SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 27
Descargar para leer sin conexión
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Aromaticidade
Prof. Gustavo Pozza Silveira
gustavo.silveira@iq.ufrgs.br

www.iq.ufrgs.br/biolab

1
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Aromático
QUAL A ORIGEM DO TERMO AROMÁTICO ?

História
Hofmann foi o primeiro cientista a utilizar o palavra “aromático” como
referência a compostos químicos contendo núcleo fenila em uma
publicação científica de 1855. Porém, Hofmann também atribuiu o
adjetivo aromático a certas substâncias as quais contém odor sendo
que muitas dessas são terpenos e não tão somente compostos
contendo o anel fenila.
No entanto, terpenos e benzenóides possuem a característica comum
de possuir alto índide de insaturações.

Assim, estaria Hofmann apto a reconhecer a diferença
entre terpenos e benzenóides?
www.iq.ufrgs.br/biolab

2
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Terpenos
Terpenos são compostos os quais tem aroma bastante pronunciado e
caracterísco. Porém, não são compostos aromáticos!

www.iq.ufrgs.br/biolab

3
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

MUITOS COMPOSTOS DE AROMA AGRADÁVEL
APRESENTAM ANÉIS AROMÁTICOS
CHO

HC CH CHO
anisaldeído
(aníz)

cinamaldeído
(canela)

OMe
OH
OMe
eugenol
(cravo)

vanilina
(baunilha)

CH2 CH CH2

www.iq.ufrgs.br/biolab

4
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Reatividade
Alcenos
Adição eletrofílica de bromo a
alcenos leva ao produto dibromado.

Benzeno
Porém, o mesmo procedimento
não leva a adição em benzeno.
Desta forma, faz-se necessário
a utilização de um catalisador e
o produto formado é o de
substituição.

Portanto, benzeno comporta-se diferentemente de alcenos
www.iq.ufrgs.br/biolab

5
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Calor de Hidrogenação

www.iq.ufrgs.br/biolab

Energia de
ressonância

----(energia
necessária
para
hidrogenar o
cicloexatrieno)

6
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

A serpente de Kekulé

www.iq.ufrgs.br/biolab

7
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Benzeno
(Kekulé 1965)
O benzeno é formado por ligações s e p e os carbonos estão
hibridizados na forma sp2.

Desenhando a molécula do benzeno

representação dos 6 é p

Estrtura de Kekulé – setas curvas

www.iq.ufrgs.br/biolab

8
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Critério de Aromaticidade
1. Um composto cíclico deve ter elétrons p conjugados
acima e abaixo do plano da molécula.
Exemplo, benzeno:

2. O número de pares de elétrons p deve ser ímpar.

www.iq.ufrgs.br/biolab

9
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Regra de Hückel
3 - Sistemas mono-cíclicos, planares e completamente
conjugados são aromáticos quando possuem 4n + 2
elétrons π, sendo n um número natural.
4 - Os sistemas análogos com 4n elétrons π são
denominados anti-aromáticos.

5 - Os sistemas aromáticos possuem camada fechada de
elétrons, todos em orbitais ligantes.

www.iq.ufrgs.br/biolab

10
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Anulenos
Anulenos são hidrocarbonetos monocíclicos com ligações simples e
duplas alternadas.

144o

Além de seguir a
regra de Hunckel, o
anuleno precisa ser
planar.

Quais os anulenos aromáticos e quais os anti-aromáticos?
www.iq.ufrgs.br/biolab

11
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Aromaticidade
Como contar os elétrons p?
Utilizando o naftaleno como
exemplo:

Naftaleno pode ser facilmente
reduzido a tetralina o qual ainda
possui um anel benzênico.

Apesar de aromático, as
ligações no naftaleno não são
iguais.

