SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 12
Ideias de Jeca Tatu – Monteiro
Lobato
Marlo Rodrigues
Lucas Venancio
Fernanda Rodrigues
Henrikael
Cleidyani
Ana Caroline
2°B
Introdução
Apoiada na narrativa oral, na técnica do contador-de-casos, fixa
flagrantes do homem e da paisagem, tomados em seus aspectos exteriores,
comunicando ao leitor, de modo eficiente, a sugestão de marasmo e
indolência reinantes.
A intenção didática, moralizante, que emerge da denúncia e da
ironia, levam Lobato a articular suas narrativas em torno do ridículo e do
patético em que desembocam quase todas as suas histórias, povoadas de
cretinos, idiotas, aleijados (dos quais o narrador extrai efeitos cômicos), e
arrematadas por finais trágicos m chocantes ou deprimentes.
Não há profundidade na colocação dos dramas morais; o que Lobato
buscou foi narrar com brilho um caso, uma anedota e sobretudo, um
desfecho feito de a caso ou violência.
A narrativa se interrompe, com freqüência, para que o Lobato-
doutrinador desenvolva suas digressões explicativas ou polêmicas.
Monteiro Lobato
Considerado o maior nome da Literatura Infantil Brasileira e um dos
maiores nomes da Literatura Geral, José Bento Monteiro
Lobato nasceu em 18 de abril em Taubaté (SP) e morreu em 1948.
Escreveu contos, ensaios, romances e muitos livros infantis que o
tornaram popular.
Formou-se em Direito e exerceu a promotoria pública em Areias,
porém seu maior sonho era ser pintor.
Fundou a Editora Monteiro Lobato (foi editor de novos talentos), mas
pouco tempo depois faliu. Foi adido comercial nos EUA entre 1927 e
1931, quando voltou ao Brasil.
Esteve preso durante a ditadura, recusou uma cadeira na Academia
Brasileira de Letras e em 1945 partiu para Argentina para cuidar das
traduções de seus livros.
Foi um eterno nacionalista e isso o fez rejeitar as novidades da
vanguarda européia: Futurismo, Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo.
Monteiro Lobato foi um crítico social e até mesmo seu personagem -
Jeca Tatu (símbolo do caipira do interior) – não escapou de suas
críticas, só mais tarde, é que passou a ter uma outra visão do
personagem afirmando que o meio influenciou na miséria do jeca.
Algumas Obras
• Urupês
• Cidades mortas
• Idéias de Jeca Tatu
• Negrinha
• Ferro
• A menina do narizinho arrebitado
• Fábulas de Narizinho
• Narizinho arrebitado
• O Saci
• O marquês de Rabicó
• Peter Pan
Resumo da obra
Jeca Tatu era um pobre caboclo que morava no mato, numa casinha
de sapé. Vivia na maior pobreza, em companhia da mulher, muito magra
e feia e de vários filhinhos pálidos e tristes.
Jeca possuía algumas pequenas plantações que garantiam seu
próprio sustento. Havia também próximo a sua casa um ribeirão, onde
podia pescar.
As pessoas tinham uma péssima imagem do Jeca, bêbado e
preguiçoso. Quando perguntavam–lhe porque ele vivia desse jeito,
respondia:
- Não vale a pena fazer coisa alguma! Bebo para esquecer as
desgraças da vida.
Um dia um médico passou em frente a casa e espantou – se com
tanta miséria. Percebendo que o cabloco estava amarelado e muito
magro, resolveu examina – lo. Jeca disse a ele que sentia muito cansaço
e dores pelo corpo. O médico constatou que tratava – se de uma doença
chamada de ancilostomose, o amarelão.
Explicou que tal doença era causada por pequenos vermes que
entravam no seu corpo através da pele, principalmente da perna e dos
pés. Receitou – lhe então remédios e um par de botas.
Meses depois do tratamento, Jeca já era outra pessoa. A moleza
tinha desaparecido e ele passava o dia inteiro trabalhando. Arrumava a
casa, plantava, pescava, carregava madeira, cuidava do gado. Não
exagerava mais na bebida. Ninguém mais o reconhecia, trabalhava
tanto que até preocupava as pessoas. Ele, a mulher e os filhos
