História de Portugal
Trabalho individual
Invasões Napoleónicas
Desde a morte do Rei D.José até á convenção de Sintra
Docente: Mestre Helena Mantas
Aluno: Hugo Carriço
Turma: Turismo 3ºAno
Nº 20100030
Ano Lectivo: 2012-2013
Cronologia
1777-02-24 Morre D.José, 25º Rei de Portugal. Sobe ao trono D.Maria I.
1786-01-30 Tratado Franco-Português. Reconhecidos os Direitos de Portugal sobre o
território de Cabinda.
1787-03-14 Chega Lisboa William Beckford que escreverá as suas impressões sobre
Lisboa.
1788-11-11 Morre o príncipe herdeiro D.José, filho de D.Maria I e D.Pedro.
1789-05-05 Revolução Francesa.
1791-12-06 Luis XVI agradece a D.Maria I o apoio à causa Monárquica.
1791 D.Maria I retira-se do poder devido a sinais de demência.
1792-02-10 O Príncipe D.João assume a governação.
1793 A convenção francesa tenta obter sem sucesso a neutralidade Portuguesa.
1793-02-23 Espanha declara a Guerra contra a França.
1793-07-15 Portugal - Aliança com Inglaterra.
1793-09-26 Portugal - Aliança com Espanha, Portugal ajuda a Espanha na zona dos
Pirenéus - Campanha do Rossilhão.
1793-03-07 Campanha do Rossilhão até 1795-07-22
1793-04-10 O governo Espanhol é informado da decisão de Portugal em entrar na
liga contra a França.
1793-07-15 Tratado de auxílio mútuo e convenção militar Luso-Espanhola.
1793.Set. Embarque das divisões Portuguesas para a campanha do Rossilhão.
1793-09-26 Tratado entre D.Maria e o Rei inglês sobre o mútuo auxílio contra a
França.
1793.Dez. Tropas Britânicas desembarcam em Lisboa
1793 Pirataria dos Franceses aos navios Portugueses.
1794 Portugal participa na Campanha do Rossilhão.
1794.Abril Derrota e desorganização completa dos exércitos luso-Espanhóis,
comandados pelo conde La Union.
1794.Out. Intimado a sair de Paris o único funcionário em funções na legação
portuguesa.
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1794-11-17 França - Ofensiva contra a Coligação - Batalha da Montanha Negra. O
exército francês dos Pirenéus Orientais, comandado pelo general
Dugommier, derrota o exército luso-espanhol, comandado pelo conde da
União. A derrota é decisiva e abre as portas da Catalunha ao exército
francês.
1795-07-22 Acordo de Paz em Basileia entre França e Espanha - Este tratado cedeu à
França a parte oriental da atual República Dominicana, e em
contrapartida a França retirou suas tropas da Catalunha, de Navarra e de
Guipúscoa.
1796-09-17 Decreto de neutralidade a observar-se nos portos Portugueses, face ao
conflito europeu.
1797-Junho Chega a Lisboa um exército inglês de 6 000 homens.
1797-08-10 Paris: Tratado de paz Luso-Francês, cujas cláusulas incluíam uma
avultada indeminização á França, exclusão de apoio militar e logístico à
Inglaterra e restrições à entrada de navios ingleses nos nossos portos
continentais. Estas negociações arrastaram-se até 1798 sem que fosse
assinado por alguma das partes.
1797-09-23 O tratado é ratificado parcialmente, pelo governo Português.
1797-12-28 Decreto do Diretório que manda prender em Paris, o plenipotenciário,
António de Araújo de Azevedo.
1798-08-01 Batalha Naval de Aboukir - A armada francesa quase foi desmantelada
com a vitória de Nelson.
1798-03-28 O plenipotenciário que havia sido preso foi expulso de França por ordem
do Diretório.
1798-05-11 Lisboa: recomeço das negociações com França, estipulado que o
pagamento das indeminizações relativas ao tratado de Paris em Agosto
de 1797 será feito com diamantes.
1799-07-15 O Príncipe D.João assume a regência de direito, devido à doença de
D.Maria. Irá prolongar-se até 1816, data da morte desta.
1799-11-09 Golpe do Brumário, Napoleão sobe ao Poder
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1800 É retomado o plano de Invasão a Portugal por parte de Napoleão.
1801-01-29 Ultimato Franco-Espanhol - Para intimidar Portugal a abandonar a
aliança que tinha com a Inglaterra
1801-05-20 Espanha Invade o Alentejo com Godoy - Conhecido com a Guerra das
Laranjas - A partir deste dia Portugal perde Olivença
1801-06-06 Tratado de Badajoz - paz entre Portugal e Espanha após a Guerra das
Laranjas.
1801-09-29 Tratado de Madrid - com perdas monetárias e territoriais na América.
1802 Lannes chega a Lisboa como novo embaixador Francês. Cheio de
aparato.
1802-03-25 Acordo de paz em Amiens entre França e Inglaterra.
1802-06-12 Ouve-se a Marselhesa na Noite de Santo António.
1803-05-23 Quebra do acordo de Amiens começa a guerra entre França e Inglaterra.
1803-07-24 Motins de Campo de Ourique. O regimento de infantaria comandado por
Gomes Freire de Andrade e a Legião de Tropas Ligeiras comandada pelo
marquês de Alorna amotinam-se, entrando em confrontos com a recém-
criada Guarda Real de Polícia.
1803-09-09 O general Lannes, embaixador francês em Lisboa, exige o encerramento
dos portos portugueses à navegação Britânica.
1803-12-19 Convenção secreta de neutralidade de Portugal, onde Lannes o
conseguiu, no novo conflito entre a França e a Grã-Bretanha.
1804-03-19 D. João assina uma Convenção com a França que reconhece a
neutralidade de Portugal no conflito com a Grã-Bretanha, mediante o
pagamento de um subsídio.
1804-05-18 Napoleão autoproclama-se Imperador.
1805-05-01 Carta de D.João a Napoleão.
1805-04-12 Junot é nomeado embaixador de França em Lisboa.
1805-04-25 Junot entrega uma nota diplomática ao Príncipe Regente D. João, que
exige a declaração de guerra à Grã-Bretanha.
1805-05-09 Portugal reafirma a sua neutralidade.
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1805-05-07 Carta de D.João a Napoleão
1805-10-21 Batalha de Trafalgar, Lord Nelson, derrota a armada Franco-espanhol.
1806-11-21 França decreta o Bloqueio continental a Inglaterra em Berlim. Exige-o o
encerramento dos portos portugueses à navegação inglesa e a confiscação
dos bens dos súbditos ingleses estacionados em Portugal.
1807-07-19 Talleyrand intima Portugal a abandonar o tratado com Inglaterra e
encerrar os portos.
1807-08-12 Portugal recebe um ultimatum por parte da França para cortar relações
com a Inglaterra.
1807-09-05 Chegada de Junot a Bayona.
1807-10-11 Ordem dada para a 1ª Invasão Francesa levada a cabo por Junot.
1807-10-22 Convenção secreta entre Portugal e Inglaterra para preparar a saída do
Rei para o Brasil - Convenção secreta entre Portugal e a Grã-Bretanha
sobre a transferência para o Brasil da monarquia portuguesa e sobre a
ocupação da ilha da Madeira por tropas britânicas.
1807-10-27 Tratado de Fontainebleau. Propunha a divisão de Portugal em 3 partes.
1807-11-16 A frota britânica sob o comando do almirante Sir Sidney Smith, que tinha
saído de Plymouth, no Sul de Inglaterra, chega em frente da foz do Tejo.
1807-11-17 As primeiras tropas francesas entram em Portugal, pela fronteira de
Segura, na Beira Baixa.
1807-11-18 Após uma conversa entre o almirante Sir Sidney Smith e o encarregado
de negócios britânico em Lisboa, Lorde Strangford, o comandante da
frota declara os portos portugueses em estado de bloqueio.
1807-11-19 Junot pisa pela primeira vez solo Português.
1807-11-22 O embaixador da Grã-Bretanha, Lorde Strangford, apresenta um
exemplar do Monitor de Paris, que declara que a casa de Bragança
deixou de reinar em Portugal. O exemplar tinha sido enviado pelo
embaixador de Portugal em Londres, D. Domingos de Sousa Coutinho,
por intermédio da nau Plantagenet. O diplomata inglês exige uma decisão
sobre a saída da corte para o Brasil.
1807-11-25 Franceses ocupam Tomar.
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1807-11-26 Palavras do Principe Regente aos Portugueses.
1807-11-28 Franceses ocupam Santarém.
1807-11-29 Partida da Família Real para o Brasil.
1807-11-30 Chegada de Junot a Lisboa acompanhado por uma escolta da Guarda
Real da Policia.
1807-11-30 Discurso de Junot para os Lisboetas
1807-12-13 Franceses içam a Bandeira tricolor no castelo de São Jorge .
1807-12-13 Franceses chegam ao Porto.
1807-12-23 Decreto de Napoleão Bonaparte determinando a cobrança em Portugal de
uma contribuição extraordinária de guerra de 100 milhões de francos. A
medida só será divulgada em Portugal em 4 de Fevereiro de 1808.
1807-12-26 Uma força militar britânica, comandada pelo general Beresford, ocupa a
ilha da Madeira.
1808-01-09 Os navios que transportam e escoltam a Família Real portuguesa para o
Brasil cruza o Equador às 10h30 m. É a primeira vez que um monarca
europeu passa para o hemisfério Sul.
1808-01-22 Carta régia; abertura dos portos brasileiros ao tráfego internacional, o que
beneficia sobretudo a Grã-Bretanha.