Formas de escrever o naftaleno

www.iq.ufrgs.br/biolab

12
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

COT: dicátion Aromático
Apesar do cicloctatetreno (COT) não ser aromático, seu respectivo
dicátion é:

Portanto, o dicátion COT é planar

www.iq.ufrgs.br/biolab

13
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Nuvem Interrompida

sp3
cicloeptatriene
nuvem p interrompida:
não aromático

sp3
ciclopentadieno
2 pares de elétrons p:
não aromático

www.iq.ufrgs.br/biolab

14
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Derivados do Ciclopropano
Nem o ciclopropeno nem o ânion ciclopropenílico são
aromáticos

O cátion ciclopropenílico
é aromático
www.iq.ufrgs.br/biolab

15
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Exercício: Desenhar as estruturas (formas) canônicas do cátion
cicloeptatrienila
www.iq.ufrgs.br/biolab

16
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Qual(is) composto(s) abaixo
é(são) aromático(s) e Por que?

www.iq.ufrgs.br/biolab

17
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Exercício: Estes anulenos são aromáticos?

www.iq.ufrgs.br/biolab

18
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Heterocíclicos Aromáticos

Um composto
heterocíclico é
um composto
cíclico que contém
um ou mais átomos
diferentes de carbono.

www.iq.ufrgs.br/biolab

19
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Heterociclos aromáticos
Piridina

O par de elétrons sp2 poderia ser
deslocalizado no anel?

www.iq.ufrgs.br/biolab

20
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Pirrol
A adição eletrofílica
pode ocorrer nas
posiçoes 2 e 3 do
pirrol.

Percebe-se que o pirrol é
aromático

www.iq.ufrgs.br/biolab

21
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Furano
De modo semelhante ao pirrol, o furano também pode sofrer
substituições nas posições 2’ e 3’. Um dos seus pares de elétrons está
no orbital p.

Exercício: O que você esperaria em termos de reatividade: furano,
pirrol e tiofeno.
www.iq.ufrgs.br/biolab

22
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Outros Compostos
Heterocíclicos Aromáticos

www.iq.ufrgs.br/biolab

23
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Química Medicinal

www.iq.ufrgs.br/biolab

24
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Química Medicinal

www.iq.ufrgs.br/biolab

25
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Efeito da Aromaticidade sobre o pKa

ânion ciclopentadienila:
6 elétrons π: aromático

www.iq.ufrgs.br/biolab

26
Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014

Prof. Gustavo Pozza Silveira

Ânion ciclopentadienila
ânion ciclopentadienila: 6 elétrons π: aromático

Exercício: predizer os valores relativos de pkas do ciclopentadieno e do
cicloeptatrieno
www.iq.ufrgs.br/biolab

27

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)Cybele Sobrenome
 
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaGrupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaJosé Nunes da Silva Jr.
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosGustavo Silveira
 
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoReações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoJosé Nunes da Silva Jr.
 
Quimica organica
Quimica organicaQuimica organica
Quimica organicajapquimica
 
Aula 11 13 estereoquímica
Aula 11   13 estereoquímicaAula 11   13 estereoquímica
Aula 11 13 estereoquímicaGustavo Silveira
 
Compostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoCompostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoLarissa Cadorin
 
Apostila volumetria de oxirredução
Apostila volumetria de oxirreduçãoApostila volumetria de oxirredução
Apostila volumetria de oxirreduçãoGraziela Leal
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaAdrianne Mendonça
 
Hibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicosHibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicosKaroline Leite Cunha
 

La actualidad más candente (20)

Reações de Álcoois, Fenóis e Éteres
Reações de Álcoois, Fenóis e ÉteresReações de Álcoois, Fenóis e Éteres
Reações de Álcoois, Fenóis e Éteres
 
Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)
 
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
 
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaGrupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
 
Projeções de newman
Projeções de newmanProjeções de newman
Projeções de newman
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
 
Estereoquímica
EstereoquímicaEstereoquímica
Estereoquímica
 
Reações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e CetonasReações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e Cetonas
 
Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoReações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
 
Quimica organica
Quimica organicaQuimica organica
Quimica organica
 
Aula 11 13 estereoquímica
Aula 11   13 estereoquímicaAula 11   13 estereoquímica
Aula 11 13 estereoquímica
 
Compostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoCompostos de coordenação
Compostos de coordenação
 
Aula funções oxigenadas
Aula  funções oxigenadasAula  funções oxigenadas
Aula funções oxigenadas
 
Equilíbrio Químico
Equilíbrio QuímicoEquilíbrio Químico
Equilíbrio Químico
 
Apostila volumetria de oxirredução
Apostila volumetria de oxirreduçãoApostila volumetria de oxirredução
Apostila volumetria de oxirredução
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilíca
 
Hibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicosHibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicos
 
Substituição Eletrofílica Aromática
Substituição Eletrofílica AromáticaSubstituição Eletrofílica Aromática
Substituição Eletrofílica Aromática
 
Aula sobre ligações químicas
Aula sobre ligações químicasAula sobre ligações químicas
Aula sobre ligações químicas
 

Destacado

Hibridos de ressonancia
Hibridos de ressonanciaHibridos de ressonancia
Hibridos de ressonanciaFernando Lucas
 
Apostila de compostos aromáticos
Apostila de compostos aromáticosApostila de compostos aromáticos
Apostila de compostos aromáticoscarlosrbd
 
AROMÁTICOS - AULA 11
AROMÁTICOS - AULA 11AROMÁTICOS - AULA 11
AROMÁTICOS - AULA 11Kaires Braga
 
Reações de Substituição Eletrofílica em Aromáticos
Reações de Substituição Eletrofílica em AromáticosReações de Substituição Eletrofílica em Aromáticos
Reações de Substituição Eletrofílica em AromáticosJosé Nunes da Silva Jr.
 
Qui143 aula 3 ligação química
Qui143 aula 3 ligação químicaQui143 aula 3 ligação química
Qui143 aula 3 ligação químicaGiovanni Marino
 
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 4 Q. Geral I Eng. Quim. 2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 4   Q. Geral I Eng. Quim.  2007Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 4   Q. Geral I Eng. Quim.  2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 4 Q. Geral I Eng. Quim. 2007Profª Cristiana Passinato
 
Aula 10 aromaticidade e substituição eletrofílica aromática
Aula 10   aromaticidade e substituição eletrofílica aromáticaAula 10   aromaticidade e substituição eletrofílica aromática
Aula 10 aromaticidade e substituição eletrofílica aromáticaday ....
 
Química Geral: Apêndice 2A & 2B
Química Geral: Apêndice 2A & 2BQuímica Geral: Apêndice 2A & 2B
Química Geral: Apêndice 2A & 2BEdnilsom Orestes
 

Destacado (20)

Hibridos de ressonancia
Hibridos de ressonanciaHibridos de ressonancia
Hibridos de ressonancia
 
Apostila de compostos aromáticos
Apostila de compostos aromáticosApostila de compostos aromáticos
Apostila de compostos aromáticos
 
AROMÁTICOS - AULA 11
AROMÁTICOS - AULA 11AROMÁTICOS - AULA 11
AROMÁTICOS - AULA 11
 
Reações de Substituição Eletrofílica em Aromáticos
Reações de Substituição Eletrofílica em AromáticosReações de Substituição Eletrofílica em Aromáticos
Reações de Substituição Eletrofílica em Aromáticos
 
Quimica Geral Lista 02
Quimica Geral Lista 02Quimica Geral Lista 02
Quimica Geral Lista 02
 
Qui143 aula 3 ligação química
Qui143 aula 3 ligação químicaQui143 aula 3 ligação química
Qui143 aula 3 ligação química
 
Atividade derecuperacao3ano2014
Atividade derecuperacao3ano2014Atividade derecuperacao3ano2014
Atividade derecuperacao3ano2014
 
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 4 Q. Geral I Eng. Quim. 2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 4   Q. Geral I Eng. Quim.  2007Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 4   Q. Geral I Eng. Quim.  2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 4 Q. Geral I Eng. Quim. 2007
 
Aula 10 aromaticidade e substituição eletrofílica aromática
Aula 10   aromaticidade e substituição eletrofílica aromáticaAula 10   aromaticidade e substituição eletrofílica aromática
Aula 10 aromaticidade e substituição eletrofílica aromática
 
Química Geral Lista 05
Química Geral Lista 05Química Geral Lista 05
Química Geral Lista 05
 
Química Geral Lista_04
Química Geral Lista_04Química Geral Lista_04
Química Geral Lista_04
 
Quimica Geral Lista 08
Quimica Geral Lista 08Quimica Geral Lista 08
Quimica Geral Lista 08
 
