2. 1.1 SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA DE DURKHEIM
“A construção do ser social,
feita em boa parte pela
educação, é a assimilação
pelo indivíduo de uma série
de normas e princípios —
sejam morais, religiosos,
éticos ou de comportamento
— que balizam a conduta do
indivíduo num grupo. O
homem, mais do que
formador da sociedade, é um
produto dela.”
(Émile Durkheim 1858-1917)
3. A) INSTITUIÇÕES SOCIAIS:
I- Definição:
“Regras, Comportamentos e Valores”
1.1 SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA DE DURKHEIM
4. B) CONSCIÊNCIA COLETIVA:
I- Definição:
“Conjunto de crenças e sentimentos comuns”
Indivíduo / PRODUTO DO MEIO/ determinado
Coletividade / individualidade
Consciência COLETIVA / consciência INDIVIDUAL.
1.1 SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA DE DURKHEIM
5. C) COESÃO SOCIAL:
I- Definição:
> CONSCIÊNCIA COLETIVA > COESÃO SOCIAL
II – MÉTODO:
Quantitativo.
1.1 SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA DE DURKHEIM
6. D) OBJETO DA SOCIOLOGIA:
FATO SOCIAL
I – Obra:
II – Conceito:
1)Coercitividade:
2) Exterioridade:
3) Generalidade:
III – Tipos de Fatos Sociais:
1)Normais
2)Patológicos
IV – Anomia Social
Valores em crise + fatos sociais
1.1 SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA DE DURKHEIM
7. E) DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO:
I – Definição:
“Formas de os indivíduos se colocarem em relação social uns com os outro”.
>DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO + COMPLEXA É A SOCIEDADE
Sociedade pós Rev. Industrial:
Sociedade ANÔMICA = sem MORAL definida
1.1 SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA DE DURKHEIM
8. F) FORMAS DE SOLIDARIEDADE:
I.Conceito:
“é o modo como os indivíduos se relacionam dando sentido às ações
individuais”.
(ESTIMULA)
SOLIDARIEDADE MECÂNICA X SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
1.1 SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA DE DURKHEIM
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO SOLIDARIEDADE
9. G) O SUICÍDIO:
I – Obra:
II- Tipos de suicídio:
1)Suicídio egoísta:
2)Suicídio altruísta:
3)Suicídio anônimo:
1.1 SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA DE DURKHEIM
10. 1.2 SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE WEBER (1864-1920)
“Por mais que a vida tenha um
sentido, só conhece o
combate eterno que os
deuses travam entre si, ou,
evitando a metáfora, só
conhece a incompatibilidade
dos pontos de vista últimos
possíveis, a impossibilidade
de regular os seus conflitos
e portanto a necessidade de
se decidir a favor de um ou
de outro”.
(Max Weber 1864-1920)
11. 1.2 SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE WEBER
A) MODERNIDADE:
Ferdinand Victor E. D.William Bell Scott
Capitalismo Burguesia
13. 1.2 SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE WEBER
C) OBJETO DA SOCIOLOGIA:
AÇÃO SOCIAL:
I – Conceito:
“Conduta humana dotada de sentido”
II – Tipos de ação social:
1) Ação tradicional
2) Ação efetiva:
3) Ação racional com relação a valores:
4) Ação racional com relação a fins:
14. 1.2 SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE WEBER
D) O “TIPO IDEAL”:
I – Conceito:
Ferramenta metodológica
Construção mental
Modelo idealizado
II – Metodologia:
Caracterizar o objeto de
pesquisa
chegar em um
“tipo ideal”.
