2. Biografia
•
• Fernando Pessoa foi morar, ainda na infância, na cidade de
Durban (África do Sul), onde seu pai tornou-se cônsul.
Neste país teve contato com a língua e literatura inglesa.
• Adulto, Fernando Pessoa trabalhou como tradutor técnico,
publicando seus primeiro poemas em inglês.
• Em 1905, retornou sozinho para Lisboa e, no ano seguinte,
matriculou-se no Curso Superior de Letras. Porém, abandou
o curso um ano depois.
3. • Pessoa passou a ter contato mais efetivo com a
literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio
Vieira e Cesário Verde. Foi também influenciado pelos
estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer.
Recebeu também influências do simbolismo francês.
• Em 1912, começou suas atividade como ensaísta e
crítico literário, na revista Águia.
• A saúde do poeta português começou a apresentar
complicações em 1935. Neste ano foi hospitalizado
com cólica hepática, provavelmente causada pelo
consumo excessivo de bebida alcoólica. Sua morte
prematura, aos 47 anos, provavelmente aconteceu em
função destes problemas, pois apresentou cirrose
hepática.
4. Poema Auto psicografia de Fernando
Pessoa
• O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
•
Fernando Pessoa
6. Biografia
• Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e de sua esposa
Francelina Ribeiro2 , era neto paterno de Antônio Herculano de Sousa Bandeira,
advogado, professor da Faculdade de Direito do Recife e deputado geral na 12ª
legislatura. Tendo dois tios reconhecidamente importantes, sendo um, João
Carneiro de Sousa Bandeira, que foi advogado, professor de Direito e membro da
Academia Brasileira de Letras e o outro, Antônio Herculano de Sousa Bandeira
Filho, que era o irmão mais velho de seu pai e foi advogado, procurador da coroa,
autor de expressiva obra jurídica e foi também Presidente das Províncias da
Paraíba e de Mato Grosso.1 Seu avô materno era Antônio José da Costa Ribeiro,
advogado e político, deputado geral na 17ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô
citado em Evocação do Recife. Sua casa na rua da União é referida no poema como
"a casa de meu avô".1
• No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai,
engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II2 (Ginásio
Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos,
de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando
Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur
Moses.
7. • Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o
curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por
causa da tuberculose.1 Para se tratar buscou repouso em Campanha, Teresópolis e
Petrópolis.2 Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para
a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de
1913 a outubro de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul
Eluard.2 Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil.3 Ao
regressar, iniciou na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917,
numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo.3 Dois anos depois,
publica seu segundo livro, "Carnaval".2
• Em 1935, foi nomeado inspetor federal do ensino e em 1936, foi publicada a
“Homenagem a Manuel Bandeira”, coletânea de estudos sobre sua obra, assinada
por alguns dos maiores críticos da época, alcançando assim a consagração
pública.4 De 1938 a 1943, foi professor de literatura no Colégio D. Pedro II, e em
1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Posteriormente,
nomeado professor de Literaturas Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia
da Universidade do Brasil, cargo do qual se aposentou, em 1956.5
• Manuel Bandeira faleceu no dia 13 de outubro de 1968, com hemorragia gástrica,
aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no túmulo 15 do mausoléu
da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
8. Poema Café com Pão (Trem de Ferro)
• Café com pão
• Café com pão
• Café com pão
• Virge maria que foi isso maquinista?
• Agora sim
• Café com pão
• Agora sim
• Voa, fumaça
• Corre, cerca
• Ai seu foguista
• Bota fogo
• Na fornalha
• Que eu presciso
• Muita força
• Muita força
• Muita força
• Oô...
• Menina bonita
• Do vestido verde
• Me dá tua boca
• Pra matá minha sede
• Oô...
• Vou mimbora
• Vou mimbora
• Não gosto daqui
• Nasci no sertão
• Sou de Ouricuri
• Oô...