Quimica Geral Lista 09
Quimica Geral Lista 09Quimica Geral Lista 09
Quimica Geral Lista 09
 
Aromáticas
AromáticasAromáticas
Aromáticas
 
Química Geral: Apêndice 2A & 2B
Química Geral: Apêndice 2A & 2BQuímica Geral: Apêndice 2A & 2B
Química Geral: Apêndice 2A & 2B
 
Química Geral Lista 03
Química Geral Lista 03Química Geral Lista 03
Química Geral Lista 03
 
Lista de Exercícios 00
Lista de Exercícios 00Lista de Exercícios 00
Lista de Exercícios 00
 
Quimica Geral Lista 07
Quimica Geral Lista 07Quimica Geral Lista 07
Quimica Geral Lista 07
 
Apostila quimica senai
Apostila quimica senaiApostila quimica senai
Apostila quimica senai
 
INTR. QUIM. ORG.
INTR. QUIM. ORG.INTR. QUIM. ORG.
INTR. QUIM. ORG.
 

Similar a Aula 6 aromaticidade

Aula 8 9 nomenclatura compostos orgânicos
Aula 8   9  nomenclatura compostos orgânicosAula 8   9  nomenclatura compostos orgânicos
Aula 8 9 nomenclatura compostos orgânicosGustavo Silveira
 
Aula 1 introdução à química orgânica.
Aula 1    introdução à química orgânica.Aula 1    introdução à química orgânica.
Aula 1 introdução à química orgânica.Ajudar Pessoas
 
material_708ade1907_Ka_062044.pdf
material_708ade1907_Ka_062044.pdfmaterial_708ade1907_Ka_062044.pdf
material_708ade1907_Ka_062044.pdfMangolavo1
 
1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processo
1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processo1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processo
1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processofernandoalvescosta3
 
Quimica org.(aula 01)
Quimica org.(aula 01)Quimica org.(aula 01)
Quimica org.(aula 01)segundocol
 
PPT aula QO 9º ano Sérgio Leal 27042011 Casa das Ciências
PPT aula QO 9º ano Sérgio Leal 27042011 Casa das CiênciasPPT aula QO 9º ano Sérgio Leal 27042011 Casa das Ciências
PPT aula QO 9º ano Sérgio Leal 27042011 Casa das CiênciasMinistry of Education
 
Funções Orgânicas
Funções OrgânicasFunções Orgânicas
Funções OrgânicasMateus Serejo
 
Aula "Introdução à Química Orgânica" para o 9.º ano
Aula "Introdução à Química Orgânica" para o 9.º anoAula "Introdução à Química Orgânica" para o 9.º ano
Aula "Introdução à Química Orgânica" para o 9.º anoMinistry of Education
 
Unidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
Unidade 03 - Grupos Funcionais e NomenclaturaUnidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
Unidade 03 - Grupos Funcionais e NomenclaturaJosé Nunes da Silva Jr.
 
4 - Introdução à Química Orgânica
4 - Introdução à Química Orgânica4 - Introdução à Química Orgânica
4 - Introdução à Química OrgânicaCharles Biral
 
Química orgânica 3º ano COMPLETO
Química orgânica 3º ano   COMPLETOQuímica orgânica 3º ano   COMPLETO
Química orgânica 3º ano COMPLETOEliando Oliveira
 
Aula13 nomen org_alcenos
Aula13 nomen org_alcenosAula13 nomen org_alcenos
Aula13 nomen org_alcenosWamberBroni
 
Aula 15 -_química_orgânica
Aula 15 -_química_orgânicaAula 15 -_química_orgânica
Aula 15 -_química_orgânicaLukasSeize
 
Introdução a química orgânica
Introdução a química orgânicaIntrodução a química orgânica
Introdução a química orgânicaAdjair Correa
 

Similar a Aula 6 aromaticidade (20)

Aula 8 9 nomenclatura compostos orgânicos
Aula 8   9  nomenclatura compostos orgânicosAula 8   9  nomenclatura compostos orgânicos
Aula 8 9 nomenclatura compostos orgânicos
 
Aula 1 introdução à química orgânica.
Aula 1    introdução à química orgânica.Aula 1    introdução à química orgânica.
Aula 1 introdução à química orgânica.
 