1808-01-28 Chegada de D.João ao Brasil- Desembarque em São Salvador Baía.
1808-02-01 Declaração de que a Casa de Bragança tinha deixado de governar. Todo o
território português passa a ser governado em nome de Napoleão, pondo
assim em causa o Tratado de Fontainebleau com a Espanha. O Conselho
de Regência é dissolvido. O valor do imposto de guerra a cobrar em
Portugal, decretado por Napoleão em 23 de Dezembro de 1807, é
reduzido para 40 milhões de francos.
1808-03-17 Revoltas começam em Espanha.
1808-04-26 Napoleão recebe em Baiona a «Deputação Portuguesa», constituída por 8
titulares, 3 eclesiásticos e 3 funcionários régios. Devido às revoltas em
Espanha e Portugal, os seus membros ficarão retidos em Bordéus, e
posteriormente em Paris, até 1814, tirando os militares que aceitaram
servir no exército francês, enquanto oficiais da Legião Portuguesa.
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1808-05-09 Príncipe Regente Declara nulos os tratados com a França e declara
Guerra.
1808-05-18 O Exército português reorganizado pelo marquês de Alorna, e levado por
este para França, é incorporado no Exército francês enquanto «Legião
Portuguesa», por meio de um decreto imperial assinado em Baiona.
1808-06-01 Os primeiros regimentos do exército português enviados para França
atravessam a fronteira Franco-espanhol.
1808-06-10 D.João declara guerra à França.
1808-06-11 Tenente General Sepúlveda lidera uma revolta em Trás-os-Montes.
1808-06-13 Revolta em Conceição de Tavira.
1808-06-16 Sublevação em Olhão, dirigida pelo antigo capitão-general e governador
das armas do Algarve, o conde de Castro Marim, Monteiro-mor do
Reino.
1808-06-19 Sublevação em Faro
1808 Revolta - Braga e Barcelos que se alastra por sua vez a todo o Minho.
1808 Loison que ia acabar com as Revoltas sai de almeida e é atacado na
Régua.
1808-06-19 Revolta em Vila Viçosa brutalmente esmagada.
1808-06-20 Revolta em Évora e Marvão.
1808-06-21 Levantamentos em Castelo Branco, Aveiro, Viseu e na Guarda.
1808-06-23 Revolta em Coimbra também esmagada por Loison.
1808-06-24 Revolta em Beja, passados 2 dias também esmagada.
1808-06-27 Criação de um imposto de guerra sobre a exportação do vinho do Porto.
1808-07-05 Ataque de uma força francesa, sob o comando do general Kellermann, a
Leiria
1808-07-29 Combate de Évora, entre uma divisão francesa, comandada pelo general
Loison, e as forças regulares Portuguesas e Espanholas. As forças aliadas
são derrotadas e o exército francês saqueia a cidade, provocando uma
chacina.
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1808-08-01 Desembarque de Sir Artur Wellesley com 13 500 soldados na praia de
Lavos perto de Buarcos, devido às pressões do embaixador português em
Londres D.Domingos de Sousa Coutinho, ansiada pelos mais variados
sectores da sociedade.
1808-08-17 Batalha da Roliça.
1808-08-21 Batalha do Vimeiro.
1808-08-30 Conclusão da Convenção de Sintra.
1808-09-15 Fim da 1ª Invasão Francesa.
1808-09-18 Uma proclamação do general britânico Dalrymple anuncia o
restabelecimento da Regência.
1808-10-14 Tentativa de Reorganização do exército Português pelos Ingleses.
1809-01-16 John Moore morre na Corunha.
1809-03-04 2ª Invasão Francesa levada a cabo por Soult.
Soult tenta atravessar o rio Minho, tanto em Caminha como em Vila
Nova de Cerveira, sendo rechaçado pelas tropas portuguesas. Começa
assim a 2.ª Invasão Francesa de Portugal.
1809-03-07 Beresford é nomeado Marechal do exército Português.
1809-Março Braga é conquistada
1809-03-17 Bernardim de Andrade é acusado de Traição e é morto pela população.
1809-Março Tomada de Ponte Lima
1809-03-12 Chaves é tomada pelos Franceses.
1809-03-12 Tomada de Valença do Minho
1809-03-12 Tomada de Viana do Castelo, bem como Monção, Cerveira e Caminha
1809-03-13 Ponte de Lima é ocupada sem resistência.
1809-03-20 O brigadeiro Silveira, comandante da divisão que defendia Trás-os-
Montes, reocupa Chaves aprisionando a guarnição francesa.
1809-03-22 O general Wellesley, futuro duque de Wellington, chega a Lisboa, para
tomar o comando dos exércitos britânico e português.
1809-03-27 Porto é conquistado pelos Franceses
1809 O Desastre da Ponte das Barcas
1809-03-31 Penafiel é conquistada pelos Franceses.
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1809-04-02 Wellesley é nomeado comandante-em-chefe de sua majestade na
Península.
1809-04-18 A defesa da ponte de Amarante. As forças portuguesas do general
Silveira defendiam a ponte de Amarante, de um ataque de uma força
francesa comandada pelo general Loison.
1809-04-22 Wellesley chega a Portugal
1809 Recontro de Albergaria
1809 Combate de Grijó
1809-05-12 Tomada do Porto pelos Portugueses
1809 Ponte Nova é tomada pelos Franceses.
1809 Defesa da ponte de Mizarela é quebrada pelos Franceses em Fuga.
1809-05-12 Soult chega a Espanha, onde é derrotado em Talavera.
1809-10-20 Começo das construções das linhas de Torres.
1810 Assinatura Luso-Inglesa dos tratados de comércio e amizade e de aliança
e navegação que passam a assegurar aos ingleses o acesso preferencial
dos seus produtos a todos os territórios portugueses, com a concessão de
privilégios especiais, mesmo em relação aos produtos portugueses. A
partir de então, o movimento industrial português entra em depressão
face ao profundo impacto da industrialização inglesa que permite a
colocação no país de produtos manufaturados de qualidade superior a
preços competitivos.
1810-Junho 3ª Invasão Francesa levada a cabo por Massena entra com 80 000
soldados.
1810-08-15 Começo do cerco a Almeida
1810-08-26 Almeida é conquistada pelos Franceses - Almeida rende-se ao exército
francês de Massena, após a explosão do paiol de munições.
1810-Set. Setembrizada
1810-09-12 A cidade da Guarda é tomada pelos Franceses
1810-09-21 A cidade de Viseu é tomada pelos Franceses.
1810-09-27 Batalha do Buçaco. O exército anglo-português, comandado por
Wellington, vence o exército francês, de Massena; mas continua a
retirada para as Linhas de Torres Vedras.
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1810/1811 Retenção das forças francesas nas linhas fortificadas de Torres Vedras
que impedem a chegada do exército invasor a Lisboa.
1811-03-04 O exército francês começa a retirar, por Coimbra e Almeida, em direção
à fronteira Espanhola.
1811-03-08 Começo do cerco à fortaleza de Campo Maior pelo exército francês do
comando do marechal Mortier.
1811-03-11 Batalha de Pombal.
1811-03-11 Batalha na Redinha.
1811-03-15 Combate na Foz de Arouce.
1811-03-18 Combate na Ponte de Mucela
1811-03-25 Reconquista de Campo Maior, por Beresford, à frente de um corpo do
exército aliado.
1811-04-03 Combate no Sabugal e Alfaiates.
1811-04-08 Saída das Tropas Francesas para Espanha.
1811-04-17 O exército francês comandado por Massena abandona Portugal.
1815-05-02 Tratado de Viena - Espanha fica obrigada a devolver Olivença.
1821-07-03 D.João VI chega a Portugal.
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Introdução
Portugal, uma peça solta num jogo de xadrez, entre duas potências mundiais e um
“suplente de luxo”.
Esta é a minha escolha para começar a redigir este trabalho sobre as invasões
napoleónicas e os respetivos acontecimentos que levaram a essas invasões.
O fato de Portugal a aliança mais antiga do mundo com Inglaterra, teve os seus
benefícios e seus inimigos, entre os quais a França. Quanto á frase inicial, o “suplente
de luxo” a que me refiro é a Espanha, nossa vizinha, com quem sempre andamos em
disputas, tanto a nível regional, na Península Ibérica, como a nível mundial.
Tratei Portugal como a “peça solta, pois tentou agradar a Ingleses e Franceses, mas
devido á sua posição estratégica na Europa e pelo fato de não ter respeitado a ordem de
um Imperador ávido de Poder, sofrendo por isso as consequências que são bem
conhecidas de todos nós, sofreu três invasões e como consequência deixou o País num
completo caos.
Antes das invasões, Portugal vivia com uma economia desafogada, fruto da riqueza da
sua maior colónia, o Brasil.
O ponto de partida para todas as mudanças na Europa, poderíamos dizer começou a
partir da independência dos Estados Unidos da América quando venceram as forças de
Inglaterra, na Europa também haveria mudanças a níveis políticos.
A Europa era composta na sua maioria por Reinos Absolutistas, com os acontecimentos
na América do Norte, novos tempos chegariam. Em França, uma corte que vivia acima
das suas possibilidades, um Rei que governava a bel-prazer sentiram na pela, a revolta
do povo, instigados pela Burguesia, e sob o lema “Liberdade, Fraternidade e Igualdade”
tomou a bastilha e depôs os Reis, Luis XVI e Maria Antonieta, que por sua vez, foram
guilhotinados.
Esta sangria verificada vai colocar os restantes reinos absolutistas em alerta, coligando-
se e declarando guerra a uma França revolucionária.
Portugal que até então se tinha mantido á margem de todos os conflitos, tentou por
todos os meios entrar no conflito.
