As salas de recursos multifuncionais visam promover a educação inclusiva de alunos com deficiência ou necessidades especiais nas escolas regulares, fornecendo atendimento educacional especializado de forma complementar à escolarização. Essas salas contêm equipamentos e materiais pedagógicos específicos para diferentes tipos de alunos e são operadas por professores com formação em educação especial.
1. Salas de Recursos Multifuncionais Educação Especial na perspectiva do Atendimento Educacional Especializado Goiânia, 02 de agosto de 2011 Disciplina: Salas de Recursos Multifuncionais, Ajudas Técnicas e Recursos Específicos (Libras) Prof. Especialista Euder Arrais Barretos
2. A implantação das Salas de Recursos Multifuncionais nas escolas comuns da rede pública de ensino atende a necessidade histórica da educação brasileira, de promover as condições de acesso, participação e aprendizagem dos alunos público alvo da educação especial no ensino regular, possibilitando a oferta do atendimento educacional especializado, de forma não substitutiva à escolarização.
3. Relembrando e ... CONTEXTUALIZANDO ASPECTOS LEGAIS E PEDAGÓGICOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE
4. Antes de 1988 Alunos com deficiência matriculados em escolas e classes especiais : SUBSTITUTIVO AO ENSINO REGULAR Após 1988 Constituição - ARTIGO 208/III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino – Direito à educação regular e especial, porém como COMPLEMENTO AO ENSINO REGULAR
5. Lei n°. 9.394/96. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional: AEE, conceitua educação especial, assegura as condições para educandos com NEEs. As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2001, em seu artigo 2° orientam que:"Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos".
6. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) define a Educação Especial como modalidade de ensino transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza recursos e serviços e o atendimento educacional especializado. O Conselho Nacional de Educação, por meio da Resolução CNE/CEB nº 4/2009, estabelece as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica
7. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010 Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Seção II Educação Especial Art. 29. A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular, devendo ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar. § 1º Os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar ou suplementar à escolarização, ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
8. NOTA TÉCNICA Nº 05 / 2011 / MEC / SECADI / GAB Assunto: Implementação da Educação Bilíngue.
9. À luz das deliberações da Conferência Nacional de Educação/2010, a meta 4 do Projeto de Lei nº 8.08.035/2010, que institui o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020, prevê, no item 4.4, “manter e aprofundar programa nacional de acessibilidade nas escolas públicas para adequação arquitetônica, oferta de transporte acessível, disponibilização de material didático acessível e recursos de tecnologia assistiva, e oferta da educação bilíngue em língua portuguesa e língua brasileira de sinais – Libras”. Também, prevê no item 4.5, “fomentar a educação inclusiva, promovendo a articulação entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado complementar ofertado em sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas.” Brasília, 27 de abril de 2010.
12. organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela
13. PARA QUEM ? O AEE realiza uma ação específica para ajudar o aluno com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades/superdotaçãoa agir de modo estruturado no ambiente escolar e fora dele, considerando as especificidades de cada aluno.
14. Alunos com deficiência Aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem ter obstruído sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade;
15. Alunos com transtornos globais do desenvolvimento Aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo síndromes do espectro do autismo psicose infantil;
16. Alunos com altas habilidades ou superdotação Aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
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18. Há ainda a possibilidade de esse atendimento acontecer em uma outra escola próxima ou em um centro especializado da rede pública ou de instituição especializada comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniada com a secretaria de educação ou órgão equivalente dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios.
19. É realizado no período inverso ao da classe comum frequentada pelo aluno e na própria escola desse aluno ou em outra de ensino regular. Não pode ser substitutivo às classes comuns
20. A escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE, prevendo na sua organização: I - Sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; II - Matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola; III - Cronograma de atendimento aos alunos; IV - Plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas;
21. V - Professores para o exercício do AEE; VI - Outros profissionais da educação: tradutor intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente ás atividades de alimentação, higiene e locomoção; VII - Redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.