andavam agora calçados, para evitarem a doença.
Com isso, a fazenda prosperou e Jeca – Tatu tornou – se um
homem muito respeitado.
Analise da obra
Idéias de Jeca Tatú é um espetacular livro de contos, da época de 1930 à 1940
- que ridicularizava a "macaquice" brasileira, cuja elite social e política, em
tudo e por tudo, imitava a nobreza, a côrte, a gíria e as artes dos franceses.
Qualquer pessoa importante na sociedade brasileira, tinha estudado na França,
falava ou lia fluentemente o francês, ou quando não fosse muito culto,
simplesmente imitava os costumes dos franceses. Tanto que se criou a
expressão "francesismo". Para contrapor a isso, Monteiro Lobato trouxe as
suas "Idéias de Jeca Tatu", onde o que prevalecia era um nacionalismo - talvez
- exacerbado, através do personagem brasileiríssimo Jeca. Por isso a expressão
"jeca" que era utilizada como designativa de coisa sem gosto, sem
refinamento, grosseira, cafona ou deseducada, passou a ser designativa -
apenas - de caipira. Embora, até os dias atuais a figura do caipira não é querida
pela sociedade.
Caipira não é respeitado como o homem da roça, criador de riquezas,
antecedente do homem da cidade, orgulho de todos. Pelo contrário, caipira
ainda é uma figura ridícula e simplória, conforme o demonstram as festas
juninas. Cada um dos contos, ou crônicas do livro, traça uma caricatura do
Brasil de então, passando pelo estilo, estética, arte e principalmente pelo
idioma, tanto na forma falada, como também na forma escrita. Após a leitura
do Idéias do Jeca Tatu, cabe a reflexão se não estaríamos precisando de um
novo Monteiro Lobato, atualizado - combativo, brigão, respeitado - para a era
da linguagem da informática, e que pudesse combater o "digitalizar", o
"inicializar", o "salvar", o "marketing", o "customizar" o "personal banking" do
Banco do Brasil, o "protocolizar", o "teclar" - tantos e tantos outros - além do
abominável gerúndio, tipo "estar enviando", "vou estar escrevendo".
Conclusão
Jeca Tatu é uma das figuras geradas pelo escritor Monteiro Lobato, muito
conhecido por suas histórias infanto-juvenis, as quais giram em torno dos
famosos personagens do Sítio do Picapau Amarelo. Algumas de suas obras,
porém, são de cunho social, de natureza crítica e denunciam questões como o
contexto arcaico do universo rural e o descaso com doenças como o amarelão,
então sério problema de saúde pública.
A questão da saúde transparece no enredo quando um médico, ao cruzar o
seu caminho, passa diante de sua tosca residência e se assusta com tanta
pobreza. Notando sua coloração amarela e a intensa magreza, decide examinar
o caboclo.
O paciente se queixa de muita fadiga e dores corporais. O doutor então
diagnostica a presença de uma enfermidade tecnicamente conhecida como
ancilostomose, o famoso amarelão. Ele orienta Jeca a usar sapatos e a tomar
os remédios necessários, pois os vermes que provocam este distúrbio orgânico
introduzem-se no corpo através da pele dos pés e das pernas.
A vida de Jeca muda radicalmente. Ele se cura, volta a trabalhar, reduz a
bebida, sua pequena plantação prospera e o trabalhador se torna um homem
honrado pelas outras pessoas. A família Tatu agora só anda calçada e,
portanto, saudável. É assim que Monteiro Lobato denuncia a precária situação
do trabalhador rural; ele revela que medidas simples poderiam transformar
este cenário sombrio. Este personagem se torna o símbolo do brasileiro que
vive no campo.
Referencias
• http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Educacao/Trabalhos/obichoquemedeu/
ancilostomose_jeca_tatu.htm
• http://www.infoescola.com/biografias/jeca-tatu/
• http://www.infoescola.com/literatura/monteiro-lobato/
• http://www.livronautas.com.br/ver-livro/1013/ideias-de-jeca-tatu

