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história da literatura
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CONTEXTO HISTÓRICO.:
A Europa, no século XVI, está no auge do Renascimento, numa época na qual as grandes
navegações consolidam o capitalismo mercantil, com o desenvolvimento da manufatura
e do comércio internacional, acarretando o êxodo rural e a conseqüente urbanização das
cidades.
A Igreja encontrava-se dividida: de um lado, a burguesia defendia seus interesses através
da Reforma Protestante; de outro, as forças tradicionais reafirmavam os dogmas medievais
através da Contra-Reforma.
Portugal descobre o Brasil durante um processo de transição entre a Idade Média e a
Idade Moderna, na qual a prioridade era o desenvolvimento comercial. Dessa forma,
como o Brasil não apresentava as mesmas vantagens comerciais das Índias, a
colonização só começa, efetivamente, depois da expedição de Martin Afonso de Sousa
(1530) e da criação das Capitanias Hereditárias (1532), com a extração de pau-brasil e
o cultivo da cana de açúcar. Em 1549, instala-se o Governo Geral e os jesuítas chegam
ao Brasil, iniciando um trabalho de catequese dos índios e fundando os primeiros colégios.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS.:
O Quinhentismo compreende as manifestações literárias ocorridas no Brasil durante o
século XVI, correspondendo à introdução da cultura européia em terras brasileiras.
A subordinação política e econômica à Metrópole portuguesa acarretava dependência
cultural e imitação dos modelos artísticos portugueses. Não existia uma literatura
efetivamente brasileira: havia esparsas manifestações, mais ou menos literárias,
documentando a chegada do europeu ao novo mundo. Era produzida por cronistas,
viajantes e jesuítas, isto é, portugueses que aqui se encontravam por um período curto e
uma finalidade específica.
A ideologia mercantilista e religiosa européia vai se traduzir em duas vertentes literárias
do Quinhentismo brasileiro: a literatura informativa (relatos dos viajantes, enfocando as
riquezas materiais da colônia), e a literatura dos jesuítas, voltada para o trabalho de
catequese.
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LITERATURA DE INFORMAÇÃO.:
A expansão ultramarina européia trouxe inúmeros viajantes às terras recém-descobertas
ou exploradas da Ásia, da África e da América, com a missão de produzir relatórios,
com informações sobre essas terras, detalhando os recursos minerais, a fauna, a flora e
os aspectos exóticos e pitorescos de seus habitantes. Esses relatórios, denominados
"Crônicas de Viagem", têm caráter mais histórico do que literário, apresentando uma
linguagem puramente referencial ou denotativa.
A carta de Pero Vaz de Caminha (enviada a D. Manuel no dia 1º de maio de 1500) é
considerada o primeiro documento da literatura no Brasil, inaugurando a chamada
literatura informativa: manifestações literárias de grande valor histórico e profundo caráter
documental sobre o Brasil, feitas por cronistas e viajantes estrangeiros, buscando
descrever e informar sobre a nova colônia portuguesa, com enfoque na conquista material
e na exaltação da terra nova. Seus relatos visavam satisfazer a curiosidade e despertar
a imaginação dos europeus.
Na literatura informativa encontramos documentos, cartas e relatórios de navegantes, de
administradores e de missionários e autoridades eclesiásticas. Sua principal
característica é a descrição e exaltação da flora, fauna e dos índios, resultante de
descoberta do exotismo e exuberância de um mundo tropical. A linguagem referencial
(objetiva e concisa) também vai refletir tal louvor à terra com o uso exagerado de adjetivos,
geralmente empregados no superlativo (belíssimo, lindíssimo etc.). Também encontramos
a presença de modelos clássicos e renascentistas que tendem à erudição.