COMPARAÇÃO
15. E) TIPOS DE DOMINAÇÃO:
I – Conceito:
“Relação entre homens que dominam os seus iguais”
VIOLÊNCIA LEGÍTIMA (existe) CONCORDANCIA ACEITAÇÃO
II – Tipos de Dominação:
1.2 SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE WEBER
Dominação Tradicional
Dominação Racional-legal
Dominação
Carismática
16. 1.2 SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE WEBER
F) A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO:
Moral Calvinista:
VALORIZAÇÃO DO TRABALHO
AÇÕES INDIVIDUAIS
ESPÍRITO DE POUPAR
+
+
NÃO DISPERDÍCIO
+
17. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar,
1988
• SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica . Itajai: EdUnivali, 2002
• LAKATOS, Eva Maria. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 1997
• LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. Sociologia Geral. São Paulo: Atlas,
1999
• CHARON, Joel M. Sociologia . São Paulo: Saraiva, 2002
• GUARESCHI, Pedrinho. Sociologia Crítica . Porto Alegre: EdPUCRS, 2002
• GOMES, Cândido. A Educação em perspectiva sociológica. São Paulo:
EPU, 1985
• BOUDON, R. BOURRICAUD, F. Dicionário crítico de Sociologia. São Paulo:
Ática, 2000
• MEKSENAS, Paulo. Sociologia. Coleção Magistério 2º Grau. São Paulo:
Cortez.
• COSTA, Cristina. Sociologia – Introdução à Ciência da Sociedade. São
Notas del editor
ÉMILE DURKHEIM (França, 1858 -1917)
“Pai da sociologia” – “fundador da sociologia moderna” – responsável por fazer da sociologia uma ciência (sociologia como disciplina na universidade de Bourdeaux, primeiro professor de sociologia).
Inspirou-se no positivismo (visão de que a razão, a ciência e a tecnologia levaria o homem ao progresso). (também fez críticas a Comte – enquanto conte via a sociedade como um grande organismo vivo. Durkheim concebia a sociedade como uma máquina)
Dedicou parte de sua vida à criação de métodos de investigação de pesquisas sociais.
Obra: As regras do método sociológico (1895)
INSTITUIÇÕES SOCIAIS:
Durkheim entendia a sociedade como uma grande máquina.
Instituições sociais – eram conjunto de engrenagens que fazia a máquina funcionar.
Daí o conceito de “sociologia funcionalista” de Durkheim
I- Definição:
Conjunto de regras, comportamentos e valores que normatizam a vida social de um grupo.
As instituições sociais variam de acordo com o tempo e com o lugar.
As instituições funcionam como pilares da vida social.
Ex.: família, escola, igreja, Estado
B) CONSCIÊNCIA COLETIVA:
I- Definição:
“ Conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria ”
Nesta máquina o indivíduo é apenas um PRODUTO DO MEIO (apenas uma engrenagem).
Sendo determinado ao longo do processo de socialização (determinado pelo funcionamento da máquina).
Predomina a coletividade sobre a individualidade.
A consciência coletiva determina a consciência individual.
C) COESÃO SOCIAL:
I- Definição:
A CONSCIÊNCIA COLETIVA exerce maior ou menor influência sobre o INDIVÍDUO.
Depende do tipo de sociedade que o indivíduo faz parte.
Quanto maior a influência da consciência coletiva maior a COESÃO SOCIAL. (MAIS O INDIVÍDUO SE SENTE PERTENSENTE, ENGAJADO E INCLUÍDO A ESTA SOCIEDADE.)
Sociologia de Durkheim recebe o nome de SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA (sociedade funciona como uma grande máquina).
Método de análise cartesiano – isolar e analisar uma parte para compreender um todo
D) FATO SOCIAL:
I – Obra: “As regras do método sociológico”
Durkheim procura estabelecer os limites entre a sociologia e as demais ciências.
O objeto da sociologia não é a sociedade, mas sim o FATO SOCIAL.
II- Conceito:
Todo fenômeno produzido pelo homem vivendo em sociedade.
Para ser considerado fato social três características precisam coexistir:
Coercitividade: fato social é tudo fenômeno que se impõe sobre o indivíduo.
Exterioridade: fato social existe independente da vontade do indivíduo.
Generalidade: fato social envolve grande coletividade e se repete ao longo do tempo.
III – Tipos de fatos sociais:
NORMAIS – fatos sociais que acontecem com certa regularidade
PATOLÓGICOS – fatos sociais atípicos, fogem da regularidade (palavra derivada do grego pathos = sofrimento, doença; e logia =ciência, estudo).