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Naquela altura a neutralidade, era vista como um país derrotado.
Portugal em separado fez dois tratados em separado, um com Espanha e outro com
Inglaterra, em sequência disso, as tropas portuguesas foram colocadas nos Pirenéus
onde ajudaram os soldados espanhóis. Consequência desses ataques foi a revolta das
populações sobre os soldados que os obrigou a retirar.
Espanha e França, assinaram um acordo secreto enquanto os Portugueses andavam nos
Pireneus. Portugal achava que não devia pedir um acordo de paz, pois não tinha feito
nada de mal, mas foi obrigada a pagar um indeminização.
Seguiram-se acordos, tratados, declarações de guerra entre vários Países.
Napoleão depois da derrota que sofreu no Egito, foi para França, liderou uma revolta e
assumiu o poder, autointitulou-se Imperador.
Intimou Portugal várias vezes a abandonar a aliança que tinha com a Inglaterra. Chegou
mesmo a bloquear o porto de Lisboa, mas Portugal sempre conseguiu ações
diplomáticas que atrasavam o que os Franceses queriam. Lisboa ia sempre resistindo,
talvez também por saber do bombardeamento que Copenhaga tinha sofrido às mãos do
exército britânico.
D.João a partir do momento que substituiu D.Maria, nos comandos de Portugal, teve
sempre uma vida difícil,
Portugal, foi vítima de uma invasão, que ficou conhecida por Guerra das Laranjas,
quando os Espanhóis invadiram o Alentejo e ocuparam as terras da raia. Mais tarde no
tratado de Badajoz, foi-nos restituída as praças ocupadas, à exceção de Olivença, que
ainda hoje está nas mãos de Espanha, nesse mesmo tratado, fomos mais uma vez
obrigados a pagar uma indeminização á França.
Em 1807, Espanha e França assinaram o Tratado de Fontainebleau, um acordo secreto
que previa a invasão de Portugal, sendo o território dividido em 3 partes. França fez
também um ultimato a Portugal para que fechasse os portos a Inglaterra e se prendessem
os Ingleses. Mais uma vez não seguimos as recomendações.
Napoleão ordenou então a invasão de Portugal, com o intuito de destituir do Poder
D.João, e acabar com o ultimo aliado de Inglaterra.
D.João ordenou também que os invasores não fossem mal recebidos em Portugal.
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Junot foi quem iniciou a mesma invasão, entrou pela fronteira de Segura sendo o seu
caminho Lisboa, se o seu objetivo era deter D.João, já não conseguiu, pois este já ia a
caminho do Brasil, onde permaneceu catorze anos.
O caminho de Junot até Lisboa, não foi fácil, muitos soldados não chegaram a Lisboa,
devido às muitas doenças que tiveram, às armadilhas e à guerrilha por parte das
populações.
Quando chegou uma das suas medidas foi destituir o governo que tinha ficado a
comandar o País por ordem de D.João.
Acabou com quase todas as forças armadas do País, houve forças armadas que foram
para França, combater, estas ficaram conhecidas como Legião Portuguesa.
Em Lisboa, Junot afixou uma mensagem, para comunicar que vinha em Paz e entre
outras coisas, para que não temessem Napoleão.
Contudo, apesar de indicações expressas para que fossem bem recebidos, Junot, não
tardou a ganhar inimizades. Numa ocasião solene, retirou a bandeira Portuguesa no
castelo de São Jorge, substituindo-a pela Francesa, o que gerou uma indignação a todos
os que assistiam.
Com o passar do tempo, assistiram-se insurreições em parte devido á forma como as
tropas francesas e espanholas tratavam as populações das diferentes cidades em
Portugal, as mesmas eram controladas de forma vil.
Mas tudo ia mudar, tanto para nós, como para os franceses e para os espanhóis.
Em Espanha, Napoleão obrigou o rei de Espanha a abdicar do trono, a isso seguiram-se
revoltas, a mais grave das quais em Madrid, que foram barbaramente paradas.
As tropas Espanholas estacionadas em Portugal, foram embora para Espanha e aí a sorte
dos Franceses em Portugal mudou.
Com toda a Península Ibérica a lutar, os ingleses entraram em ação com o intuito de
acabar com a tirania francesa. Os Ingleses aportaram perto da praia de Lavos.
Entre as principais batalhas que ocorreram na primeira invasão, as mais importantes
foram a da Roliça e a do Vimeiro, esta ultima ditou a derrota dos franceses e a sua saída
de território nacional.
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Junot foi obrigado a desistir onde na convenção de Sintra, onde o País mais lesado,
Portugal, ficou de fora, o que gerou uma forte contestação tanto em Portugal, como no
Brasil onde estava D.João, como em Inglaterra de onde eram originários os que estavam
presentes.
Os franceses puderam sair com tudo o que saquearem de Portugal.
Depois da saída de Junot, houve uma tentativa de volta á normalidade, a onde de revolta
popular aumentava, e á mínima desconfiança em relação a alguém partidário dos
franceses era castigado por alguém.
John Moore que tinha ficado para a nossa defesa, foi morte numa batalha na Corunha.
Em seu lugar e após pedido veio o General Beresford.
Napoleão para a segunda invasão mandou Soult, mais astuto que Junot, tentou entrar
pelo rio Minho, mas não conseguiu, pois a sua estratégia falhou. Então mudou de
estratégia e entrou por Chaves, que após resistência, acabou por se render.
O Porto, foi a cidade mais importante a norte a ser invadida. Resistiu, mas foi tomada,
também ela de forma violenta. O Bispo fugiu, pelo rio Douro, através das pontes das
barcas, e quando passou por ela tirou a parte do meio. Quando os franceses começaram
a perseguir a população, esta fugiu em direção ao rio Douro, tentou passar pela ponte,
mas, quem chegou em primeiro ainda tentou parar, mas as pessoas que vinham atrás,
começaram a empurrar até que se deu o desastre. Houve muitos mortos devido a esse
incidente, consta que, os franceses ainda tentaram ajudar muita gente de morrer
afogada.
Mais tarde e após várias tentativas os soldados ingleses e portugueses tomaram de
assalto a cidade do Porto. Esta derrota levou a uma nova retirada por parte dos
franceses, era a segunda derrota de Napoleão.
Com a saída dos franceses, começou a preparação da defesa da cidade de Lisboa, que
teve a grande ajuda das linhas de torres, um complexo fortificado, composto por três
linhas e vários fortes, e também a reestruturação do exército português que ia ajudar.
No resto do país eram organizados em milícias para melhor proteger a terra.
Era também dada ordem para que á chegada dos franceses que fossem destruídas
colheitas que não pudessem ser transportadas e fossem destruídas casas e que não
fossem deixados víveres para que os soldados franceses não se pudessem alimentar.
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Napoleão, enviou então para a terceira invasão o General Massena, ao chegar a Portugal
deparou-se com a tal política de terra queimada, o que dificultou em muito a ordem nas
tropas, que também, por sua vez foram vítimas de guerrilhas que estavam no seu
encalce. Massena chegou em frente das linhas de torres, mas não conseguiu ultrapassa-
la, passado alguns meses resolveu desistir e foi-se embora, sendo perseguido por
Wellington. Foram derrotados em Toulouse.
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Antecedentes
Portugal e os jogos de xadrez, não sei se esta poderia ser o melhor começo para um
trabalho sobre as Invasões Napoleónicas, ou, como muitos lhe chamam as Invasões
Francesas. Por isso irei ser o mais coerente possível na realização deste trabalho, o qual
tentarei dar uma pequena ajuda, sobre o papel de Portugal nessas invasões, bem como as
ajudas que teve na defesa deste pequeno território.
Numa altura em que andavam novas ideias a pulular nas sociedades, assiste-se á
independência dos Estados Unidos da América, o que iria levar a uma alteração
dramática nas monarquias, não todas, neste lado do Atlântico.
A primeira monarquia a sucumbir às novas ideias, foi a França.
Este País estava abraços com gastos astronómicos de uma corte que parecia que vivia
num mundo á parte, e onde a sua população viva em condições miseráveis, onde a
«corte de Versailles sustentava cerca de 200 000 pessoas» (1).
Esta monarquia absoluta iria ter os seus dias contados. A burguesia, incitando a
população, levou a que esta se manifestasse de uma forma violenta até que em dezassete
de Julho de mil setecentos e oitenta e nove é a tomada da Bastilha, levando á queda do
Rei Luís XVI e da Rainha Antonieta, a partir daí o terror na corte estava instalado, com
ataques e execuções em massa.
Os mesmos Reis iriam ser guilhotinados para gaudio da população, que nem fazia ideia
do que lhes ia acontecer, tudo sob o lema «Liberdade, Fraternidade e igualdade», para
uns significava a liberdade para outros o terror.
As monarquias na europa iriam coligar-se para irem combater a França Revolucionária,
declarando guerra, mas não fizeram mais do que acordar um gigante adormecido.
Da França veio um diplomata para saber da situação de neutralidade de Portugal e para
conseguir também ter acesso ao porto de Lisboa, o resultado é que foi expulso num
barco Americano, este foi apresado por um barco Inglês, o que veio a agravar ainda
mais a situação.
17
Portugal, andava ligado às nações neutras e de início não estava muito interessado em
entrar na guerra, mas, naquela altura, «quem era neutro era considerado um País
derrotado» (2), passado algum tempo desde o início da batalha mais tarde conhecida
como Campanha do Rossilhão, Portugal fez dois tratados, o primeiro com a Espanha e o
segundo com a Inglaterra, e como se pode dizer nesta altura, lá ficaram eles felizes e
contentes por participarem nesta contenda.