Autores e obras.:
Pêro Vaz de Caminha (1437-1500) exerceu o cargo de mestre da balança no Porto e
foi escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral. Ficou conhecido pela Carta ao El Rei
Dom Manuel sobre o achamento do Brasil , datada de 1 de maio de 1500. A carta foi
descoberta na Torre do Tombo em 1773 por José de Seabra da Silva, tendo sido publicada
por Aires do Casal na Corografia Brasílica em 1817. Considerada a certidão de
nascimento do Brasil, além do inestimável valor histórico, é um trabalho de bom nível
literário, mostrando claramente o duplo objetivo que impulsionava os portugueses para
as aventuras marítimas, isto é, o propósito mercantilista o espírito missionário. Faz um
relato dos dias passados na Terra de Vera Cruz (nome antigo do Brasil) em Porto Seguro,
da primeira missa, dos índios que subiram a bordo das naus, dos costumes destes e da
aparência deles (com uma certa obsessão por suas "vergonhas"), assim como fala do
potencial da terra, tanto para a mineração (relata que não se achou ouro ou prata, mas
que os nativos indicam sua existência), exploração biológica (a fauna e a flora) e humana,
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já que fala sempre em "salvar" os nativos, convertendo-os. É de caráter didático, histórico,
informativo, materialista, porém tem intenções espirituais.
Pero de Magalhães Gândavo: História da Província Santa Cruz (1576) e Tratado da
Terra do Brasil (1570). Visa atrair os portugueses para a obra colonizadora, estimulando
a imigração, "especialmente daqueles que vivem na pobreza", por meio da exaltação da
riqueza e do clima da colônia, com uma visão paradisíaca de nossa natureza. É o primeiro
cronista a aludir à importância do escravo na economia colonial.
Gabriel Soares de Souza (1540? - 1591): Tratado Descritivo do Brasil (1587).
Ambrósio Fernandes Brandão: Diálogos das Grandezas do Brasil (1618).
Pero Lopes de Souza: O Diário de Navegação
Pe. Fernão Cardim: Narrativa Epistolar e Tratados da Terra e da Gente do Brasil
Há, também, viajantes "estrangeiros" (não-portugueses) que aportaram no Brasil
quinhentista, à caça de informações sobre o "eldorado", o "éden" (formas com que a
imaginação européia pintava a terra desconhecida). Hans Stadem, Jean de Léry, Andrè
de Thevet, Antonil e Américo Vespucci incluem-se nessa categoria.
LITERATURA DOS JESUÍTAS.:
Agentes da Contra-Reforma, os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, com a
missão de educar e catequizar os índios, fundando os primeiros colégios. Durante quase
todo o período colonial, a educação foi atribuição exclusiva das ordens religiosas,
especialmente da Companhia de Jesus. Justamente por causa de sua intenção
pedagógica e moralizante, os textos produzidos nesse período possuem caráter mais
didático que artístico, compreendendo o teatro pedagógico (baseado em trechos bíblicos),
a poesia de devoção e as cartas que informavam aos superiores na Europa sobre o
andamento dos trabalhos na colônia (catequese e conquista espiritual).
Cabe ressaltar que o teatro foi o instrumento mais utilizado para atingir os objetivos
pretendidos pelos jesuítas, visto que, por sua facilidade didática, prestava-se melhor tanto
para moralizar os costumes dos brancos colonos como para a catequização do índio.
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Autores e obras.:
José de Anchieta (1534- 1597)
Chamado pelos índios de "Grande Piahy" (supremo pajé branco), Anchieta veio para o
Brasil em 1553 e, no ano seguinte, fundou o Colégio de Piratininga onde nasceria a
cidade de São Paulo. Deixou cartas, informações, fragmentos históricos, sermões, hinos,
autos (teatro) e poesia, destacando-se estes dois últimos aspectos como os mais
relevantes para a literatura em si, escritos em português, espanhol, tupi e latim. Aliás,
escreveu a primeira gramática do tupi-guarani para o ensino da língua dos nativos (Arte
da gramática da língua mais usada na costa do Brasil - 1595).
Seus escritos visavam embasar seu trabalho de catequese, o que determinava a função
pedagógica e didática de sua obra. Daí as características de sua poesia e de seu teatro,
inseridos na tradição medieval: concepção teocêntrica do mundo, temática religiosa e
moral e uma simplicidade de meios expressivos que buscam, basicamente, a eficiência
comunicativa.
