2. A partir do conceito de território, a Geografia analisa as
causas e consequência, em diferentes escalas dos conflitos
associados as transformações do espaço geográfico.
O tema de estudo da Geopolítica é o exercício do poder em
diferentes escalas.
Atualmente, todos os continentes apresentam situações de
conflito territorial, sendo a Ásia a que mais se destaca pela
influência direta ou indireta na área econômica.
3. Em geral, os conflitos no continente asiático tem como
principal fator as diferenças culturais e religiosas no
domínio territorial e também na ocupação de áreas ricas
em recursos naturais, especialmente os hídricos.
4. Essa região abrange 15% do território asiático, com mais
de 6,6 milhões de km², divididos de maneira desigual entre
os 15 países asiáticos independentes. Arábia Saudita, Irã,
Turquia, Afeganistão e Iraque que ocupam 85% do
território regional; enquanto o restante é dividido por
nações menores: Kuwait, Barein, Catar, Emirados Árabes
Unidos, Israel, Líbano, Síria, Jordânia, Omã, e Iêmen.
Essa região é conhecida como Oriente Médio e é cenário de
um dos conflitos mais longos e duradouros e de maior
influência na geopolítica mundial.
5. Em 135 d.C. Adriano o imperador romano expulsou os judeus da
palestina. A partir de então os judeus se dispersaram pelo mundo e,
em especial pelos país árabes. Esse período ficou conhecido como:
DIÁSPORA JUDAÍCA.
Os judeus sempre formaram comunidades próximas a um sinagoga
para fortalecer os seus costumes a medida que prosperam em outras
atividades.
A partir do século VII, os povos árabe mulçumanos ocuparam a região
da Palestina, até que passou a ser dominada pelos Otomanos no
Século XVI.
Após a primeira Guerra mundial a área passou a ser dominada por
ingleses e franceses
6.
7. No final do século XIX surgiu um movimento político e religioso
judaico conhecido como sionismo. Ou, retorno dos judeus à terra
prometida.
A intensão era formar o estado de Israel, que foi proclamado em 1948.
A intensa migração dos judeus dos vários pontos do mundo e a
aquisição de propriedades na Palestina tomou grandes proporções,
ameaçando o domínio árabe na região.
Os judeus argumentam que foram obrigados a emigrar pelos
romanos; em contrapartida os mulçumanos alegam que o território é
deles por direito devido ao tempo que ali permanecaram.
8. Com a DECLARAÇÃO DE BALFOUR, em 1917, o Reino Unido apoiou a
criação de um estado nacional para os judeus, o que ativou ainda mais os
conflitos.
Mesmo com forte resistência das nações árabes, a ONU aprovou a partilha
da Palestina e a criação do estado de Israel em 29 de novembro de 1947.
Israel (estado judeu) ficou com 56,5%(14.000km²) do território e a Palestina
com 42,9% (11.500 km²).
Jerusalém, por ser considerado um importante centro religioso para judeus
árabes e mulçumanos, passou a ser considerado área internacional.
Em julho de 1948, proclamou-se o Estado de Israel.
9.
10. A cidade de Jerusalém é objeto de
disputa à séculos, tanto por judeus,
como por mulçumanos e cristãos.
Em 1980 o estado Judeu a
considerou cidade eterna e
indivisível, status não reconhecido
pela ONU.
Os árabes defendem o direito a
posse de Jerusalém como capital da
Palestina.
Os confrontos entre árabes e judeus
se intensificaram ainda mais depois
da criação do estado de Israel,
desencadeando guerras em toda a
região.
11. A Guerra da partilha iniciou-se em julho de 1948,
logo após a criação do estado de Israel, e durou até
janeiro de 1949.
Israel venceu cinco países árabes (Egito, Iraque,
Líbano, Transjordânia (atual Jordânia), e Síria, e
aumentou seu território em mais 40 %.
Cerca de 800.000 palestinos deixaram Israel. A
Jordânia ficou com a Cisjordânia, e o Egito com a
faixa de Gaza. Jerusalém foi dividida entre
Israelenses e jordinianos.
12. O Canal de Suez é uma passagem que liga o Mar
Mediterrâneo ao Mar Vermelho. É uma grande obra de
Engenharia do final do século XIX (1869).
13. Em julho de 1956, Gamal Abdel Nasser presidente do Egito e aliado
dos palestinos, anunciou a nacionalização do canal de Suez,
provocando o descontentamento da França e da Inglaterra. Em
outubro de 1956, em apoio a França e a Inglaterra, as forças
israelenses obtiveram o controle do canal.
Apesar da vitória militar das forças anglo-francesas e israelenses, a
derrota foi diplomática, pela pressão estadunidense e soviética, que
forçou a retirada das tropas do local.
A guerra do Canal de Suez mudou toda a estrutura geopolítica da
região. Gamal Abdel tornou-se o principal líder árabe, criou a OLP
(Organização para Libertação da Palestina) em 1960. O colonialismo
anglo-francês foi substituído pela supremacia dos EUA e URSS.
14. Em 1967 o mapa da Palestina foi novamente alterado no
conflito entre israelenses e palestinos. Estes receberam o
apoio do Egito, da Síria e da Jordânia. Israel obteve a
vitória inquestionável em apenas seis dias de confronto,
ocupando novos territórios: a Península do Sinai e da faixa
de Gaza, do Egito; a Cisjordânia da Jordânia; e as Colinas
do Golã na Síria.
Israel se consolidou como grande potência militar no
Oriente Médio.
15.
16. No dia 6 de outubro de 1973, enquanto os judeus
comemoravam o Yom Kippur (dia do perdão), foram
atacados de surpresa por uma coligação entre o Egito e a
Síria. Porém o contra ataque de Israel foi arrasador.