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Past Simple x Past continuous (português)
Past Simple x Past continuous (português)Past Simple x Past continuous (português)
Past Simple x Past continuous (português)
Secretariat of Education
 
Apresentação paisagem natural x humanizada
Apresentação paisagem natural x humanizadaApresentação paisagem natural x humanizada
Apresentação paisagem natural x humanizada
Roberta Piozzi
 
Fluxos migratórios
Fluxos migratórios Fluxos migratórios
Fluxos migratórios
mariajoao500
 
Orientação no espaço localização
Orientação no espaço   localizaçãoOrientação no espaço   localização
Orientação no espaço localização
Luciano Pessanha
 

La actualidad más candente (20)

História da língua inglesa
História da língua inglesaHistória da língua inglesa
História da língua inglesa
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE BNCC (EM13LGG101)
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE BNCC  (EM13LGG101) LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE BNCC  (EM13LGG101)
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE BNCC (EM13LGG101)
 
Aula 4 e 9
Aula 4 e 9Aula 4 e 9
Aula 4 e 9
 
Past Simple x Past continuous (português)
Past Simple x Past continuous (português)Past Simple x Past continuous (português)
Past Simple x Past continuous (português)
 
Os fluxos migratórios
Os fluxos migratóriosOs fluxos migratórios
Os fluxos migratórios
 
Figuras de linguagem slide
Figuras de linguagem   slideFiguras de linguagem   slide
Figuras de linguagem slide
 
Apresentação paisagem natural x humanizada
Apresentação paisagem natural x humanizadaApresentação paisagem natural x humanizada
Apresentação paisagem natural x humanizada
 
O romantismo
O romantismoO romantismo
O romantismo
 
Oswald de andrade
Oswald de andradeOswald de andrade
Oswald de andrade
 
Historia da-lingua-inglesa-slides
Historia da-lingua-inglesa-slidesHistoria da-lingua-inglesa-slides
Historia da-lingua-inglesa-slides
 
Slides cartas
Slides  cartasSlides  cartas
Slides cartas
 
O gênero textual entrevista
O gênero textual   entrevistaO gênero textual   entrevista
O gênero textual entrevista
 
Fluxos migratórios
Fluxos migratórios Fluxos migratórios
Fluxos migratórios
 
Orientação no espaço localização
Orientação no espaço   localizaçãoOrientação no espaço   localização
Orientação no espaço localização
 
Brasil rural x urbano
Brasil   rural x urbanoBrasil   rural x urbano
Brasil rural x urbano
 
O mundo do trabalho
O mundo do trabalhoO mundo do trabalho
O mundo do trabalho
 
Conclusão - Dissertação
Conclusão - DissertaçãoConclusão - Dissertação
Conclusão - Dissertação
 
Literatura inglesa 1 introdução
Literatura inglesa 1  introdução Literatura inglesa 1  introdução
Literatura inglesa 1 introdução
 
segunda geração romântica
segunda geração românticasegunda geração romântica
segunda geração romântica
 
mímica e pantomima
mímica e pantomimamímica e pantomima
mímica e pantomima
 

Destacado

Monteiro lobato
Monteiro lobatoMonteiro lobato
Monteiro lobato
DeaaSouza
 
Apresentacao da acao social
Apresentacao da acao socialApresentacao da acao social
Apresentacao da acao social
Jeca Tatu
 
Cidades Mortas - 3ª A - 2011
Cidades Mortas - 3ª A - 2011Cidades Mortas - 3ª A - 2011
Cidades Mortas - 3ª A - 2011
Daniel Leitão
 

Destacado (20)

Urupês - 3ª A - 2011
Urupês - 3ª A - 2011Urupês - 3ª A - 2011
Urupês - 3ª A - 2011
 
Urupês
UrupêsUrupês
Urupês
 
Slid do jeca
Slid do jecaSlid do jeca
Slid do jeca
 
Vila Nova Urupês
Vila Nova UrupêsVila Nova Urupês
Vila Nova Urupês
 
Monteiro Lobato
Monteiro LobatoMonteiro Lobato
Monteiro Lobato
 
Monteiro Lobato
Monteiro LobatoMonteiro Lobato
Monteiro Lobato
 
Monteiro lobato power point
Monteiro lobato  power pointMonteiro lobato  power point
Monteiro lobato power point
 
Verminoses
VerminosesVerminoses
Verminoses
 
Negrinha 3ª B - 2011
Negrinha 3ª B  -  2011Negrinha 3ª B  -  2011
Negrinha 3ª B - 2011
 
