SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 7
1.Em Trânsito

1.1.Segurança e prevenção

Os transportes continuam a ser uma das principais fontes de acidentes.

 Quais são as principais causas de acidentes rodoviários?

Falha humana

Cerca de 95% dos acidentes de que resultam vítimas mortais ou feridos graves têm como fator
dominante ou concorrente a falha humana. Por isso, cabe aos condutores e peões adotar
comportamentos que permitam viajar com mais segurança.

Principais causas de acidentes devidas a falha humana:

        Excesso de velocidade
        Ultrapassagens perigosas
        Desrespeito pela sinalização e pelas regras de prioridade
        Condução sob o efeito de álcool ou certos medicamentos
        Fadiga e sonolência

Mau estado da via e sinalização deficiente

As vias exigem muita manutenção, mas essa manutenção das estradas, pontes e viadutos
nem sempre é realizada devido a problemas económicos, sociais e ambientais, originando
acidentes.

Mau estado da viatura

É necessário verificar regularmente as condições das viaturas: a conservação e a pressão dos
pneus, a direção, as luzes de presença, de travagem e de mudança de direção, o sistema de
travagem, os amortecedores, a bateria e os faróis.

Más condições atmosféricas e de luminosidade

A chuva, o nevoeiro, o gelo e a neve alteram as condições da circulação rodoviária.

É necessário:

        Redução de velocidade
        Sinalização luminosa adequada
        Condução atenta e prudente

O estado dos pneus é também muito importante, principalmente em vias escorregadias.

Como prevenir acidentes rodoviários?

É muito importante respeitar as normas de segurança rodoviária!
A educação rodoviária é um processo de formação ao longo da vida do cidadão como
passageiro, peão e condutor.

O excesso de velocidade é a principal causa de mortalidade em Portugal. É necessário
respeitar os limites de velocidade previstos no Código da Estrada.

Quanto maior for a velocidade de um veículo (maior é a energia cinética) e, em caso de
acidente, mais graves são as consequências.

Quanto maior for a velocidade de um veículo, maior terá de ser a distância de segurança
rodoviária (distância mínima que dois veículos devem manter entre si para, no caso de uma
travagem brusca, não colidirem).




De que dependerá a distância de segurança?

A paragem do veículo é feita em dois tempos:

       Tempo de reação do condutor: é o tempo decorrido entre o instante em que o
       condutor se apercebe do obstáculo ou situação perigosa e o instante em que inicia a
       travagem;
       Tempo de travagem: é o intervalo de tempo entre o instante em que o condutor inicia
       a travagem e o instante em que o carro para.

Tempo de reação do condutor

Este intervalo de tempo, geralmente, não ultrapassa uma fração de segundo. Varia de
condutor para condutor e depende do estado físico e psíquico do mesmo.

Depende de:

       Reflexos do condutor
       Idade do condutor
       Experiência como condutor
       Concentração
       Cansaço
       Consumo de certos medicamentos e drogas

A distância percorrida pelo veículo, durante o tempo de reação do condutor, designa-se por
distância de reação.
Tempo de travagem

Depende de muitos fatores, entre eles:

       Velocidade
       Condições da estrada
       Travões, pneus
       Forças de atrito
       Massa do veículo
       …

A distância percorrida pelo veículo durante o tempo de travagem designa-se por distância de
travagem.

Observa a seguinte cena:




 À soma das distâncias de reação e de travagem chama-se distância de segurança.



Calcular a distância de segurança rodoviária
Distância de reação = dr               Velocidade inicial = Vi

Distância de travagem = dt             Tempo de reação = tr

Distância de segurança = ds             Tempo de travagem = tt

A1 = área do retângulo 1               A2 = área do triângulo 2


  dr = A1 = Vi x tr

  dt = A2 = (Vi x tt) : 2
                                   ds = Vi x tr + (Vi x tt): 2
  ds = A1 + A2 = dr + dt




A distância de travagem de um veículo:

- é tanto maior quanto maior for a velocidade do veículo

- é maior para o piso molhado do que para o piso seco

A distância de reação de um veículo:

- aumenta com a velocidade do veículo

- é independente ao tipo de piso

Assim pode concluir-se que a distância de segurança rodoviária:

- aumenta com a velocidade do veículo

- é maior para piso molhado do que seco



Componentes de segurança

Atualmente, os automóveis são tecnicamente mais seguros com componentes de segurança
que protegem os passageiros no caso de uma travagem brusca ou de colisão.