material_708ade1907_Ka_062044.pdf
material_708ade1907_Ka_062044.pdfmaterial_708ade1907_Ka_062044.pdf
material_708ade1907_Ka_062044.pdf
 
1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processo
1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processo1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processo
1. Introdução quimica orgânica, pontos relevantes ao entendimento do processo
 
Tarefa semana 01
Tarefa semana 01Tarefa semana 01
Tarefa semana 01
 
Quimica org.(aula 01)
Quimica org.(aula 01)Quimica org.(aula 01)
Quimica org.(aula 01)
 
Quimica org.(aula 01)
Quimica org.(aula 01)Quimica org.(aula 01)
Quimica org.(aula 01)
 
Quimica org.(aula 01)
Quimica org.(aula 01)Quimica org.(aula 01)
Quimica org.(aula 01)
 
PPT aula QO 9º ano Sérgio Leal 27042011 Casa das Ciências
PPT aula QO 9º ano Sérgio Leal 27042011 Casa das CiênciasPPT aula QO 9º ano Sérgio Leal 27042011 Casa das Ciências
PPT aula QO 9º ano Sérgio Leal 27042011 Casa das Ciências
 
Funções Orgânicas
Funções OrgânicasFunções Orgânicas
Funções Orgânicas
 
Aula "Introdução à Química Orgânica" para o 9.º ano
Aula "Introdução à Química Orgânica" para o 9.º anoAula "Introdução à Química Orgânica" para o 9.º ano
Aula "Introdução à Química Orgânica" para o 9.º ano
 
Unidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
Unidade 03 - Grupos Funcionais e NomenclaturaUnidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
Unidade 03 - Grupos Funcionais e Nomenclatura
 
Benzeno
BenzenoBenzeno
Benzeno
 
Aula 1-2740.pptx
Aula 1-2740.pptxAula 1-2740.pptx
Aula 1-2740.pptx
 
4 - Introdução à Química Orgânica
4 - Introdução à Química Orgânica4 - Introdução à Química Orgânica
4 - Introdução à Química Orgânica
 
Introdução à Química Orgânica
Introdução à Química OrgânicaIntrodução à Química Orgânica
Introdução à Química Orgânica
 
Química orgânica 3º ano COMPLETO
Química orgânica 3º ano   COMPLETOQuímica orgânica 3º ano   COMPLETO
Química orgânica 3º ano COMPLETO
 
Aula13 nomen org_alcenos
Aula13 nomen org_alcenosAula13 nomen org_alcenos
Aula13 nomen org_alcenos
 
Aula 15 -_química_orgânica
Aula 15 -_química_orgânicaAula 15 -_química_orgânica
Aula 15 -_química_orgânica
 
Introdução a química orgânica
Introdução a química orgânicaIntrodução a química orgânica
Introdução a química orgânica
 

Más de Gustavo Silveira

Aula 25 reações radicalares
Aula 25  reações radicalaresAula 25  reações radicalares
Aula 25 reações radicalaresGustavo Silveira
 
Aula 14 15 analisando uma reação
Aula 14   15 analisando uma reaçãoAula 14   15 analisando uma reação
Aula 14 15 analisando uma reaçãoGustavo Silveira
 
Aula 9 11 analise conformacional
Aula 9   11 analise conformacionalAula 9   11 analise conformacional
Aula 9 11 analise conformacionalGustavo Silveira
 
Aula 7 8 propriedades físicas - forças intermoleculares
Aula 7   8 propriedades físicas - forças intermolecularesAula 7   8 propriedades físicas - forças intermoleculares
Aula 7 8 propriedades físicas - forças intermolecularesGustavo Silveira
 
Aula 4 5 acidos e bases, efeitos eletrônicos
Aula 4   5 acidos e bases, efeitos eletrônicosAula 4   5 acidos e bases, efeitos eletrônicos
Aula 4 5 acidos e bases, efeitos eletrônicosGustavo Silveira
 
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
Aula 2   3 estrutura,  ligação, hibridizaçãoAula 2   3 estrutura,  ligação, hibridização
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridizaçãoGustavo Silveira
 