1. O teatro de Anchieta
Principais autos: Auto da Pregação Universal; Auto da festa de São Lourenço ; Na
visitação de Santa Isabel. Inspiração medieval, nos mistérios e moralidades. Alegórico,
segundo o modelo deixado por Gil Vicente, misturando a moral religiosa católica aos
costumes dos indígenas. A paradoxal modernidade desses autos rudimentares está na
ativa participação da platéia e no espetáculo, por meio do canto e da dança (motivadores
para a presença do índio). Não há unidade de ação ou de tempo. Os cenários eram à
beira do mar, tendo como atores os próprios jesuítas, os colonos e os índios, não sendo
admitida a presença de mulheres. Normalmente trilíngües (tupi, português e espanhol),
eram peças escritas em verso que duravam de três a quatro horas de representação até
atingirem o clímax maniqueísta: a vitória do Bem, (normalmente personificado por anjos
e santos) contra o Mal (caracterizado pelo diabo ou pelos deuses da cultura indígena).
2. A poesia de Anchieta
Principais poemas: De gentis Mendis de Saa; De Beata Virgine dei Matre Maria (Poema
à Virgem ). Influência da tradição do verso medieval, com o uso de versos curtos e
redondilhas, além de uma visão teocêntrica do mundo, buscando no cotidiano e na dicção
popular, boa parte das imagens que povoam sua obra. Seus versos expressam sua
motivação mística e catequética e sua profunda devoção mariana. A mortificação do
humano, o distanciamento dos prazeres terrenos, encontram consolação no amor divino,
que contrapõe ao desengano da vida os valores positivos da esperança e da alegria,
também presentes na poesia de Anchieta.
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Outros autores e obras:
- Diálogo sobre a conversão dos gentios (Padre Manuel da Nóbrega)
- Narrativa Epistolar (Padre Fernão Cardim)
- História da custódia do Brasil (Frei Vicente do Salvador)
- Cartas dos missionários jesuítas escritas nos dois primeiros séculos de catequese
Florisando (1510), por Páez de Rivera;
- Lisuarte de Grécia (1514), por Feliciano da Silva;
- Lisuarte de Grécia (1526), por Juan Diaz;
- Amadis de Grécia (1530), por Feliciano da Silva;
- Florisel de Niquea (1532), por Feliciano da Silva;
- Florisel de Niquea (1535 e 1551), por Feliciano da Silva;
- Silves de La Selva (1546), por Feliciano da Silva.

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O Quinhentismo

  • 1. quinhentismo história da literatura Agostina Akemi Sasaoka 1 http://www.gargantadaserpente.com CONTEXTO HISTÓRICO.: A Europa, no século XVI, está no auge do Renascimento, numa época na qual as grandes navegações consolidam o capitalismo mercantil, com o desenvolvimento da manufatura e do comércio internacional, acarretando o êxodo rural e a conseqüente urbanização das cidades. A Igreja encontrava-se dividida: de um lado, a burguesia defendia seus interesses através da Reforma Protestante; de outro, as forças tradicionais reafirmavam os dogmas medievais através da Contra-Reforma. Portugal descobre o Brasil durante um processo de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, na qual a prioridade era o desenvolvimento comercial. Dessa forma, como o Brasil não apresentava as mesmas vantagens comerciais das Índias, a colonização só começa, efetivamente, depois da expedição de Martin Afonso de Sousa (1530) e da criação das Capitanias Hereditárias (1532), com a extração de pau-brasil e o cultivo da cana de açúcar. Em 1549, instala-se o Governo Geral e os jesuítas chegam ao Brasil, iniciando um trabalho de catequese dos índios e fundando os primeiros colégios. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS.: O Quinhentismo compreende as manifestações literárias ocorridas no Brasil durante o século XVI, correspondendo à introdução da cultura européia em terras brasileiras. A subordinação política e econômica à Metrópole portuguesa acarretava dependência cultural e imitação dos modelos artísticos portugueses. Não existia uma literatura efetivamente brasileira: havia esparsas manifestações, mais ou menos literárias, documentando a chegada do europeu ao novo mundo. Era produzida por cronistas, viajantes e jesuítas, isto é, portugueses que aqui se encontravam por um período curto e uma finalidade específica. A ideologia mercantilista e religiosa européia vai se traduzir em duas vertentes literárias do Quinhentismo brasileiro: a literatura informativa (relatos dos viajantes, enfocando as riquezas materiais da colônia), e a literatura dos jesuítas, voltada para o trabalho de catequese.