Um breve salto a outro assunto, que trata da situação de Portugal na economia naquela
altura.
Era uma economia que vivia desafogada devido em muito às riquezas que o Brasil
originava e que a nível social veio assistir-se a um relativo equilíbrio entre as classes
sociais.
Em 1791 a Rainha D.Maria I, foi declarada mentalmente incapaz de assegurar a
continuação no comando do País, tendo sido substituído a sua mãe.
Por Decreto Régio (3), D.João substituiu sua mãe, mesmo não tendo sido educado para
tal, tomou as rédeas da Nação com toda a força possível, guiando Portugal pelos anos
tormentosos que estariam para vir mais adiante.
A partir do dia em que a substituiu não mais teve descanso.
Á custa de ter participado na campanha do Rossilhão, Portugal começou aqui a “sua
vida difícil” na tentativa de escapar a todos as campanhas para a invasão das suas
fronteiras.
As tropas portuguesas enviadas para a Catalunha aliaram-se com Espanha e foram
derrotadas nos Pirenéus pela população que se indignou com o que estava a acontecer,
obrigando-os a recuar no terreno, não bastasse ainda o fato de estarem sozinhas, são
atraiçoadas pela Espanha.
Às escondidas é elaborado o Tratado de Basileia (4) em 1795, onde os Espanhóis
assinavam um acordo de Paz.
Portugal ao saber disso, falaram com a França, mas, esta queria um pedido formal, mas
como Portugal não achava que devia pedir de forma formal a Neutralidade não o quis
fazer. A França queria como forma de acordo, que anulássemos a aliança entre Portugal
e a Inglaterra, caso contrário fariam um bloqueio á costa Portuguesa.
Do outro lado estava a Inglaterra, que estava atenta, pois se não seguíssemos o acordo,
acontecia o mesmo como aconteceu na Capital Dinamarquesa. Copenhaga não quis
fechar os portos á França e foi bombardeada pelos navios Ingleses.
18
Não seguimos as exigências e andados sempre a negociar com uns e outros.
No ano de 1801, no dia 29 de Janeiro, Espanha e França fez um ultimato (5) a Portugal,
o qual, teria de seguir as condições impostas (5) que em caso de não segui-lo seriamos
invadidos.
Portugal pediu ajuda a Inglaterra, mas o Primeiro-Ministro na altura, Grenville, recusou
ajudar devido a uma revolta que se tinha instalado na Irlanda.
E assim aconteceu, Espanha invadiu Portugal pela zona do Alentejo, ocuparam grande
parte das vilas e cidades junto da fronteira, Campo Maior, Elvas, Juromenha e Olivença
entre outras. Esta invasão ficou conhecida como a Guerra das Laranjas, pois Manuel de
Godoy, o Príncipe da Paz, enviou á rainha Maria Luísa, dois ramos de Laranjeiras
colhidas em Elvas.
Em 1801, no dia 6 de Fevereiro, assinou-se o tratado de Badajoz, onde após muita
resistência por parte dos Diplomatas Portugueses, conseguiram que não perdêssemos a
parte do sul do Algarve e a parte que já tínhamos a leste do Guadiana. Mas, não se
recuperou o controlo de Olivença.
Na assinatura desse tratado ainda tivemos que fechar os portos aos navios Ingleses, abri-
los aos navios Franceses e retificar a fronteira setentrional na América.
Portugal foi obrigado mais uma vez a pagar uma indeminização á França, desta vez de
«15 milhões de libras tornesas, metade em dinheiro a outra metade em joias.» (6)
Mas Napoleão não ratificou o tratado de Badajoz e por isso mandou que Portugal fosse
invadido, mas Manuel Godoy, protestou pois Portugal apenas tinha que fechar os portos
aos Ingleses conforme tinha ficado acordado, e concedeu ao seu irmão, Luciano
Bonaparte, a poder para ultimar a paz com Portugal, e lá continuavam as alterações dos
acordos, a indeminização a pagar á França passou para 20 milhões de Libras tornesas e
a fronteira entre a Guiana-Francesa e o Brasil, passaria do rio Arawari para o rio
Carapanatuba.
Entretanto haveria a Paz de Amiens entre Franca e Inglaterra, mais tarde desfeita de
novo, e para aumentar mais a tenção na Europa, Napoleão autoproclamou-se Imperador.
Este escreve a D.João, para que se aliasse à França para que juntos pudessem provocar
danos a Inglaterra.
Em 1805, no dia 7 de Maio, D.João escreve uma carta a Napoleão a declinar a sua oferta
e a explicar o porquê da sua recusa em fazer guerra á sua eterna aliada. (7)
19
Em 1805 temos também a batalha de Trafalgar onde a armada de Lord Nelson derrota a
frota francesa e assim impede, que a França invadisse a Inglaterra. Os ingleses ganham
a supremacia dos mares, como represália, foi decretada o Bloqueio Continental, onde
todos os portos do Continente teriam quer ser fechados aos Ingleses.
Em Resposta os Ingleses disseram que todos os navios de França ou aliados desta iriam
ser apresados caso fossem apanhados no mar. Portugal mais uma vez ficou encurralado,
pois seria bombardeada e perderia as suas colónias para os Ingleses, ou seria invadido
pelos Franceses, a juntar a isso, estava já no Tejo uma esquadra inglesa comandada por
Lord Rosslyn.
A partir daqui foi a contagem decrescente para a invasão a Portugal.
Portugal recebeu mais um ultimato, eramos obrigados a expulsar os diplomatas ingleses,
confiscar as mercadorias inglesas, reter os cidadãos ingleses e declarar até 1 de
Setembro de 1807 guerra a Inglaterra.
Entretanto iria haver uma convenção secreta entre D.João e o Rei Jorge III, para tratar-
se da retirada da família real para o Brasil e a ocupação da Ilha da Madeira.
Entretanto com todas os episódios a acontecer, Espanha e França assinam o Tratado de
Fontainebleau secretamente, o qual permitia á França atravessar Espanha, «Portugal
seria eliminado da lista das nações» (8), sendo dividido em 3 regiões (9).
Quando chegou a Lisboa que a notícia da invasão francesa estava a caminho, D.João
preparou a sua saída na melhor forma que pode. Nomeou um conselho de nove pessoas
para governar Portugal na sua ausência e determinou ainda que os Franceses fossem
recebidos sem resistência ou que fossem levantados os problemas. Também emitiu uma
carta onde se dirigia aos Portugueses a explicar o porquê das suas decisões (10).
A partir daqui, a família real saía para o Brasil onde ficaria durante 14 anos «em que a
metrópole não passou de uma colónia do Brasil» (11)
Chegamos então ao ponto, em que estão presentes os Franceses, os Espanhóis e os
Ingleses, uns para conquistar o território, outros para ajudar, dentro das suas pretensões
os Portugueses.
20
Invasões Francesas
1ªInvasão
A primeira Invasão foi levada a cabo por Junot. A sua missão além de ocupar era
também a de tirar do Poder D.João, na altura Príncipe Regente.
Espanha que até então tinha apoiado sempre os Franceses, ficaram receosos, pois com a
passagem das tropas pelo seu território, corriam o risco de serem invadidos também.
Junot saiu de Alcântara em passo apressado pois tinha notícias da possível saída da
família real para o Brasil entra em Portugal em 1807 a 19 de Novembro na localidade
Segura acompanhado de 40 000 soldados, na sua caminhada iniciou o reinado de Terror,
Saqueou a cidade de Castelo Branco, para piorar a situação «Uma divisão de infantaria,
do comando de Laborde, seguiu por sobreiro formoso e Cardigos até Abrantes onde
chegou a 21 de Novembro, enquanto a 2ª se aproximou do Ródão, atravessou o Rio
Ocresa e por Mação e Penascoso atingiu aquela vila quatro dias depois, mais atrás
vinham os regimentos de cavalaria e artilharia» (12)
Pelo caminho, as tropas de Junot iam deixando um rasto de devastação, com pilhagens e
todo o tipo de torturas, o que levou a um êxodo das populações rurais para as cidades
mais próximas, levando consigo os bens que conseguiam e queimando o que ficava para
trás.
Para as tropas de Junot ia começar o suplício na sua caminhada até Lisboa.
O caminho até Lisboa, foi demorado devido ao mau estado do terreno, as dificuldades
com as estradas existentes, devido á muita chuva que tornava os caminhos difíceis e ao
fato de não haver alimentos suficientes para todos.
Por isso quando chega a Lisboa vinha apenas com 1 500 soldados.
A primeira coisa que faz quando entra em Lisboa é ir ao encontro de D.João V, mas
apenas o vê quando este já vai ao longe, no barco que o leva para o Brasil.
Alem desse problema havia ainda o fato dos Ingleses estarem a fazer o bloqueio do
porto de Lisboa.
Colocou uma mensagem ao longo do seu caminho até Lisboa e na própria cidade. (13)
Destituiu o governo que D.João tinha deixado a substitui-lo, pondo no seu lugar um
conselho militar a que ele presidia e o Exército Português, foi parcialmente dissolvido e
21
transformado na “Legião Portuguesa”, foi enviada para França para ficar ao serviço de
Napoleão.
Deu ordens para que os cidadãos ingleses fossem presos e os seus bens confiscados
além dos bens confiscados daqueles que acompanharam a família real param o Brasil,
num dos muitos episódios de indeminizações, além da invasão, Portugal ainda ficou
obrigado a pagar uma indeminização de 100 milhões de francos, a ser entregue em
moedas de ouro e todo o ouro e pratas das igrejas de Lisboa e arredores (14). Foi ainda
proclamada a destituição da Casa de Bragança, nos atos públicos foi substituído o nome
de D.João, pelo Imperador Napoleão.