Verminoses
VerminosesVerminoses
Verminoses
 
Monteiro lobato
Monteiro lobato Monteiro lobato
Monteiro lobato
 
Monteiro lobato
Monteiro lobatoMonteiro lobato
Monteiro lobato
 
Verminoses
VerminosesVerminoses
Verminoses
 
Sítio do Pica Pau Amarelo - livro virtual
Sítio do Pica Pau Amarelo - livro virtualSítio do Pica Pau Amarelo - livro virtual
Sítio do Pica Pau Amarelo - livro virtual
 
Sitio do pica pau amarelo
Sitio do pica pau amareloSitio do pica pau amarelo
Sitio do pica pau amarelo
 
Apresentacao da acao social
Apresentacao da acao socialApresentacao da acao social
Apresentacao da acao social
 
Mordenismo
MordenismoMordenismo
Mordenismo
 
Jose Lins do Rego MENINO DE ENGENHO
Jose Lins do Rego   MENINO DE ENGENHOJose Lins do Rego   MENINO DE ENGENHO
Jose Lins do Rego MENINO DE ENGENHO
 
Monteiro lobato - Urupes
Monteiro lobato - UrupesMonteiro lobato - Urupes
Monteiro lobato - Urupes
 
Cidades Mortas - 3ª A - 2011
Cidades Mortas - 3ª A - 2011Cidades Mortas - 3ª A - 2011
Cidades Mortas - 3ª A - 2011
 

Similar a Ideias de jeca tatu – monteiro lobato

18012180 negrinha-resumo-dos-contos[1]
18012180 negrinha-resumo-dos-contos[1]18012180 negrinha-resumo-dos-contos[1]
18012180 negrinha-resumo-dos-contos[1]
Tatiane Pechiori
 
realismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europarealismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europa
whybells
 
O Pré - Modernismo - Professora Vivian Trombini
O Pré - Modernismo - Professora Vivian TrombiniO Pré - Modernismo - Professora Vivian Trombini
O Pré - Modernismo - Professora Vivian Trombini
VIVIAN TROMBINI
 
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no MundoElogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Renata Zonatto
 
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia FagundesConto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
KamisCarvalho
 
Respostas do roteiro de a cidade e as serras
Respostas do roteiro de a cidade e as serrasRespostas do roteiro de a cidade e as serras
Respostas do roteiro de a cidade e as serras
BriefCase
 

Similar a Ideias de jeca tatu – monteiro lobato (20)

Monteiro Lobato e Lima Barreto
Monteiro Lobato e Lima BarretoMonteiro Lobato e Lima Barreto
Monteiro Lobato e Lima Barreto
 
18012180 negrinha-resumo-dos-contos[1]
18012180 negrinha-resumo-dos-contos[1]18012180 negrinha-resumo-dos-contos[1]
18012180 negrinha-resumo-dos-contos[1]
 
(Atualizado 01) trabalho de hugo powerpoint
(Atualizado 01) trabalho de hugo powerpoint(Atualizado 01) trabalho de hugo powerpoint
(Atualizado 01) trabalho de hugo powerpoint
 
realismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europarealismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europa
 
O Pré - Modernismo - Professora Vivian Trombini
O Pré - Modernismo - Professora Vivian TrombiniO Pré - Modernismo - Professora Vivian Trombini
O Pré - Modernismo - Professora Vivian Trombini
 
História_2.ppsx
História_2.ppsxHistória_2.ppsx
História_2.ppsx
 
Literatura 1 Luiz Claudio
Literatura 1 Luiz ClaudioLiteratura 1 Luiz Claudio
Literatura 1 Luiz Claudio
 
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no MundoElogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
Elogio da Bobagem - Palhaços no Brasil e no Mundo
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
UFCD - CLC7 -Sempre é uma Companhia..pptx
UFCD - CLC7 -Sempre é uma Companhia..pptxUFCD - CLC7 -Sempre é uma Companhia..pptx
UFCD - CLC7 -Sempre é uma Companhia..pptx
 
pré modernismo, principais autores br.pptx
pré modernismo, principais autores br.pptxpré modernismo, principais autores br.pptx
pré modernismo, principais autores br.pptx
 
A literatura engajada.
A literatura engajada.A literatura engajada.
A literatura engajada.
 
Os maias.pdf
Os maias.pdfOs maias.pdf
Os maias.pdf
 
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia FagundesConto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
 
O cortiço
O cortiçoO cortiço
O cortiço
 
Fábulas apologos
Fábulas apologosFábulas apologos
Fábulas apologos
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
Pré-modernismo
Pré-modernismoPré-modernismo
Pré-modernismo
 
Respostas do roteiro de a cidade e as serras
Respostas do roteiro de a cidade e as serrasRespostas do roteiro de a cidade e as serras
Respostas do roteiro de a cidade e as serras
 
O primo basilio
O primo basilioO primo basilio
O primo basilio
 

Ideias de jeca tatu – monteiro lobato

  • 1. Ideias de Jeca Tatu – Monteiro Lobato Marlo Rodrigues Lucas Venancio Fernanda Rodrigues Henrikael Cleidyani Ana Caroline 2°B
  • 2. Introdução Apoiada na narrativa oral, na técnica do contador-de-casos, fixa flagrantes do homem e da paisagem, tomados em seus aspectos exteriores, comunicando ao leitor, de modo eficiente, a sugestão de marasmo e indolência reinantes. A intenção didática, moralizante, que emerge da denúncia e da ironia, levam Lobato a articular suas narrativas em torno do ridículo e do patético em que desembocam quase todas as suas histórias, povoadas de cretinos, idiotas, aleijados (dos quais o narrador extrai efeitos cômicos), e arrematadas por finais trágicos m chocantes ou deprimentes. Não há profundidade na colocação dos dramas morais; o que Lobato buscou foi narrar com brilho um caso, uma anedota e sobretudo, um desfecho feito de a caso ou violência. A narrativa se interrompe, com freqüência, para que o Lobato- doutrinador desenvolva suas digressões explicativas ou polêmicas.
  • 3. Monteiro Lobato Considerado o maior nome da Literatura Infantil Brasileira e um dos maiores nomes da Literatura Geral, José Bento Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril em Taubaté (SP) e morreu em 1948. Escreveu contos, ensaios, romances e muitos livros infantis que o tornaram popular. Formou-se em Direito e exerceu a promotoria pública em Areias, porém seu maior sonho era ser pintor. Fundou a Editora Monteiro Lobato (foi editor de novos talentos), mas pouco tempo depois faliu. Foi adido comercial nos EUA entre 1927 e 1931, quando voltou ao Brasil.
  • 4. Esteve preso durante a ditadura, recusou uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e em 1945 partiu para Argentina para cuidar das traduções de seus livros. Foi um eterno nacionalista e isso o fez rejeitar as novidades da vanguarda européia: Futurismo, Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo. Monteiro Lobato foi um crítico social e até mesmo seu personagem - Jeca Tatu (símbolo do caipira do interior) – não escapou de suas críticas, só mais tarde, é que passou a ter uma outra visão do personagem afirmando que o meio influenciou na miséria do jeca.
  • 5. Algumas Obras • Urupês • Cidades mortas • Idéias de Jeca Tatu • Negrinha • Ferro • A menina do narizinho arrebitado • Fábulas de Narizinho • Narizinho arrebitado • O Saci • O marquês de Rabicó • Peter Pan
  • 6. Resumo da obra Jeca Tatu era um pobre caboclo que morava no mato, numa casinha de sapé. Vivia na maior pobreza, em companhia da mulher, muito magra e feia e de vários filhinhos pálidos e tristes. Jeca possuía algumas pequenas plantações que garantiam seu próprio sustento. Havia também próximo a sua casa um ribeirão, onde podia pescar. As pessoas tinham uma péssima imagem do Jeca, bêbado e preguiçoso. Quando perguntavam–lhe porque ele vivia desse jeito, respondia: - Não vale a pena fazer coisa alguma! Bebo para esquecer as desgraças da vida. Um dia um médico passou em frente a casa e espantou – se com tanta miséria. Percebendo que o cabloco estava amarelado e muito magro, resolveu examina – lo. Jeca disse a ele que sentia muito cansaço e dores pelo corpo. O médico constatou que tratava – se de uma doença chamada de ancilostomose, o amarelão.
  • 7. Explicou que tal doença era causada por pequenos vermes que entravam no seu corpo através da pele, principalmente da perna e dos pés. Receitou – lhe então remédios e um par de botas. Meses depois do tratamento, Jeca já era outra pessoa. A moleza tinha desaparecido e ele passava o dia inteiro trabalhando. Arrumava a casa, plantava, pescava, carregava madeira, cuidava do gado. Não exagerava mais na bebida. Ninguém mais o reconhecia, trabalhava tanto que até preocupava as pessoas. Ele, a mulher e os filhos andavam agora calçados, para evitarem a doença. Com isso, a fazenda prosperou e Jeca – Tatu tornou – se um homem muito respeitado.
  • 8. Analise da obra Idéias de Jeca Tatú é um espetacular livro de contos, da época de 1930 à 1940 - que ridicularizava a "macaquice" brasileira, cuja elite social e política, em tudo e por tudo, imitava a nobreza, a côrte, a gíria e as artes dos franceses. Qualquer pessoa importante na sociedade brasileira, tinha estudado na França, falava ou lia fluentemente o francês, ou quando não fosse muito culto, simplesmente imitava os costumes dos franceses. Tanto que se criou a expressão "francesismo". Para contrapor a isso, Monteiro Lobato trouxe as suas "Idéias de Jeca Tatu", onde o que prevalecia era um nacionalismo - talvez - exacerbado, através do personagem brasileiríssimo Jeca. Por isso a expressão "jeca" que era utilizada como designativa de coisa sem gosto, sem refinamento, grosseira, cafona ou deseducada, passou a ser designativa - apenas - de caipira. Embora, até os dias atuais a figura do caipira não é querida pela sociedade.
  • 9. Caipira não é respeitado como o homem da roça, criador de riquezas, antecedente do homem da cidade, orgulho de todos. Pelo contrário, caipira ainda é uma figura ridícula e simplória, conforme o demonstram as festas juninas. Cada um dos contos, ou crônicas do livro, traça uma caricatura do Brasil de então, passando pelo estilo, estética, arte e principalmente pelo idioma, tanto na forma falada, como também na forma escrita. Após a leitura do Idéias do Jeca Tatu, cabe a reflexão se não estaríamos precisando de um novo Monteiro Lobato, atualizado - combativo, brigão, respeitado - para a era da linguagem da informática, e que pudesse combater o "digitalizar", o "inicializar", o "salvar", o "marketing", o "customizar" o "personal banking" do Banco do Brasil, o "protocolizar", o "teclar" - tantos e tantos outros - além do abominável gerúndio, tipo "estar enviando", "vou estar escrevendo".
  • 10. Conclusão Jeca Tatu é uma das figuras geradas pelo escritor Monteiro Lobato, muito conhecido por suas histórias infanto-juvenis, as quais giram em torno dos famosos personagens do Sítio do Picapau Amarelo. Algumas de suas obras, porém, são de cunho social, de natureza crítica e denunciam questões como o contexto arcaico do universo rural e o descaso com doenças como o amarelão, então sério problema de saúde pública. A questão da saúde transparece no enredo quando um médico, ao cruzar o seu caminho, passa diante de sua tosca residência e se assusta com tanta pobreza. Notando sua coloração amarela e a intensa magreza, decide examinar o caboclo.
  • 11. O paciente se queixa de muita fadiga e dores corporais. O doutor então diagnostica a presença de uma enfermidade tecnicamente conhecida como ancilostomose, o famoso amarelão. Ele orienta Jeca a usar sapatos e a tomar os remédios necessários, pois os vermes que provocam este distúrbio orgânico introduzem-se no corpo através da pele dos pés e das pernas. A vida de Jeca muda radicalmente. Ele se cura, volta a trabalhar, reduz a bebida, sua pequena plantação prospera e o trabalhador se torna um homem honrado pelas outras pessoas. A família Tatu agora só anda calçada e, portanto, saudável. É assim que Monteiro Lobato denuncia a precária situação do trabalhador rural; ele revela que medidas simples poderiam transformar este cenário sombrio. Este personagem se torna o símbolo do brasileiro que vive no campo.
  • 12. Referencias • http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Educacao/Trabalhos/obichoquemedeu/ ancilostomose_jeca_tatu.htm • http://www.infoescola.com/biografias/jeca-tatu/ • http://www.infoescola.com/literatura/monteiro-lobato/ • http://www.livronautas.com.br/ver-livro/1013/ideias-de-jeca-tatu