Ex.: Numero de crianças que nascem com microcefalia (cabeça com menos de 32 cm) é x ao longo de décadas. E de repente o número salta para 2x em meses. A variação brusca pode indicar um quadro patológico e exige medidas do governo. Normal era 1 criança a cada 100 mil nascidas. O aumento foi de 20X
IV – Anomia Social:
Ocorre quando as bases institucionais e valorativas de uma sociedade entram em crise e os laços sociais se afrouxam. Em um quadro anômico tende a ocorrer mais fatos sociais.
Ex.: Paralisação da polícia no ES. A instituição (engrenagem da máquina) parou. Abateu uma crise ética e moral sobre os indivíduos que saquearam e roubaram lojas, a criminalidade e homicídios dispararam.
E) DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO:
I – Definição:
Ao longo da história e nas diferentes sociedades os indivíduos se organizaram e se dividiram em diferentes funções sociais (essa organização é conhecida como divisão social do trabalho)
Durckheim define divisão social do trabalho como: “diferentes formas de os indivíduos se colocarem em relação social uns com os outro”.
A sociedade pós-revolução industrial para Durkheim era ANÔMICA sem uma forma moral definida. (bandido vai assaltar banco faz sinal da cruz. Diz que é contra a corrupção, veste a camisa fora PT mas sonega imposto. Vai a igreja todos os domingos, mas não paga os direitos trabalhistas da empregada doméstica.)
F) FORMAS DE SOLIDARIEDADE:
Não é uma definição moral ou religiosa do senso comum
A divisão social do trabalho tem importante função de estimular a solidariedade entre os indivíduos.
Solidariedade “é o modo como os indivíduos se relacionam dando sentido às ações individuais”. “como ocorre a socialização”.
Existem dois tipos de solidariedade:
Solidariedade mecânica:
Predominou nas sociedades pré-capitalistas
A família e a religião eram as instituições que davam coesão social
Trabalho e as relações sociais eram organizados com base em tradições e costumes
2) Solidariedade orgânica:
Predomina na sociedade capitalista
Trabalho (profissão) define seu papel social
Por meio das profissões os indivíduos desempenham a divisão social do trabalho.
F) O SUICÍDIO:
I – Obra: “O suicídio” (1897)
Durkheim descobre que existe uma regularidade entre a decisão individual e fatores sociais para o ato de cometer suicídio. Fatores como sexo, idade, condição social, religião e contexto histórico.
II – Tipos de suicídio:
Durkheim difere três tipos de suicídio:
Suicídio egoísta: predomina no ocidente pós revolução industrial. O indivíduo não se sente integrado. Geralmente acompanhado de depressão. Ex. jovens que fracassam na escola no Japão (18,5 casos para 100 mil habitantes – 70 pessoas por dia em média cometem suicídio no Japão) Brasil 8° país do mundo em suicídios).
Suicídio altruísta: comete suicídio por uma causa, crença individual ou coletiva. O indivíduo dá a sua vida em nome do coletivo. Ex. pilotos de camicases (O ataque a Pearl Harbor foi uma operação aeronaval de ataque à base norte-americana de Pearl Harbor, efetuada pela Marinha Imperial Japonesa na manhã de 7 de Dezembro de 1941). Antiga tradição samurai conhecida como haraquiri.
Suicídio anônimo: comete suicídio por causa de questões como crises econômicas, guerras, fases de instabilidade social. Ex. 24 de outubro de 1929, que ficou conhecido como “quinta-feira negra”, naquele dia houve 11 suicídios.
1.2 SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE WEBER
A sociologia de weber é compreensiva pois prioriza a compreensão dos fatos sociais em vez da explicação. O método compreensivo de Weber destaca-se pela abordagem qualitativa, em oposição à abordagem quantitativa do método funcionalista de Durkheim.
Émile Durkheim – explicar a sociedade / abordagem quantitativa
Max Weber – compreender a sociedade / abordagem qualitativa
A) MODERNIDADE:
Processo desencadeado pela revolução industrial e pela revolução francesa.
Desenvolvimento do capitalismo (Capitalismo Industrial)
Ascensão política da classe burguesa.