• Vou depressa
• Vou correndo
• Vou na toda
• Que só levo
• Pouca gente
• Pouca gente
• Pouca gente.
10. Biografia
• Cecília Meireles (1901-1964) foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira
voz feminina, de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com
18 anos estreia na literatura com o livro "Espectros". Participou do grupo literário da Revista Festa,
grupo católico, conservador e anti modernista. Dessa vinculação herdou a tendência espiritualista
que percorre seus trabalhos com frequência.
• A maioria de suas obras expressa estados de ânimo, predominando os sentimentos de perda
amorosa e solidão. Uma das marcas do lirismo de Cecília Meireles é a musicalidade de seus versos.
Alguns poemas como "Canteiros" e "Motivo" foram musicados pelo cantor Fagner. Em 1939
publicou "Viagem" livro que lhe deu o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras.
• Cecília Meireles (1901-1964) nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901. Órfã de pai e
mãe, aos três anos de idade passa a ser criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides. Fez o
curso primário na Escola Estácio de Sá, onde recebeu das mãos de Olavo Bilac a medalha do ouro
por ter feito o curso com louvor e distinção. Formou-se professora pelo Instituto de Educação em
1917. Passa a exercer o magistério em escolas oficiais do Rio de Janeiro. Estreia na Literatura com o
livro "Espectros" em 1919, com 17 sonetos de temas históricos.
11. • Em 1922 casa-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias,
com quem teve três filhas. Viúva, casa-se pela segunda vez com o
engenheiro Heitor Vinícius da Silva Grilo, falecido em 1972. Estudou
literatura, música, folclore e teoria educacional. Colaborou na imprensa
carioca escrevendo sobre folclore. Atuou como jornalista em 1930 e 1931,
publicou vários artigos sobre os problemas na educação. Fundou em 1934
a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro.
• Cecília Meireles lecionou Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do
Texas, em 1940. Profere em Lisboa e Coimbra, conferência sobre Literatura
Brasileira. Publica em Lisboa o ensaio "Batuque, Samba e Macumba", com
ilustrações de sua autoria. Em 1942 torna-se sócia honorária do Real
Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro. Realiza várias viagens
aos Estados Unidos, Europa, Ásia e África, fazendo conferências sobre
Literatura Educação e Folclore.
• Cecília Benevides de Carvalho Meireles morre no Rio de Janeiro no dia 9
de novembro de 1964. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e
Cultura. Cecília Meireles é homenageada pelo Banco Central, em 1989,
com sua efígie na cédula de cem cruzados novos.
12. Poema A Bailarina
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.
14. Biografia
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira
do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902.
De uma família de fazendeiros em decadência,
estudou na cidade de Belo Horizonte e com os
jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ,
de onde foi expulso por "insubordinação mental".
De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de
escritor como colaborador do Diário de Minas, que
aglutinava os adeptos locais do incipiente
movimento modernista mineiro.
15. • Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia
na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que,
apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em
Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de
Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação,
até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no
Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de
Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-
piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a
individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e
fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro,
ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida
de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e
cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em
seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à
comunicação estética desse modo de ser e estar.
16. Poema Para sempre
•
Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O
poeta trabalha sobretudo com o tempo, em
sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que
destila do corrosivo. Em Sentimento do
mundo (1940), em José (1942) e sobretudo
em A rosa do povo (1945), Drummond
lançou-se ao encontro da história
contemporânea e da experiência coletiva,
participando, solidarizando-se social e
politicamente, descobrindo na luta a
explicitação de sua mais íntima apreensão
para com a vida como um todo. A
surpreendente sucessão de obras-primas,
nesses livros, indica a plena maturidade do
poeta, mantida sempre.
• Várias obras do poeta foram traduzidas para
o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão,
sueco, tcheco e outras línguas. Drummond
foi seguramente, por muitas décadas, o
poeta mais influente da literatura brasileira
em seu tempo, tendo também publicado
diversos livros em prosa.