Antibióticos uma luta sem fim
Antibióticos   uma luta sem fimAntibióticos   uma luta sem fim
Antibióticos uma luta sem fimGustavo Silveira
 
Apresentação gustavo açúcares
Apresentação gustavo açúcaresApresentação gustavo açúcares
Apresentação gustavo açúcaresGustavo Silveira
 

Más de Gustavo Silveira (9)

Aula 18 20 eliminação
Aula 18 20 eliminaçãoAula 18 20 eliminação
Aula 18 20 eliminação
 
Aula 25 reações radicalares
Aula 25  reações radicalaresAula 25  reações radicalares
Aula 25 reações radicalares
 
Aula 14 15 analisando uma reação
Aula 14   15 analisando uma reaçãoAula 14   15 analisando uma reação
Aula 14 15 analisando uma reação
 
Aula 9 11 analise conformacional
Aula 9   11 analise conformacionalAula 9   11 analise conformacional
Aula 9 11 analise conformacional
 
Aula 7 8 propriedades físicas - forças intermoleculares
Aula 7   8 propriedades físicas - forças intermolecularesAula 7   8 propriedades físicas - forças intermoleculares
Aula 7 8 propriedades físicas - forças intermoleculares
 
Aula 4 5 acidos e bases, efeitos eletrônicos
Aula 4   5 acidos e bases, efeitos eletrônicosAula 4   5 acidos e bases, efeitos eletrônicos
Aula 4 5 acidos e bases, efeitos eletrônicos
 
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
Aula 2   3 estrutura,  ligação, hibridizaçãoAula 2   3 estrutura,  ligação, hibridização
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
 
Antibióticos uma luta sem fim
Antibióticos   uma luta sem fimAntibióticos   uma luta sem fim
Antibióticos uma luta sem fim
 
Apresentação gustavo açúcares
Apresentação gustavo açúcaresApresentação gustavo açúcares
Apresentação gustavo açúcares
 

