Hume: o empirismo e o ceticismo sobre o conhecimento
1. David Hume: empirismo e
cepticismo
A experiência como
origem e limite de todo
o conhecimento.
2. Percepções
O nosso conhecimento está limitado às percepções: aquelas
que resultam da captação sensorial – impressões que podem
ser sensações internas ou externas.
As cópias dessas impressões são as ideias simples ou
complexas.
3. As impressões são mais certas que as
ideias
Não há ideias mais certas que as
impressões, o que estamos a ver ou a sentir.
Daí que o critério de auto-evidência não seja
racional mas empírico.
Só com os dados da experiência (aquilo que
vemos e sentimos ou já vimos e já sentimos)
podemos justificar o nosso conhecimento.
4. Conhecimento
Questões de facto.
Se há nuvens vai chover.
São Verdades contingentes porque resultam da
experiência e a experiência é limitada.
Negá-las é possível, não implica uma contradição
lógica.
Não há verdades necessárias sobre questões de
facto.
5.
6. Conhecimento 2
Relação de ideias.
O Triangulo é uma figura com três lados.
São Verdades necessárias a priori, negá-las
implica uma contradição lógica.
Nada dizem sobre o mundo, dizem-nos
como funciona o nosso entendimento ou
razão.
7. Análise de conceitos
O triangulo tem três lados
Ou cada coisa é igual a si própria
São verdades matemáticas ou lógicas
Relação de ideias
8. Afirmamos e pensamos para além da
experiência
Fazemos suposições que
ultrapassam os limites da
experiência como:
O Sol esta noite vai
desaparecer atrás da linha
do horizonte.
O calor é a causa do carril
dilatar.
Todos os cisnes são
brancos.
9. A relação de causa-efeito ultrapassa a
experiência.
Se um objecto é novo nada podemos saber
sobre o que o causou ou qual vai ser o seu
efeito sobre outros.
A razão sem a experiência nada pode saber
sobre as causas.
O que se passa é que pela experiência ao
ver fenómenos juntos no espaço e contínuos
no tempo. Consideramos que um é causa de
outro.
10. O carril aquece POR CAUSA do calor
Na verdade não
sabemos se é sempre
assim.
Só associamos o calor
e a dilatação do carril.
Por força de um hábito
psicológico formado a
partir de repetidas
experiências.
11. Temos uma ideia de causalidade que
não pode ser demonstrada nem pela
experiência nem pela razão
Quando falamos de
causalidade pensamos
numa relação necessária.
Isto é: que acontece
sempre.
Entre dois fenómenos que
aparecem ligados.
Mas esta relação não éstá
fundada na razão nem
numa impressão, apenas
numa expectativa
psicológica.
12. A relação de causalidade é produto do
hábito
Podemos observar uma relação constante
entre fenómenos.
Exemplo: Fumo e fogo. Calor e dilatação do
ferro.
Mas não é uma relação necessária.
Mas por hábito formamos a expectativa que
se há fumo, logo há fogo.
É uma projecção psicológica.
13. O cepticismo
A noção de causalidade é
fundamental para o
conhecimento.
Mas a causalidade não
pode ser directamente
observada, nem pode ser
inferida com base na razão.
São apenas projecções da
mente humana. Não
sabemos se existe.
Logo, não podemos ter a
certeza no conhecimento.
14. A existência do mundo real.
O mundo exterior é tudo o
que não faz parte dos
nossos conteúdos mentais.
Será esta jogadora real?
Só podemos ter acesso à
realidade dos nossos
conteúdos mentais e não à
realidade exterior.
15. Cepticismo moderado
Apesar de não podermos saber
se as nossas percepções
correspondem ao mundo
exterior.
Não devemos abandonar a
nossa crença intuitiva no
mundo exterior e na
causalidade entre os
fenómenos.
Hume mostra-nos que o nosso
conhecimento é limitado e
devemos sempre evitar o
dogmatismo optando por uma
posição crítica.
Essa posição afasta-o de
Descartes.
16. CONCLUSÃO
Hume tem uma posição
crítica em relação ao
conhecimento humano.
Contrariamente à
posição cartesiana,
dogmática.