Em mão contrária traduziu os seguintes
autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans,
1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos
(Les Liaisons dangereuses, 1782; As re
17. • A fugitiva), García Lorca
(Doña Rosita, la soltera o
el lenguaje de las flores,
1935; Dona Rosita, a
solteira), François
Mauriac (Thérèse
Desqueyroux, 1927; Uma
gota de veneno) e
Molière (Les Fourberies
de Scapin, 1677;
Artimanhas de Scapino).
.
• Alvo de admiração
irrestrita, tanto pela obra
quanto pelo seu
comportamento como
escritor, Carlos
Drummond de Andrade
morreu no Rio de Janeiro
RJ, no dia 17 de agosto de
1987, poucos dias após a
morte de sua filha única,
a cronista Maria Julieta
Drummond de Andrade
19. Biografia
• Biografia de Clarice Lispector:
• Clarice Lispector (1920-1977) foi escritora e jornalista brasileira. "A Hora da Estrela" foi seu último romance,
publicado em vida.
• Clarice Lispector (1920-1977) nasceu em Tchetchelnik na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. Filha de família
de origem judaica, Pinkouss e Mania Lispector. Sua família veio para o Brasil em março de 1922, para a cidade de
Maceió, Alagoas, onde morava Zaina, irmã de sua mãe. Nascida Haia Pinkhasovna Lispector, por iniciativa do seu
pai, todos mudam de nome, e Haia passa a se chamar Clarice.
• Em 1925 mudam-se para a cidade de Recife onde Clarice passa sua infância no Bairro da Boa Vista. Aprendeu a ler
e escrever muito nova. Estudou inglês e francês e cresceu ouvindo o idioma dos seus pais o iídiche. Com 9 anos
fica órfã de mãe. Em 1931 ingressa no Ginásio Pernambucano, o melhor colégio público da cidade.
• Em 1937 muda-se com a família para o Rio de Janeiro, indo morar no Bairro da Tijuca. Ingressa no Colégio Silva
Jardim, onde era frequentadora assídua da biblioteca. Ingressa no curso de Direito. Com 19 anos publica seu
primeiro conto "Triunfo" no semanário Pan. Em 1943 forma-se em Direito e casa-se com o amigo de turma Maury
Gurgel Valente. Nesse mesmo ano estreou na literatura com o romance "Perto do Coração Selvagem", que retrata
uma visão interiorizada do mundo da adolescência, e teve calorosa acolhida da crítica, recebendo o Prêmio Graça
Aranha.
• Clarice Lispector acompanha seu marido em viagens, na carreira de Diplomata no Ministério das Relações
Exteriores. Em sua primeira viagem para Nápoles, Clarice trabalha como voluntária de assistente de enfermagem
no hospital da Força Expedicionária Brasileira. Também morou na Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, sempre
acompanhando seu marido.
20. • Em 1948 nasce na Suíça seu primeiro filho, Pedro, e em 1953 nasce nos Estados Unidos o segundo
filho, Paulo. Em 1959 Clarice se separa do marido e retorna ao Rio de Janeiro, com os filhos. Logo
começa a trabalhar no Jornal Correio da Manhã, assumindo a coluna Correio Feminino. Em 1960
trabalha no Diário da Noite com a coluna Só Para Mulheres, e lança "Laços de Família", livro de
contos, que recebe o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Em 1961 publica "A Maçã no
Escuro" pelo qual recebe o prêmio de melhor livro do ano em 1962.
• Clarice Lispector sofre várias queimaduras no corpo e na mão direita, quando dorme com um
cigarro aceso, em 1966. Passa por várias cirurgias e vive isolada, sempre escrevendo. No ano
seguinte publica crônicas no Jornal do Brasil e lança "O Mistério do Coelho Pensante". Passa a
integrar o Conselho Consultivo do Instituto Nacional do Livro. Em 1969 já tinha perto de doze
volumes publicados. Recebeu o prêmio do X Concurso Literário Nacional de Brasília.