Num dos muitos episódios de Junot em Lisboa, o que provocou a ira da população foi o
fato de ter mandado içar no Castelo de São Jorge a bandeira de França por troca da
Portuguesa, o que levou a população a indignar-se e durante as festas de Santo António,
ter tocado durante toda a noite a Marselhesa, que é o hino de França.
Enquanto isso continuava a ocupação das vilas, aldeias e cidades Portuguesas entre elas;
Tomar, Abrantes, Santarém, Castelo Branco, Santarém, pelo território andava cerca de
50 000 soldados Franceses e Espanhóis a fazerem o que queriam.
Começavam nesta altura movimentações internas de sublevações.
“O 1º sinal claro de coragem e de inconformismo virá somente em junho de 1808,
quando em Bragança, o governador de armas de províncias o general Sepúlveda, faz
aclamar publicamente o Príncipe D.João, apelando às armas, perdoando aos
desertores e ao mesmo tempo que pedia voluntários, convocando oficiais e soldados
dos corpos recém-dissolvidos.“ (15)
Aos poucos os sinais de revolta começam a instalar-se, iniciando movimentos de
guerrilha que apanhavam os soldados desprevenidos.
Na cidade do Porto era estabelecida uma junta provisional presidida pelo Bispo do Porto
e em muitas terras constituíram-se juntas de administração local.
A sorte de todos estaria perto de mudar, em Espanha, deu-se a revolta em Madrid, por
Napoleão ter forçado o Rei de Espanha a abdicar em favor do irmão Luis Bonaparte. A
revolta foi barbaramente controlada, o que levou a uma revolta geral. Com isso os
Espanhóis que estavam a ajudar os Franceses em Portugal, voltaram para Espanha, para
combater os Espanhóis.
Num pequeno á parte destas invasões, por esta altura D.João passava o Equador e
tornava-se o primeiro monarca Europeu a passar o Hemisfério Sul, chegando a São
Salvador da Baía.
22
A juntar a isso, com o alastrar dos combates a toda a Peninsula Ibérica, os Ingleses
puderam então ajudar os Portugueses.
No Porto foi preso o General Quesnel pelos Espanhóis que iam para a Galiza, a bandeira
nacional foi içada, mas com a saída dos Espanhóis e o medo de represálias, voltou tudo
ao mesmo. Entretanto mais cidades aderiam ao levantamento, Braga, Barcelos, em
Bragança com o General Sepúlveda, Viana do Castelo, Guimarães, Caminha, Viseu,
Lamego, Guarda, Aveiro e Coimbra. Aqui o reitor da Universidade Manuel Pais de
Andrade foi conduzido à presidência do Governo Civil, procedeu-se também á
organização das forças que estavam desocupadas pela extinção dos exércitos, mas a
revolta é esmagada pelo General Loison.
A sul do rio Tejo o primeiro local a entrar em ebulição foi Olhão, onde dois pescadores
se meteram ao mar e foram ter com D.João no Brasil. Como sinal de apreço, Olhão a
partir daí ficou conhecida como Vila de Olhão da Restauração. A revolta então alastrou-
se para Faro, Marvão, Campo Maior, Castelo de Vide e Portalegre, todas juntas e a
ajudarem-se mutuamente com as povoações Espanholas junto á fronteira.
No Brasil D.João tinha aberto os portos Brasileiros ao tráfego internacional, por muitos
é visto como um percursor da independência do Brasil.
E declarava nulo os tratados entre Portugal e a França.
Mais impostos são criados como o imposto de Guerra sobre a exportação do Vinho do
Porto.
Leiria que se tinha revoltado também é esmagada por Kellermann, em Évora, Loison
ganha o combate pelo poder da cidade, como resultado assiste-se a uma verdadeira
chacina e ao saque da cidade.
Em 1808 a 1 de Agosto, chegaram os Ingleses, depois dos Espanhóis terem recusado a
ajuda deles na Corunha.
Aproveitando a tomada pelos Portugueses do Forte de Santa Catarina, os Ingleses
desembarcaram na Praia de Lavos, no dia 1 Sir Arthur Wellesley com 9 000 soldados,
chega depois John Moore com mais 10 000 soldados, o General Spencer com 40 000
soldados.
Ao encontro de Wellesley foram Manuel Pinto Bacellar e Bernardim Freire de Andrade,
que após o encontro, entraram em desacordo, pois os Ingleses por motivos de segurança
não queriam perder a costa de vista. (16)
23
Em 17 de Agosto dá-se a Batalha da Roliça, nesta batalha participaram as tropas
Portuguesas de artilharia, de cavalaria, de caçadores e de Infantaria na ajuda aos
Ingleses.
De Laborde, esperava mais soldados para ajuda-lo no seu caminho, Wellesley atacou-o
com 5 500 soldados.
De Laborde pensava que tinha a situação controlada pela direita nas colinas e á esquerda
por uma elevação.
O Exército aliado foi dividido em três colunas, a da direita composta por 1 200
soldados, para flanquear o lado esquerdo dos Franceses, a coluna da esquerda vigiava,
era composta por soldados de Fergunson e Bowes. Os que estavam ao centro fizeram
um ataque direto à posição de De Laborde, sendo os franceses derrotados no final da
contenda. (17)
Após várias investidas, acontece novo combate no Vimeiro, o qual vai ter um
importante desfecho no findar da 1ª invasão.
Após a batalha da Roliça os Franceses foram para os lados de Torres Vedras tendo
Wellesley controlado à distância. A 20 de Agosto vinham mais tropas inglesas para
aumentar o contingente já existente. Os Ingleses atacaram os Franceses assim que
puderam, mas estes retiraram, sendo apanhados no Vimeiro. Aí deu-se a batalha tendo
as forças Francesas quase sido aniquiladas.
Junot não conseguiu ir ao encontro dos Ingleses talvez por vergonha por isso enviou
Kellermann que negociou a rendição com os Ingleses.
A 30 de Outubro acontece a Convenção de Sintra, onde é apresentada a rendição dos
Franceses. É-lhes permitido sair do País com tudo o que tinham conseguido apanhar no
território, o que causou um grande mal-estar tanto no Brasil, como em Inglaterra, por
isso, os autores da convenção foram chamados para Inglaterra para um conselho de
Investigação, Sir Arthur Wellesley, Sir Arthur Burrard e Sir Hew Dalrymple.
Acabava aqui a 1ª invasão Francesa, e dava-se início a uma restruturação do que
sobrava do exército Português (18)
E tal como escreveu João Ferreira, “uma das consequências da 1ª invasão foi o arraso
que a agricultura e a pecuária levou, os monumentos roubados, igrejas profanadas,
cidades, vilas e aldeias incendiadas, pontes destruídas.” (19)
A antiga regência nomeada por D.João entrou de novo em funções agora sob a
presidência do Marques de Alorna, foi restaurada a ordem e começo da organização da
24
defesa, pelo general William Beresford contra um novo ataque francês, foi também
eleito Marechal-de-Campo no Exército Português, sendo-lhe dado plenos poderes.
Napoleão disse então que viria ele pessoalmente tratar do assunto, mas os
levantamentos na Austria, obrigaram-no a desistir da ideia, nomeando para a nova
invasão Soult.
Entretanto os Ingleses pensavam que tudo estava mais ou menos pacificado e foram
para a Espanha, na Corunha, houve uma batalha contra os Franceses na qual John
Moore acabou por morrer.
Com a derrota dos Ingleses, os Franceses tomaram o caminho de Portugal.
2ª Invasão
Soult pensou invadir Portugal pelo rio Minho, quando chegou a Camposancos com 24
000 soldados, o rio corria rápido devido á corrente, tentou então atravessar nuns barcos
que estavam disponíveis, mas só com 300 de cada vez. Os primeiros três barcos foram
capturados levando-o a optar pela retirada e a seguir outro caminho.
Iniciou a invasão a partir de Ourense, chegando a Chaves, que após resistir foi tomada.
O General Francisco da Silveira que era o responsável pela defesa de Trás-os-Montes,
retirou-se para a Serra de Santa Bárbara para tomar posições, oito dias depois de ter sido
tomada, a 20 de Março, ataca Chaves, onde após quatro dias de cerco às tropas
francesas ocupa a cidade.
Ao mesmo tempo, chega a Lisboa o general Wellesley, para comandar as tropas.
Entretanto em Braga acontece um episódio, que demonstra a falta de sentido das
pessoas. Bernardim de Andrade é morto pela população em fúria, depois de este ter dito
que ia abandonar a cidade pois pensava que não tinha salvação. Foi preso e nem mesmo
o Barão de Eben o conseguiu salvar.
O Principe Regente ao saber desse episódio mandou prender as pessoas envolvidas,
embora muitos destes assassínios foram feitos «á custa da contrainformação francesa».
(20)
Após a conquista de Braga, os franceses aproveitaram para descansar e recuperar os
soldados que estavam em mau estado. Deixaram a cidade a 25 de Março sob o comando
de Heudelet, as tropas iam divididas em três colunas.
25
A primeira coluna era liderada por Franceschi e Mermeth, foram para os lados de
Guimarães.
Soult avançou para Ponte da Barca e Trofa.
Large que ia a comandar a terceira coluna, foi para a ponte do Ave, depois de ter
tomado e saqueado Barcelos.
São tomados também pelos franceses as cidades de Valença, Viana do Castelo, Monção
e Caminha, onde se assistem a mais saques.
Na chegada a Ponte de Lima, as populações não ofereceram resistência, por isso foi
poupada ao saque e a ter que pagar imposto. Penafiel é tomada a seguir ao Porto.
Este teve problemas para transpor a ponte do Ave e só com a ajuda de Franceschi, a
conseguiu transpor. Estava assim aberto o caminho para o assalto á cidade do Porto.
Onde aí reinava a confusão onde á mínima desconfiança sobre possíveis jacobinos havia
ataques.
Entre 27 e 29 de Março tem então a tomada do Porto, o ataque acontece de madrugada,
com ataques de Merle e De Laborde acompanhados por uma divisão de infantaria.
Por todo o lado era o caos com tiros por todo o lado e as pessoas a fugir.
Quando iam a caminho da casa para prender o Bispo este já tinha passado o rio Douro a
caminho de Lisboa.
Com os combates a aumentarem a população fugia da cidade dirigindo-se para o rio
Douro.
O Brigadeiro Lima que tentou ajudar as pessoas a Ponte das Barcas (21), foi alvejado e
morreu.
Além dele, com a correria que estava instalada, muita gente foi na direção da ponte, só
que, esta estava com uma abertura no centro. Os que chegaram primeiro ainda tentaram
parar, mas quem vinha atrás começou a empurrar e muitos morreram afogados e outros
foram arrastados pelo rio.
“Quando os Franceses desembocaram na Ribeira e viram aqueles desgraçados lutando
com a morte, debatendo-se loucamente á tona d’água, comoveram-se de piedade e
ainda salvaram a vida de alguns”
Wellesley chega a Portugal para ajudar na expulsão dos franceses.
Sabendo da aproximação dos Franceses a população de Amarante começou a defesa.
Quando chegaram e após combates os Franceses retiraram, levando-os a combater em
Vila Meã.
26
Contudo os Franceses conseguiram conquistar Amarante, não conseguido tomar o
Convento de São Gonçalo.
Sabendo da chegada de Wellesley a Portugal, o Bispo do Porto, envia uma carta régia a
conferir-lhe a graduação de Marechal-General dos exércitos portugueses. Além disso
chegavam também cerca de 21 000 soldados.
O seu plano de ataque era ir ao encontro de Soult que se encontrava no Porto.
Para o avanço, estavam disponíveis «13 000 soldados ingleses, 3 000 soldados alemães
ao serviço dos ingleses, 6 000 portugueses, 3 700 cavalos e 30 peças de artilharia.»
(23), acrescenta-se ainda que «estavam ao serviço de Trant e Silveira 30 000 soldados, 5
000 cavalos e 50 bocas de fogo» estas iam atacar por Águeda e Arouca.(24)
Nem todos iam pelo mesmo lado, uma coluna ia por Aveiro e ponte do Vouga. Outros
iriam por Viseu, Lamego e Amarante com a ideia de cortar o caminho aos franceses
para Trás-os-Montes.
Saíram de Coimbra em dias diferentes.
Quando soube que Wellesley vinha a caminho do Porto, Soult mandou destruir as
Pontes das Barcas.
Chegando às margens do douro, os aliados não tinham maneira de passar, Wellesley viu
que o rio fazia uma curva pronunciada o que se conseguia atravessar sem ser visto,
ordenou que procurassem barcos e não tardou a ter boas notícias, Wellesley mandou que
atravessassem o rio e sem que Soult soubesse, ia começar a tomada do Porto.
Os Franceses tomaram conhecimento do que lhes estava a acontecer e acorreram em
direção ao rio, mas do outro lado começam as balas a sair da serra do pilar o que lhes
barrou o caminho, sem nada a fazer e com medo de grandes perdas, Soult iniciou a
retirada, de inicio pensava em levar tudo, mas no fim, procurou apenas levar os seus
homens.
Estando cercado viu que o único caminho que poderia fazer era sair diretamente por
Braga, visto Chaves estar nas mãos dos portugueses.
Quando iniciou a marcha teve a informação que Loison tinha saído de Amarante e
Beresford ocupava esse ponto, foi pela serra de Santa Catarina chegou a Guimarães
onde se reuniu com Loison.
Dali seguiu para Carvalho D’Este, afastando-se de Braga e Chaves, chegou ao norte por
Salamonde, onde entraria na estrada que ia para Montalegre.
Em Amarante, Beresford foi para chaves para intercetar Soult que estava a tentar sair de
Portugal.
27
Soult parecia condenado, mas deu o comando a Loison e dirigiu-se de Carvalho D’Este
para S.João do Rei, Salamonde e Ruivães, onde aqui se dividia em dois caminhos, um ia
para Chaves e outro que ia dar a Misarela, já na estrada para Montalegre, mas este tinha
sido avisado pelos seus batedores que as pontes estavam a ser guardadas e que muitas
tinham sido destruídas.
Na chegada a Ponte Nova Soult deu o comando das operações ao Major Dulong, e
ordenou que os atacasse.
Á noite Soult com mais alguns soldados tentou a travessia, mas o barulho fez com que
começassem as espingardas a funcionar, no fim a ponte ficou na posse dos franceses. A
seguir vinha a ponte de Mizarela, esta estava guardada por portugueses, apesar de a
guardarem, os franceses conseguiram passar pela ponte, no entanto, com a chuva de
balas sobre eles, muitos caíram no abismo, com a passagem livre, conseguiram chegar a
Montalegre, passaram por Alhariz, Ourense e depois para Lugo, na asia de saírem de
Portugal deixaram para trás quase todo o material de guerra para trás e um grande
número de homens.
Com a saída de Soult de território Português, estava concluída a segunda invasão de
Portugal
Além da retirada dos Franceses começavam os preparativos para uma terceira invasão,
uma das obras mais significativas seriam as Linhas de Torres.
3ª Invasão
Wellington começou a preparar a defesa de Lisboa, concebidas pelo Major José Mário
das Neves e completadas por Iron Duke, iriam proteger a cidade da invasão.
Era um conjunto de 153 fortificações, espalhadas por uma vasta área (25), á medida em
que eram construídas eram numeradas para ser conhecida a sequência da sua
construção, ao mesmo tempo servia de escapatória ao Ingleses caso as coisas dessem
para o torto e no caso da política de terra queimada, seria difícil aos Franceses
aguentarem muito tempo sem comida e água.
Quando os soldados franceses se afastavam para longe das suas tropas á procura de
comida eram alvo da guerrilha que os capturava que estavam mesmo por trás dos
Franceses.
Antes da invasão, Napoleão afirmou que derrotaria a Inglaterra. (26)
28
Napoleão com o seu plano previa que Massena invadisse Portugal saindo de Salamanca
Massena veio acompanhado por Ney e Junot teria ao seu dispor cerca de 130 000
soldados para invadir Portugal, mas nem todos estariam disponíveis para vir para
Portugal, veio o 2º e 6º corpo do exército francês que esteve em Espanha e o 8º que
esteve em Viena, Soult avançaria por Badajoz e Elvas.
No lado Português, Wellington preocupava-se com a defesa e Beresford organização do
exército português e das milícias, impondo rigor e disciplina.
Distribuiu as tropas no terreno, de modo a protegerem a fronteira, foram construídas
pontes, que em caso de aproximação dos franceses seriam destruídas, foram melhoradas
as estradas e estabeleceram-se cadeias de postos para as comunicações, moinhos,
colheitas com exceção da que se podia transportar, deviam ainda abandonar as suas
casas e irem para dentro das linhas de torres, queria transformar o território Portugal um
deserto para com as tropas invasoras.
Começava a invasão, atacaram Crawford perto de Conceição, este conseguiu retirar-se e
foi para Almeida.
Loison aproximava-se de Almeida e intimou o Brigadeiro Cox em defender-se,
conquistaram Almeida, mas houve grandes explosões nos paióis, Cox foi obrigado a
entregar-se dali seguiram para Alfaiates, onde Regnier se juntou a Ney e a Junot.
A 15 de setembro chegaram á Guarda, a 21 Setembro Massena entrou em Viseu daí
seguiu em Direção a Coimbra no seu encalce Wellington foi pela margem esquerda do
Mondego enquanto Massena ia por uma estrada perto da serra do Buçaco.
Wellington determinou que se barrasse o caminho, também para dar tempo de uma
retirada e para que os camponeses queimassem as suas colheitas.
Começava então a Batalha do Buçaco de um lado 49 000 aliados do outro 66 000
franceses. Dando a batalha como perdida Wellington retirou para sul, para a Linha de
Torres Vedras, Massena seguiu-o com o seu exército por Coimbra, esta estava vazia por
ordem de Wellington. Daí seguiu para Lisboa, arrasando com o pouco que restava, antes
de conseguir chegar a Lisboa a 10 Outubro de 1810, Massena deteve-se nas Linhas de
Torres, mandou fazer um reconhecimento e procurarem viveres para as tropas
carenciadas, além de surpreendido ainda teria problemas com a fome e outras
calamidades.
Á a espera deles, «Wellesley e Beresford, com os batalhões de milícias de Tondela,
Viseu, castelo branco, Covilhã, Idanha, Feira, leiria, além de 8 000 Espanhóis do
Marquês la Romana» (28).
29
Durante 1 mês estiveram frente a frente, as milícias portuguesas juntamente com os
camponeses armados, aproximavam-se cada vez mais da retaguarda francesa causando
danos, destruindo depósitos, cortando as comunicações para a retaguarda e obrigando-os
a dispersar para as regiões desérticas á procura de viveres.
Loison tentou conquistar Santarém mas não conseguiu, Trant conquistava Coimbra,
obrigando a guarnição francesa a render-se.
«Massena pediu ajuda a Napoleão, mas este estava também necessitado de reunir forças
na Alemanha, não podia atender ao seu pedido.» (28)
As tropas de cada uma das forças eram bastante numerosas (29)
Massena ainda esperava ajuda de Napoleão e assim ficavam durante meses, chegaram
então os reforços, mas com a falta de comida e tudo o resto, começavam a desesperar.
As tropas retiraram-se pela calada da noite, dando-lhes boa vantagem para quando os
aliados soubessem.
A 7 Março chegaram a Tomar, depois Espinhal, Foz do Arouce, a 11 teve o combate de
Pombal, a 13 o combate na Redinha outras escaramuças ainda, 15 Março foz do Arouce,
18 março Ponte de Mucela, 3 de Abril Sabugal, a 4 de Abril foram para Ciudad rodrigo
As últimas tropas saíram de Portugal no dia 8 de abril.
Os Ingleses acompanhados dos Portugueses seguiram os Franceses e só acabaram
quando os venceram na Batalha de Toulouse (30)
Portugal estava livre dos franceses.
«OS FRANCESES SAÍRAM PARA SEMPRE DO TERRITÓRIO PORTUGUES MAS DEIXARAM UM
RASTRO DE DESTRUÍÇAO». (31)
30
Conclusão
Devido às alianças com Inglaterra foi vítima de 3 invasões francesas.
Antes das invasões Portugal já tinha sido penalizado com pesadas sanções por parte dos
Franceses.
Nem mesmo o belo trabalho dos diplomatas conseguiu resolver essa situação.
Portugal foi alvo de uma invasão, na qual perdeu Olivença, e ainda hoje está para a
recuperar.
Foi invadido três vezes, uma pelo Norte, outra pelo Sul e outra pelo centro.
Destruíram e saquearam aldeias vilas e cidades.
O governo e o exército foram eliminados.
Com a ajuda dos Ingleses, Portugal conseguiu lutar com os invasores, levando á sua
expulsão fazendo com que não acontecesse o mesmo que aos outros Países que
perderam a sua independência.
Após as invasões Francesas, foi feito o congresso de Viena, onde foi possível a Portugal
restaurar a plena independência e a integridade das suas fronteiras, Espanha é obrigada a
restituir Olivença, coisa que até hoje não fez.
Após quatro anos de invasões e terror, o País ficou numa situação absolutamente
miserável, vítima de inúmeros saques a Igrejas, palácios e casas de gente de trabalho,
tudo feito por Espanhóis, Franceses e Ingleses, que apesar de estarem em Portugal para
defenderem o território, também fizeram tudo o que lhes apeteceu. Além disso a
agricultura, o comércio e a indústria, ficaram afetados.
No País reinava o descontentamento geral para com todos os que governavam, inclusive
com a Família Real que se encontrava no Brasil.
A crise económica e financeira que levou o “País” a um quase estado de loucura, fez
com que as ideias liberais, vindas com as tropas de Napoleão, começassem a ferver no
contexto nacional, ideias essas, que ganhavam adeptos fervorosos de uma mudança de
regime político, sendo a burguesia o seu principal motor.
Devido a isso D.João seria obrigado a regressar a Portugal, aí assinaria a constituição,
mas já ia tarde.
A contagem decrescente tinha começado, estava prestes a começar uma luta entre
irmãos, que levou este País á beira-mar plantado a uma guerra civil.
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Documentos Gráficos
IN jn.pt: Mapa das Invasões Francesas
In Intenerante.pt: Mapa das Linhas de Torres
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Notas
(1) SARAIVA, José Hermano (Dirigido pelo próprio); História de Portugal; Volume 3; Publicações Alfa;
1983- pp119
(2) SARAIVA, José Hermano (Dirigido pelo próprio); História de Portugal; Volume 3; Publicações Alfa;
1983- pp119
(3) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 - pp38
Decreto Régio de 1792-02-10
«Deferindo-se-me [D.João] o exercício da administração pelo notório impedimento da moléstia da
Rainha, Minha Senhora e Mãe, a quem pela decisão dos professores seria nociva a aplicação a
negócios e o cuidado na expedição deles; cedendo às circunstâncias que constituem uma necessidade
publica, e à constante da mesma Senhora, oportunamente insinuada, resolvi assistir e prover
despacho em nome de Sua Majestede. José de Seabra da Silva, ministro e secretário de Estado dos
Negócios do Reino, o tenha assim entendido e faça executar expendido êste por cópia às partes a que
tocar»
(4) RODRIGUES et al; História de Portugal em datas; Circulo dos Leitores; 1994 – pp 234
Tratado de Basileia, assinado em 1795-07-22
O acordo era, a Espanha ceder á França a parte Espanhola da Ilha de São Domingos, autorizava a
França a Importar livremente durante cinco anos, cavalos para o exército e rebanhos para abastecer
as tropas. Após este tratado, Manuel Godoy, ficou conhecido como Ministro da Paz.
(5) RAMOS et al; História de Portugal, 6ª Edição; A esfera dos Livros; 2009 – pp123
Tratado entre Espanha e França em 1801-01-29
Era um ultimato a Portugal, para que se estabelece a paz com a França, as condições eram:
.Abandonar a aliança com a Inglaterra, abrir os portos aos navios franceses e espanhóis, fechar os
portos a Inglaterra, entregarmos ao Rei de Espanha as províncias Portuguesas que perfizessem a
quarta parte da população dos nossos estados na Europa para garantir a restituição da Trindade, de
Mahon e de Malta que a Inglaterra tinha tomado, indemnizarmos os súbditos espanhóis dos prejuízos
sofridos e fixarmos definitivamente os nossos limites com Espanha.
(6) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 - pp51
(7) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011- pp54
A carta tinha o seguinte conteúdo:
«Faltaria a todos os deveres que o Ceo impõe a um soberano para com os seus súbditos, se eu, depois
de os ter obrigado a contribuir para a manutenção da neutralidade, os expusesse a uma guerra que
não pode deixar de ter resultados funestos. Vossa majestade sabe que a monarchia portugusa se
compõe de estados espalhados nas quatro partes do globo, que ficariam inteiramente expostos, no
caso de guerra com a Grã-Bretanha.»
(8) AZEVEDO, José Correia; Portugal, História Arte e Cultura, Tomo V; Euro-Formação; 1993- pp33
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(9) AZEVEDO, José Correia; Portugal, História Arte e Cultura, Tomo V; Euro-Formação; 1993 -pp34
A Província entre douro e Minho com o porto como capital chamar-se-ia Lusitânia setentrional, era
dado ao Rei da Etrúria, Luis II
O Alentejo e o algarve, com o nome de Principado dos Algarves ficaria sob o domínio de Manuel
Godoy com o Titulo de Principe dos Algarves, como protetorado de Espanha
A Beira, Trás-os-Montes e estremadura na posse de Napoleão ficariam a aguardar decisões do
tratado de paz.”
(10) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011- pp 68-69
A carta do Príncipe Regente aos Portugueses
«Tendo procurado por todos os meios possíveis conservar a Neutralidade, de que até agora tem
gozado os Meus Fiéis e Amados Vassallos, e apezar de ter exaurido o Meu Real Erario, e de todos os
mais Sacrifícios, a que Me Tenho sujeitado, chegando ao excesso de fechar os Portos dos Meus
Reinos aos Vassallos do Meu antigo e Leal Alliado o Rei da Grãa Bretanha, expondo o Commercio
dos Meus Vassallos á total ruina, e a sofrer por este motivo grave prejuízo nos rendimentos da Minha
Corôa: Vejo que pelo interior do Meu Reino marchão Tropas do Imperador dos Franceses e Rei de
Itália, a quem Eu Me havia unido no Continente, na persuasão de não ser mais inquietado; e que as
mesmas se dirigem a esta Capital: E Querendo Eu evitar as funestas consequencias que se podem
seguir de huma defesa, que seria mais nociva, que proveitosa, servindo só de derramar sangue em
prejuízo da humanidade, e capaz de acender mais a dissenção de humas Tropas, que tem transitado
por este Reino, com o annuncio, e promessa de não cometerem a menor hostilidade; conhecendo
igualmente que ellas se dirigem muito particularmente contra a Minha Real Pessoa, e que os Meos
Leaes Vassallos serão menos inquietados, ausentando-me Eu déste Reino: Tenho resolvido, em
benificio dos mesmo Vassallos, passar com a Rainha, Minha Senhora e Mãe, e com toda a Real
Família para os Estados da América, e estabelecer-Me na Cidade do Rio de Janeiro até á Paz Geral.
E Considerando mais quanto convem deixaro Governo d’estes Reinos n’aquella ordem, que cumpre
ao bem d’elles, e de Meus Povos, como cousa a que tão essencialmente estou obrigado. Tenho n’isto
todas as Considerações, que em tal caso Me são presentes: Sou servido Nomear para na Minha
Ausencia governarem, e regerem estes Meus Reinos, o Marquez de Abrantes, Meu Muito Amado e
Prezado Primo; Francisco da Cunha Menezes, Tenente General dos Meus Exércitos; o Principal
Castro, do Meu Conselho, e Regedor das justiças; Pedro de Mello Breyner, do Meu Conselho, que
servirá de Presidente do Meu Real Erario, na falta e impedimento de Luiz de Vasconcellos e Sousa,
que se acha impossibilitado com as suas moléstias; Dom Francisco de Noronha, Tenente General dos
Meus Exercitos, e Presidente de Meza da Consciencia e Ordem; e na falta de qualquer d’elles, o
Conde Monteiro Mór, que Tenho nomeado Presidente do Senado da Camara, com a assistência dos
dous Secretarios, o Conde de Sampaio, e em seu Lugar Dom Miguel Pereira Forjaz, e do
desembargador do Paço, e Meu Procurador da Corôa, João Antonio Salter de Mendonça, pela
grande confiança, que de todos eles tenho, e larga experiencia que eles tem tido das cousas do mesmo
Governo; Tendo por certo que os Meus reinos, e Povos, serão governados, e regidos por maneira que
a minha Consciencia seja desencarregada, e eles Governadores cumprão inteiramente a sua
34
obrigação, em quanto Deus permitir que Eu esteja ausente d’esta Capital, administrando a Justiça
com imparcialidade, distribuindo os Prémios e Castigos conforme os merecimentos de cada hum. Os
mesmos Governadores o tenhão assim entendido, e cumprão na forma sobredita, e na Conformidade
das intrucções, que serão com este Decreto por Mim assignadas; e farão as participações necessárias
ás Repartições competentes. Palácio de Nossa Senhora da Ajuda em vinte e seis de novembro de mil
oitocentos e sete».
