizado em 1858 e tem sido
usado desde então.
A água pura, a 20ºC tem um pH = 7, mas a água que existe na
atmosfera não é neutra.
A chuva dita “normal” é ligeiramente ácida, apresenta um pH
que ronda os 5,6.
Esta acidez normal é resultante da combinação do dióxido de
carbono existente na atmosfera com a água, formando ácido
carbónico, um ácido fraco, que faz com que o pH da chuva
seja próximo de 5.6.
No entanto, o pH da água da
chuva        tem       decaído
constantemente desde o
início da revolução industrial.

Isto deve-se ao facto de
alguns              compostos
poluentes, como o dióxido de
enxofre e os óxidos de
azoto, contribuírem para a
contínua    acidificação   da
chuva.
• Os óxidos de azoto, cujos principais emissores são os veículos
  automóveis e as centrais termoeléctricas, reagem com as
  moléculas de água, originando ácido nítrico;




• O dióxido de enxofre, também expelido pelos automóveis e
  pelas centrais termoeléctricas, ao reagir com a água origina
  ácido sulfúrico. Isto faz com que o pH da chuva baixe, muitas
  vezes para valores próximos de 3.
• A acidificação dos lagos e dos rios tem como
  consequência          a        morte      de
  plâncton, moluscos, peixes e anfíbios. Se a
  precipitação for muito ácida, pode mesmo
  destruir todos os seres vivos.
• As chuvas ácidas são responsáveis pela
  alteração das características dos solos e pela
  ocorrência    de     lesões     graves     nas
  plantas, tendo causado danos irreversíveis em
  algumas florestas da Europa do Norte e
  Central.
A chuva ácida é responsável pela corrosão de
pedra, metal ou tinta. Praticamente todos os materiais
expostos à chuva e ao vento durante muito tempo
degradam-se gradualmente. A chuva ácida vai acelerar
esse processo, destruindo estátuas, prédios ou
monumentos. Reparar os estragos causados pela chuva
ácida em casas e prédios pode ser muito caro.
• O ozono (O3) é um gás cuja molécula contém três átomos de
  oxigénio (O).
  Cerca de 90% do ozono que existe na atmosfera localiza-se na
  estratosfera, entre 10 a 50Km acima da superfície terrestre;
  mas as maiores concentrações de ozono aparecem a altitudes
  aproximadamente entre 15 e 35Km, constituindo o que se
  convencionou chamar “Camada de Ozono”.
Esta camada é fundamental para assegurar a vida na
  Terra, visto que:
• tem a capacidade de absorver grande parte da
  radiação ultravioleta-B (UV-B), que pode provocar
  efeitos nocivos (ou até mesmo letais) nos seres vivos.
Na formação e decomposição naturais do ozono na estratosfera existe
um equilíbrio dinâmico que manteve constante a concentração do
ozono nesta camada, durante muito tempo.
• Apesar da composição da camada de ozono se
  ter mantido inalterada por milhões de
  anos, nas últimas décadas têm-se assistido à
  sua rápida degradação, com o consequente
  aparecimento dos designados quot;buracos de
  ozonoquot;, zonas da estratosfera onde esta
  camada se apresenta extremamente fina, com
  redução óbvia dos seus efeitos protectores.
• Os CFCs (clorofluorcarbonetos) são os
  principais responsáveis pela destruição da
  camada de ozono, já que, devido à sua
  composição química, reagem facilmente com
  o ozono.
Os CFCs foram produzidos a
partir da década de 30 e
utilizados                nos
frigoríficos, aparelhos de ar
condicionado e aerossóis.




                         Estas descobertas levaram
                         os países industrializados a
                         comprometer-se a reduzir a
                         produção de CFCs
• O buraco do ozono foi inicialmente detectado na
  Antárctida, esta é uma zona do globo com condições
  particularmente favoráveis à degradação do ozono
  nomeadamente devido ás condições meteorológicas
  muito particulares deste continente.
Protocolo de Montreal




• Face a esta ameaça, mais de 60 países assinaram em Setembro de 1987
  este Protocolo, comprometendo-se a reduzir em 50% o uso dos CFCs até
  finais de 1999.
• Em 1990, na Conferência de Londres, 70 países concordaram em
  acelerar o processo de eliminação destes compostos, decidindo, não a
  redução, mas a proscrição total da produção até ao ano 2000.
• Para além dos CFCs, o Protocolo impõe igualmente a interdição da
  utilização do metilclorofórmio, tetracloreto de carbono e moléculas
  brometadas, que também possuem uma acção destrutiva sobre o ozono.
• Actualmente, 155 países são signatários do acordo.
As consequências da diminuição da camada de ozono são:



• O aumento da incidência de cancro de pele
• Efeitos sobre o sistema imunológico : a
  exposição ás radiações UV-B reduzem a
  capacidade de resposta do nosso sistema
  imunológico tornando o organismo mais
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• Decréscimo da quantidade fitoplâncton
  marinho, base da cadeia alimentar dos
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Chuva áCida

