O documento discute os sofismas, argumentos usados para enganar em vez de esclarecer. Ele explica que os sofistas do século V defendiam teses sem considerar valores morais e que, com o tempo, "sofisma" passou a ter conotação pejorativa. Também lista e exemplifica vários tipos de sofismas lógicos e linguísticos.
2. “Lá pelo século V, sofismas eram as teses
defendidas pelos sofistas. Naquela época,
os sofistas atuavam como professores,
ensinando aos filhos das famílias nobres,
e estavam preparados, como os
advogados modernos, para mostrar de
que maneira se argumenta contra ou a
favor de qualquer opinião. Os sofistas
seguiam um argumento aonde quer que
ele os levasse, sem se preocuparem com
considerações pessoais, morais, cívicas
ou religiosas.(...)”
3. “(...) Por conta dessa prática de
pensamento livre, talvez livre demais,
com o tempo, o termo “sofisma” foi
adquirindo uma conotação pejorativa,
passando a significar um argumento
usado para enganar e não para
esclarecer ou chegar à verdade”.
(Gustavo Bernardo, 2009)
4. Por que estudar os sofismas
• Evitar armadilhas lógicas na própria
argumentação.
• Analisar a argumentação alheia,
evitando manipulação por “sofistas”
da atualidade.
5. Para Bastos e Keller (1994:28) os
sofismas podem ser reunidos em dois
grupos: o lógico e o linguístico. No
grupo lógico, estão relacionados com a
transferência para o plano psicológico.
No segundo caso, isto é, no grupo
linguístico, “trata-se da transferência do
plano lógico para o plano das funções
dialógicas da linguagem”.
6. SOFISMAS DO GRUPO LÓGICO
• Conclusão irrelevante.
• Falsa causa.
• Causa comum ou omissão de provas.
• Generalização apressada.
• Apelo à força.
• Apelo ao medo.
• Apelo à piedade.
• Apelo à tradição.
• Apelo à autoridade.
• Ataque pessoal.
• Falsa analogia.
• Sofisma de estatística.
• Ladeira escorregadia.
• Falso dilema.
• Depois do fato portanto devido a ele.
7. SOFISMAS DO GRUPO LINGUÍSTICO
• Equívoco.
• Ênfase.
• Anfibiologia.
• Composição.
• Divisão.
10. CONCLUSÃO IRRELEVANTE
"Os astronautas do Projeto Apollo eram
bem preparados, todos eram
excelentes aviadores e tinham boa
formação acadêmica e intelectual, além
de apresentarem boas condições
físicas. Logo, foi um processo natural
os EUA ganharem a corrida espacial
contra a União Soviética”.
11. ATAQUE PESSOAL
Em setembro de 2010, durante um
comício na cidade de Campinas, o então
presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da
Silva, ao responder a acusação dos
candidatos tucanos (do PSDB) à Dilma
Rousseff, candidata à sua sucessão, de
que ela estaria envolvida em escândalos
no governo, declarou:
“Os tucanos têm bico grande para
falar e bico pequeno para fazer. Eles são
tão sabidos que acham que nasceram
sabendo das coisas”.
21. Se considerarmos que, em 2011,
existiam 17 UPPs localizadas na área
de 38 bairros do Rio de Janeiro (a
maioria na zona Sul) em um universo
de 160 bairros na capital, 90 em São
Gonçalo, 48 em Niterói e 91 em Nova
Iguaçu, podemos perceber que estes
dados são utilizados, de forma
indevida, para apresentar uma
realidade falsa, já que, só nestas
regiões citadas, teríamos um total de
229 bairros sem UPPs.
29. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cremos que, se os alunos aprenderem
a escrever e a pensar com a ajuda de
seus professores, poderão argumentar
melhor e desenvolver senso crítico;
capacidades essenciais para serem
cidadãos participantes na sociedade
pluralista em que vivemos, na qual não
há espaço para a cópia de argumentos
e ideias alheias.
30. REFERÊNCIAS:
ANDRADE, José Rogério de Pinho. Falácias ou Sofismas. Disponível
em http://jrparoge.blogspot.com.br/2011/11/falacias-ou-sofismas.html
Acesso 23/11/2014.
BASTOS, Cleverson L & KELLER, Vicente. Aprendendo Lógica. Vozes,
1994.
BERNARDO, Gustavo. Um sofisma é um sofisma? Disponível em
http://www.revista.vestibular.uerj.br/ coluna/coluna.php?seq_coluna=25
Ano 2, n. 4, 2009. Acesso em 20/11/2014
______Redação Inquieta. 5ª ed. Belo Horizonte: Formato Editorial,
2000.
SAMEIRO, Julio (tradução e adaptação) Guia das falácias de Stephen
Downes in http://criticanarede.com/falacias.htm
GARCIA,Othon. Comunicação em prosa moderna. 7. ed. rev. Rio de
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1978.