  • 2. quinhentismo história da literatura Agostina Akemi Sasaoka 2 http://www.gargantadaserpente.com LITERATURA DE INFORMAÇÃO.: A expansão ultramarina européia trouxe inúmeros viajantes às terras recém-descobertas ou exploradas da Ásia, da África e da América, com a missão de produzir relatórios, com informações sobre essas terras, detalhando os recursos minerais, a fauna, a flora e os aspectos exóticos e pitorescos de seus habitantes. Esses relatórios, denominados "Crônicas de Viagem", têm caráter mais histórico do que literário, apresentando uma linguagem puramente referencial ou denotativa. A carta de Pero Vaz de Caminha (enviada a D. Manuel no dia 1º de maio de 1500) é considerada o primeiro documento da literatura no Brasil, inaugurando a chamada literatura informativa: manifestações literárias de grande valor histórico e profundo caráter documental sobre o Brasil, feitas por cronistas e viajantes estrangeiros, buscando descrever e informar sobre a nova colônia portuguesa, com enfoque na conquista material e na exaltação da terra nova. Seus relatos visavam satisfazer a curiosidade e despertar a imaginação dos europeus. Na literatura informativa encontramos documentos, cartas e relatórios de navegantes, de administradores e de missionários e autoridades eclesiásticas. Sua principal característica é a descrição e exaltação da flora, fauna e dos índios, resultante de descoberta do exotismo e exuberância de um mundo tropical. A linguagem referencial (objetiva e concisa) também vai refletir tal louvor à terra com o uso exagerado de adjetivos, geralmente empregados no superlativo (belíssimo, lindíssimo etc.). Também encontramos a presença de modelos clássicos e renascentistas que tendem à erudição. Autores e obras.: Pêro Vaz de Caminha (1437-1500) exerceu o cargo de mestre da balança no Porto e foi escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral. Ficou conhecido pela Carta ao El Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil , datada de 1 de maio de 1500. A carta foi descoberta na Torre do Tombo em 1773 por José de Seabra da Silva, tendo sido publicada por Aires do Casal na Corografia Brasílica em 1817. Considerada a certidão de nascimento do Brasil, além do inestimável valor histórico, é um trabalho de bom nível literário, mostrando claramente o duplo objetivo que impulsionava os portugueses para as aventuras marítimas, isto é, o propósito mercantilista o espírito missionário. Faz um relato dos dias passados na Terra de Vera Cruz (nome antigo do Brasil) em Porto Seguro, da primeira missa, dos índios que subiram a bordo das naus, dos costumes destes e da aparência deles (com uma certa obsessão por suas "vergonhas"), assim como fala do potencial da terra, tanto para a mineração (relata que não se achou ouro ou prata, mas que os nativos indicam sua existência), exploração biológica (a fauna e a flora) e humana,
  • 3. quinhentismo história da literatura Agostina Akemi Sasaoka 3 http://www.gargantadaserpente.com já que fala sempre em "salvar" os nativos, convertendo-os. É de caráter didático, histórico, informativo, materialista, porém tem intenções espirituais. Pero de Magalhães Gândavo: História da Província Santa Cruz (1576) e Tratado da Terra do Brasil (1570). Visa atrair os portugueses para a obra colonizadora, estimulando a imigração, "especialmente daqueles que vivem na pobreza", por meio da exaltação da riqueza e do clima da colônia, com uma visão paradisíaca de nossa natureza. É o primeiro cronista a aludir à importância do escravo na economia colonial. Gabriel Soares de Souza (1540? - 1591): Tratado Descritivo do Brasil (1587). Ambrósio Fernandes Brandão: Diálogos das Grandezas do Brasil (1618). Pero Lopes de Souza: O Diário de Navegação Pe. Fernão Cardim: Narrativa Epistolar e Tratados da Terra e da Gente do Brasil Há, também, viajantes "estrangeiros" (não-portugueses) que aportaram no Brasil quinhentista, à caça de informações sobre o "eldorado", o "éden" (formas com que a imaginação européia pintava a terra desconhecida). Hans Stadem, Jean de Léry, Andrè de Thevet, Antonil e Américo Vespucci incluem-se nessa categoria. LITERATURA DOS JESUÍTAS.: Agentes da Contra-Reforma, os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, com a missão de educar e catequizar os índios, fundando os primeiros colégios. Durante quase todo o período colonial, a educação foi atribuição exclusiva das ordens religiosas, especialmente da Companhia de Jesus. Justamente por causa de sua intenção pedagógica e moralizante, os textos produzidos nesse período possuem caráter mais didático que artístico, compreendendo o teatro pedagógico (baseado em trechos bíblicos), a poesia de devoção e as cartas que informavam aos superiores na Europa sobre o andamento dos trabalhos na colônia (catequese e conquista espiritual). Cabe ressaltar que o teatro foi o instrumento mais utilizado para atingir os objetivos pretendidos pelos jesuítas, visto que, por sua facilidade didática, prestava-se melhor tanto para moralizar os costumes dos brancos colonos como para a catequização do índio.