• A melhor prosa da autora se mostra nos contos de "Laços de Família" (1960) e de "A Legião
Estrangeira" (1964). Em obras como "A Maçã no Escuro" (1961), "A Paixão Segundo G.H." (1961) e
"Água-Viva" (1973), os personagens, alienados e em busca de um sentido para a vida, adquirem
gradualmente consciência de si mesmos e aceitam seu lugar num universo arbitrário e eterno.
• Clarice Lispector, escreveu "Hora da Estrela" em 1977, onde conta a história de Macabéa, moça do
interior em busca de sobreviver na cidade grande. A versão cinematográfica desse romance,
dirigida por Suzana Amaral em 1985, conquistou os maiores prêmios do festival de cinema de
Brasília e deu à atriz Marcélia Cartaxo, que fez o papel principal, o troféu Urso de Prata em Berlim
em 1986.
• Clarice Lispector morreu no Rio de Janeiro em 9 de dezembro de 1977. de câncer no ovário e foi
enterrada no cemitério Israelita do Caju.
21. Poema O Sonho
• Sonhe com aquilo que você quer ser,
• porque você possui apenas uma vida
• e nela só se tem uma chance
• de fazer aquilo que quer.
• Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
• Dificuldades para fazê-la forte.
• Tristeza para fazê-la humana.
• E esperança suficiente para fazê-la feliz.
• As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
• Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
• que aparecem em seus caminhos.
• A felicidade aparece para aqueles que choram.
• Para aqueles que se machucam
• Para aqueles que buscam e tentam sempre.
• E para aqueles que reconhecem
• a importância das pessoas que passaram por suas
vidas.
• Clarice Lispector
23. Biografia
• Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira
Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como
cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês.
• No ano de 1914 inicia seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino.
• Em 1915, ainda em Alegrete, freqüentou a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, onde conclui o curso
primário. Nessa época trabalhou na farmácia da família. Foi matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de
internato, no ano de 1919. Começa a produzir seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea, órgão da
Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio.
• Por motivos de saúde, em 1924 deixa o Colégio Militar. Emprega-se na Livraria do Globo, onde trabalha por três meses com
Mansueto Bernardi. A Livraria era uma editora de renome nacional.
• No ano seguinte, 1925, retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de seu pai. No ano seguinte sua mãe falece. Seu
conto, A Sétima Personagem, é premiado em concurso promovido pelo jornal Diário de Notícias, de Porto Alegre.
• O pai de Quintana falece em 1927. A revista Para Todos, do Rio de Janeiro, publica um poema de sua autoria, por iniciativa
do cronista Álvaro Moreyra, diretor da citada publicação.
• Em 1929, começa a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio Grande, que era dirigida por Raul Pilla. No ano seguinte a
Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus poemas.
• Vem, em 1930, por seis meses, para o Rio de Janeiro, entusiasmado com a revolução liderada por Getúlio Vargas, também
gaúcho, como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre.
• Volta a Porto Alegre, em 1931, e à redação de O Estado do Rio Grande.
24. • O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua
autoria: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a
Editora Globo obras de diversos escritores estrangeiros: Fred Marsyat,
Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia
Woolf, Papini, Maupassant, dentre outros. O poeta deu uma imensa
colaboração para que obras como o denso Em Busca do Tempo Perdido,
do francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não
dominavam a língua francesa.
• Retorna à Livraria do Globo, onde trabalha sob a direção de Érico
Veríssimo, em 1936.
• Em 1939, Monteiro Lobato lê doze quartetos de Quintana na revista
lbirapuitan, de Alegrete, e escreve-lhe encomendando um livro. Com o
título Espelho Mágico o livro vem a ser publicado em 1951, pela Editora
Globo.
• A primeira edição de seu livro A Rua dos Cataventos, é lançada em 1940
pela Editora Globo. Obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a
figurar em livros escolares e antologias.