(11) MARQUES, Oliveira; História de Portugal; Edições Ágora, Volume 1 – Das Origens às Revoluções
Liberais; 1972- pp576
(12) SERRÃO, Joaquim Veríssimo; História de Portugal [1750-1807], Volume VI – Parte 3; Verbo; 1982
- pp335
(13) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 – pp93
“O Governador de Paris, Primeiro Ajudante de Campo de S.M. o Imperador e Rei, General em
Chefe, Grã-Cruz da Ordem de Cristo nestes Reinos
Habitantes de Lisboa
O meu exército vai entrar na vossa cidade. Eu vinha salvar o vosso porto, e o vosso Príncipe da
influência de Inglaterra. Mas este Príncipe, aliás respeitável pelas suas virtudes, deixou-se arrastar
pelos conselheiros pérfidos de que era cercado, para ser por eles entregue aos seus inimigos;
atreveram-se a assustá-lo quanto à sua segurança pessoal; os seus vassalos não foram tirados em
conta alguma, e os vossos interesses foram sacrificados à cobardia de uns poucos cortezãos.
Moradores de Lisboa, vivei sossegados em vossas casas: não receeis cousa alguma do meu exército,
nem de mim; os nossos inimigos e os malvados, somente devem temer-nos.
O grande Napoleão, meu amo, envia-me para vos proteger, eu vos protegerei.”
(14) MARQUES, Oliveira; História de Portugal; Palas Editoras, 2º Volume; 1976- pp 575
(15) Bebiano, Rui pp100
(16) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011- pp133
“Apesar de Aliados não se iam entender Bem, nas operações mas ia ter bons resultados.
Enquanto os Portugueses queriam ir para o Interior do Reino, os Ingleses não queriam perder de
vista a costa, pois dava-lhes a oportunidade em caso de perigo saírem do território.”
Por causa da intransigência dos ingleses, os portugueses receberam 5000 espingardas
(17) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011- pp 136
(18) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011- pp147
Criaram-se 9 Batalhões de Caçadores de 628 praças; restauraram-se os 24 regimentos de
infantaria, com um efetivo de 1550 homens cada, os de cavalaria com 554 elementos e os das
milícias com 1101 efetivos, quando completos.
(19) Ferreira, João - pp34
(20) SERRÃO, Joaquim Veríssimo; História de Portugal [1750-1807], Volume VI – Parte 3; Verbo;
1982-pp 39.
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(21) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 – pp184
A ponte das Barcas, era uma ponte de madeira construída sobre barcas ligadas com amarras de
ferro, foi aberta ao público, ironia das ironias no dia 15 de Agosto de 1808 no aniversário de
Napoleão.
(22) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 - pp185
(23) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 - pp212
(24) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 -pp214
(25) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 - pp219
1ª Linha de Defesa com 46 kms ia desde Alhandra, monte agraço, torres vedras e terminava na foz
do rio Sizandro
2ª Linha de defesa com 39 kms nascia em Vialonga, Montachique, mafra e ia até á foz do rio
Safarujo
3ª Linha com 40 kms manteve-se a linha á volta do forte de são Julião e considerasse tb como
fazendo parte desde depositário, um conjunto de obras ao sul do tejo.
(26) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 - pp229
«Antes de hum anno serão os inglezes, apesar de todos os seus esforços, expulsados da peninsula, e
a aguia imperial tremulará sobre as Fortalezas de Lisboa […] Não póde haver cousa mais
vantajosa para a França, do que ver os inglezes envolvidos em guerras de terra; em vez de
conquistarmos Inglaterra por mar, nós a conquistaremos no Continente»
(27) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011- pp234
(28) AZEVEDO, José Correia; Portugal, História Arte e Cultura, Tomo V; Euro-Formação; 1993
-Pp 134
(29) GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011 -pp233
As tropas de cada um dos lados
Tropas da França
General Ebenezer – composto por 2 divisões de infantaria, 1 brigada de cavalaria e 17700 homens
Marechal Ney – 3 divisões de infantaria, 1 brigada de cavalaria 24 300 homens
Junot – 2 Divisões de Infantaria, 1 divisão de cavalaria 17000 homens
General Montbrun – 3 brigadas de cavalaria, 1 bateria de artilharia a cavalo
As forças luso-Inglesas
1ª Divisão de infantaria, sob o comando do general Brent Spencer, formada por 4 corpos de
infantaria e uma da king’s German Legion com 7 000 Homens
2ª Divisão de Infantaria, sob o comando do general Rowland Hill, formada por 3 corpos de
infantaria 5700 homens
3ª Divisão de Infantaria, sob o comando do general Thomas Picton, formada por 3 corpos de
infantaria sendo uma delas portuguesas, com 4700 homens
4ª Divisão de infantaria sob o comando do major general Galbreith cole, formada por 3 corpos de
infantaria sendo uma delas portuguesas, com 7400 homens
5ª Dvisão de infantaria sob o comando de James Leith, formada por 2 corpos de infantaria sendo
uma delas portuguesas, 3 batalhões da legião lusitana e dois batalhões do R.I.8 com 7300 homens
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Divisão ligeira, sob o comando do general Robert Crawford, com 2 brigadas de infantaria e cada
uma delas integrava 1 batalhão de caçadores portugueses com 4100 homens.
1ª Divisão Portuguesa sob o comando do Marechal de Campo John Hamilton: era formada por 2
brigadas de infantaria com 4900 homens
2ª Divisão Portuguesa sob o comando do coronel Carlos Lecor, constituído por 2 brigadas, uma
delas milícias com 4800 homens.
. 3 Brigadas independentes de infantaria portuguesa
- 1ª Brigada sob o comando do brigadeiro Dennis Pack com 2700 homens
- 2ª Brigada sob o comando do brigadeiro general Archibald Campbell com 3240 homens
- 3ª Brigada sob o comando do brigadeiro general Francis Coleman com 2300 homens.
4 Brigadas de Cavalaria britânica com 3100 homens
1 Brigada de Cavalaria portuguesa sob o comando de Fane com 430 homens
(30) Http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceira_invas%C3%A3o_francesa_de_Portugal
A campanha dos exércitos britânicos, Português e Espanhol, entre maio e agosto de 1813, culminou
na Batalha de Vitoria, seguida um mês depois pela Batalha dos Pireneus. Em pouco mais de 2
meses e depois de uma ofensiva de 600 kms com mais de 100 000 homens das três nações em armas,
o curso da historia europeia foi modificado de forma decisiva. Seguiu-se uma serie de batalhas em
território francês até á vitoria em Toulouse em 10-04-1814 que colocou fim á guerra.
(31) AZEVEDO, José Correia; Portugal, História Arte e Cultura, Tomo V; Euro-Formação - pp 134
37
Bibliografia
AMADO, José Carlos; História de Portugal; Verbo Juvenil, 2º Volume; 1966
AMEAL, João; História da Europa [1800-1914]; Verbo; 1984
AZEVEDO, José Correia; Portugal, História Arte e Cultura, Tomo V; Euro-Formação;
1993
GERALDO, José Custódio; As Invasões Napoleónicas; Âncora Editores; 2011
GOMES, Laurentino; 1808 4ªEdição; Publicações Dom Quixote; 2008
MARQUES, Oliveira; História de Portugal; Palas Editoras, 2º Volume; 1976
MARQUES, Oliveira; História de Portugal; Edições Ágora, Volume 1 – Das Origens às
Revoluções Liberais; 1972
MATTOSO, José, Direção; História de Portugal, 5ºVolume, O Liberalismo; Círculo de
Leitores; 1993.
RAMOS et al; História de Portugal, 6ª Edição; A esfera dos Livros; 2009
REIS, A. Do Carmo; Nova História de Portugal; Editorial Noticias; 1990
RODRIGUES et al; História de Portugal em datas; Circulo dos Leitores; 1994
SARAIVA, José Hermano (Dirigido pelo próprio); História de Portugal; Volume 3;
Publicações Alfa; 1983
SERRA, António, Obras Completas – Breve Interpretação da História de Portugal;
Livraria Sá da Costa; 1972
SERRÃO, Joel, Cronologia Geral da História de Portugal 4ªEdição; Livros Horizonte,
1980
SERRÃO, Joaquim Veríssimo; História de Portugal [1750-1807], Volume VI – Parte 3;
Verbo; 1982
Internet
http://www.infopedia.pt/$antecedentes-das-invasoes-francesas
http://www.geocities.ws/atoleiros/Invasoes.htm
http://www.slideshare.net/jorgediapositivos/as-invases-francesas-1684220
http://www.jn.pt/Dossies/dossie.aspx?content_id=1185170&dossier=200%20anos%20d
as%20invas%F5es%20francesas
http://antt.dgarq.gov.pt/exposicoes-virtuais/eventos-em-documentos/invasoes-francesas/
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