Aula 6 aromaticidade

  • 1. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Aromaticidade Prof. Gustavo Pozza Silveira gustavo.silveira@iq.ufrgs.br www.iq.ufrgs.br/biolab 1
  • 2. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Aromático QUAL A ORIGEM DO TERMO AROMÁTICO ? História Hofmann foi o primeiro cientista a utilizar o palavra “aromático” como referência a compostos químicos contendo núcleo fenila em uma publicação científica de 1855. Porém, Hofmann também atribuiu o adjetivo aromático a certas substâncias as quais contém odor sendo que muitas dessas são terpenos e não tão somente compostos contendo o anel fenila. No entanto, terpenos e benzenóides possuem a característica comum de possuir alto índide de insaturações. Assim, estaria Hofmann apto a reconhecer a diferença entre terpenos e benzenóides? www.iq.ufrgs.br/biolab 2
  • 3. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Terpenos Terpenos são compostos os quais tem aroma bastante pronunciado e caracterísco. Porém, não são compostos aromáticos! www.iq.ufrgs.br/biolab 3
  • 4. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira MUITOS COMPOSTOS DE AROMA AGRADÁVEL APRESENTAM ANÉIS AROMÁTICOS CHO HC CH CHO anisaldeído (aníz) cinamaldeído (canela) OMe OH OMe eugenol (cravo) vanilina (baunilha) CH2 CH CH2 www.iq.ufrgs.br/biolab 4
  • 5. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Reatividade Alcenos Adição eletrofílica de bromo a alcenos leva ao produto dibromado. Benzeno Porém, o mesmo procedimento não leva a adição em benzeno. Desta forma, faz-se necessário a utilização de um catalisador e o produto formado é o de substituição. Portanto, benzeno comporta-se diferentemente de alcenos www.iq.ufrgs.br/biolab 5
  • 6. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Calor de Hidrogenação www.iq.ufrgs.br/biolab Energia de ressonância ----(energia necessária para hidrogenar o cicloexatrieno) 6
  • 7. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira A serpente de Kekulé www.iq.ufrgs.br/biolab 7
  • 8. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Benzeno (Kekulé 1965) O benzeno é formado por ligações s e p e os carbonos estão hibridizados na forma sp2. Desenhando a molécula do benzeno representação dos 6 é p Estrtura de Kekulé – setas curvas www.iq.ufrgs.br/biolab 8
  • 9. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Critério de Aromaticidade 1. Um composto cíclico deve ter elétrons p conjugados acima e abaixo do plano da molécula. Exemplo, benzeno: 2. O número de pares de elétrons p deve ser ímpar. www.iq.ufrgs.br/biolab 9
  • 10. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Regra de Hückel 3 - Sistemas mono-cíclicos, planares e completamente conjugados são aromáticos quando possuem 4n + 2 elétrons π, sendo n um número natural. 4 - Os sistemas análogos com 4n elétrons π são denominados anti-aromáticos. 5 - Os sistemas aromáticos possuem camada fechada de elétrons, todos em orbitais ligantes. www.iq.ufrgs.br/biolab 10
  • 11. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Anulenos Anulenos são hidrocarbonetos monocíclicos com ligações simples e duplas alternadas. 144o Além de seguir a regra de Hunckel, o anuleno precisa ser planar. Quais os anulenos aromáticos e quais os anti-aromáticos? www.iq.ufrgs.br/biolab 11
  • 12. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Aromaticidade Como contar os elétrons p? Utilizando o naftaleno como exemplo: Naftaleno pode ser facilmente reduzido a tetralina o qual ainda possui um anel benzênico. Apesar de aromático, as ligações no naftaleno não são iguais. Formas de escrever o naftaleno www.iq.ufrgs.br/biolab 12
  • 13. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira COT: dicátion Aromático Apesar do cicloctatetreno (COT) não ser aromático, seu respectivo dicátion é: Portanto, o dicátion COT é planar www.iq.ufrgs.br/biolab 13
  • 14. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Nuvem Interrompida sp3 cicloeptatriene nuvem p interrompida: não aromático sp3 ciclopentadieno 2 pares de elétrons p: não aromático www.iq.ufrgs.br/biolab 14
  • 15. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Derivados do Ciclopropano Nem o ciclopropeno nem o ânion ciclopropenílico são aromáticos O cátion ciclopropenílico é aromático www.iq.ufrgs.br/biolab 15
  • 16. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Exercício: Desenhar as estruturas (formas) canônicas do cátion cicloeptatrienila www.iq.ufrgs.br/biolab 16
  • 17. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Qual(is) composto(s) abaixo é(são) aromático(s) e Por que? www.iq.ufrgs.br/biolab 17
  • 18. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Exercício: Estes anulenos são aromáticos? www.iq.ufrgs.br/biolab 18
  • 19. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Heterocíclicos Aromáticos Um composto heterocíclico é um composto cíclico que contém um ou mais átomos diferentes de carbono. www.iq.ufrgs.br/biolab 19
  • 20. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Heterociclos aromáticos Piridina O par de elétrons sp2 poderia ser deslocalizado no anel? www.iq.ufrgs.br/biolab 20
  • 21. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Pirrol A adição eletrofílica pode ocorrer nas posiçoes 2 e 3 do pirrol. Percebe-se que o pirrol é aromático www.iq.ufrgs.br/biolab 21
  • 22. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Furano De modo semelhante ao pirrol, o furano também pode sofrer substituições nas posições 2’ e 3’. Um dos seus pares de elétrons está no orbital p. Exercício: O que você esperaria em termos de reatividade: furano, pirrol e tiofeno. www.iq.ufrgs.br/biolab 22
  • 23. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Outros Compostos Heterocíclicos Aromáticos www.iq.ufrgs.br/biolab 23
  • 24. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Química Medicinal www.iq.ufrgs.br/biolab 24
  • 25. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Química Medicinal www.iq.ufrgs.br/biolab 25
  • 26. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Efeito da Aromaticidade sobre o pKa ânion ciclopentadienila: 6 elétrons π: aromático www.iq.ufrgs.br/biolab 26
  • 27. Química Orgânica Teórica 1B – QUI02014 Prof. Gustavo Pozza Silveira Ânion ciclopentadienila ânion ciclopentadienila: 6 elétrons π: aromático Exercício: predizer os valores relativos de pkas do ciclopentadieno e do cicloeptatrieno www.iq.ufrgs.br/biolab 27