  • 1. O termo quot;chuva ácidaquot; refere-se à precipitação acidificada sob a forma de chuva, neve ou granizo. Este termo foi pela primeira vez utilizado em 1858 e tem sido usado desde então.
  • 2. A água pura, a 20ºC tem um pH = 7, mas a água que existe na atmosfera não é neutra. A chuva dita “normal” é ligeiramente ácida, apresenta um pH que ronda os 5,6. Esta acidez normal é resultante da combinação do dióxido de carbono existente na atmosfera com a água, formando ácido carbónico, um ácido fraco, que faz com que o pH da chuva seja próximo de 5.6.
  • 3. No entanto, o pH da água da chuva tem decaído constantemente desde o início da revolução industrial. Isto deve-se ao facto de alguns compostos poluentes, como o dióxido de enxofre e os óxidos de azoto, contribuírem para a contínua acidificação da chuva.
  • 4. • Os óxidos de azoto, cujos principais emissores são os veículos automóveis e as centrais termoeléctricas, reagem com as moléculas de água, originando ácido nítrico; • O dióxido de enxofre, também expelido pelos automóveis e pelas centrais termoeléctricas, ao reagir com a água origina ácido sulfúrico. Isto faz com que o pH da chuva baixe, muitas vezes para valores próximos de 3.
  • 5.
  • 6. • A acidificação dos lagos e dos rios tem como consequência a morte de plâncton, moluscos, peixes e anfíbios. Se a precipitação for muito ácida, pode mesmo destruir todos os seres vivos.
  • 7. • As chuvas ácidas são responsáveis pela alteração das características dos solos e pela ocorrência de lesões graves nas plantas, tendo causado danos irreversíveis em algumas florestas da Europa do Norte e Central.
  • 8. A chuva ácida é responsável pela corrosão de pedra, metal ou tinta. Praticamente todos os materiais expostos à chuva e ao vento durante muito tempo degradam-se gradualmente. A chuva ácida vai acelerar esse processo, destruindo estátuas, prédios ou monumentos. Reparar os estragos causados pela chuva ácida em casas e prédios pode ser muito caro.
  • 9.
  • 10. • O ozono (O3) é um gás cuja molécula contém três átomos de oxigénio (O). Cerca de 90% do ozono que existe na atmosfera localiza-se na estratosfera, entre 10 a 50Km acima da superfície terrestre; mas as maiores concentrações de ozono aparecem a altitudes aproximadamente entre 15 e 35Km, constituindo o que se convencionou chamar “Camada de Ozono”.
  • 11. Esta camada é fundamental para assegurar a vida na Terra, visto que: • tem a capacidade de absorver grande parte da radiação ultravioleta-B (UV-B), que pode provocar efeitos nocivos (ou até mesmo letais) nos seres vivos.
  • 12. Na formação e decomposição naturais do ozono na estratosfera existe um equilíbrio dinâmico que manteve constante a concentração do ozono nesta camada, durante muito tempo.
  • 13.
  • 14. • Apesar da composição da camada de ozono se ter mantido inalterada por milhões de anos, nas últimas décadas têm-se assistido à sua rápida degradação, com o consequente aparecimento dos designados quot;buracos de ozonoquot;, zonas da estratosfera onde esta camada se apresenta extremamente fina, com redução óbvia dos seus efeitos protectores.
  • 15. • Os CFCs (clorofluorcarbonetos) são os principais responsáveis pela destruição da camada de ozono, já que, devido à sua composição química, reagem facilmente com o ozono. Os CFCs foram produzidos a partir da década de 30 e utilizados nos frigoríficos, aparelhos de ar condicionado e aerossóis. Estas descobertas levaram os países industrializados a comprometer-se a reduzir a produção de CFCs
  • 16. • O buraco do ozono foi inicialmente detectado na Antárctida, esta é uma zona do globo com condições particularmente favoráveis à degradação do ozono nomeadamente devido ás condições meteorológicas muito particulares deste continente.
  • 17. Protocolo de Montreal • Face a esta ameaça, mais de 60 países assinaram em Setembro de 1987 este Protocolo, comprometendo-se a reduzir em 50% o uso dos CFCs até finais de 1999. • Em 1990, na Conferência de Londres, 70 países concordaram em acelerar o processo de eliminação destes compostos, decidindo, não a redução, mas a proscrição total da produção até ao ano 2000. • Para além dos CFCs, o Protocolo impõe igualmente a interdição da utilização do metilclorofórmio, tetracloreto de carbono e moléculas brometadas, que também possuem uma acção destrutiva sobre o ozono. • Actualmente, 155 países são signatários do acordo.
  • 18. As consequências da diminuição da camada de ozono são: • O aumento da incidência de cancro de pele • Efeitos sobre o sistema imunológico : a exposição ás radiações UV-B reduzem a capacidade de resposta do nosso sistema imunológico tornando o organismo mais susceptível a doenças • Decréscimo da quantidade fitoplâncton marinho, base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos