O documento descreve a transição do saber mítico para o saber racional na Grécia Antiga, com três pontos principais: (1) Os primeiros filósofos pré-socráticos buscavam explicações racionais para o universo, em contraste com os mitos; (2) Platão desenvolveu a teoria das Formas, distinguindo o mundo sensível do mundo das ideias; (3) Aristóteles criticou Platão e defendeu que o conhecimento vem da experiência dos sentidos e da razão.
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A origem da filosofia
1. A Origem da Filosofia
Professor: Herbert Galeno
Blog: herbertgaleno.blogspot.com.br
www.youtube.com.br/herbertmiguel
2. Transição do saber Mítico para o saber
Racional
Mitos constituem valores sociais ou morais
questionáveis, porém decisivos para o comportamento
dos grupos humanos em determinadas épocas.
3. Lenda é a narrativa ou crendice popular acerca de seres
maravilhosos e encantados, de origem humana,
frequentemente explicando fenômeno da natureza.
Transição do saber Mítico para o saber
Racional
4. A Filosofia, no olhar de Platão, é a investigação da
dimensão essencial e ontológica do mundo real, que
ultrapassa a opinião refletida do senso comum, presa a
realidade empírica e à aparências sensíveis. Na Filosofia a
sabedoria é questionada e investigada, no mito ela é
apenas aceita.
Transição do saber Mítico para o saber
Racional
5. Período Pré - Socrático
A Filosofia começou na antiga Grécia. A intenção era
entender a realidade que estava diante daqueles que
seriam os primeiros filósofos do mundo.
Os argumentos iniciais se baseavam na existência
aparente e no que realmente existia, como a origem do
mundo por exemplo.
Eles observavam e anotavam detalhes da natureza,
exploravam os rios e os mares, estudavam as chuvas, o
sol, o movimento dos astros e tudo que era imperceptível
aos olhos humanos.
6. Cosmologia
Os filósofos centraram sua atenção na natureza e
elaboraram diversas concepções cosmológicas, procurando
explicar racionalmente o Universo.
Os pré-socráticos buscavam o princípio de todas as coisas
e o denominaram de arché (arquê) . Seu objetivo era
descobrir qual o elemento constitutivo de todas as coisas.
7. Os filósofos pré-socráticos.
Tales de Mileto (624-546 a.C) Pertencente a escola
Jônica, deduziu que toda a matéria é derivada da água.
Segundo ele, tudo consistia em água: água como uma
existência primordial, e como princípio fundamental,
primário.
8. Anaximandro (610-547 a.C) Escola Jônica. Entendeu que o
princípio de tudo era algo material, não uma coisa
determinada, mas um apeiron – um indefinido gerador de
coisas indefinidas. Esse algo indefinido não era a água,
terra, fogo, rocha ou a lama, mas tinha em si certa
possibilidade de gerar as demais coisas.
9. Empédocles (492-430 a.C) Todas as coisas derivam de
quatro elementos principais: a água, o fogo, a terra e o
ar. Tais coisas eram chamadas de elementos. Esse teoria
tornou-se a mais aceita até Lavoisier no século XVIII.
10. Demócrito (460-370 a.C) Maior expoente da teoria
atômica. Tudo que existe é composto por elementos
indivisíveis chamado átomos, depois avançou para a teoria
do Universo infinito e de que existe muitos outros mundo
como o nosso. Segundo esse Filósofo existe infinitos
mundos e tudo o que existe é fruto do acaso. As teorias de
Demócrito também são aceitas por outros pensadores.
11. Pitágoras (570-497 a.C) filósofo e matemático, fundador
da escola pitagórica, discordava da ideia do acaso ao
afirmar que a melhor maneira que o homem dispõe para
aperfeiçoar-se é aproximar-se do ser supremo. Afirmava
que o Universo é uma “harmonia de contrários”. Outra
grande contribuição é o domínio da Geometria.
12. Heráclito de Éfeso (540-470 a.C) Escola Jônica. O
princípio de tudo era o fogo, o fluir da realidade. Na visão
desse filósofo tudo está sempre fluindo em todo lugar, ou
seja, tudo se encontra num estado de vir a ser, oposto ao
estado de ser. Por isso ele conclui “ o ser não é porque
está sempre sendo”. Acreditava que o universo é
ordenado por um Deus que é ao mesmo tempo, impessoal
e intelectual na forma de um logos (fogo), do qual todo
movimento é produto.
13. Parmênides o Grande (530-460 a.C) fundou a escola
eleata. Ao contrário de Heráclito acreditava que todas as
coisas “têm um ser” e esse ser “é”. Na sua perspectiva
tudo o que é absoluto não pode mudar “tudo o que é, é”.
O conceito de Archê para Parmênides também está ligado
as ideias de razão e de conhecimento. Para ele o ato de
conhecer depende da realidade do objeto.
14. Sofistas
Termo grego que significa “sábio”. Grupo de pensadores que elaboram
teorias sobre o Cosmos. Receberam críticas de Sócrates e Platão.
Os Sofistas eram professores que vendiam os seus
ensinamentos de Filosofia. Foram os primeiros a
sistematizar o ensino, formando um currículo de
estudos: Gramática, Retórica, Dialética,
Aritmética, Geometria, Astronomia, e Música.
Para Sócrates e Platão, os sofistas eram
falsos sábios pois consideravam os erros e
as mentiras tão válidos quanto as verdades.
Implacáveis em suas
acusações esses dois
filósofos os
chamavam de
mercenários do
saber, capciosos de
discursos vazios,
moralistas
superficiais, desde
que houvesse
alguma vantagem.
15. Protágoras de Abdera (480-410 a.C) era um sofista. Ele
afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, que
não há verdade absoluta e que o conceito de moral é
convencional. Em sua ótica o logos deveria sair da esfera
divina para a esfera humana.
16. Sócrates
Infelizmente, não escreveu nada. Suas ideias são conhecidas principalmente
por causa de Platão. Em sua Apologia de Sócrates. Sócrates jamais se
considerou um sofista, mas, vivia no meio deles, geralmente em discórdia.
Ele se opunha aos poderosos de
sua época, e acabou sendo usado
e condenado à morte por não crer
nos deuses e “corromper” os
jovens.
O método socrático de investigação partia
da ironia (pergunta) para a maiêutica (dar
a luz). Essa técnica de “parir o
conhecimento” recebeu esse nome em
homenagem a sua mãe que era parteira.
17. A partir de sua máxima “sei que
nada sei”, surgia a consciência da
própria ignorância, que é o
princípio da filosofia.
Suas perguntas eram hábeis e
seguras. Para ele, antes de
conhecer a natureza ou persuadir
os outros, era conhecer a si
mesmo.
Sócrates acreditava num
mundo espiritual e
contrariava o relativismo
sofista. Ele afirmava que a
vida humana deve ser vivida
em obediência, mesmo que
isso exija grande sacrifício.
Nesse mundo ninguém pode
ser feliz plenamente.
18. Platão
(428-347 a.C) Nasceu em Atenas – Grécia. É considerado um dos principais
pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental.
Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas
sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres
vivos e a matéria).
O pensamento mais conhecido de
Platão é o “Mito da Caverna”. Ele
imaginava uma caverna cheia de
pessoas acorrentadas desde a
infância, de maneira que não
pudessem ver sua entrada mas apenas
o seu fundo onde são projetadas as
sombras do que há lá fora. A sombra
projetada numa caverna retrata o
abismo entre o real e o ilusório.
Em sua teoria das ideias, o
mito da caverna é uma
espécie de parábola das
duas principais formas de
conhecimento: o sensível e
o intelectual.
19. Vê o quadril,
Mas enxerga a pureza.
Vê o peito,
Mas enxerga a coragem.
Vê os lábios
Mas enxerga as palavras.
Vê os olhos
Mas enxerga a alma.
Vê o coração
Mas enxerga o sentimento.
Vê a mente,
Mas enxerga o SABER.
O olhar filosófico
20. O olhar filosófico
Amor platônico é qualquer tipo de relação afetuosa ou idealizada em que se abstrai
o elemento sexual, por vários gêneros diferentes, como em um caso de amizade
pura, entre duas pessoas.
Amor platônico também pode ser um amor impossível, difícil ou que não é
correspondido. Muitas vezes uma pessoa tem um amor platônico e nunca tenta sair
dessa fase porque tem medo de se machucar ou medo de verificar que as suas
fantasias e expectativas não correspondem à realidade.
As duas expressões dizem respeito a um amor focado na beleza do caráter e na
inteligência de uma pessoa, e não no seu aspeto físico. A expressão viu o seu conceito
mudar graças à obra de Sr. William Davenant, "Platonic Lovers" (Amantes Platônicos -
1636), onde o poeta inglês se refere ao amor como é retratado no Simpósio de Platão,
que afirma que o amor é a raiz de todas as virtudes e da verdade.
O amor platônico é entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não
toca, não envolve, é feito de fantasias e de idealização, onde o objeto do amor é o
ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem defeitos.
Para o filósofo grego Platão, o amor era algo
essencialmente puro e desprovido de paixões, ao
passo em que estas são essencialmente cegas,
materiais, efêmeras e falsas. O amor platônico, não
se fundamenta num interesse, e sim na virtude.
Platão criou também a teoria do mundo das idéias,
onde tudo era perfeito e que no mundo real tudo era
uma cópia imperfeita desse mundo das idéias.
Portanto amor platônico, ou qualquer coisa platônica,
se refere a algo que seja perfeito, mas que não
existe no mundo real, apenas no mundo das idéias.
21. O Conhecimento
De acordo com Platão o conhecimento é adquirido pela luta
dialética, onde a mente é conduzida, do mundo sensível,
para uma intuição intelectual do mundo inteligível.
A existência de dois mundos nessa concepção é chamado de
dualismo platônico.
Esse conhecimento só encontrado acima do ilusório mundo
sensível, no mundo das ideias, das essências imutáveis, que
o homem atinge pela contemplação e a depuração dos
enganos e sentidos.
22. Aristóteles
Segundo a teoria de Aristóteles (384 a 3222 a.C), conhecida
como eudaimonéo (“ter êxito”), todas as atividades humanas
aspiram a algum bem, sendo o maior deles a felicidade.
Para Aristóteles a Felicidade não se encontra
nos prazeres nem nas riquezas, mas na
atividades racional. Pensar no seu entender,
é a principal característica humana, e a
felicidade consiste na atividade da alma
segundo a razão.
23. Conhecimento e realidade
Aristóteles retomou a problemática do conhecimento,
afirmando a Ciência como conhecimento verdadeiro, um
conhecimento estabelecido pelas causas e capaz de superar os
enganos da opinião e compreender a natureza do “devir”.
Criticou o mundo separado das ideias de Platão, afirmando ser
amigo de Platão, mas, mais amigo da verdade.
Aristóteles criou a lógica como instrumento do conhecimento
em qualquer campo do saber. Sua filosofia captou a realidade do
modo unitário, contrariando o dualismo de Platão.
Preocupou-se em encontrar as causas últimas, o princípio único
e transcedente de tudo aquilo que é finito e mutável.