25. • Em 1943, começa a publicar o Do Caderno H, espaço diário na Revista Província de São Pedro.
• Canções, seu segundo livro de poemas, é lançado em 1946 pela Editora Globo. O livro traz
ilustrações de Noêmia.
• Lança, em 1948, Sapato Florido, poesia e prosa, também editado pela Globo. Nesse mesmo ano é
publicado O Batalhão de Letras, pela mesma editora.
• Seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, versos, de 1950, é uma modesta plaquete que, no
entanto, obtém grande repercussão nos meios literários. Foi publicado pela Editora Fronteira, de
Porto Alegre.
• Em 1951 é publicado, pela Editora Globo, o livro Espelho Mágico, uma coleção de quartetos, que
trazia na orelha comentários de Monteiro Lobato.
• Com seu ingresso no Correio do Povo, em 1953, reinicia a publicação de sua coluna diária Do
Caderno H (até 1967). Publica, também, Inéditos e Esparsos, pela Editora Cadernos de Extremo Sul -
Alegrete (RS).
• Em 1962, sob o título Poesias, reúne em um só volume seus livros A Rua dos Cataventos, Canções,
Sapato Florido, espelho Mágico e O Aprendiz de Feiticeiro, tendo a primeira edição, pela Globo,
sido patrocinada pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul.
• Com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, é publicada sua
Antologia Poética, em 1966, pela Editora do Autor - Rio de Janeiro. Lançada para comemorar seus
60 anos, em 25 de agosto o poeta é saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e
Manuel Bandeira, que recita o seguinte poema, de sua autoria, em homenagem a Quintana:
26. Poema Os degraus
• OS DEGRAUS
• Não desças os degraus do
sonho
• Para não despertar os
monstros.
• Não subas aos sótãos - onde
• Os deuses, por trás das suas
máscaras,
• Ocultam o próprio enigma.
• Não desças, não subas, fica.
• O mistério está é na tua vida!
• E é um sonho louco este nosso
mundo
28. Biografia
• Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que adotou o pseudônimo de Cora Coralina, era filha de Francisco
Paula Lins Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacintha Luiza do Couto
Brandão. Ela nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século
XIX, quando seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século
XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás. Começou a escrever os seus
primeiros textos aos 14 anos, publicando-os nos jornais da cidade de Goiás, e nos jornais de outras
cidades, como constitui exemplo o semanário "Folha do Sul" da cidade goiana de Bela Vista - desde a sua
fundação a 20 de janeiro de 1905 -, e nos periódicos de outros rincões, assim a revista A Informação
Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917, apesar da pouca escolaridade,
uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina. Melhor, Mestre-Escola
Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 - 1920). Conforme Assis Brasil, na sua antologia "A Poesia Goiana
no Século XX", Rio de Janeiro: IMAGO Editora, 1997, página 66, "a mais recuada indicação que se tem de
sua vida literária data de 1907, através do semanário 'A Rosa', dirigido por ela própria e mais Leodegária
de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana." Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes
dessa data. É o caso da crônica "A Tua Volta", dedicada 'Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das
mulheres goianas', estampada no referido semanário "Folha do Sul", da cidade de Bela Vista, ano 2, n. 64,
p. 1, 10 de maio de 1906.
• Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias
do "Clube Literário Goiano", situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. Que lhe
inspira o poema evocativo "Velho Sobrado". Quando começa então a redigir para o jornal literário "A
Rosa" (1907). Publicou, nessa fase, em 1910, o conto Tragédia na Roça.
29. • Em 1911, fugiu para o estado de São Paulo com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo
Bretas, que exercia o cargo de Chefe de Polícia, equivalente ao de secretário da Segurança,
do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912, onde viveu durante 45
anos, inicialmente nos municípios de Avaré e Jaboticabal onde nasceram seus seis filhos:
Paraguaçu, Eneas, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Ísis e Eneas morreram logo depois de
nascer. Em (1924), mudou para São Paulo. Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas
semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de
1924 haviam parado a cidade.
• Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do
Patriarca. Seu filho Cantídio participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
• Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis,
no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco.
Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.
• Ao completar 50 anos, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior,
a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nessa fase, deixou de atender pelo
nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás. Durante
esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal,
com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar
um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco
ainda pode ser encontrado hoje em formato CD. Cora Coralina faleceu em Goiânia, de
pneumonia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à
sua história de vida e produção literária.
30. Poema Se Temos de Esperar
• Se temos de esperar,
que seja para colher a
semente boa
que lançamos hoje no
solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para
produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e
amizade.
32. Biografia
• Biografia, obras e estilo literário
• Antônio Frederico de Castro Alves foi um importante poeta
brasileiro do século XIX. Nasceu na cidade de Curralinho
(Bahia) em 14 de março de 1847.
• No período em que viveu (1847-1871), ainda existia a
escravidão no Brasil. O jovem baiano, simpático e gentil,
apesar de possuir gosto sofisticado para roupas e de levar
uma vida relativamente confortável, foi capaz de
compreender as dificuldades dos negros escravizados.
• Manifestou toda sua sensibilidade escrevendo versos de
protesto contra a situação a qual os negros eram
submetidos. Este seu estilo contestador o tornou conhecido
como o “Poeta dos Escravos”.
33. • Aos 21 anos de idade, mostrou toda sua coragem ao recitar,
durante uma comemoração cívica, o “Navio Negreiro”. A
contra gosto, os fazendeiros ouviram-no clamar versos que
denunciavam os maus tratos aos quais os negros eram
submetidos.
• Além de poesia de caráter social, este grande escritor
também escreveu versos líricos-amorosos, de acordo com o
estilo de Vítor Hugo. Pode-se dizer que Castro Alves foi um
poeta de transição entre o Romantismo e o Parnasianismo.
• Este notável escritor morreu ainda jovem, antes mesmo de
terminar o curso de Direito que iniciara, pois, vinha
sofrendo de tuberculose desde os seus 16 anos.
•
• Apesar de ter vivido tão pouco, este artista notável deixou
livros e poemas significativos.
34. Poema Laço de Fita
Poesias de Castro Alves:
- Espumas Flutuantes, 1870
- A Cachoeira de Paulo
Afonso, 1876
- Os Escravos, 1883
- Navio Negreiro (1869)
- Tragédia no lar
- Hinos do Equador, em
edição de suas Obras
Completas (1921)
36. Biografia
• Nasceu em Minas Gerais, em uma cidade cuja memória
viria a permear parte de sua obra, Itabira. Seus
antepassados, tanto do lado materno como paterno,
pertencem a famílias de há muito tempo estabelecidas no
Brasil 2 3 . Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte,
no Colégio Arnaldo, e em Nova Friburgo com os jesuítas no
Colégio Anchieta.4 Formado em farmácia, com Emílio
Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para
divulgar o modernismo no Brasil.5
• Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com
quem teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia
hora (e a quem é dedicado o poema "O que viveu meia
hora", presente em Poesia completa, Ed. Nova Aguilar,
2002), e Maria Julieta Drummond de Andrade.
37. • No mesmo ano em que publica a primeira obra
poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema
Sentimental é declamado na conferência "Poesia
Moderníssima do Brasil"1 , feita no curso de férias
da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo
professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr.
Manoel de Souza Pinto, no contexto da política
de difusão da literatura brasileira nas
Universidades Portuguesas. Durante a maior
parte da vida, Drummond foi funcionário público,
embora tenha começado a escrever cedo e
prosseguindo até seu falecimento, que se deu em
1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte
de sua filha.6 Além de poesia, produziu livros
infantis, contos e crônicas.
38. Poema Para sempre
• Para Sempre Por que Deus
permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
• com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.