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23. • Articulação entre os professores da educação especial e do ensino regular e a formação continuada de toda a equipe escolar; • Participação das famílias e interface com os demais serviços públicos de saúde, assistência, entre outros necessários; • Oferta de vagas no AEE para alunos matriculados no ensino regular da própria escola e de outras escolas da rede pública, conforme demanda; • Registro anual no Censo Escolar MEC/INEP das matriculas no AEE.
24. POR QUEM ? Profissional com formação inicial que o habilite para exercício da docência e formação específica na educação especial.
25. Atribuições do professor de AEE: • Elaboração, execução e avaliação do plano de AEE do aluno; • Definição do cronograma e das atividades do atendimento do aluno; • Organização de estratégias pedagógicas e identificação e produção de recursos acessíveis; • Ensino e desenvolvimento das atividades próprias do AEE, tais como: Libras, Braille, orientação e mobilidade, Língua Portuguesa para alunos surdos; informática acessível; Comunicação Alternativa e Aumentativa - CAA, atividades de desenvolvimento das habilidades mentais superiores e atividades de enriquecimento curricular;
26. • Acompanhamento da funcionalidade e usabilidade dos recursos de tecnologia assistiva na sala de aula comum e ambientes escolares; • Articulação com os professores das classes comuns, nas diferentes etapas e modalidades de ensino; • Orientação aos professores do ensino regular e às famílias sobre os recursos utilizados pelo aluno; • Interface com as áreas da saúde, assistência, trabalho e outras.
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28. Sala Tipo I: Equipamentos 02 Microcomputadores 01 Laptop 01 Estabilizador 01 Scanner 01 Impressora laser 01 Teclado com colméia 01 Acionador de pressão 01 Mouse com entrada para acionador 01 Lupa eletrônica
30. Materiais Didático/Pedagógico 01 Material Dourado 01 Esquema Corporal 01 Bandinha Rítmica 01 Memória de Numerais l 01Tapete Alfabético Encaixado 01Software Comunicação Alternativa 01 Sacolão Criativo Monta Tudo 01 Quebra Cabeças - seqüência lógica 01 Dominó de Frases 01 Dominó de Animais em Libras 01 Dominó de Associação de Idéias 01 Dominó de Frutas em Libras 01 Dominó tátil 01 Alfabeto Braille 01 Kit de lupas manuais 01 Plano inclinado – suporte para leitura 01 Memória Tátil
31. Sala Tipo II: Equipamentos e Matérias Didático/Pedagógico 01 Impressora Braille – pequeno porte 01 Máquina de datilografia Braille 01 Reglete de Mesa 01 Punção 01 Soroban 01 Guia de Assinatura 01 Kit de Desenho Geométrico 01 Calculadora Sonora
32. AEE em Língua Portuguesa para alunos com surdez AEE em Comunicação aumentativa e alternativa - CAA
33. Professor do AEE ensinando ao aluno com cegueira a usar o leitor de tela. Aluno aprendendo a usar um recurso óptico na sala de recursos multifuncionais. Prancha de comunicação produzida pelo professor do AEE para uso em sala de aula comum. Atuação do professor na SRM
34. Ensino do Sistema Braille na máquina Braille. Aranha-mola – recurso para o aluno com dificuldades motoras na escrita. Aprendendo na SRM
36. Sala de Recursos Multifuncionais Materiais didáticos Equipamentos e materiais para alunos com cegueira
37. MAIS INFORMAÇÕES ... Entrega, Instalação e Garantia dos Recursos. Identificação e Segurança dos Recursos. Doação dos Recursos. Funcionamento (MANUTENÇÃO)das Salas.
38. Outras informações sobre o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais poderão ser obtidas pelo e-mail seesp@mec.gov.br Lembre-se de fazer constar na solicitação as seguintes informações: • Assunto: Sala de Recursos Multifuncionais • Dados: Denominação da escola ou secretaria solicitante; endereço; telefone; e-mail. • Identificação: Nome completo do gestor ou professor responsável pelo contato.
39. Referência Bibliográfica BRASIL, Ministério da Educação/MEC. Secretaria de Educação Especial/SEESP. Manual de Orientação: Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. 2010.