PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Anexo 3
1. ANEXO 3
DICAS PARA ESCREVER UM
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Lembre-se do público ao qual o seu texto se destina (no caso do Mostre Explique,
são os alunos que não realizaram a mesma pesquisa que você e seu grupo).
O conteúdo do texto deve privilegiar o tema desenvolvido e apresentado.
Utilize uma linguagem compreensível e explique sempre as noções que pareçam
básicas, mas que, não necessariamente, são conhecidas do público em geral.
Sugira títulos e subtítulos, eles são a primeira coisa a ser lida.
A introdução ou o primeiro parágrafo de um artigo de divulgação científica são
fundamentais para chamar a atenção do leitor e motivá-lo a chegar até o fim do
texto. Comece com uma imagem de impacto, com uma passagem marcante.
Seja muito preciso nas informações que colocar no texto. Em divulgação
científica, é importante distinguir especulações de resultados comprovados.
Você pode, ainda, utilizar os chamados “boxes” para as partes mais complexas.
O Box é aquela parte do artigo em que o divulgador destaca algumas noções
científicas de maneira diferenciada do restante do texto.
Seu texto deverá ter entre 1 e 3 páginas e conter imagens com legendas.
FONTE: MASSARANI, Luisa [et al.]. Guia de divulgação científica.
Brasília, DF: Secretaria de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social, 2004.
2. Como funcionam as lentes corretivas
por Bob Broten - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Óculos são muito comuns! Como dependemos bastante das lentes dentro daquelas
armações para melhorar nossa visão, pode-se imaginar o que é preciso para
fabricá-los.
Óculos escuros prescritos
Como seu olho focaliza
No fundo de seu olho há uma complexa camada de células conhecidas como
retina. A retina reage à luz e conduz esta informação até o cérebro. O cérebro, por
sua vez, traduz essa atividade em imagem. Como o olho é uma esfera, a superfície
da retina é curva.
Quando você olha para algo, três coisas devem acontecer:
a imagem deve ser reduzida para se ajustar na retina;
a luz dispersada deve se concentrar, isto é, deve focalizar na superfície da retina;
a imagem deve estar curvada para acompanhar a curvatura da retina.
Para fazer tudo isso, o olho dispõe de uma lente (cristalino) entre a retina e a
pupila (o “olho mágico” no centro de seus olhos, que permite a entrada da luz até
o fundo do olho) e uma cobertura transparente ou córnea (a entrada do olho). O
cristalino, que poderia ser classificado como uma lente "positiva" porque é mais
grosso em seu centro, trabalha juntamente com a córnea para focalizar a imagem
na retina.
O funcionamento de uma lente
A melhor maneira de entender o comportamento da luz através de uma lente
curva é compará-la a um prisma. O prisma é mais grosso em uma extremidade e a
luz que o atravessa é desviada (refratada) em direção à porção mais espessa. Veja
o diagrama abaixo:
3. Uma lente pode ser concebida como dois prismas arredondados colocados juntos.
A luz que passa através da lente é sempre desviada em direção à parte mais
espessa dos prismas. Para criar uma lente negativa (acima, à esquerda), a parte
mais grossa ou a base de cada prima está nas bordas externas e a parte mais fina, o
ápice, está no meio. Isto espalha a luz para longe do centro da lente e move o
ponto focal para a frente dela. Quanto mais poderosa a lente, ou seja, quanto maior
a capacidade de desviar a luz incidente, mais distante dela está o ponto focal.
Para que a lente seja positiva (acima à direita), a parte mais espessa da lente se
encontra no meio e a parte mais fina nas extremidades. A luz se inclina em direção
ao centro e o ponto focal se move para trás da lente. Quanto mais poderosa a lente,
mais próximo dela está o ponto focal.
Uma lente correta irá ajustar o ponto focal para compensar a falta de capacidade
do olho em focalizar a imagem sobre a retina.
Como a lente é feita
No laboratório, a prescrição completa do paciente fornece os seguintes detalhes:
a potência total (em dioptrias) que a lente acabada precisa ter;
o poder e o tamanho do segmento (se necessário);
a potência e a orientação de quaisquer curvas do cilindro;
detalhes como a localização do centro óptico e de qualquer prisma induzido
(definição na próxima seção), caso seja necessário.
O técnico do laboratório seleciona um bloco oftálmico que possui o segmento
correto (chamado de adição) e uma curva da base próxima à potência prescrita.
Assim, para que a potência fique exatamente de acordo com a prescrição, outra
curva é escavada na parte de trás do bloco oftálmico.
4. Na maioria dos laboratórios, o equipamento é projetado para desbastar curvas
negativas. Sendo assim, normalmente se escolhe um bloco oftálmico positivo.
Se a curva da base é muito acentuada, uma curva negativa é desbastada atrás da
lente, o que reduz a sua potência total.
Por exemplo, um bloco oftálmico bastante comum tem + 6,00 dioptrias. Se a
prescrição requer um total de + 2,00 dioptrias, uma curva de – 4,00 dioptrias é
escavada atrás: (+ 6,00D) + (– 4,00D) = + 2,00D (veja ilustração abaixo). Se
necessário, a curva do cilindro também é escavada ao mesmo tempo.
Se a prescrição requer uma lente negativa, o bloco oftálmico de +6,00 dioptrias
ainda pode ser usado. Para confeccionar uma lente com poder de – 2,00 dioptrias,
uma curva de – 8,00 dioptrias é desbastada na parte de trás: (+6,00D) + (– 8,00D) =
– 2,00D.