Por exemplo: cintos de segurança, aos apoios de cabeça com amortecimento, ao tablier com
revestimento flexível, airbags, etc.

Para os motociclistas têm os capacetes.



Como funcionam os cintos de segurança e os capacetes?

Os cintos de segurança impedem que uma pessoa seja projetada contra o para-brisas ou
mesmo para fora do veículo, no caso de colisão ou de travagem brusca.
Por outro lado, os cintos de segurança possuem alguma elasticidade, o tempo de imobilização
dos passageiros é maior, o que faz com que a intensidade da força de colisão sobre eles seja
menor e as consequências físicas da colisão para os passageiros não sejam tão graves.

Os capacetes baseiam-se no mesmo princípio dos cintos de segurança: aumentam o tempo de
colisão de forma que a força de impacto diminua.

Os capacetes são almofadados no seu interior, o que ajuda a amortecer a pancada e aumentar
o tempo de colisão.

Assim, os capacetes e os cintos de segurança distribuem a intensidade da força de colisão por
uma superfície maior diminuindo o seu efeito.

Nota: Num automóvel, a parte da frente e aparte de trás são zonas deformáveis. Estas zonas
são feitas com materiais que se deformam, para aumentarem o tempo de colisão.

Como funcionam os apoios de cabeça e os airbags?

Os apoios de cabeça protegem os passageiros de danos graves na coluna e na zona do
pescoço. Estes apoios impedem a cabeça de ir para trás.

Os airbags são sacos insufláveis eletronicamente no momento de colisão que protegem do
choque com o volante ou partes da frente e laterais do automóvel.

Também se tem investido em barreiras de estrada, sinais de trânsito e postes de candeeiro
com zonas deformáveis para aumentar o tem de colisão.




1.2.Movimento e forças

1.2.1. Alguns movimentos e as suas caraterísticas

O movimento é um fenómeno que observamos constantemente no nosso dia-a-dia.

Repouso e movimento

O conceito de movimento e de repouso de um corpo são conceitos relativos. Diz-se que um
corpo está em movimento quando a sua posição em relação a um referencial varia no decorrer
do tempo. Assim, um corpo pode estar em repouso em relação a um referencial, e ao mesmo
tempo, estar em movimento em relação a outro referencial.
Exemplo: Quando estamos numa viagem de carro os passageiros estão em repouso
relativamente ao veículo (referencial, mas em movimento em relação a uma árvore.

Trajetória

A trajetória de um corpo em movimento consiste numa linha imaginária que indica as
sucessivas posições ocupadas pelo corpo no decorrer do tempo.

A trajetória de um corpo, em relação a um referencial, pode ser:

        Retilínea
        Curvilínea (circular, elíptica e parabólica)



Distância percorrida e deslocamento

Distância percorrida (ou espaço percorrido) e deslocamento são grandezas físicas diferentes.



Distância Percorrida (d)

É a medida total do trajeto que o corpo efetuou.

É uma grandeza física escalar (sempre positiva), ou seja, fica totalmente caraterizada por um
valor.

Deslocamento(Δr)

Medida que relaciona a diferença entre a posição inicial e a posição final, do corpo.

É uma grandeza vetorial. Para a definir é necessário indicar a direção, intensidade e sentido.



A unidade SI de distância percorrida e deslocamento é o metro.




A distância percorrida corresponde à medida do percurso efetuado ao longo da estrada
(curvas).
O deslocamento tem:

                   Origem na posição inicial e extremidade na posição final;
                   Sentido da posição inicial para a final;
                   Valor igual à medida, em linha reta, da distância entre as posições inicial e
                   final.

 A distância percorrida e o deslocamento podem ser iguais se a trajetória for retilínea sem
inverter o sentido.




Sendo Xi =0 m e sendo Xf = 700 m calcula a distância percorrida e o deslocamento.

A distância percorrida = 700 m

Para calcular o deslocamento = Xf – Xi = 700–0=700 m

No caso de o carro, se deslocasse no sentido contrário (da direita para a esquerda) seria:

A distância percorrida = 700m

O deslocamento =(Xf – Xi) = 0-700=-700 m



Rapidez média e velocidade

Em física usam-se os conceitos de velocidade e de rapidez média.

Rapidez média é uma grandeza escalar, sempre positiva, que indica a distância percorrida por
um corpo, por unidade de tempo.
   rm = d:Δt

Velocidade média é uma grandeza vetorial, que nos indica a rapidez com que um corpo muda
de posição no seu movimento, bem como a direção e o sentido do movimento.

   vm = Δχ:Δt = χf-χi : tf - ti

O vetor velocidade v tem sempre:

         O sentido do movimento;
         A direção:
         -da trajetória, se o movimento é retilíneo
         - tangente à trajetória em cada instante, se o movimento é curvilíneo.

A unidade SI de velocidade e rapidez média é o metro por segundo (m/s).

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Trabalho transportes rodoviários, 9º2
Trabalho transportes rodoviários, 9º2Trabalho transportes rodoviários, 9º2
Trabalho transportes rodoviários, 9º2Mayjö .
 
Segurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaSegurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaPatricia Valente
 
Prevenção rodoviaria powerpoint
Prevenção rodoviaria powerpointPrevenção rodoviaria powerpoint
Prevenção rodoviaria powerpointesas8e
 
Acidentes Rodoviários
Acidentes RodoviáriosAcidentes Rodoviários
Acidentes RodoviáriosGonçalo Silva
 
Segurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaSegurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaJennyIII
 
Transportes de Mercadorias Perigosas
Transportes de Mercadorias PerigosasTransportes de Mercadorias Perigosas
Transportes de Mercadorias PerigosasGonçalo Silva
 
Educação e prevenção rodoviária...
Educação e prevenção rodoviária...Educação e prevenção rodoviária...
Educação e prevenção rodoviária...labeques
 
Prevenção rodoviária
Prevenção rodoviáriaPrevenção rodoviária
Prevenção rodoviáriaUtilizadores
 
Cinto de Segurança - SMS
Cinto de Segurança - SMS Cinto de Segurança - SMS
Cinto de Segurança - SMS Karoline Tavares
 
Transportes rodoviários geografia
Transportes rodoviários geografiaTransportes rodoviários geografia
Transportes rodoviários geografiaMayjö .
 
Legislação - Primeira habilitação
Legislação - Primeira habilitaçãoLegislação - Primeira habilitação
Legislação - Primeira habilitaçãoGabrielly Campos
 
Indicadores compostos para medir o grau de desenvolvimento dos países ficha...
Indicadores compostos para medir o grau de desenvolvimento dos países   ficha...Indicadores compostos para medir o grau de desenvolvimento dos países   ficha...
Indicadores compostos para medir o grau de desenvolvimento dos países ficha...Ana Santos
 
Segurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaSegurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaJosé Gonçalves
 
Educação no trânsito
Educação no trânsitoEducação no trânsito
Educação no trânsitobrunacampos
 
Direcao defensiva
Direcao defensivaDirecao defensiva
Direcao defensivacarlabastos
 

La actualidad más candente (20)

Trabalho transportes rodoviários, 9º2
Trabalho transportes rodoviários, 9º2Trabalho transportes rodoviários, 9º2
Trabalho transportes rodoviários, 9º2
 
Segurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaSegurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviária
 
Prevenção rodoviaria powerpoint
Prevenção rodoviaria powerpointPrevenção rodoviaria powerpoint
Prevenção rodoviaria powerpoint
 
Acidentes Rodoviários
Acidentes RodoviáriosAcidentes Rodoviários
Acidentes Rodoviários
 
Segurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaSegurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviária
 
Transportes de Mercadorias Perigosas
Transportes de Mercadorias PerigosasTransportes de Mercadorias Perigosas
Transportes de Mercadorias Perigosas
 
Prevenção rodoviária
Prevenção rodoviáriaPrevenção rodoviária
Prevenção rodoviária
 
Educação e prevenção rodoviária...
Educação e prevenção rodoviária...Educação e prevenção rodoviária...
Educação e prevenção rodoviária...
 
Prevenção rodoviária
Prevenção rodoviáriaPrevenção rodoviária
Prevenção rodoviária
 
Cinto de Segurança - SMS
Cinto de Segurança - SMS Cinto de Segurança - SMS
Cinto de Segurança - SMS
 
Cinto de Segurança
Cinto de SegurançaCinto de Segurança
Cinto de Segurança
 
Transportes rodoviários geografia
Transportes rodoviários geografiaTransportes rodoviários geografia
Transportes rodoviários geografia
 
Legislação - Primeira habilitação
Legislação - Primeira habilitaçãoLegislação - Primeira habilitação
Legislação - Primeira habilitação
 
Prevenção Rodóviaria
Prevenção RodóviariaPrevenção Rodóviaria
Prevenção Rodóviaria
 
Direção defensiva
Direção defensivaDireção defensiva
Direção defensiva
 
Indicadores compostos para medir o grau de desenvolvimento dos países ficha...
Indicadores compostos para medir o grau de desenvolvimento dos países   ficha...Indicadores compostos para medir o grau de desenvolvimento dos países   ficha...
Indicadores compostos para medir o grau de desenvolvimento dos países ficha...
 
Segurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviáriaSegurança e prevenção rodoviária
Segurança e prevenção rodoviária
 
Aula de transito
Aula de transitoAula de transito
Aula de transito
 
Educação no trânsito
Educação no trânsitoEducação no trânsito
Educação no trânsito
 
Direcao defensiva
Direcao defensivaDirecao defensiva
Direcao defensiva
 

Similar a Segurança Rodoviária 40

Condução em segurança
Condução em segurançaCondução em segurança
Condução em segurançaPiedade Alves
 
Objetivos Fisica e Quimica (parte 1) 1ºperíodo - 1ºteste
Objetivos Fisica e Quimica (parte 1)   1ºperíodo - 1ºtesteObjetivos Fisica e Quimica (parte 1)   1ºperíodo - 1ºteste
Objetivos Fisica e Quimica (parte 1) 1ºperíodo - 1ºtesteMaria Freitas
 
Cinemática na freagem
Cinemática na freagemCinemática na freagem
Cinemática na freagemJosmar15
 
Segurança..
Segurança..Segurança..
Segurança..Diogo
 
Aula 6 distancias de visibilidade
Aula 6   distancias de visibilidadeAula 6   distancias de visibilidade
Aula 6 distancias de visibilidadeJair Almeida
 
Aula direção defensiva
Aula  direção defensivaAula  direção defensiva
Aula direção defensivaJonatas Soares
 
Direção Defensiva
Direção Defensiva Direção Defensiva
Direção Defensiva DSCursos
 
Distância de segurança.pptx
Distância de segurança.pptxDistância de segurança.pptx
Distância de segurança.pptxMatildeSilva37
 
Apresentação trânsito ( Senai 2013550)
Apresentação trânsito ( Senai 2013550)Apresentação trânsito ( Senai 2013550)
Apresentação trânsito ( Senai 2013550)Jefferson Pedro
 
APRESENTACAO%20DIRECAO%20DEFENSIVA[1].ppt
APRESENTACAO%20DIRECAO%20DEFENSIVA[1].pptAPRESENTACAO%20DIRECAO%20DEFENSIVA[1].ppt
APRESENTACAO%20DIRECAO%20DEFENSIVA[1].pptDamianemendes
 
Capacitacao DireçãO Defensiva
Capacitacao DireçãO DefensivaCapacitacao DireçãO Defensiva
Capacitacao DireçãO Defensivaialba
 
Capacitacao Direção Defensiva
Capacitacao Direção DefensivaCapacitacao Direção Defensiva
Capacitacao Direção Defensivaguesta09e46
 
11.1) nova direção defesiva
11.1) nova direção defesiva11.1) nova direção defesiva
11.1) nova direção defesivaLuiz Januario
 
Segurança rodoviária, 9.º ano de físico-química
Segurança rodoviária, 9.º ano de físico-químicaSegurança rodoviária, 9.º ano de físico-química
Segurança rodoviária, 9.º ano de físico-químicatolopes1
 
Factsheet 16 -_evitar_acidentes_com_veiculos_de_transporte_no_local_de_trabalho
Factsheet 16 -_evitar_acidentes_com_veiculos_de_transporte_no_local_de_trabalhoFactsheet 16 -_evitar_acidentes_com_veiculos_de_transporte_no_local_de_trabalho
Factsheet 16 -_evitar_acidentes_com_veiculos_de_transporte_no_local_de_trabalhosantossilva
 
Direcao defensiva ou_preventiva_simone
Direcao defensiva ou_preventiva_simoneDirecao defensiva ou_preventiva_simone
Direcao defensiva ou_preventiva_simoneDAVID NOVAES
 

Similar a Segurança Rodoviária 40 (20)

Condução em segurança
Condução em segurançaCondução em segurança
Condução em segurança
 
Objetivos Fisica e Quimica (parte 1) 1ºperíodo - 1ºteste
Objetivos Fisica e Quimica (parte 1)   1ºperíodo - 1ºtesteObjetivos Fisica e Quimica (parte 1)   1ºperíodo - 1ºteste
Objetivos Fisica e Quimica (parte 1) 1ºperíodo - 1ºteste
 
Guião
GuiãoGuião
Guião
 
Cinemática na freagem
Cinemática na freagemCinemática na freagem
Cinemática na freagem
 
Segurança..
Segurança..Segurança..
Segurança..
 
Direção defensiva
Direção defensivaDireção defensiva
Direção defensiva
 
Aula 6 distancias de visibilidade
Aula 6   distancias de visibilidadeAula 6   distancias de visibilidade
Aula 6 distancias de visibilidade
 
Aula direção defensiva
Aula  direção defensivaAula  direção defensiva
Aula direção defensiva
 
Direção Defensiva
Direção Defensiva Direção Defensiva
Direção Defensiva
 
Distância de segurança.pptx
Distância de segurança.pptxDistância de segurança.pptx
Distância de segurança.pptx
 
Apresentação trânsito ( Senai 2013550)
Apresentação trânsito ( Senai 2013550)Apresentação trânsito ( Senai 2013550)
Apresentação trânsito ( Senai 2013550)
 
APRESENTACAO%20DIRECAO%20DEFENSIVA[1].ppt
APRESENTACAO%20DIRECAO%20DEFENSIVA[1].pptAPRESENTACAO%20DIRECAO%20DEFENSIVA[1].ppt
APRESENTACAO%20DIRECAO%20DEFENSIVA[1].ppt
 
Capacitacao DireçãO Defensiva
Capacitacao DireçãO DefensivaCapacitacao DireçãO Defensiva
Capacitacao DireçãO Defensiva
 
Capacitacao Direção Defensiva
Capacitacao Direção DefensivaCapacitacao Direção Defensiva
Capacitacao Direção Defensiva
 
DIREÇÃO DEFENSIVA.pptx
DIREÇÃO DEFENSIVA.pptxDIREÇÃO DEFENSIVA.pptx
DIREÇÃO DEFENSIVA.pptx
 
11.1) nova direção defesiva
11.1) nova direção defesiva11.1) nova direção defesiva
11.1) nova direção defesiva
 
Aula 02
Aula 02Aula 02
Aula 02
 
Segurança rodoviária, 9.º ano de físico-química
Segurança rodoviária, 9.º ano de físico-químicaSegurança rodoviária, 9.º ano de físico-química
Segurança rodoviária, 9.º ano de físico-química
 
Factsheet 16 -_evitar_acidentes_com_veiculos_de_transporte_no_local_de_trabalho
Factsheet 16 -_evitar_acidentes_com_veiculos_de_transporte_no_local_de_trabalhoFactsheet 16 -_evitar_acidentes_com_veiculos_de_transporte_no_local_de_trabalho
Factsheet 16 -_evitar_acidentes_com_veiculos_de_transporte_no_local_de_trabalho
 
Direcao defensiva ou_preventiva_simone
Direcao defensiva ou_preventiva_simoneDirecao defensiva ou_preventiva_simone
Direcao defensiva ou_preventiva_simone
 

Más de inessalgado

Lírica de Camões
Lírica de CamõesLírica de Camões
Lírica de Camõesinessalgado
 
Orações coordenadas e orações subordinadas
Orações coordenadas e orações subordinadasOrações coordenadas e orações subordinadas
Orações coordenadas e orações subordinadasinessalgado
 
Texto poético: características
Texto poético: característicasTexto poético: características
Texto poético: característicasinessalgado
 
Texto dramático: "Falar Verdade a mentir"
Texto dramático: "Falar Verdade a mentir"Texto dramático: "Falar Verdade a mentir"
Texto dramático: "Falar Verdade a mentir"inessalgado
 
Gestão sustentável dos recursos
Gestão sustentável dos recursosGestão sustentável dos recursos
Gestão sustentável dos recursosinessalgado
 
Revoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
Revoluções: Agrícola, Industrial e LiberaisRevoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
Revoluções: Agrícola, Industrial e Liberaisinessalgado
 
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...inessalgado
 
"História da gata borralheira", de Sophia de Mello Breyner
"História da gata borralheira", de Sophia de Mello Breyner"História da gata borralheira", de Sophia de Mello Breyner
"História da gata borralheira", de Sophia de Mello Breynerinessalgado
 
Antigo regime e iluminismo
Antigo regime e iluminismo Antigo regime e iluminismo
Antigo regime e iluminismo inessalgado
 
"O gato Malhado e a Andorinha Sinhá"
"O gato Malhado e a Andorinha Sinhá" "O gato Malhado e a Andorinha Sinhá"
"O gato Malhado e a Andorinha Sinhá" inessalgado
 
"Saga", de Sophia de Mello Breyner
"Saga", de Sophia de Mello Breyner "Saga", de Sophia de Mello Breyner
"Saga", de Sophia de Mello Breyner inessalgado
 
Portugal no contexto europeu: século XVII a XVIII
Portugal no contexto europeu: século XVII a XVIIIPortugal no contexto europeu: século XVII a XVIII
Portugal no contexto europeu: século XVII a XVIIIinessalgado
 
Dinâmica dos ecossistemas
Dinâmica dos ecossistemasDinâmica dos ecossistemas
Dinâmica dos ecossistemasinessalgado
 
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu inessalgado
 
Célula, unidade de vida
Célula, unidade de vidaCélula, unidade de vida
Célula, unidade de vidainessalgado
 
A publicidade, a carta e a notícia
A publicidade, a carta e a notíciaA publicidade, a carta e a notícia
A publicidade, a carta e a notíciainessalgado
 
Español: verbos en presente de indicativo y actividades de ocio
Español: verbos en presente de indicativo y actividades de ocioEspañol: verbos en presente de indicativo y actividades de ocio
Español: verbos en presente de indicativo y actividades de ocioinessalgado
 
Español (repasando contenidos)
Español (repasando contenidos)Español (repasando contenidos)
Español (repasando contenidos)inessalgado
 
Erosão fluvial
 Erosão fluvial Erosão fluvial
Erosão fluvialinessalgado
 

Más de inessalgado (20)

Lírica de Camões
Lírica de CamõesLírica de Camões
Lírica de Camões
 
Orações coordenadas e orações subordinadas
Orações coordenadas e orações subordinadasOrações coordenadas e orações subordinadas
Orações coordenadas e orações subordinadas
 
Texto poético: características
Texto poético: característicasTexto poético: características
Texto poético: características
 
Texto dramático: "Falar Verdade a mentir"
Texto dramático: "Falar Verdade a mentir"Texto dramático: "Falar Verdade a mentir"
Texto dramático: "Falar Verdade a mentir"
 
Gestão sustentável dos recursos
Gestão sustentável dos recursosGestão sustentável dos recursos
Gestão sustentável dos recursos
 
Revoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
Revoluções: Agrícola, Industrial e LiberaisRevoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
Revoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
 
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
Evolução das populações: indicadores demográficos; estrutura etária das popul...
 
"História da gata borralheira", de Sophia de Mello Breyner
"História da gata borralheira", de Sophia de Mello Breyner"História da gata borralheira", de Sophia de Mello Breyner
"História da gata borralheira", de Sophia de Mello Breyner
 
Antigo regime e iluminismo
Antigo regime e iluminismo Antigo regime e iluminismo
Antigo regime e iluminismo
 
"O gato Malhado e a Andorinha Sinhá"
"O gato Malhado e a Andorinha Sinhá" "O gato Malhado e a Andorinha Sinhá"
"O gato Malhado e a Andorinha Sinhá"
 
"Saga", de Sophia de Mello Breyner
"Saga", de Sophia de Mello Breyner "Saga", de Sophia de Mello Breyner
"Saga", de Sophia de Mello Breyner
 
Portugal no contexto europeu: século XVII a XVIII
Portugal no contexto europeu: século XVII a XVIIIPortugal no contexto europeu: século XVII a XVIII
Portugal no contexto europeu: século XVII a XVIII
 
Dinâmica dos ecossistemas
Dinâmica dos ecossistemasDinâmica dos ecossistemas
Dinâmica dos ecossistemas
 
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
 
Célula, unidade de vida
Célula, unidade de vidaCélula, unidade de vida
Célula, unidade de vida
 
A publicidade, a carta e a notícia
A publicidade, a carta e a notíciaA publicidade, a carta e a notícia
A publicidade, a carta e a notícia
 
Español: verbos en presente de indicativo y actividades de ocio
Español: verbos en presente de indicativo y actividades de ocioEspañol: verbos en presente de indicativo y actividades de ocio
Español: verbos en presente de indicativo y actividades de ocio
 
Español (repasando contenidos)
Español (repasando contenidos)Español (repasando contenidos)
Español (repasando contenidos)
 
Materiais
MateriaisMateriais
Materiais
 
Erosão fluvial
 Erosão fluvial Erosão fluvial
Erosão fluvial
 

Segurança Rodoviária 40

  • 1. 1.Em Trânsito 1.1.Segurança e prevenção Os transportes continuam a ser uma das principais fontes de acidentes.  Quais são as principais causas de acidentes rodoviários? Falha humana Cerca de 95% dos acidentes de que resultam vítimas mortais ou feridos graves têm como fator dominante ou concorrente a falha humana. Por isso, cabe aos condutores e peões adotar comportamentos que permitam viajar com mais segurança. Principais causas de acidentes devidas a falha humana: Excesso de velocidade Ultrapassagens perigosas Desrespeito pela sinalização e pelas regras de prioridade Condução sob o efeito de álcool ou certos medicamentos Fadiga e sonolência Mau estado da via e sinalização deficiente As vias exigem muita manutenção, mas essa manutenção das estradas, pontes e viadutos nem sempre é realizada devido a problemas económicos, sociais e ambientais, originando acidentes. Mau estado da viatura É necessário verificar regularmente as condições das viaturas: a conservação e a pressão dos pneus, a direção, as luzes de presença, de travagem e de mudança de direção, o sistema de travagem, os amortecedores, a bateria e os faróis. Más condições atmosféricas e de luminosidade A chuva, o nevoeiro, o gelo e a neve alteram as condições da circulação rodoviária. É necessário: Redução de velocidade Sinalização luminosa adequada Condução atenta e prudente O estado dos pneus é também muito importante, principalmente em vias escorregadias. Como prevenir acidentes rodoviários? É muito importante respeitar as normas de segurança rodoviária!
  • 2. A educação rodoviária é um processo de formação ao longo da vida do cidadão como passageiro, peão e condutor. O excesso de velocidade é a principal causa de mortalidade em Portugal. É necessário respeitar os limites de velocidade previstos no Código da Estrada. Quanto maior for a velocidade de um veículo (maior é a energia cinética) e, em caso de acidente, mais graves são as consequências. Quanto maior for a velocidade de um veículo, maior terá de ser a distância de segurança rodoviária (distância mínima que dois veículos devem manter entre si para, no caso de uma travagem brusca, não colidirem). De que dependerá a distância de segurança? A paragem do veículo é feita em dois tempos: Tempo de reação do condutor: é o tempo decorrido entre o instante em que o condutor se apercebe do obstáculo ou situação perigosa e o instante em que inicia a travagem; Tempo de travagem: é o intervalo de tempo entre o instante em que o condutor inicia a travagem e o instante em que o carro para. Tempo de reação do condutor Este intervalo de tempo, geralmente, não ultrapassa uma fração de segundo. Varia de condutor para condutor e depende do estado físico e psíquico do mesmo. Depende de: Reflexos do condutor Idade do condutor Experiência como condutor Concentração Cansaço Consumo de certos medicamentos e drogas A distância percorrida pelo veículo, durante o tempo de reação do condutor, designa-se por distância de reação.
  • 3. Tempo de travagem Depende de muitos fatores, entre eles: Velocidade Condições da estrada Travões, pneus Forças de atrito Massa do veículo … A distância percorrida pelo veículo durante o tempo de travagem designa-se por distância de travagem. Observa a seguinte cena: À soma das distâncias de reação e de travagem chama-se distância de segurança. Calcular a distância de segurança rodoviária
  • 4. Distância de reação = dr Velocidade inicial = Vi Distância de travagem = dt Tempo de reação = tr Distância de segurança = ds Tempo de travagem = tt A1 = área do retângulo 1 A2 = área do triângulo 2 dr = A1 = Vi x tr dt = A2 = (Vi x tt) : 2 ds = Vi x tr + (Vi x tt): 2 ds = A1 + A2 = dr + dt A distância de travagem de um veículo: - é tanto maior quanto maior for a velocidade do veículo - é maior para o piso molhado do que para o piso seco A distância de reação de um veículo: - aumenta com a velocidade do veículo - é independente ao tipo de piso Assim pode concluir-se que a distância de segurança rodoviária: - aumenta com a velocidade do veículo - é maior para piso molhado do que seco Componentes de segurança Atualmente, os automóveis são tecnicamente mais seguros com componentes de segurança que protegem os passageiros no caso de uma travagem brusca ou de colisão. Por exemplo: cintos de segurança, aos apoios de cabeça com amortecimento, ao tablier com revestimento flexível, airbags, etc. Para os motociclistas têm os capacetes. Como funcionam os cintos de segurança e os capacetes? Os cintos de segurança impedem que uma pessoa seja projetada contra o para-brisas ou mesmo para fora do veículo, no caso de colisão ou de travagem brusca.
  • 5. Por outro lado, os cintos de segurança possuem alguma elasticidade, o tempo de imobilização dos passageiros é maior, o que faz com que a intensidade da força de colisão sobre eles seja menor e as consequências físicas da colisão para os passageiros não sejam tão graves. Os capacetes baseiam-se no mesmo princípio dos cintos de segurança: aumentam o tempo de colisão de forma que a força de impacto diminua. Os capacetes são almofadados no seu interior, o que ajuda a amortecer a pancada e aumentar o tempo de colisão. Assim, os capacetes e os cintos de segurança distribuem a intensidade da força de colisão por uma superfície maior diminuindo o seu efeito. Nota: Num automóvel, a parte da frente e aparte de trás são zonas deformáveis. Estas zonas são feitas com materiais que se deformam, para aumentarem o tempo de colisão. Como funcionam os apoios de cabeça e os airbags? Os apoios de cabeça protegem os passageiros de danos graves na coluna e na zona do pescoço. Estes apoios impedem a cabeça de ir para trás. Os airbags são sacos insufláveis eletronicamente no momento de colisão que protegem do choque com o volante ou partes da frente e laterais do automóvel. Também se tem investido em barreiras de estrada, sinais de trânsito e postes de candeeiro com zonas deformáveis para aumentar o tem de colisão. 1.2.Movimento e forças 1.2.1. Alguns movimentos e as suas caraterísticas O movimento é um fenómeno que observamos constantemente no nosso dia-a-dia. Repouso e movimento O conceito de movimento e de repouso de um corpo são conceitos relativos. Diz-se que um corpo está em movimento quando a sua posição em relação a um referencial varia no decorrer do tempo. Assim, um corpo pode estar em repouso em relação a um referencial, e ao mesmo tempo, estar em movimento em relação a outro referencial.
  • 6. Exemplo: Quando estamos numa viagem de carro os passageiros estão em repouso relativamente ao veículo (referencial, mas em movimento em relação a uma árvore. Trajetória A trajetória de um corpo em movimento consiste numa linha imaginária que indica as sucessivas posições ocupadas pelo corpo no decorrer do tempo. A trajetória de um corpo, em relação a um referencial, pode ser: Retilínea Curvilínea (circular, elíptica e parabólica) Distância percorrida e deslocamento Distância percorrida (ou espaço percorrido) e deslocamento são grandezas físicas diferentes. Distância Percorrida (d) É a medida total do trajeto que o corpo efetuou. É uma grandeza física escalar (sempre positiva), ou seja, fica totalmente caraterizada por um valor. Deslocamento(Δr) Medida que relaciona a diferença entre a posição inicial e a posição final, do corpo. É uma grandeza vetorial. Para a definir é necessário indicar a direção, intensidade e sentido. A unidade SI de distância percorrida e deslocamento é o metro. A distância percorrida corresponde à medida do percurso efetuado ao longo da estrada (curvas).
  • 7. O deslocamento tem: Origem na posição inicial e extremidade na posição final; Sentido da posição inicial para a final; Valor igual à medida, em linha reta, da distância entre as posições inicial e final. A distância percorrida e o deslocamento podem ser iguais se a trajetória for retilínea sem inverter o sentido. Sendo Xi =0 m e sendo Xf = 700 m calcula a distância percorrida e o deslocamento. A distância percorrida = 700 m Para calcular o deslocamento = Xf – Xi = 700–0=700 m No caso de o carro, se deslocasse no sentido contrário (da direita para a esquerda) seria: A distância percorrida = 700m O deslocamento =(Xf – Xi) = 0-700=-700 m Rapidez média e velocidade Em física usam-se os conceitos de velocidade e de rapidez média. Rapidez média é uma grandeza escalar, sempre positiva, que indica a distância percorrida por um corpo, por unidade de tempo. rm = d:Δt Velocidade média é uma grandeza vetorial, que nos indica a rapidez com que um corpo muda de posição no seu movimento, bem como a direção e o sentido do movimento. vm = Δχ:Δt = χf-χi : tf - ti O vetor velocidade v tem sempre: O sentido do movimento; A direção: -da trajetória, se o movimento é retilíneo - tangente à trajetória em cada instante, se o movimento é curvilíneo. A unidade SI de velocidade e rapidez média é o metro por segundo (m/s).