  • 4. quinhentismo história da literatura Agostina Akemi Sasaoka 4 http://www.gargantadaserpente.com Autores e obras.: José de Anchieta (1534- 1597) Chamado pelos índios de "Grande Piahy" (supremo pajé branco), Anchieta veio para o Brasil em 1553 e, no ano seguinte, fundou o Colégio de Piratininga onde nasceria a cidade de São Paulo. Deixou cartas, informações, fragmentos históricos, sermões, hinos, autos (teatro) e poesia, destacando-se estes dois últimos aspectos como os mais relevantes para a literatura em si, escritos em português, espanhol, tupi e latim. Aliás, escreveu a primeira gramática do tupi-guarani para o ensino da língua dos nativos (Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil - 1595). Seus escritos visavam embasar seu trabalho de catequese, o que determinava a função pedagógica e didática de sua obra. Daí as características de sua poesia e de seu teatro, inseridos na tradição medieval: concepção teocêntrica do mundo, temática religiosa e moral e uma simplicidade de meios expressivos que buscam, basicamente, a eficiência comunicativa. 1. O teatro de Anchieta Principais autos: Auto da Pregação Universal; Auto da festa de São Lourenço ; Na visitação de Santa Isabel. Inspiração medieval, nos mistérios e moralidades. Alegórico, segundo o modelo deixado por Gil Vicente, misturando a moral religiosa católica aos costumes dos indígenas. A paradoxal modernidade desses autos rudimentares está na ativa participação da platéia e no espetáculo, por meio do canto e da dança (motivadores para a presença do índio). Não há unidade de ação ou de tempo. Os cenários eram à beira do mar, tendo como atores os próprios jesuítas, os colonos e os índios, não sendo admitida a presença de mulheres. Normalmente trilíngües (tupi, português e espanhol), eram peças escritas em verso que duravam de três a quatro horas de representação até atingirem o clímax maniqueísta: a vitória do Bem, (normalmente personificado por anjos e santos) contra o Mal (caracterizado pelo diabo ou pelos deuses da cultura indígena). 2. A poesia de Anchieta Principais poemas: De gentis Mendis de Saa; De Beata Virgine dei Matre Maria (Poema à Virgem ). Influência da tradição do verso medieval, com o uso de versos curtos e redondilhas, além de uma visão teocêntrica do mundo, buscando no cotidiano e na dicção popular, boa parte das imagens que povoam sua obra. Seus versos expressam sua motivação mística e catequética e sua profunda devoção mariana. A mortificação do humano, o distanciamento dos prazeres terrenos, encontram consolação no amor divino, que contrapõe ao desengano da vida os valores positivos da esperança e da alegria, também presentes na poesia de Anchieta.
  • 5. quinhentismo história da literatura Agostina Akemi Sasaoka 5 http://www.gargantadaserpente.com Outros autores e obras: - Diálogo sobre a conversão dos gentios (Padre Manuel da Nóbrega) - Narrativa Epistolar (Padre Fernão Cardim) - História da custódia do Brasil (Frei Vicente do Salvador) - Cartas dos missionários jesuítas escritas nos dois primeiros séculos de catequese Florisando (1510), por Páez de Rivera; - Lisuarte de Grécia (1514), por Feliciano da Silva; - Lisuarte de Grécia (1526), por Juan Diaz; - Amadis de Grécia (1530), por Feliciano da Silva; - Florisel de Niquea (1532), por Feliciano da Silva; - Florisel de Niquea (1535 e 1551), por Feliciano da Silva; - Silves de La Selva (1546), por Feliciano da Silva.