O cessar-fogo foi concluído em 22 de outubro sob a
imposição do presidente dos EUA Richard Nixon e da
URSS Leonid Brejnev.
Essa foi considerada a última guerra árabe israelense.
Entretanto, a tensão na região é contínua e marcada por
conflitos.
17. Durante o período de 1987 a 1993, os palestinos se
envolveram em inúmeros ataques nos territórios ocupados
pelos israelenses, em uma revolta coletiva denominada
intifada, ou Revolta das Pedras. Esse conflito atingiu
todas as faixas etárias da população que enfrentava o
inimigo com as armas disponíveis, inclusive com paus e
pedras.
18. Em 1959, liderado por Yasser Arafat, surgiu o grupo terrorista Al
Fatah, que tinha como principal objetivo reconquistar o território
perdido, em 1949, na Guerra da partilha.
Em 1964, o grupo Al Fatah foi reconhecido como Organização para
Libertação da Palestina (OLP).
Em 1974, a OLP foi aceita pela ONU como única representante da
Palestina. Em 1988, seu líder, Yasser Arafat, renunciou ao
terrorismo, reconhecendo a existência do Estado de Israel, porém,
insistindo na consolidação do Estado da palestina.
O ódio entre palestinos e israelenses aumentou ainda mais após o
reconhecimento da OLP pela ONU.
20. Em meio a tantas guerras, perdas históricas, econômicas e
principalmente humanas, iniciou-se um lento e indefinido
processo de paz entre árabes e judeus, que ainda não se
concretizou.
21. Em 1978, Egito e Israel formalizaram o acordo de Camp
David, tendo como intermediador o presidente norte
americano Jimmy Carter.
Esse acordo estabeleceu a devolução da Península do Sinai
ao Egito e o reconhecimento do estado de Israel por parte
do Egito. Apesar da reprovação da maioria dos países
árabes, o Acordo de Camp David foi respeitado por Israel e
Egito.
22. No início da década de 1990, por iniciativa diplomática da
Noruega e de diversos países, israelenses e palestinos realizaram
importantes encontros para negociar a paz.
Em 1993, foi realizado um encontro entre Yitzhak Rabin (Israel) e
Yasser Arafat (Egito) para negociar a paz. Em 1993 assinaram um
acordo onde Israel devolveria a Cidade de Jericó e a faixa de Gaza
ao Egito.
Outros acordos foram assinados em maio de 1994 e setembro de
1995 devolvendo aos palestinos outras áreas ocupadas por Israel
durante a guerra dos seis dias.
Os acordos foram interrompidos por árabes e judeus radicais
descontentes com as negociações entre as duas nações.
Rabin foi assassinado por fanático judeu e as novas lideranças
dificultaram as negociações de paz.
23.
24. Segunda intifada foi iniciada em setembro de 2000. Em 2006 o
saldo de mortes era superior a 4000 pessoas, sendo que mais de
3000 eram palestinos.
Yasser Arafat morreu em 2004 e foi substituído por Mahmoud
Abbas, no início de seu governo enfrentou mais um conflito na
faixa de Gaza.
O grupo terrorista Hamas assumiu a maioria das cadeiras do
parlamento palestino em 2006. Em 2008 os ataques foram
retomados pelo Hamas e o acordo de cessar fogo foi rompido no
início de 2009.
Em setembro de 2010 as negociações foram retomadas pelo
presidente estadunidense Barac Obama; mas as forças de
oposição, principalmente de grupos terroristas, dificultam as
tentativas de acordo.
25. Em abril de 2012, Mahmoud Abbas, presidente da ANP
(Autoridade Nacional Palestina), impôs uma série de
condições para a retomada do diálogo pela paz, todas
rejeitadas pelo primeiro ministro de Israel Benjamim
Netanyahu.
26. O conflito entre
Israelenses e Judeus
matou milhares de
pessoas em 2014. Os
principais alvos
eram civis, mulheres
e crianças.
29. Com o apoio militar da Grã Bretanha, o Kuwait resistiu a várias tentativas de
invasão iraquianas, ocorridas ao longo do século XXI.
Com Saddan Hussein no poder a partir de 1979, o exército iraquiano foi armado
com modernos armamentos adquiridos da ex-URSS, dos EUA, do Brasil e de
outros países, objetivando a liderança do Oriente Médio.
O domínio do Kuwait representava a apropriação da terceira maior reserva de
petróleo do mundo, fortalecendo a economia do Iraque em relação as demais
nações do mundo árabe.
A invasão do exército de Saddan Hussein em agosto de 1990 despertou a
formação de uma aliança militar liderada pelos Estado Unidos, com a
participação da França e da Inglaterra.
As batalhas foram transmitidas em tempo real pela televisão. O confronto foi
relativamente curto, entre 17 de janeiro e 27 de fevereiro. Saddan foi derrotado
embora tenha permanecido no poder por mais um tempo.
A Guerra do Golfo como ficou conhecida, teve como consequência o saque de
riquezas incalculáveis do Kuwait, campos de petróleo incendiados e minados
pelo exército iraquiano, e a destruição da infraestrutura iraquiana.
30. Diante da derrota os xiitas do sul e os curdos do norte
revoltaram-se contra o governo de Saddan. Saddan
enfrentou a guerra civil com violência, mantendo-se no
poder.
Após os atentados de 11 de setembro de 2001 o Iraque volta
a ser pauta internacional, sob a acusação de apoiar o
terrorismo internacional e a produzir armas de destruição
em massa. Esses argumentos, somados ao seu potencial de
produção de petróleo e outros motivos políticos,
desencadearam um novo ataque ao Iraque em 2003, sob a
liderança dos Estados Unidos, resultando na prisão,
julgamento e morte do ditador Saddan Russein.