William Bell Scott – obra: “ferro e carvão”
Ferdinand Victor Eugène Delacroix – Obra: “a liberdade guia o povo”
B) DESENCANTAMENTO PELO MUNDO E O PROCESSO DE RACIONALIZAÇÃO:
As transformação a partir da revolução industrial e da Revolução francesa levaram a um processo de DESENCATAMENTO PELO MUNDO (declínio das formas mágicas, místicas e religiosas de se explicar e ordenar a vida em sociedade).
Tem início a um PROCESSO DE RACIONALIZAÇÃO (maior importância dada aos aspectos racionais da vida em sociedade)
C) AÇÃO SOCIAL: (é o que Durkheim chama de fato social)
É o objeto de estudo em Max Weber.
Para Weber a sociedade não seria formada por fatos sociais, mas sim por ações sociais. (cada indivíduo exerce uma ação dentro de sua sociedade).
I – Conceito:
Ação social é toda ação (conduta) humana dotada de sentido
II – Tipos de ação social:
Ação tradicional: aquela ação determinada por um costume, ou tradição ou hábitos enraizados em uma sociedade ex.: não arrotar à mesa.
Ação efetiva: aquela ação movida por sentimentos e emoções. Ex.: torcer por um time, mãe que bate na filha.
Ação racional com relação a valores: aquela ação movida pelo que as pessoas acham que é o correto (valores). Ex. ir a igreja, escolher um partido político.
Ação racional com relação a fins: ação tomada com base atingir um resultado. Ex.: estudar para o Enem.
D) O TIPO IDEAL:
I – Conceito:
Ferramenta metodológica de pesquisa
Construção mental da realidade
Modelo ideal que funciona como parâmetro para comparação.
I I– Metodologia:
O pesquisador seleciona um certo número de características do objeto de pesquisa a fim de chegar em um “tipo” ideal para classificar os objetos de estudo.
Ex: Socialismo Vs Capitalismo
SOCIALISMO = sociedade mais justa e igualitária (TIPO IDEAL) => Ditaduras que perseguiu os trabalhadores (REALIDADE)
CAPITALISMO = livre iniciativa, livre concorrência (TIPO IDEAL) = > Oligopólios (carteis, holdings e trustes) que atacam o livre mercado (REALIDADE)
Tipo ideal não existe de verdade é apenas uma ideia que serve de referência comparativa para o pesquisador.
(FAZEMOS ISSO O TEMPO TODO, IDEALIZAR. IDEALIZAMOS UM RELACIONAMENTO, NOS FRUSTRAMOS. IDEALIZAMOS UM TRABALHO, SOMO DESPEDIDOS. EDEALIZAMOS OS ESTUDOS, TERMINAMOS FORMADOS E SEM TRABALHO.)
E) TIPOS DE DOMINAÇÃO:
Cerne das relações sociais marcadas por interesses comuns ou divergentes. Um relação entre homens que dominam seus iguais.
I – Conceito:
O Estado: é uma relação de homens que dominam os seus iguais, mantida pela violência considerada legítima. (legitima pois existe algum tipo de aceitação ou concordância)
II – Tipos de Dominação:
Dominação tradicional: obediência as tradições e aos costumes (ex. poder patriarcal, dos mais velhos, aqueles que já nascem herdando esse poder hereditário).
Dominação racional-legal: obediência a um sistema de regras racionalmente elaboradas (ex. leis, constituições – O Estado moderno) PODEMOS ATÉ RECLAMAR MAS FOMOS NÓS QUE AO VOTARMOS EM DILMA COLOCAMOS O TEMER COMO VICE. CLARO QUE UM TEMER DIFERENTE DESSE QUE ESTAMOS VENDO, COMPROMETIDO COM A POLÍTICA DE GOVERNO DO PT.
Dominação carismática: crença nas qualidades do líder (coragem, heroísmo, dons sobrenaturais, inteligência, oratória e propaganda). (ex. Vargas, Mussolini e Hitler)
F) A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO:
Economia dos EUA / influência da ética protestante (imigrantes ingleses puritanos – seguidores de Calvino)
Moral calvinista:
se estrutura em torno da valorização do trabalho, ações individuais, espírito de poupar dinheiro
Os valores éticos calvinistas não são a causa do capitalismo nos EUA, mas sim um dos elementos fundamentais.